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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Como ver no céu a constelação do meu signo?

Uma coisa que muitas pessoas tem curiosidade é de conseguir ver o seu signo no céu a noite e como reconhecê-lo.

Como amante das estrelas, o meu sonho era poder encontrar o meu signo no meu aniversário. Foi então que descobri algo muito interessante no que diz respeito a astrologia e astronomia.

Relacionando astronomia com astrologia, podemos dizer que as constelações que conhecemos hoje é o percurso por onde o Sol passa durante um dia inteiro e por isso é chamado de Zona Zodiacal.

Acontece que os signos são definidos de acordo com a posição do sol em determinado Signo no dia e hora que você nasceu e por isso em cada mês é definido a mudança de um signo para outro.

Desta forma, como vemos apenas uma parte das estrelas durante a noite, nunca conseguia ver o meu signo no mês de agosto, por exemplo (considerando aqui no Sul do Brasil). 

Para exemplificar, vou mostrar aqui o mapa do céu no momento em que nasci:


Como podem ver, o nosso signo se dá pela posição do sol e de acordo como os planetas estão alinhados em outras constelações, como lua em câncer, vênus em marte e assim por diante.

Então, qual é o melhor momento para ver o meu signo no céu?

Felizmente, com o advento da tecnologia, hoje existem vários aplicativos e sites onde você pode conferir as constelações, nebulosas, galáxias e até fazer viagens no tempo. 

Mas o pensamento é simples: quanto mais próximo estiver do seu aniversário, ele vai aparecer cada vez mais no final da noite e no início da manhã. Aqui, eu fiz um teste voltando alguns meses no tempo para conseguir ver mais no início da noite e tive esse belo vislumbre.


Escolhi essa imagem também pois para quem é iniciante é sempre bom ter referências de um objeto conhecido (como a lua) para conseguir identificar a estrela mais próxima e aí juntar as "peças" da sua constelação.

Outra dica é escolher um ambiente sem poluição noturna, ou seja, de preferência um lugar bem escuro onde não tenha nenhum poste de luz ou outra interferência para que possa apreciar a olho nu.

Seguindo essas dicas, tenho certeza que você nunca mais vai olhar pro céu de outra forma.

Ficou com alguma dúvida? Coloque aqui nos comentários, será um prazer conversar com você.

Um abraço, 

Tatiana

segunda-feira, 29 de junho de 2015

10 mistérios inexplicáveis sobre as estrelas

Apesar dos grandes avanços na ciência e tecnologia, o universo está repleto de mistérios e, muitos deles, permanecem sem resposta. Conheça aqui 10 grandes mistérios não solucionados sobre estrelas.


10. A estrela que não deveria existir



Uma estrela na constelação de Leo, chamada SDSS J102915 172927, foi descoberta por uma equipe de astrônomos europeus. em 2011. A estrela é pequena, com apenas cerca de 80% do tamanho do nosso Sol, e julga-se ter aproximadamente 13 mil milhões de anos de idade.

Uma vez que o universo é pensado ter aproximadamente 13,7 mil milhões de anos, esta é uma das mais antigas estrelas conhecidas. Até aqui, nada particularmente incomum sobre esta estrela… exceto que, segundo todas as teorias, ela não deveria existir.

A estrela é composta de 99,99993% de hidrogênio e hélio, elementos que são leves demais para condensar e formar uma estrela por si só. Quando esses números são colocados em qualquer simulação computadorizada, o resultado é sempre o mesmo: a existência da estrela é “impossível”.

Os astrônomos estão intrigados sobre como uma estrela poderia ter-se formado sem a ajuda de elementos mais pesados.


9. A estrela rodeada por espirais



Localizada a 400 anos-luz da Terra, na constelação de Lupus, SAO 206462 chamou a atenção dos astrônomos em 2011. O que surpreendeu não foi a própria estrela, mas sim o que a rodeava: ela parecia ter grandes braços espirais girando em torno dela.

Espirais não são objetos estranhos para os astrônomos, sendo formações comuns em galáxias como a nossa Via Láctea. No entanto, nunca foram observadas espirais em órbita de uma estrela. A causa? Ainda é um mistério – apesar da teoria mais aceite ser a gravidade de planetas a formar espirais de poeira.


8. A estrela eternamente jovem



Messier 4 é um aglomerado globular localizado a cerca de 7.200 anos-luz de distância da Terra, com uma idade calculada em 12,2 mil milhões de anos. Atualmente, pensasse que todas as galáxias eventualmente se tornam aglomerados globulares, uma vez que todo o gás e poeira utilizados para a formação de estrelas se esgota.

Isso significa que todas as estrelas nesse aglomerado são esperadas ser muito antigas – nos estágios finais da sua vida útil. Ao olhar para as estrelas nesta galáxia em particular, em 2012, uma equipa de pesquisadores chilenos encontrou uma estrela rica em lítio.

Embora o lítio não seja um elemento raro em estrelas, é um elemento que queima normalmente nos primeiros biliões de anos do ciclo de vida. Como a maioria das estrelas sobreviventes neste aglomerado tem pelo menos 10 mil milhões de anos, encontrar uma estrela com este elemento foi impressionante.

Os cientistas pensam que a estrela pode ter encontrado uma maneira de reabastecer os seus suprimentos de lítio, que de certa forma mantém a estrela jovem. Como ela reabastece as suas fontes de lítio, no entanto, é um grande mistério.


7. As estrelas que escaparam de um buraco negro



Este mistério envolve provavelmente algumas milhões de estrelas, ao invés de apenas uma. Localizada a “apenas” 2,5 milhões de anos-luz de distância, a galáxia de Andrômeda é a galáxia espiral mais próxima da nossa. No centro desta galáxia está um buraco negro supermassivo, que funciona como um enorme aspirador de pó – tão forte que nem a luz consegue escapar dele.

Em 2005, o telescópio espacial Hubble deu um zoom no núcleo da galáxia e descobriu um disco azul em forma de panqueca rodando perigosamente ao redor do buraco negro. Outras análises mostraram que aquilo não era apenas poeira quente: o brilho vinha de milhões de jovens estrelas azuis. Essas estrelas estão girando em torno do buraco negro a mais de 2,3 milhões de quilômetros por hora. Isso é rápido o suficiente para circundar a Terra no equador em apenas 40 segundos.

O mistério sobre este disco de estrelas é que ele não deveria existir, dadas as forças que existem em torno de buracos negros. O gás do disco e as próprias estrelas deveriam ter sido dilacerados pela imensa gravidade do buraco negro. Como eles foram capazes de permanecer intactos numa órbita tão próxima permanece um mistério.


6. A estrela ambígua



Swift J1822.3-1606 é um tipo especial de estrela – conhecido como estrela de neutrões – localizada a cerca de 20.000 anos-luz de distância na constelação de Ophiuchus. Em geral, há três maneiras para uma estrela acabar a sua vida: como uma anã branca (quando ela é pequena como o nosso Sol), como uma estrela de neutrões (quando ela é pelo menos 8 vezes mais massiva que o Sol) ou como um buraco negro (quando ela é ainda maior).

Os dois últimos são formados após as maiores explosões conhecidas no universo – as supernovas. Existem dois tipos diferentes de estrelas de neutrões: um magnetar (que tem os campos magnéticos mais fortes do universo), e um pulsar, que dispara feixes de radiação eletromagnética dos seus pólos (como um farol).

Durante anos, tudo o que sabíamos sobre essas estrelas nos dizia que elas só poderiam ser de um tipo ou de outro - nunca ambos. Porém, em 2011, cientistas descobriram que a Swift tinha propriedades de ambos tipos. E eles não têm ideia de como uma estrela de neutrões pode apresentar esses dois comportamentos.


5. O planeta que deveria ter sido engolido



Wasp 18 está a 330 anos-luz de distância na constelação de Phoenix, e é cerca de 25% mais massiva do que o nosso Sol. Este mistério também não envolve exatamente a estrela, mas sim o que a orbita.

Em 2009, cientistas descobriram que Wasb 18 tinha um planeta. Apelidado de Wasp-18b, o planeta é ligeiramente maior do que Júpiter, mas tem cerca de 10 vezes a sua massa. Ele tem apenas um pouco menos a massa necessária para ser considerado uma anã marrom – que é uma proto-estrela que não tem massa suficiente para iniciar a fusão nuclear e queimar combustível como as outras estrelas fazem.

O quebra-cabeça dos astrofísicos é que o planeta orbita a estrela a menos de 2 milhões de quilômetros. Em comparação, Mercúrio (o planeta mais próximo do Sol) está a quase 36 milhões de quilômetros do Sol.

Wasp 18b está tão perto de sua estrela que ele completa a sua órbita em menos de 23 horas, e a sua temperatura superficial é de cerca de 2.200 graus Celsius. Estando tão perto, o planeta deveria, eventualmente, cair no seu sol.

Ele já sobreviveu por cerca de 680 milhões de anos, e dada a massa da estrela que orbita, este planeta deveria ter sido consumido há muito tempo. Como um planeta foi capaz de se formar e se manter num local onde os planetas eram considerados incapazes de existir? Essa é uma questão que continua a deixar os astrônomos perplexos.


4. Os planetas que sobreviveram a uma supernova



O pulsar PSR B1257+12 é um remanescente de uma explosão de supernova, portanto, os cientistas nunca esperavam encontrar planetas perto dele. Mas eles descobriram um sistema solar inteiro – três planetas e um planeta-anão a orbitando o pulsar. Pensando que mundos assim devem ser comuns, os cientistas começaram a procurar por outros planetas em pulsares.

No entanto, apenas um outro pulsar foi confirmado ter um único planeta que o orbita, mostrando que eles são de fato extremamente raros. Como a explosão da supernova não arremessou os planetas a biliões de quilômetros de distância (ou os destruiu)?


3. A estrela variante



V838 Monocerotis está localizada na constelação de Monoceros, a cerca de 20.000 anos-luz da Terra, e já foi considerada uma das maiores estrelas do universo. Em 2002, o brilho da estrela subiu de repente.

Acreditava-se que ela era uma simples nova, que é o que acontece quando o núcleo remanescente de uma estrela morta (conhecida como anã branca) suga muito gás hidrogênio de uma estrela vizinha, causando uma explosão fantástica. A estrela apagou após algumas semanas, como o esperado.

Mas menos de um mês depois, a estrela explodiu numa intensa luz novamente. Uma vez que o período de tempo entre as explosões era muito curto para ter sido causado por duas novas distintas, os astrônomos ficaram intrigados e tomaram um olhar mais atento. Foi então que eles descobriram o problema: não havia nenhuma anã branca.

A estrela tinha simplesmente explodido, por si só – e repetiu este processo de intensa variação de luminosidade várias vezes ao longo dos meses seguintes. Durante a sua erupção mais intensa, a estrela tornou-se um milhão de vezes mais brilhante que o Sol, e uma das luzes mais brilhantes do céu noturno.

Normalmente, as estrelas brilham intensamente um pouco antes de sua morte, mas as medições indicaram que a estrela tinha apenas alguns milhões de anos, uma simples criança em termos cósmicos.

Quando o Telescópio Hubble capturou uma imagem da estrela após as erupções, uma grande nuvem de gás e detritos foi vista acelerando para longe da estrela. Uma teoria é que a estrela havia colidido com algo não visto, como uma outra estrela ou planeta, mas os cientistas ainda estão intrigados com isso mesmo após 11 anos.


2. O planeta errante



CFBDSIR 2149–0403 é classificado como uma anã marrom. Esses corpos não conseguiram iniciar a fusão nuclear nos seus núcleos e, portanto, não conseguiram tornar-se estrelas reais. Embora caracterizada como uma estrela AB Doradus devido ao seu tamanho e massa, muitos outros o caracterizam como um gigante de gás.

Isso o tornaria um planeta sem uma estrela-mãe, algo que foi teorizado, mas nunca observado. Apenas quatro possíveis candidatos ao título de “planetas errantes” são conhecidos, o CFBDSIR 2149–0403 é o mais próximo da Terra, a cerca de 130 anos-luz.

Sem uma grande estrela em órbita, o seu movimento é influenciado por outras estrelas do grupo AB Doradus. Isso não quer dizer que ele viaje através do espaço sem destino, um equívoco comum sobre planetas errantes. Contudo, esse astros ainda são um grande enigma para os astrônomos.


1. O caso da poeira desaparecida



TYC 8241 2652 está localizada a 450 anos-luz de distância na constelação de Centauros. Acredita-se que ela tenha o mesmo tamanho do nosso Sol, mas é apenas uma criança, com 10 milhões de anos de idade. Como comparação, o Sol possui cerca de 4,5 mil milhões anos de idade.
De 1983 a 2008, os astrônomos analisaram um anel brilhante de poeira ao redor da estrela, visando observar o início de uma possível formação planetária, revelando novas ideias sobre a origem do nosso sistema solar.

Mas quando a estrela foi submetida a uma nova observação no início de 2009, os astrônomos ficaram surpresos: quando olharam através dos seus telescópios, eles não viram nada, a não ser a própria estrela. O disco brilhante de poeira desapareceu sem deixar rasto.

Ele não deixou para trás nenhum planeta, tampouco quaisquer sinais que indicassem para onde teria ido – ele simplesmente desapareceu. Os cientistas ficaram perplexos. Quando perguntado sobre isso, o astrônomo Carl Melis simplesmente declarou: “Nós não temos uma explicação realmente satisfatória para tratar o que aconteceu em torno desta estrela."

Fonte: Ciência-online

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Astrônomos podem ter resolvido mistério da Grande Mancha Vermelha de Júpiter


A Grande Mancha Vermelha é a característica mais notável da superfície de Júpiter uma tempestade de cerca de 20.000 km de comprimento e 12.000 km de largura, cerca de duas a três vezes maior que a Terra. Os ventos em suas bordas podem chegar a até 680 km/h. Esta tempestade gigante foi registrada pela primeira vez em 1831, mas pode ter sido vista pela primeira vez em 1665.




Com base nas teorias atuais, a Grande Mancha Vermelha deveria ter desaparecido depois de algumas décadas, disse o pesquisador Pedram Hassanzadeh, geofísico da Universidade de Harvard, nos EUA. Em vez disso, ela existe há centenas de anos.

Vórtices como a Grande Mancha Vermelha podem se dissipar por causa de muitos fatores. Por exemplo, elas perdem energia, irradiando calor. Além disso, a Grande Mancha Vermelha repousa entre duas correntes de jatos poderosos na atmosfera de Júpiter que fluem em direções opostas, o que também deveria contribuir para uma menor longevidade da tempestade.

Alguns pesquisadores sugerem que as grandes vórtices, como a Grande Mancha Vermelha, ganham energia e sobrevivem através da absorção de vórtices menores. No entanto, isso não acontece com frequência suficiente para explicar a longevidade da Mancha Vermelha, explicou o pesquisador Philip Marcus, cientista planetário da Universidade da Califórnia, também nos EUA.

A Grande Mancha Vermelha não é o único vórtice misterioso. Na verdade, os vórtices em geral, incluindo nos oceanos e na atmosfera da Terra, muitas vezes vivem muito mais tempo do que as teorias atuais podem explicar.

Para ajudar a resolver o mistério da resistência da Grande Mancha Vermelha, Hassanzadeh e Marcus desenvolveram um novo modelo 3D computadorizado de grandes vórtices.

Modelos de vórtices se concentram geralmente em ventos horizontais, onde a maior parte da energia reside. Embora vórtices também tenham fluxos verticais, estes têm muito menos energia. Portanto, no passado, a maioria dos pesquisadores ignoraram o fluxo vertical porque eles achavam que não era importante, ou eles usaram equações mais simples porque eram mais fáceis de serem modeladas, disse Hassanzadeh.

Os pesquisadores agora acham que os fluxos verticais são a chave para a longevidade da Grande Mancha Vermelha: quando uma tempestade perde energia, os fluxos verticais movem gases quentes e frios para dentro e para fora da tempestade, restaurando parte da energia do vórtice. Seu modelo também prevê fluxos radiais que sugam ventos das correntes de jato de alta velocidade em toda a Grande Mancha Vermelha em direção ao centro da tempestade, ajudando-a a durar mais tempo.

Fonte: Mistérios do mundo.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

5 motivos pelos quais devemos estar em um multiverso


A teoria do multiverso prega que o universo em que vivemos não é o único que existe. Na verdade, nosso universo pode ser apenas um entre um número infinito de universos que compõem um “multiverso”.

Sei o que você está pensando: “aham, claro”. Embora a ideia realmente soe como algo saído da mais barata ficção científica, há uma física bastante razoável por trás dela.

Mais: não há apenas uma teoria que chega a um multiverso: diversas teses físicas independentes apontam para tal conclusão. Na verdade, alguns especialistas acreditam que é mais provável que existam universos ocultos, do que o contrário.

Confira as cinco teorias científicas mais plausíveis que sugerem que vivemos em um multiverso:

1 – Universos infinitos

     
Os cientistas não podem ter certeza sobre a forma do espaço-tempo, mas mais provavelmente, ela é plana (em oposição à esférica) e estende-se infinitamente. Se o espaço-tempo dura para sempre, então deve começar a se repetir em algum ponto, porque há um número finito de formas com as quais as partículas podem ser organizadas no espaço e no tempo.

Então, se você olhar longe o suficiente, encontrará uma outra versão de você – na verdade, versões infinitas de você. Alguns desses “gêmeos” estarão fazendo exatamente o que você está fazendo agora, enquanto outros estarão com uma roupa diferente esta manhã, e outros ainda terão carreiras e escolhas de vida totalmente diferentes.

Como o universo observável se estende apenas até onde a luz teve a chance de chegar nos 13,7 bilhões de anos desde o Big Bang (que seria 13,7 bilhões de anos-luz), o espaço-tempo além dessa distância pode ser considerado o seu próprio universo, separado do nosso. Deste modo, uma multiplicidade de universos deve existir, uns ao lado dos outros, em uma manta de retalhos gigante de universos.

2 – Inflação eterna

     

Além dos múltiplos universos criados por estender infinitamente o espaço-tempo, outros universos podem surgir a partir de uma teoria chamada “inflação eterna“. A inflação é a noção de que o universo se expandiu rapidamente após o Big Bang, inflando como um balão. Inflação eterna, proposta pela primeira vez pelo cosmólogo Alexander Vilenkin da Universidade Tufts, sugere que alguns bolsões no espaço pararam de inflar, enquanto outras regiões continuam a inflar, dando assim origem a muitos universos isolados em “bolhas”.

Assim, o nosso próprio universo, onde a inflação já acabou, permitindo que estrelas e galáxias se formassem, é uma pequena bolha em um vasto mar de bolhas no espaço, algumas das quais ainda estão inflando. E em alguns desses universos bolhas, as leis e constantes fundamentais da física podem ser totalmente diferentes do que são no nosso, tornando-os muito estranhos para nós.

3 – Universos paralelos

         

Outra ideia de multiverso que surge da teoria das cordas é a noção de universos paralelos que pairam fora do alcance do nosso, proposta por Paul Steinhardt da Universidade de Princeton (EUA) e Neil Turok do Instituto de Física Teórica em Ontário, Canadá. Vem da possibilidade de muito mais dimensões existirem em nosso mundo, além das três de espaço e uma de tempo que nós conhecemos. Ou seja, mais do que nosso próprio mundo tridimensional, outros espaços tridimensionais podem flutuar num espaço de dimensão superior.

O físico Brian Greene da Universidade de Columbia (EUA) descreve a ideia como a noção de que “o nosso universo é apenas um dos potencialmente numerosos mundos flutuantes em um espaço de dimensão mais elevada, bem como uma fatia de pão dentro de um grandioso pão cósmico”.

Uma variação desta teoria sugere que esses universos não são sempre paralelos e fora de alcance. Às vezes, eles podem bater um no outro, causando repetidos Big Bangs que redefinem os universos novamente.

4 – Universos filhos

      

A teoria da mecânica quântica, que reina sobre o pequeno mundo das partículas subatômicas, sugere uma outra maneira na qual múltiplos universos podem surgir. A mecânica quântica descreve o mundo em termos de probabilidades, em vez de resultados definitivos. E a matemática desta teoria sugere que todos os resultados possíveis de uma situação realmente ocorrem – em seus próprios universos separados.

Por exemplo, se você chegar a uma encruzilhada onde você pode ir para a direita ou para a esquerda, o universo atual dá origem a dois universos “filhos”: um em que você vai para a direita, e outro no qual você vai para a esquerda. “E, em cada universo, há uma cópia sua assistindo um ou outro resultado, pensando – incorretamente – que a sua realidade é a única realidade”, diz Greene.

5 – Universos matemáticos

          

Os cientistas têm debatido se a matemática é simplesmente uma ferramenta útil para descrever o universo, ou se a matemática em si é a realidade fundamental – nesse caso, nossas observações do universo são apenas percepções imperfeitas de sua verdadeira natureza matemática.

Se este for realmente o caso, então talvez a estrutura matemática específica que compõe o nosso universo não é sua única opção. De fato, todas as possíveis estruturas matemáticas existem como seus próprios universos separados.

“A estrutura matemática é algo que você pode descrever de uma maneira que é completamente independente da bagagem humana”, disse Max Tegmark, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), que propôs esta ideia. “Eu realmente acredito que existe um universo lá fora que pode existir independentemente de mim, e que iria continuar a existir mesmo se não houvesse seres humanos”.

Bônus: como provar que o multiverso existe

A presença de um “multiverso”, ou seja, vários universos desconectados pode ser possível para explicar a quantidade enorme de energia escura que o nosso universo tem – um assunto polêmico que intriga cientistas do mundo (ou mundos) todo há tempos.

Cerca de 74% do universo parece ser feito de energia escura. Outros 22% parecem ser matéria escura, uma misteriosa forma de matéria que só podemos detectar observando sua força gravitacional. No fim, apenas 4% do nosso universo é composto por coisas que podemos ver e tocar; a matéria comum. Por que essa desigualdade?

Nenhuma outra teoria existente sobre o nosso universo consegue explicar tal fenômeno. Com a teoria do multiverso, essa quantidade de energia não só se torna explicável, como é inevitável.

Outros fenômenos, como a radiação cósmica de fundo e a expansão do universo, também levam a crer na existência de vários universos.

O problema é que ainda não temos como provar que estamos em um multiverso. Se daqui é difícil até encontrar outros planetas, quem diria um inteiro outro universo!

Para calcular como encontrar esse multiverso e como medi-lo, precisamos investir em probabilidades, tentar “chutar” quais serão as características principais dele (como a quantidade de energia escura que ele teria). Para calcular essas probabilidades, é preciso uma medida – uma ferramenta matemática que ajuda na definição dessas probabilidades. Mas encontrar essa medida quando o assunto é o multiverso é muito difícil. Seria como comparar infinitos. “Qual infinito é maior?” parece uma pergunta sem noção.

Nosso universo surgiu do Big Bang, provavelmente um choque entre um universo e outro, e há uma variedade de universos que pode ser produzida dessa forma. Poderíamos usar essas medidas para calcular as probabilidades. Mas aplicar isso na prática é outra história. O problema é que, pra funcionar mesmo, esses cálculos precisariam da quantidade inicial de vácuo no universo – e isso ainda é um mistério.

Segundo o famoso físico Stephen Hawking, uma outra forma de verificar o multiverso seria buscar características na radiação de fundo de micro-ondas que indicassem a colisão de outro universo com o nosso num passado distante.
A radiação cósmica de fundo (CMB, na sigla em inglês) que aparece no universo na frequência mais alta possível de micro-ondas deixa marcas no espaço-tempo. Segundo a teoria dos vários universos, essas marcas foram deixadas após a colisão dos vários universos ao longo de suas existências. Nosso próprio universo, portanto, poderia já ter colidido com um ou mais “vizinhos”.

Para que se possa entender esse mecanismo, os cientistas britânicos fizeram uma comparação com bolhas de sabão. Imagine que cada bolha de sabão é um universo, com suas próprias leis físicas de espaço-tempo. Quando duas bolhas de sabão encostam uma na outra, a área em que elas se tocam torna-se circular. Da mesma maneira, quando dois universos colidem, a radiação CMB resultante do choque também toma forma circular. Essa radiação circular, dessa forma, seria um sinal claro de que dois universos colidiram naquele ponto.

De fato, já foi possível observar a incidência de CMB circulares em certas áreas do espaço, que foram marcadas como indicativos dessa teoria. Não se conseguiu, entretanto, definir um padrão para o aparecimento dessas CMB, que continuam parecendo aleatórias.

O que se buscará a partir de agora, portanto, é ordenar as observações para fortalecer essa teoria. Um satélite da Agência Europeia Espacial, chamado Planck, está no espaço desde 2009, e em 2013 deverá ter respostas mais detalhadas sobre a nova teoria.

Fonte: Hypescience

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

As 10 descobertas mais recentes (e importantes) da astronomia


Muito tem se falado ultimamente no jipe robô Curiosity que pousou em Marte a fim de descobrir pistas da existência de vida em Marte em seu passado. E embora esse tenha sido talvez o mais importante fato recente da ciência, não foi o único. Confira nessa lista outras 10 importantes descobertas da astronomia.

O Sol é mais redondo do que parece



Pesquisadores analisaram imagens registradas pelo Solar Dynamics Observatory da Nasa e concluíram que a nossa estrela é o corpo celeste mais redondo já observado, muito menos irregular do que se imaginava até então.

Até então, acreditava-se que o Sol mudava conforme seus ciclos, o que não é verdade. Isso está ajudando os cientistas a terem um melhor entendimento do funcionamento do Sol e como isso pode afetar os planetas do sistema solar.

A quinta lua de Plutão

          

Plutão estava meio pra baixo quando foi rebaixado para planeta anão no ano de 2006. Sua moral melhorou quando o telescópio espacial Hubble detectou mais um satélite orbitando o planeta.

A maior lua de Plutão é Caronte, com pouco mais de 1.000 quilômetros de diâmetro. Outras duas, Nix e Hidra, têm 32 km e 100 km de diâmetro, respectivamente. P4, descoberta no ano passado, possui 34 km de diâmetro e a P5, descoberta esse ano, possui um diâmetro de aproximadamente 20 km.

O feito é incrível dado o pequeno tamanho do corpo irregular e a distância de Plutão em relação à Terra. Essa descoberta pode indicar que ainda existem outras luas ainda não observadas orbitando o planeta-anão.

Bolhas cósmicas magnéticas

      

Lançadas nos anos 70, as sondas Voyager, da NASA, descobriram em 2007 e 2008, nas bordas do sistema solar, um mar de bolhas magnéticas com dezenas de milhões de quilômetros de largura, criadas a partir do campo magnético do Sol.

A descoberta quebrou a crença dos pesquisadores no qual diziam que essa era uma região do espaço bastante tranquila, o que não é verdade, dada a turbulência causada por tais bolhas gigantes.

Estrelas podem possuir caudas



Até bem pouco tempo atrás, pensava-se que o único corpo celeste que possuía cauda eram cometas. Como você deve ter percebido, estávamos errados.

Em 2007, com dados do telescópio espacial GALEX, os pesquisadores analisaram a Mira A, uma gigante vermelha, e surpreenderam-se ao notar que a estrela possuía uma cauda, como a de um cometa. Isso porque a estrela estava se movendo numa velocidade de nada menos que 468.319 km/h.

Água na Lua

   

A NASA lançou dois satélites para analisar o solo da Lua, medindo sua constituição química. Em 2009, o satélite LCROSS localizou moléculas de água numa cratera gelada e escura no pólo sul lunar.

Os cientistas passaram um bom tempo analisando os dados, e por fim concluíram que haviam encontrado água no nosso satélite natural. Outras sondas também enviaram dados que confirmaram a existência de água na Lua.

Eris



Perto de Plutão, está seu companheiro Eris, um outro planeta-anão descoberto no começo de 2005 pelos astrônomos. Além do planeta, eles também observaram Dysnomia, uma de suas luas. Ambos são considerados os dois corpos mais distantes já observados no sistema solar.

Indiretamente, Eris foi responsável pelo rebaixamento de Plutão. Isso porque, quando foi descoberto, foi cotado para ser o 10º planeta do sistema solar (já que é inclusive maior que Plutão), mas após uma série de debates, ambos acabaram na categoria de planetas-anões, pois não eram suficientemente grandes.

A sonda Cassini, da NASA, começou a estudar Saturno em 2004. Uma das mais curiosas descobertas da sonda foi quando ela sobrevoou Enceladus, uma das luas do gigante gasoso, e notou que esta possuía vapor dágua e complexos hidrocarbonetos que exalavam de uma região geologicamente ativa do satélite.

Isso fez com que alguns pesquisadores levantassem teorias a respeito da possibilidade da Enceladus possuir condições de vida, mesmo que simples.

O Fluxo escuro 

         

O fluxo escuro foi descoberto em 2008 e reina como um dos maiores mistérios da astronomia atualmente. Muita matéria, inclusive corpos como estrelas e planetas, estão se movendo em velocidades muito grandes numa direção que não pode ser explicada por nenhuma força gravitacional conhecida. É como um grande ralo, embora não seja um buraco negro.

Muitos pesquisadores levantaram hipóteses de que o fluxo escuro seja na verdade resultado da ação de outro universo pressionando o nosso. Seja como for, pesquisadores ainda estão tentando encontrar a resposta para esse mistério.

Planetas além do sistema solar

         

      

Já no final do século passado, os primeiros planetas localizados fora do sistema solar foram descobertos. Desde então, outras centenas foram descobertos e milhares ainda aguardam uma melhor análise. Grande parte dessas descobertas vem do telescópio espacial Kepler.

Em maio de 2012, pesquisadores já haviam confirmado 770 planetas localizados fora do sistema solar. Claro que esse número não representa nem um grão de areia nesse imenso universo.

Kepler 22-b

  

E nessas centenas de planetas descobertos, um deles merece destaque. Descoberto no final do ano passado, o Kepler 22-b é considerado uma Terra alienígena, sendo o mais cotado até agora para abrigar vida, pois está na zona habitável de uma estrela semelhante ao nosso Sol.

O planeta é aproximadamente 2,5 vezes maior que a Terra e ainda não há uma certeza sobre a composição do planeta, mas é sem dúvida um importante passo rumo à tentativa de encontrar vida alienígena, seja ela como for.

Fonte: Mistérios do Mundo

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Campo magnético do sol está prestes a mudar

Algo bem grande está prestes a acontecer no sol. Segundo as medições de observatórios da Nasa, o vasto campo magnético do astro está prestes a virar.



“Parece que estamos a não a mais do que três ou 4 meses de distância de uma completa inversão de campo”, diz o físico solar Hoeksema Todd, da Universidade de Stanford. “Esta mudança terá efeito cascata em todo o sistema solar”.

O sol muda a polaridade do campo magnético aproximadamente a cada 11 anos. Acontece durante o pico de cada ciclo solar, quando o dínamo magnético interno do sol se reorganiza. A reversão que está por vir marcará o ponto médio do ciclo solar de número 24. Metade do “máximo solar” (quando o sol chegar ao ápice do seu ciclo) já terá acontecido, com ainda metade por vir.

Hoeksema é diretor do Observatório Solar Wilcox, de Stanford, um dos poucos observatórios do mundo que monitoram os campos magnéticos polares do sol. Os polos são os anunciadores de uma mudança. Assim como os cientistas observam as regiões polares aqui da Terra para perceber se há sinais de mudança climática no nosso planeta, os físicos solares fazer a mesma coisa com o sol. Os magnetogramas em Wilcox tem feito o rastreamento do magnetismo polar do sol desde 1976 – e já registraram três grandes reversões, com a previsão de uma quarta para um futuro próximo.

O físico solar Phil Scherrer, também da Universidade de Stanford, descreve o que acontece: “Os campos magnéticos polares do sol enfraquecem até chegar a um nível zero. Em seguida, surgem novamente com a polaridade oposta. Esta é uma parte regular do ciclo solar”, explica.

A inversão do campo magnético do sol é, literalmente, um grande evento. O domínio de influência magnética do sol (também conhecido como a “heliosfera”) se estende em bilhões de quilômetros além de Plutão. As mudanças na polaridade, portanto, interferem em todo o nosso sistema solar, até as sondas Voyager, na porta do espaço interestelar.

Quando os cientistas falam sobre reversões de campo solares, a conversa muitas vezes gira em torno da “folha de corrente”. A folha de corrente é uma superfície extensa projetada para fora do equador do sol, onde o campo magnético rotativo do sol lentamente induz uma corrente elétrica. A força da corrente em si é pequena, apenas um décimo de bilionésimo de ampère por metro quadrado (0,0000000001 amps/m²), mas isso já é muito importante. A corrente flui através de uma região de 10 mil km de espessura e milhares de quilômetros de largura. Eletricamente falando, toda a heliosfera está organizada em torno dessa enorme folha.

Durante a inversão de campo, a folha de corrente se torna muito ondulada. Scherrer compara as ondulações com as costuras em uma bola de beisebol. Como a Terra orbita o sol, nós mergulhamos dentro e fora da folha. Estas transições de um lado para o outro podem provocar tempestades espaciais em torno do nosso planeta.

Os raios cósmicos também são afetados. Eles são partículas de alta energia aceleradas quase à velocidade da luz por explosões de supernovas e outros eventos violentos na galáxia. Os raios cósmicos são um perigo para os astronautas e as sondas espaciais, e alguns pesquisadores dizem que eles podem até afetar a nebulosidade e o clima da Terra. A folha de corrente age como uma barreira para os raios cósmicos, desviando-os quando eles tentam penetrar no interior do sistema solar. Uma folha ondulada e meio crespa age melhor como um escudo contra essas partículas energéticas vindas do espaço profundo.

Com a aproximação da inversão de campo, os dados vindos de Wilcox mostram que os dois hemisférios do sol estão fora de sincronia. “O polo norte do sol já mudou de sinal, enquanto o polo sul está correndo para recuperar o atraso”, diz Scherrer. “Em breve, no entanto, ambos os polos estarão revertidos, e a segunda metade do máximo solar terá em andamento”. Quando isso acontecer, Hoeksema e Scherrer compartilharão a notícia com seus colegas e com o público.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

20 maiores astrônomos da história que você deveria conhecer

Pense nisso: se não fossem por grandes cientistas, astrônomos que muitas vezes dominam vários campos da ciência, nós acreditaríamos em muito mais coisas sobrenaturais do que hoje. Alienígenas seriam uma explicação ainda mais comum para qualquer fenômeno que agora já entendemos bem. Por terem iluminado nosso conhecimento e nos mostrado o mundo como ele realmente é, aqui fica nossa homenagem a grandes mentes que passaram pela Terra:

1 – ERATÓSTENES

Numa época em que a maioria das pessoas pensava que o mundo era plano, o matemático, astrônomo e geógrafo grego Eratóstenes (276 aC -195 aC) usou o sol (na verdade, as sombras que ele causa) para medir o tamanho da Terra e concluir que ela era redonda. Sua medida (39.690 km) estava apenas 340 km errada em relação à verdadeira medição.

2 – PTOLOMEU

O antigo astrônomo e matemático grego Cláudio Ptolomeu (90 dC – 168 dc) criou um modelo do sistema solar em que o sol, as estrelas e outros planetas giravam em torno da Terra. Conhecido como o sistema de Ptolomeu, foi reconhecido como o correto por centenas de anos, embora estivesse errado. Ainda assim, esse grande cientista foi considerado o primeiro “cientista celeste” e tem colaborações em matemática, astrologia, astronomia, geografia, cartografia, óptica e teoria musical. Sua obra mais conhecida é o Almagesto (que significa “O grande tratado”), um tratado de astronomia que reúne os trabalhos e observações de Aristóteles, Hiparco, Posidônio e outros, com tabelas de observações de estrelas e planetas e com um grande modelo geométrico do sistema solar, baseado na cosmologia aristotélica.

3 – ABD AL-RAHMAN AL-SUFI

O astrônomo persa Abd al-Rahman al-Sufi (903 dc – 986 dc), ou Azophi para os ocidentais, fez a primeira observação conhecida de um grupo de estrelas fora da Via Láctea, a galáxia de Andrômeda. Sua obra o “Livro das Estrelas Fixas” permitiu à astronomia moderna fazer comparações úteis na pesquisa das variações do brilho das estrelas.

4 – COPÉRNICO

No século 16, na Polônia, o astrônomo Nicolau Copérnico (1473 – 1543) propôs um modelo do sistema solar em que a Terra girava ao redor do sol. O modelo não era totalmente correto, já que os astrônomos da época ainda tinham dificuldade em determinar a órbita de Marte, mas acabou mudando completamente a nossa visão do sistema solar. O pai da astronomia moderna revolucionou o pensamento ocidental ao tirar o homem do centro do universo (antropocentrismo), e por isso foi considerado um herege pela Igreja.

5 – KEPLER

Usando medições detalhadas do caminho dos planetas feitas pelo astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, Johannes Kepler (1571 – 1630) determinou que os planetas viajavam ao redor do sol em elipses, não círculos. Para chegar a essa descoberta, ele calculou três leis que envolvem os movimentos dos planetas, que os astrônomos usam em seus próprios cálculos até hoje. Kepler agora é o nome de uma sonda, um observatório espacial projetado pela NASA que procura planetas extrassolares.

6 – GALILEU

Nascido na Itália, Galileu Galilei (1564 – 1642) é muitas vezes creditado com a criação do telescópio óptico, embora na verdade ele tenha apenas melhorado modelos existentes. O astrônomo, físico, matemático e filósofo usou a nova ferramenta de observação para descobrir as quatro luas principais de Júpiter (hoje conhecidas como luas de Galileu), bem como os anéis de Saturno. E, apesar de um modelo da Terra girando em volta do sol ter sido primeiramente proposto por Copérnico, levou algum tempo para a teoria ser amplamente aceita, e Galileu é mais conhecido por defendê-la. Galileu acabou sob prisão domiciliar no final de sua vida por causa disso.

7 – CHRISTIAAN HUYGENS

O físico e astrônomo holandês Christiaan Huygens (1629 – 1695) propôs a primeira teoria sobre a natureza da luz, um fenômeno que intriga cientistas há centenas de anos. Suas melhorias no telescópio lhe permitiram fazer as primeiras observações dos anéis de Saturno e descobrir sua lua Titã. Huygens também criou a teoria sobre o estudo da luz e cores descobrindo que, por meio da luz, seria possível a ocorrência de fenômenos de propagação como refração e reflexão.

8 – NEWTON

Com base no trabalho de quem veio antes dele, o astrônomo inglês Sir Isaac Newton (1643 – 1727) é mais famoso por seu trabalho sobre forças, especificamente a gravidade (quem lembra da história da maçã?). Ele calculou três leis que descrevem o movimento das forças entre objetos, conhecidas hoje como leis de Newton.

9 – EINSTEIN

No início do século 20, o físico alemão Albert Einstein (1879 – 1955) tornou-se de um dos mais famosos cientistas do mundo, depois de propor uma nova maneira de olhar para o universo além da compreensão atual. Einstein sugeriu que as leis da física são as mesmas em todo o universo, que a velocidade da luz no vácuo é constante, e que o espaço e o tempo estão ligados em uma entidade conhecida como espaço-tempo, que é distorcida pela gravidade.

10 – HUBBLE

O astrônomo americano Edwin Hubble (1899 – 1953) calculou que uma bolha pequena no céu existia fora da Via Láctea. Antes de suas observações, a discussão sobre o tamanho do universo era dividida quanto à possibilidade ou não de existir apenas uma galáxia. Hubble determinou também que o universo estava se expandindo, um cálculo que mais tarde ficou conhecido como lei de Hubble. Suas observações de várias galáxias levaram a criação de um sistema padrão de classificação usado até hoje. Um dos telescópios espaciais mais famosos do mundo leva seu nome, o Telescópio Espacial Hubble, apontado para o céu com o objetivo de estudar o universo.

11 – HAWKING

Stephen Hawking (nascido em 1942) fez muitas descobertas significativas no campo da cosmologia. Ele propôs que, como o universo tem um começo, provavelmente também terá um fim. Hawking acredita que o mundo não tem nenhum limite ou fronteira. Apesar de ser visto como uma das mentes mais brilhantes desde Einstein, muitos dos livros de Hawking são adaptados e direcionados para o público em geral, já que ele procura educar as pessoas sobre o universo.

12 – CASSINI

O astrônomo italiano Giovanni Cassini (1625 – 1712) mediu o tempo que leva para os planetas Júpiter e Marte girarem, além de descobrir quatro luas de Saturno e as diferenças nos anéis do planeta. Quando a NASA lançou um satélite para orbitar Saturno e suas luas em 1997, ele foi apropriadamente chamado de Cassini.

13 – HALLEY

Edmond Halley (1656 – 1742) foi o cientista britânico que analisou os avistamentos de cometas históricos e propôs que o cometa que apareceu em 1456, 1531, 1607 e 1682 era o mesmo, e que voltaria em 1758. Apesar de ter morrido antes de poder dizer “eu estava certo!”, ele estava mesmo certo, e o cometa foi nomeado em sua honra.

14 – MESSIER

O astrônomo francês Charles Messier (1730 – 1817) compôs uma base de dados de objetos celestes conhecidos na época como “nebulosas”, que incluía 103 objetos em sua publicação final, embora outros tivessem sido adicionados com base em suas anotações pessoais. Muitos desses objetos são frequentemente listados com o nome do catálogo de Messier, como a Galáxia de Andrômeda, conhecida como M31 (M de Messier, 31 porque é o 31º objeto catalogado). O astrônomo também descobriu 13 cometas ao longo de sua vida.

15 – HERSCHEL

O astrônomo britânico William Herschel (1738 – 1822) catalogou mais de 2.500 objetos do céu profundo. Ele também descobriu Urano e suas duas luas mais brilhantes, duas das luas de Saturno e as calotas polares marcianas. William treinou sua irmã, Caroline Herschel (1750 – 1848), em astronomia, e ela se tornou a primeira mulher a descobrir um cometa, identificando vários outros ao longo de sua vida. A Agência Espacial Europeia criou um observatório com seu nome, o Observatório Espacial Herschel.

16 – HENRIETTA LEAVITT SWANN

Henrietta Leavitt Swann (1868 – 1921) foi uma das várias mulheres que trabalharam como um “computador humano” na Universidade de Harvard (EUA), identificando imagens de estrelas variáveis em placas fotográficas. Ela descobriu que o brilho de uma estrela piscando estava relacionado com a frequência com que pulsava. Esta relação permitiu aos astrônomos calcularem as distâncias de estrelas e galáxias, o tamanho da Via Láctea e a expansão do universo. Ela descobriu mais de 1.200 estrelas variáveis em sua vida.

17 – SHAPLEY

O astrônomo americano Harlow Shapley (1885 – 1972) calculou o tamanho da galáxia Via Láctea e sua localização geral do seu centro. Ele argumentou que os objetos conhecidos como “nebulosas” estavam dentro da galáxia, ao invés de fora dela. Porém, seu nome é um pouco manchado por ele ter discordado incorretamente das observações de Hubble de que o universo tinha outras galáxias além da Via Láctea.

18 – DRAKE

Frank Drake (nascido em 1930) é um dos pioneiros na busca de inteligência extraterrestre. Ele foi um dos fundadores da Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI, na sigla em inglês) e idealizador da equação de Drake, uma equação matemática usada para estimar o número de civilizações extraterrestres na Via Láctea capazes de serem detectadas.

19 – HARTMANN

O astrônomo americano William K. Hartmann (nascido em 1939) estendeu a teoria mais aceita sobre a formação da lua em 1975. Ele propôs que, após uma colisão com um grande corpo, os detritos que saíram da Terra se uniram para formar a lua.

20 – CARL SAGAN

O astrônomo americano Carl Sagan (1934 – 1996) pode não ter sido um grande cientista em comparação com outros dessa lista, mas é um dos mais famosos astrônomos por ter feito importantes estudos científicos nas áreas de ciência planetária, e principalmente por ter popularizado a astronomia mais do que qualquer outro indivíduo. Seus programas de TV e derivados atraíam muitos telespectadores interessados.

BÔNUS: RODNEY GOMES 


A astronomia tem crescido bastante no Brasil. Somos capacitados a construir instrumentos de classe mundial, somos o único país em desenvolvimento que tem acesso a telescópios de 8 e 4 metros, e um dos poucos países no mundo com acesso a esse tamanho de telescópios em ambos os Hemisférios. Também somos o único país não europeu a fazer parte do Observatório Europeu do Sul, uma organização intergovernamental de pesquisa em astronomia, composta e financiada por quinze países.
Não podemos citar grandes cientistas brasileiros que mudaram completamente a visão do universo, mas muitos merecem uma menção honrosa. Recentemente, um astrônomo brasileiro, Rodney Gomes, mudou o rumo da busca por evidências de um planeta no limite de nosso sistema solar. No Observatório Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, ele descobriu que as órbitas irregulares de pequenos corpos gelados além de Netuno implicam que um planeta quatro vezes maior que a Terra está girando em volta do nosso sol nas bordas do sistema solar. 

Fonte: Hypescience.

sábado, 7 de setembro de 2013

Duração do dia pode mudar daqui a seis anos

Oscilações periódicas no núcleo da Terra alteram a duração de um dia a cada 5,9 anos, de acordo com um estudo publicado na revista Nature.

Trazendo à tona esse ciclo sutil, que subtrai e acrescenta milissegundos a cada dia, a pesquisa revelou mudanças abruptas na duração do dia e do campo magnético na Terra. 

  


Durante estas curtas mudanças na intensidade do campo magnético, chamadas de eventos geomagnéticos, a interferência pode ser de 0,1 milissegundos, segundos os pesquisadores. Desde 1969, os cientistas detectaram 10 eventos geomagnéticos.

Aparentemente insignificantes, estas variações são poderosas para aqueles que estudam o planeta e seu núcleo. De repente, um planeta muda seu giro como uma patinadora abre ou fecha os braços. O efeito de rotação ajuda os cientistas a entender o que está acontecendo dentro do núcleo da Terra. Mudanças no campo magnético também fornecem pistas para o núcleo de ferro inacessível. Sua fonte, no entanto, permanece um mistério.

Principal autor do estudo, Richard Holme suspeita que um tremor no núcleo interno sólido impulsione o ciclo de 5,9 anos, transferindo as movimentações angulares para o núcleo externo, mas ninguém sabe o que provoca os eventos geomagnéticos.

“Não tenho ideia”, disse Holme, geofísico da Universidade de Liverpool, no Reino Unido. “Algo está acontecendo na fronteira entre o manto e o núcleo, porque vemos eventos geomagnéticos e os efeitos de rotação ao mesmo tempo, mas não sabemos o que está acontecendo”, disse Holme.

Os pesquisadores ainda discutem ativamente sobre como o núcleo externo líquido produz o campo magnético protetor do nosso planeta, que enfraqueceu e virou polaridade muitas vezes na história geológica. Eles acreditam que ele gera ferro fluido girando no campo magnético da Terra, como um dínamo gigante. Ambas as mudanças anuais e milenares no campo têm sido atribuídas ao giro do núcleo externo.

Desde que os eventos geomagnéticos foram descobertos em 1969, pesquisadores têm procurado explicar e modelar como o dínamo da Terra produz essas rápidas mudanças no campo magnético. Encontrar uma conexão com as mudanças na duração do dia fornece uma nova maneira de pensar sobre o fenômeno, Holme disse.

Os resultados podem, por exemplo, ajudar a entender melhor a troca de momento angular do núcleo e manto, Holme explica. Cria um torque de fricção eletromagnética, semelhante a uma bateria de carro elétrico, mas a condutividade elétrica do manto inferior (ou a facilidade com que as cargas elétricas de fluxo vão para dentro) não podem ser demasiadamente elevada, ou provocariam um atraso no campo magnético de resposta ao deslocamento rotacional. 

“Nós temos algumas ideias, mas são só imaginações”, comenta Holme.

Outros pesquisadores, como Mathieu Dumberry, geofísico da Universidade de Alberta no Canadá, que não estava envolvido no estudo, não estão convencidos de que ele mostra uma ligação entre empurrões e mudanças no comprimento do dia. “Existe uma correlação notável entre um evento geomagnético em 2003 e um comprimento de mudança do dia, mas não são ligações tão fortes”.

Outras forças também podem alterar a rotação do planeta. Desde que a Terra se formou, os movimentos do sol e da lua são responsáveis pela rotação do planeta. Em escalas de tempo mais curto, terremotos, derretimento de geleiras, correntes oceânicas e os ventos fortes podem alterar o quão rápido o planeta gira, encurtando ou alongando um dia por cerca de 1 milissegundo.

Holme e seus colegas removeram estes efeitos externos e planetários de cinco décadas de comprimento de dados do dia, expondo o período de 5,9 anos. Eles então compararam movimentos no ciclo, que correspondem a saltos repentinos no comprimento do dia, com eventos geomagnéticos detectados desde 1969.

Dumberry elogia o trabalho da dupla ao extrair o tempo de 5,9 anos. “Esta é a melhor pesquisa sobre a alteração no período do dia até agora”, disse. 

Fonte: Hypescience.