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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Já sentiu uma presença estranha? Neurocientistas descobriram onde este “fantasma” mora

Fantasmas só existem na nossa mente. Em que local especifico? Os cientistas agora sabem.

Pacientes que sofrem de condições neurológicas ou psiquiátricas muitas vezes relatam sentir uma “presença” estranha. O mesmo ocorre com pessoas em situações extremas. De onde vem essa sensação?

Para descobrir, pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausana, na Suíça, recriaram essa “ilusão fantasma” em laboratório.

Histórias de “aparições” ou de “sentir que havia uma segunda pessoa junto” têm sido relatadas inúmeras vezes por alpinistas, exploradores e sobreviventes em geral, bem como pessoas que ficaram viúvas. Também são comuns entre pacientes que sofrem de distúrbios neurológicos ou psiquiátricos, como esquizofrenia.

A equipe de pesquisa da EPFL foi capaz de recriar uma ilusão semelhante no laboratório e fornecer uma explicação simples para ela.

A sensação, segundo os cientistas, resulta de uma alteração de sinais cerebrais sensório-motores, que estão envolvidos na geração de autoconhecimento através da integração de informações de nossos movimentos e posição do nosso corpo no espaço.

É pouco provável que estes resultados impeçam qualquer um de acreditar em fantasmas. No entanto, para os pesquisadores, é mais uma evidência de que eles só existem em nossas mentes.

O experimento


A equipe interferiu com a interpretação sensório-motor dos participantes de tal forma que seus cérebros não identificaram sinais de ações feitas por eles como pertencentes ao seu próprio corpo. Em vez disso, os interpretaram como os de outra pessoa.

Os pesquisadores primeiro analisaram os cérebros de 12 pacientes com distúrbios neurológicos – principalmente epilepsia – que já haviam experimentado esse tipo de “aparição”.

A análise de ressonância magnética revelou interferência em três regiões corticais: o córtex insular, o córtex parietal-frontal e o córtex temporo-parietal. Estas três áreas estão envolvidas na autoconsciência, no movimento e no sentido de posição no espaço (propriocepção). Juntos, contribuem para o processamento de sinais multissensoriais, importantes para a percepção do próprio corpo.

Em seguida, realizaram um experimento de “dissonância”, no qual os participantes faziam movimentos com sua própria mão na frente do seu corpo, mas com os olhos vendados. Atrás deles, um dispositivo robótico reproduzia seus movimentos, tocando-os nas costas em tempo real. O resultado foi uma espécie de discrepância espacial.

No entanto, por causa do movimento sincronizado do robô, o cérebro do participante foi capaz de se adaptar e corrigir a discrepância.

Em seguida, os neurocientistas introduziram um atraso temporal entre o movimento do participante e o toque do robô. Nestas condições assíncronas, distorcendo a percepção temporal e espacial, os pesquisadores foram capazes de recriar a ilusão fantasma.

Os participantes não tinham conhecimento do propósito do experimento. Após cerca de três minutos de atraso, os pesquisadores pediram a eles para dizer o que sentiram. Instintivamente, vários indivíduos relataram o “sentimento de uma presença”. Para alguns, a sensação foi tão forte que eles pediram para parar o experimento.

“Nossa experiência induziu a sensação de uma presença fantasma em laboratório pela primeira vez. Isso mostra que ela pode surgir em condições normais, simplesmente através de sinais sensório-motores conflitantes”, concluiu Olaf Blanke, um dos cientistas do estudo.

Objetivo

Além de explicar um fenômeno que é comum a muitas culturas, o objetivo desta pesquisa é entender melhor alguns dos sintomas de pacientes que sofrem de esquizofrenia. Esses pacientes muitas vezes sofrem de alucinações ou delírios associados com a presença de uma entidade alienígena cuja voz eles podem ouvir ou cujas ações eles podem sentir. Muitos cientistas atribuem essas percepções a um mau funcionamento dos circuitos cerebrais que integram informações sensoriais em relação aos movimentos do nosso corpo.

“Nosso cérebro possui várias representações do nosso corpo no espaço”, disse Giulio Rognini, pesquisador do estudo. “Em condições normais, ele é capaz de montar uma autopercepção unificada dessas representações. O mau funcionamento do sistema devido a doenças – ou, neste caso, um robô – às vezes pode criar uma segunda representação do próprio corpo, que não é mais percebido como ‘eu’, mas como uma ‘presença’”. 

Fonte: Hypescience.

domingo, 9 de novembro de 2014

6 coisas que tornam as mulheres mais atraentes


Todos procuram o par perfeito e sempre tem aquele que diz que existe a tradicional tampa da panela, está em algum lugar por aí esperando por você. Acertei?

Bom, se sim, eu tenho uma coisa para avisar de antemão: não está fácil para ninguém. E se você acha que não tem jeito para a coisa, apenas pare com isso. 

Somos todos geneticamente programados para flertar. Afinal, se a gente não flertar, e não se der bem uma vez ou outra, não fazemos sexo e, consequentemente, não reproduzimos – o que não é nada interessante para a manutenção da espécie. Logo, acredite: a natureza deu esse dom a você.

Tudo o que você tem que fazer é descobri-lo em você.

Mas, se no amor e na guerra vale tudo, porque não usar um pouco de conhecimento científico para ganhar alguma vantagem sobre a concorrência – que a gente sabe que é grande e, muitas vezes, desleal?

Depois de muito estudos e pesquisas, os cientistas descobriram 6 coisas que tornam as mulheres fisicamente mais atraentes para os homens. Aquelas coisas que chamam mais atenção à primeira vista. Seriam elas:


1. Cintura fina, quadril largo


De acordo com pesquisadores da Nova Zelândia, os homens preferem uma proporção maior, algo como 7:10, na relação cintura-quadril. Segundo eles, essa preferência se justifica pelo fato de que o tamanho do quadril é uma variável importante para a capacidade de dar a luz. E mesmo que esse pensamento não seja consciente, em algum lugar da cabeça do homem tem uma voz dizendo “essa mulher pode ter um filho meu” quando vê uma mulher dentro desse padrão.


2. Voz alta


Pesquisadores da Universidade de Londres concluíram que os homens preferem as vozes femininas que têm tons mais agudos e “ofegantes”. Mas, para o bem das suas amigas, por favor não entenda isso como um convite para fazer voz de bebê em público. Essa preferência se justifica, de acordo com os pesquisadores, pelo fato de que vozes com essas características geralmente significam juventude e um corpo menor.


3. Cabelão bonito e saudável


Um grupo de cientistas alemães estabeleceu que um cabelo longo, brilhoso e bem cuidado tem um papel importante no grau de atração de uma mulher. Aparentemente, os fios saudáveis refletem uma beleza que vem de dentro, e são um sinal de fertilidade.

Nenhum desses fatores até agora pode ser controlado – pelo menos não naturalmente. Mas, calma. Muita calma nessa hora. Aqui vão algumas características cientificamente comprovadas como atraentes, que você pode controlar e usar a seu favor:


4. Sorria, mesmo sem estar sendo filmada!


Cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica descobriram que sorrir é um fator crucial para que uma mulher seja considerada atraente. E quanto mais brancos forem os seus dentes, melhor. De acordo com os cientistas, as mulheres, contudo, tendem a se sentir atraídas por homens que mantém um rosto sério. É, parece que a regra de “os opostos se atraem” é válida para relacionamentos mesmo.


5. Use pouca maquiagem


Acredite se quiser se dar bem: homens preferem mulheres que não carregam a mão na hora de se maquiar. O look natural é o preferido. Ou aquela maquiagem que para a gente faz toda a diferença desse planeta, mas para um olhar masculino fica com aquele efeito de “make nada”.


6. Use vermelho


Estudos apontam que o vermelho chama mais atenção do olhar masculino e dão um ar de “femme fatale” para as mulheres que escolhem usar roupas dessa cor.

Nenhuma grande novidade, certo? Investir nesses pontos talvez seja uma boa ideia para se destacar na multidão. Mas o que você tem por dentro é o que vai fazer a pessoa ficar. É como dizem por aí: não basta a forma, tem que ter conteúdo..

Fonte: Hypescience.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

7 coisas que podem te fazer morrer mais cedo

Não estamos falando de dirigir bêbado, aceitar aquele desafio idiota do seu amigo de pular de uma ponte ou comer aquela carne estragada na sua geladeira há meses. Tem coisas que te matam silenciosa e misteriosamente, e você jamais vai perceber o perigo vindo.
Confira sete coisas que podem te fazer morrer mais cedo:

1. Não ter amigos


A falta de amigos pode literalmente encurtar a vida humana, tanto quanto assassinos seriais, tabagismo e consumo de álcool. Na verdade, os efeitos do isolamento social até superam alguns dos fatores de risco conhecidos da mortalidade precoce, como obesidade e falta de exercício.

Estudos anteriores culparam este fenômeno de morte prematura na solidão. Estar sozinho é muito ruim e não é segredo que afeta a saúde. Porém, pesquisas mais recentes sugerem que, independente de seus sentimentos sobre isso, o isolamento por si só pode te matar. 
Um estudo com idosos no Reino Unido feito em 2013 constatou que, embora simplesmente relatar sentimentos de solidão não teve efeito sobre a probabilidade de morrer mais cedo, o isolamento social levou a maior probabilidade de morrer: um aumento de 26% quando comparado com outros idosos da mesma faixa etária mais sociais.

Parte disso é óbvio: se você evita outros seres humanos, ninguém vai te avisar de uma protuberância crescendo na parte de trás do seu pescoço ou chamar uma ambulância se você estiver sufocando.

Mas também existem causas físicas por trás da morte associada com a solidão. O contato físico entre os seres humanos reduz o estresse e a inflamação, melhorando a saúde. Além disso, a maioria tende a cuidar melhor de si mesma quando vive com outras pessoas por perto.

2. Depressão


Claro, depressão leva a um maior risco de suicídio, mas a doença por si só pode ser tão ruim a ponto de aumentar suas chances de morrer mais cedo. Depressão recorrente pode diminuir sua expectativa de vida em até 11 anos – mais ou menos a mesma quantidade de vida que você perderia por fumar 20 ou mais cigarros por dia.

Cientistas analisaram os efeitos da condição sobre o corpo humano em um nível celular, medindo os telômeros (a parte dos seus cromossomos que reduz com a idade celular, ou seja, fica menor conforme a célula fica mais velha e desgastada) de três grupos de pessoas: um que nunca tinha ficado depressivo, um que tinha tido transtorno depressivo grave no passado, e um que estava depressivo naquele momento.

Quanto mais grave a depressão de uma pessoa era, mais curtos eram seus telômetros. Quanto mais curtos os telômeros são, mais a pessoa está em risco de uma morte prematura devido a doenças relacionadas com a idade, como doenças cardíacas e câncer.
Seja mais feliz para viver mais

A culpa aqui parece ser do efeito que a depressão tem sobre o sistema imunológico, bem como a inflamação que causa.

3. Não escovar os dentes


Metade dos adultos dos EUA possui doença periodontal, que afeta os tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso) dos dentes. Também, um estudo brasileiro de 1993 mostrou, através de uma revisão da literatura dos levantamentos epidemiológicos até então realizados, que 86,7% do total de indivíduos examinados apresentavam atividade de doença periodontal.

Agora vem a pior parte: há muito tempo os cientistas sabem que há uma ligação entre doença periodontal e doença cardíaca, também conhecida como a maior assassina de pessoas do mundo.

Antes, no entanto, não sabíamos se essa ligação era realmente causal, ou se apenas as mesmas atividades colocam as pessoas em risco para doenças da gengiva e do coração, como má alimentação.

Agora, há pelo menos alguma evidência de que negligenciar as suas gengivas pode estragar seu coração diretamente. Esse ano, pesquisadores infectaram camundongos com vários tipos de bactérias que causam a doença periodontal, e acompanharam a propagação das bactérias – que chegou a seus corações. Os camundongos começaram a mostrar um aumento nos fatores de risco para doenças cardíacas, como inflamação e colesterol. Estes ratos não estavam fazendo qualquer outra coisa para colocá-los em risco de doenças cardíacas, como má alimentação ou estresse. Isto sugere que as bactérias por si só podem ser suficientes para afetar a saúde de seu coração. Conclusão: use fio dental.

4. Nascer no mês errado


De acordo com um estudo feito pela Universidade de Chicago (EUA), pessoas que vivem até os 100 anos são mais propensas a ter nascido no outono (em setembro ou outubro, no caso dos EUA). Outros estudos feitos na Áustria e Dinamarca também encontraram o mesmo pequeno aumento na expectativa de vida para bebês nascidos nos meses de outono, enquanto no hemisfério sul (como aqui no Brasil) é mais provável que você viva mais tempo se tiver nascido em março, abril ou maio.

Bebês que nascem no outono não só vivem mais como parecem se sair melhor no geral. Bebês nascidos na primavera são mais propensos a sofrer de transtornos alimentares, diabetes tipo 1 e esquizofrenia que bebês do outono, por exemplo.

Ninguém sabe ao certo por que isso ocorre, mas uma teoria é que os níveis de vitamina D durante a gravidez afetam a saúde dos bebês. As pessoas costumam obter a maior parte de sua vitamina D através da luz solar, o que significa que, no momento de dar à luz, mães de bebês que nasceram no outono passaram os últimos seis meses tomando sol. Bebês da primavera passaram a maior parte de sua gestação durante os meses mais escuros, ou seja, suas mães não tomaram tanto sol e tiveram tanta vitamina D, o que de alguma forma afetou o seu desenvolvimento e saúde a longo prazo.

Outro possível fator é a dieta. Nos estudos feitos, as pessoas que “viveram mais de 100 anos” eram em sua maioria nascidas na década de 1890, quando coisas como refrigeração e transporte de alimentos não eram tão comuns. Assim, bebês gestados durante os meses mais quentes, quando as frutas e legumes eram mais facilmente disponíveis, foram melhor nutridos do que os bebês cujas mães dependiam de uma dieta mais limitada de inverno. Nesse caso, o mês de nascimento não é exatamente o fator chave. Mas ainda assim há uma lição importante aqui: se sua mãe não se alimentar direito durante sua gestação, você não vai viver tanto.

5. Ficar muito tempo sentado


Um estudo que pesquisou a rotina de mais de 222 mil cidadãos australianos ao longo de três anos descobriu que pessoas que passam muito tempo do seu dia sobre uma cadeira são até 40% mais propensas a encurtar a própria vida.

Segundo os cientistas, isso se aplica àqueles que realmente abusam do ato de sentar, passando mais de 11 horas por dia nesta posição. Entre oito e onze horas, a mesma taxa cai para 15%.

As principais evidências para explicar por que isso acontece são as mesmas que se verificam no sedentarismo: exercícios físicos regulares têm efeitos positivos quanto aos triglicerídeos e a pressão sanguínea. Ou seja, o principal prejuízo não é o fato de estar sentado em si, mas o de não se mover.

Não tem jeito: se você está procurando uma desculpa para não se exercitar, provavelmente não vai encontrar nenhuma.

6. Ver muita TV


Esse é um item muito similar ao acima. Dados de oito estudos recentes com mais de 175 mil pessoas em todo o mundo sugerem que, quanto mais você assiste TV, mais propenso fica a desenvolver uma série de problemas de saúde, e mais chances têm de morrer mais cedo.

Segundo os pesquisadores, para cada duas horas adicionais que as pessoas passam coladas na TV em um dia típico, o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta em 20%, e o risco de doença cardíaca aumenta em 15%. E para cada três horas adicionais, o risco de morrer por qualquer causa vai para 13%, em média.

O aumento do risco de doenças ligadas a assistir televisão é semelhante ao aumento de risco que vemos com colesterol alto, pressão arterial alta ou tabagismo.

A conexão entre a TV e doenças não é um mistério: assistir TV consome tempo de lazer que poderia ser gasto andando, fazendo exercícios, ou mesmo apenas se movimentando. Também tem sido associado a dietas pouco saudáveis, como muito açúcar, refrigerantes, alimentos processados e petiscos (que, talvez não por coincidência, são alimentos frequentemente encontrados em comerciais de televisão).

Além disso, alguns estudos sugerem que a postura sentada prolongada, além de seu impacto sobre os hábitos alimentares e exercício físico, pode causar mudanças no metabolismo que contribuem para níveis de mau colesterol e obesidade. Em resumo: saia do sofá!

7. Tomar refrigerante


Normal, diet, light ou zero, todos os refrigerantes de cola contêm fosfato, ou ácido fosfórico, um ácido que dá ao refrigerante seu sabor típico e aumenta seu tempo de validade. Embora exista em muitos alimentos integrais, tais como carne, leite e nozes, ácido fosfórico em excesso pode levar a problemas cardíacos e renais, perda muscular e osteoporose, e um estudo sugere que poderia até provocar envelhecimento acelerado.

O estudo, publicado em 2010, descobriu que os níveis de fosfato encontrados em refrigerantes fizeram com que ratos de laboratório morressem cinco semanas mais cedo do que os ratos cujas dietas tinham níveis normais de fosfato.

Pior: houve uma tendência preocupante dos fabricantes de refrigerantes de aumentar os níveis de ácido fosfórico em seus produtos ao longo das últimas décadas.

Esqueça obesidade e outros problemas de saúde que os refrigerantes causam. Se você quer mesmo um bom motivo para parar de tomá-lo, está aqui: ele pode te fazer morrer mais cedo! 

Fonte: Hypescience.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

6 mitos sobre alergias

De pessoas que tiram o glúten da dieta e que podem não precisar fazer isso até aqueles que equivocadamente não tomam a vacina contra a gripe por serem alérgicas a ovo, mitos sobre alergias são comuns. Às vezes, até mesmo médicos acreditam nessas lendas urbanas. Por isso mesmo, depois de ouvir informações incorretas por várias vezes, o Dr. David Stukus, um alergologista pediátrico do Hospital Infantil Nationwide, de Columbus, no estado norte-americano de Ohio, contou que decidiu investigar a origem destes boatos e por que eles são tão corriqueiros.

“Esses equívocos são bastante comuns no público em geral, bem como entre os clínicos gerais”, relata Stukus. Ele descobriu que havia falta de evidência científica para muitas ideias a respeito de alergias e atestou que existe muita desinformação circulando pela internet. “Se alguém está pesquisando por conta própria, esta pessoa pode ser levada na direção errada mesmo naqueles que parecem ser sites confiáveis”, explica.

Outra razão para estes mitos persistirem é que, embora certas crenças tenham sido refutadas pela ciência, a informação correta ainda não permeou nossa cultura.

Abaixo relatamos alguns dos mitos mais comuns sobre alergias e a verdade por trás deles.

6. Alergia a corantes artificiais


As pessoas atribuem muitos sintomas como urticária crônica ou até mesmo asma como uma consequência a ser alérgico a corantes artificiais utilizados em alimentos. Stukus ressalta que é muito comum culpar essas substâncias até mesmo em casos de problemas comportamentais e de TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

No entanto, não há nenhuma evidência científica de que os corantes artificiais causem estes sintomas. “Um monte de gente realmente lista isso como uma alergia em seu registro médico oficial, o que torna muito difícil prescrever determinados medicamentos, e altera o efeito de terapias que poderiam receber, causando gastos desnecessários”, explica.

5. Alergia ao ovo e vacinas contra a gripe


As pessoas que são alérgicas a ovo podem pensar que não podem tomar a vacina sazonal contra a gripe. Entretanto, a verdade é que, embora elas possam conter quantidades muito baixas de proteína do ovo – porque o vírus é frequentemente cultivado em ovos de galinha – as vacinas são seguras para as pessoas com alergia ao alimento.

A segurança das vacinas contra a gripe para pessoas alérgicas tornou-se uma questão importante durante a pandemia de gripe suína de 2009.

“Desde então, pelo menos 25 ensaios clínicos bem conduzidos têm mostrado que as vacinas não contêm uma quantidade significativa de proteína de ovo e que são extremamente seguras, mesmo para as pessoas alérgicas”, disse Stukus.

4. Alergia a frutos do mar e tomografia computadorizada


Há um equívoco que as pessoas com alergias a frutos do mar estão em maior risco de reações negativas ao iodo que às vezes é usado como um “agente de contraste radiológico” durante tomografias para obter uma melhor imagem. “Este foi criado pelos próprios médicos, cerca de 40 anos atrás”, revelou o alergologista, se referindo a quando o rumor começou a se espalhar.

Em um estudo de 1975, os pesquisadores observaram que 15% dos pacientes que apresentaram reações adversas a um agente de contraste radiológico também relataram serem alérgicas a mariscos. Por este motivo, os pesquisadores supuseram que o iodo, presente tanto marisco quanto no agente, poderia ser o culpado.

Porém, quase o mesmo número de pacientes no estudo tinham relatado alergias a outros alimentos, tais como leite e ovos. “O iodo não pode causar alergia, ele está presente em nossos corpos e no sal de cozinha”, garantiu Stukus. As pessoas alérgicas ao marisco são alérgicas a uma proteína específica, que não está presente nos agentes radiológicos.

E os médicos ainda podem ainda estar propagando o mito. Um estudo de 2008 do American Journal of Medicine descobriu que quase 70% dos radiologistas e cardiologistas perguntou a seus pacientes sobre alergias a frutos do mar antes de administrar agentes radiológicos e muitos deles alteraram o procedimento nos casos de pessoas alérgicas ao marisco.

3. Alimentos alergênicos e bebês


É comum pensar que alimentos como nozes e peixe não devem ser administrados a crianças até aos 12 meses de idade, com base nas orientações emitidas em 2000 pela Academia Americana de Pediatria. No entanto, a organização mudou suas diretrizes em 2008 devido à falta de provas, e declarou que as crianças podem comer esses alimentos a partir de 6 meses de idade (desde que não representem um perigo de asfixia).

“Mas a orientação que foi criada há 13 anos ainda está sendo seguida hoje em dia por clínicos gerais, bem como pelo povo”, relata Stukus.

Na verdade, estão surgindo evidências que sugerem que a introdução precoce de alimentos potencialmente alergênicos pode ser boa para as crianças e podem promover uma maior tolerância no organismo delas. “Os estudos em andamento estão tentando provar isso. Nós também não temos grandes evidências a respeito disso, mas [as informações] estão se acumulando”, acrescenta.

No entanto, o especialista observou que as novas diretrizes podem não se aplicar a crianças que vêm de famílias com um forte histórico de alergias alimentares.

2. Ser “alérgico” ao glúten


“Alergias” ao glúten, na verdade, não existem. O Dr. Stukus explica que é uma outra proteína do trigo dos pães a qual algumas pessoas podem ser alérgicas. Porém, as pessoas podem ter intolerância ao glúten ou doença celíaca, uma condição autoimune em que comer alguns alimentos causa inflamação e vários sintomas.

Outro problema relacionado ao glúten é chamada de sensibilidade ao glúten não celíaca. “As pessoas relatam sintomas e têm queixas vagas, mas não há nenhum sinal objetivo ou uma ferramenta de diagnóstico para confirmar [a sensibilidade não celíaca]“, conta Stukus.


1. Animais de estimação hipoalergênicos


Infelizmente, não existe tal coisa como um cão ou gato verdadeiramente hipoalergênicos, afirmou o médico. Na realidade, todos os animais secretam alguns alérgenos na sua saliva, glândulas sebáceas e glândulas perianais – não são os pelos que provocam alergias.

No entanto, algumas raças são menos incômodas para quem sofre de alergias do que outras.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

10 maneiras que a evolução nos confunde

A evolução moldou nossos corpos e comportamentos, instintos e metabolismo. Mas também alteramos nosso próprio ambiente pela nossa cultura, e ainda não tivemos tempo de ficar bem adaptados para essa nova realidade. Isto acaba gerando alguns efeitos colaterais curiosos e intrigantes. Confira aqui 10 maneiras que fomos sabotados pela evolução:

10. Salgado e doce


Você já se perguntou por que somos todos dominados por desejos de alimentos que não são saudáveis, com altos teores de sódio e açúcar, por exemplo?
Os seres humanos evoluíram para sobreviver a partir de três grandes grupos de alimentos: proteínas, gorduras e vitaminas/minerais. Era o que havia disponível aos nossos ancestrais, na forma de carne, peixes, frutas e verduras. Naturalmente, evoluímos para gostar destas coisas por que traziam vantagens para a sobrevivência, e serviam como forma de decidir se um alimento era saudável.

9. O efeito "Tubarão"


Alguma vez você já assistiu um filme assustador e então ficou com medo de fazer algumas coisas, como ir ao porão? Imagine que você é um dos ancestrais humanos que acabou de testemunhar alguém ser devorado por um leão. Seria vantajoso ser capaz de aprender com eventos como este.
E é o que acontece – toda vez que você experimenta uma situação similar à do ataque do leão, você sente uma ansiedade extrema e uma necessidade de evitar a situação, identificada através dos odores e do aspecto da área. O seu cérebro agora conecta rapidamente os cheiros e aspecto com a ideia de ser comido por um leão, e trata de evitar a situação.
Atualmente, não é comum ver alguém ser devorado por leões, mas ver filmes assustadores é. Testemunhamos monstros e fantasmas fictícios fazendo coisas horríveis às pessoas, o que é suficiente para disparar o instinto. A evolução não antecipou este tipo de distração, e o filme “Tubarão” é um exemplo perfeito disso.
As pessoas que assistiram ao filme sabiam que era uma ficção, mas durante algum tempo evitaram praias. Nossos instintos não entendem ataques fictícios de tubarão, e o resultado foi que quem assistiu “Tubarão” experimentou ansiedade real. [ScienceDailyAbout Phobias]

8. Empatia com animais


Você já se perguntou por que você sente afeto por animais? Nossos ancestrais tinham que matar e comer animais para sobreviver, então não seria vantajoso sentir qualquer tipo de compaixão ou empatia por eles. Por que então algumas vezes temos estes sentimentos?
A empatia evoluiu como uma ferramenta para ajudar na cooperação útil entre humanos. Os seres humanos cooperativos tinham melhores chances de sobreviver que os solitários. A empatia é uma ferramenta que nos ajuda a perceber sinais como a linguagem corporal, choramingos e expressões faciais, de forma que podemos sentir o que os outros sentem e estar mais inclinados e capacitados a cooperar de forma mutuamente benéfica.
Nos tempos modernos, não precisamos matar animais pessoalmente para sobreviver, assim o instinto de empatia pode se ampliar e se aplicar aos que apresentam os mesmos sinais sociais descritos acima, como choramingos e expressões faciais. Fatores culturais, como filmes que mostram animais que falam e têm personalidades humanas, também perpetuam este efeito. [GreaterGoodPsychologyToday]

7. O Bom Samaritano


Você já se perguntou por que às vezes sente vontade de dar algum troco a um mendigo? O motivo é parecido com o anterior – é outro exemplo de empatia acontecendo de forma errada em um contexto moderno.
Da mesma forma que no caso anterior, a empatia evoluiu como um instinto de sobrevivência grupal. Os primeiros humanos se reuniam em pequenos grupos para sobreviver, então qualquer um com quem você interagisse era provavelmente alguém próximo, que você deveria confiar para te ajudar.
A evolução não antecipou ambientes como as cidades modernas, onde você interage com centenas de estranhos que não afetam a sua vida de forma nenhuma. O resultado é que o instinto ainda funciona e você se sente compelido a dar um troco a um mendigo.
Se você visse alguém em situação semelhante 200.000 anos atrás, provavelmente seria um membro importante de seu grupo de sobrevivência, e portanto um trunfo importante para manter e desenvolver camaradagem. [JSTORNature.com]

6. Interesse sexual


Você já se perguntou por que as mulheres têm menos interesse em sexo que o homem? Elas podem ficar grávidas e parir aproximadamente uma vez por ano. O homem, por outro lado, pode engravidar dez mulheres por dia, resultando em 10 nascimentos. Esta é uma diferença biológica bastante drástica.
O resultado disso é que as mulheres são mais relutantes e seletivas. Instintivamente, elas não querem desperdiçar suas limitadas chances anuais de gravidez. O fato de agora termos acesso fácil a métodos contraceptivos não anula 200.000 anos de evolução.
O instinto permanece – os homens tipicamente tem uma atitude mais descuidada e promíscua em relação ao sexo, porque biologicamente não há custos envolvidos. Uma mulher, por outro lado, geralmente se sente desconfortável com um estilo de vida assim, porque os instintos lhe dizem “você só terá uma chance de engravidar por ano, então nada de desperdícios”. [Trivers, R. (1972) Parental investment and sexual selection. In B. Campbell; Shackelford, Schmitt, & Buss (2005) Universal dimensions of human mate preferences]

5. Divórcio


Você já se perguntou as possíveis razões pelas quais os casais se divorciam? Sociólogos e demógrafos descobriram que os casais que tem pelo menos um filho têm menos risco de divórcio que casais que têm somente filhas. Por que isso?
Como o valor de um homem como parceiro é bastante influenciado pela sua riqueza, status e poder, enquanto o valor da mulher é determinado pela juventude e atração física, o pai tem que se certificar que seu filho irá herdar seus bens, status e poder, não importando de quantos estamos falando.
Em contraste, existe muito pouco que um pai (ou mãe) pode fazer para manter sua filha jovem ou fisicamente atraente. A presença (e investimento) constante pelo pai é mais importante para o filho, mas não tão crucial para a filha. A presença de filhos, desta forma, diminui as chances de divórcio ou de abandono da família por parte do pai, muito mais que a presença de filhas – evolucionariamente falando. [TheBigQuestions,PsychologyToday]

4. O “Efeito do Inseto Fantasma”


Você já deve ter notado um inseto caminhando no seu braço, só para continuar sentindo como se ele estivesse sobre sua pele, mesmo depois de tê-lo afastado. Por que isto acontece?
Trata-se do instinto de hipersensitividade. Se há a mínima chance de que um inseto esteja sobre você, seu cérebro entra no modo “melhor estar seguro do que arrependido”. E se você acabou de afastar um inseto, provavelmente existem outros por perto, e nossos ancestrais aprenderam da pior forma que eles podem ser venenosos ou perigosos.
Há uma vantagem em se tornar hipersensitivo a insetos imediatamente depois de sentir ou ver um. Seu cérebro sinaliza “é melhor dar uma segunda verificada nesta história de inseto no braço”.
Bônus: combinando este instinto com o efeito “Tubarão”, dá para explicar fenômenos como o avistamento de fantasmas. Você ouve histórias de fantasmas, ou vê um filme, e por causa do “Efeito Tubarão”, seu instinto começa a achar que fantasmas são reais. E quando você está em um lugar arrepiante, como um cemitério, você se torna hipersensibilizado e acaba vendo fantasmas que não estão lá.
As pessoas juram ter visto fantasmas, e podem ter mesmo visto, mas isto não significa que eles estavam lá. Pode ser simplesmente o cérebro tentando mantê-las seguras, criando a imagem de um fantasma, exatamente da mesma forma que cria a sensação de um inseto que não está lá. [DrBeetle]

3. Crise da Meia-Idade


Talvez você já tenha se perguntado por que alguns homens casados acabam passando por uma “crise de meia-idade”. Só que essa crise não é afetada de fato pela idade, mas sim causada pela esposa.
Do ponto de vista da psicologia evolucionária, a crise da meia-idade é precipitada pela entrada iminente da esposa na menopausa, e o fim da sua carreira reprodutiva, o que renova no homem a necessidade de atrair mulheres mais jovens.
Por consequência, homens de 50 anos casados com mulheres de 25 anos não passam pela crise de meia-idade, e homens de 25 anos casados com mulheres de 50 anos a têm, da mesma forma que os de 50 casados com mulheres de 50 anos.
Não é a meia-idade do homem que importa, é a meia-idade da mulher. Quando ele compra um carro esporte conversível vermelho, ele não está tentando recuperar a juventude, mas atrair mulheres jovens para substituir sua esposa que está entrando na menopausa. Cruel… [en.Wikipedia]

2. Coisas que são “fofas”


Já se perguntou por que achamos certas coisas “fofas”? A essência da evolução é conseguir passar seus genes para a próxima geração da forma mais efetiva possível. Assim, era vantajoso que nossos ancestrais fossem capazes de reconhecer suas crias e sentir-se naturalmente compelidos a cuidar delas. E é daí que vem o conceito de “fofo”.
Os humanos desenvolveram uma sensibilidade natural para tudo que tem as características de um bebê humano. Isto inclui a desproporção enorme entre cabeça e corpo, e olhos grandes. O problema é que existem muitas coisas que têm estas características, como cães, gatos e outros animais. Estas semelhanças a bebês humanos disparam nosso instinto e enganam nosso cérebro, fazendo-nos gostar deles. Mesmo objetos inanimados podem criar este efeito, como, por exemplo, uma cenoura “bebê”. [GizMag]

1. A Teoria do Tio Gay


Já se perguntou por que certa porcentagem da população é homossexual? Imagine um bando de ancestrais humanos sem homossexuais na população. A taxa de reprodução seria muito maior, o que parece ser uma vantagem evolutiva. Mas com tantas crianças para cuidar, recursos como comida, supervisão, defesa e abrigo seriam limitadas. Muitas das crianças não conseguiriam chegar à idade adulta.
Agora, imagine o oposto: um grupo de ancestrais humanos com uma porcentagem enorme de homossexuais. Neste caso, teremos um pequeno número de crianças que seriam bem cuidadas. Mas ainda assim não teríamos muitas crianças chegando à idade adulta, por que começaríamos já com poucas crianças.
Finalmente, em uma abordagem parecida com a da “Cachinhos Dourados”, imagine um grupo com a quantia certa, nem demais, nem de menos, de heterossexuais e homossexuais. O número de crianças com supervisão adequada atingindo a idade adulta seria maximizada. E é exatamente o que vemos na população humana atual – uma comunidade gay pequena, mas consistente. 
Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

10 estudos depressivos sobre a humanidade

Se você é como eu, gosta de acreditar no bem das pessoas. Ou seja, crê que, a humanidade, em sua essência, é boa. No entanto, teorias filosóficas à parte, não dá para negar que somos capazes de coisas bastante ruins. De vez em quando, pesquisadores chegam a resultados que revelam fatos inquietantes sobre a nossa espécie. Confira:


10. Pessoas amam mais cachorros do que caridade


Se você encontrasse uma carteira cheia de dinheiro na rua, a devolveria? Essa é a pergunta que pesquisadores em Edimburgo queriam responder, mas eles adicionaram algumas condições extras para tornar a questão mais interessante. 

Como parte do experimento, eles deixaram um monte de carteiras espalhadas pela cidade, com o endereço do proprietário fictício que a tinha perdido. Junto com essas informações, os pesquisadores colocaram uma imagem na carteira para ver o que mais provavelmente garantiria sua devolução. As fotos variaram de recém-nascidos a filhotes de cães e casais de velhinhos adoráveis.

No interesse da ciência, os pesquisadores também deixaram algumas carteiras de controle que não continham fotografias, bem como algumas carteiras que continham indícios de que o proprietário havia doado dinheiro para a caridade muitas vezes.

Ter uma imagem de bebê em sua carteira é a melhor maneira de incentivar estranhos a devolvê-la. Mas os resultados também descobriram que carteiras contendo indícios de doações para a caridade foram devolvidas com menos frequência do que todas as outras (com a única exceção das carteiras de controle, que não continham nada). 

As carteiras que sugeriam que o proprietário era um grande apoiador da caridade só foram retornadas em 20% dos casos, enquanto as carteiras contendo uma imagem de um cão foram devolvidas em 53% dos casos. Para efeito de comparação, as carteiras de controle, que não continham nada além de dinheiro, foram devolvidas 15% do tempo. Assim, de acordo com esses dados, você tem 33% mais chances de recuperar sua carteira se você anunciar que você ama cães, ao invés de fazer caridade.


9. Fazemos caridade para agradar a nós mesmos


Falando em caridade, apesar de ser, sem dúvida nenhuma, uma coisa extremamente boa, pesquisadores da Universidade de Kent (Inglaterra) descobriram que a motivação das pessoas para doar dinheiro é tudo, menos impessoal. Eles notaram que as pessoas eram naturalmente inclinadas a doar para a caridade puramente baseadas em suas próprias opiniões e gostos.

Por exemplo, uma pessoa doava para instituições de caridade prol cães simplesmente porque odiava gatos. Também foi descoberto que as pessoas eram susceptíveis a justificar não doar dinheiro para uma instituição de caridade importante simplesmente porque isso entrava em conflito com seus próprios pontos de vista pessoais, independentemente de quão informados tais pontos de vista eram.

Por exemplo, um entrevistado se recusou a enviar o dinheiro para vítimas de um tsunami em Sri Lanka porque esse dinheiro iria para “apoiar Mugabe” (presidente do Zimbábue). Ou seja, é um pouco desanimador saber que uma das coisas mais altruístas que uma pessoa pode fazer é tão facilmente afetada por seus interesses e pontos de vista pessoais.


8. Pessoas propositalmente tentam atropelar animais


Você provavelmente conhece uma pessoa que intencionalmente atropelaria um animal na beira da estrada. Em um experimento realizado por Mark Rober, engenheiro da NASA, um monte de cobras, tarântulas e tartarugas de borracha foram colocadas ao lado de uma estrada só para ver o que iria acontecer. Rober descobriu que dos mil carros que passaram pela estrada e foram documentados, 60% literalmente saíram do seu caminho para esmagar os animais. 

Ou seja, os motoristas fizeram uma decisão consciente de desviar para além dos limites da beira da estrada na tentativa de matar os animais de borracha. 89% dos casos envolveram SUVs. Por outro lado, um bom número de pessoas também tentou ajudar os animais. Mas isso não muda o fato de que, quando apresentados com uma pequena cobra inocente apenas tentando seguir sua vida, mais do que uma em cada vinte pessoas arriscam suas próprias vidas somente para destruí-la.


7. Quanto mais gente, menos segurança


Você talvez já ouviu falar do efeito espectador, que é quando uma pessoa presencia algum crime ou situação de perigo e não o reporta, nem faz nada para ajudar. Parece que este efeito é tão forte que as pessoas até arriscam as próprias vidas para se conformar com ele. 

Em um experimento conjunto das universidades de Columbia e de Nova York (ambas em Nova York, nos EUA), indivíduos foram colocados em uma sala sob a suposição de que tinham que preencher um questionário. Depois de um determinado tempo, uma espessa fumaça foi bombeada através da ventilação do prédio. Surpreendentemente, apesar da ameaça real que as pessoas corriam de queimarem até à morte, quanto mais participantes estivessem presentes na sala, menor a probabilidade de alguém relatar a fumaça.

Em alguns casos, as pessoas continuaram completando seu questionário enquanto a fumaça as fazia tossir e limpar os olhos em muito desconforto. Quando questionadas sobre suas razões para ficar em silêncio, muitas pessoas disseram que acharam que provavelmente não era um incêndio. Algumas tinham mesmo assumido que a fumaça fosse “gás da verdade” (para que não mentissem no questionário).


6. Voluntários trabalham menos se são pagos


O trabalho voluntário, como a caridade, é algo que deve ser recompensado. Mas, aparentemente, não deve ser recompensado com dinheiro. Pesquisadores testaram a disposição das pessoas em oferecer seu tempo para uma causa se fossem pagos para isso. Surpreendentemente, quando a pessoa recebia um incentivo monetário para concluir o trabalho, a quantidade de tempo que oferecia diminuía. Embora isso possa sugerir que as pessoas são mais propensas a fazer algo de bom quando não há nenhuma questão de recompensa financeira, isso também significa que a capacidade das organizações de aumentar seus voluntários é essencialmente limitada à vontade ou não das pessoas de ajudar – o que obviamente não é bom.


5. Assumimos que estranhos são homens


A desigualdade de gênero é certamente um tópico polêmico. Apesar do esclarecimento geral sobre o sexismo, parece que a discriminação de gênero é tão arraigada em nossas cabeças que geralmente assumimos que uma figura desconhecida é um homem, independentemente do que a evidência nos diz.

Em um experimento publicado no ano passado, verificou-se que, quando apresentadas com imagens simuladas de computador de um corpo humano, a maioria das pessoas assumia que essas imagens eram de um homem, mesmo quando mostravam um corpo ou silhueta feminino.

Se você está se perguntando por que isso é importante, pense em todas as vezes que você viu uma descrição de Deus retratado como homem. E todas as vezes que você assumiu que um médico seria um homem. Nosso hábito de identificação masculina automática pode explicar um pouco disso, e certamente apresenta um problema para quem valoriza a igualdade de gênero.


4. Somos facilmente persuadidos por “autoridades”


Se você já ouviu falar das experiências de Milgram, provavelmente está ciente do conceito de submissão à autoridade. O que é realmente surpreendente é quão pouca autoridade uma pessoa precisa a fim de persuadir as outras a fazer coisas ruins. Em um dos experimentos mais famosos de Milgram, por exemplo, participantes foram convidados a administrar pequenas doses de eletricidade a outro ser humano em um local remoto, como parte de um estudo.

À medida que a tensão aumentava, o ator sendo “eletrocutado”, que inicialmente tinha dado o seu consentimento, começou a implorar para que experimento parasse. As pessoas comuns envolvidas na pesquisa expressaram dúvidas sobre a segurança da pessoa que elas estavam eletrocutando, mas tudo o que foi necessário para fazê-las continuar com o experimento foi um homem de jaleco. E essa obediência estranha não é exclusivamente reservada para tal situação. Qualquer pessoa que sequer pareça com uma autoridade é propensa a nos persuadir.


3. Não nascemos iguais


“A prática leva à perfeição” é um dos ditados mais antigos – e falsos – que existe. Em 2013, um experimento que visava descobrir o quão rapidamente as pessoas eram capazes de compreender habilidades de xadrez e música constatou que milhares de horas de prática não significavam necessariamente que uma pessoa se tornaria um especialista.

Em outras palavras, só a prática não era suficiente para aprender uma habilidade totalmente. A capacidade inata e o talento natural desempenharam um papel muito maior do que muitos gostariam de acreditar. Embora os pesquisadores ressaltassem que a prática de fato permitia que uma pessoa se tornasse bastante hábil, a diferença entre “bom e ótimo” tinha menos a ver com a prática e mais a ver com o fato ou não da pessoa ser predisposta a ter uma afinidade natural para essa habilidade. 

Isso significa que uma boa parte das crianças praticando violão na esperança de imitar seu ídolo nunca vão alcançar seu objetivo.


2. Fazemos coisas piores quando estamos tristes


Sentir-se triste, ou ter baixa autoestima, nos torna mais propensos a fazer coisas ruins ou, no mínimo, justificá-las mais facilmente.

Uma das mais famosas experiências relacionadas com esta teoria envolveu dar um grupo de estudantes um impulso a sua autoestima na forma de um teste de personalidade, rapidamente seguido por outro experimento no qual eles seriam apresentados com uma oportunidade de enganar outro estudante para ganhar dinheiro. 

Os resultados revelaram que os estudantes que receberam um feedback positivo em seus testes de personalidade eram muito menos propensos a enganar outra pessoa do que aqueles que tinham recebido um feedback ruim, como se o teste revelasse que eles não eram interessantes.

Basta pensar em quantas vezes insultos muito piores são atirados nas pessoas para perceber o quanto isso pode ter consequências ruins na sociedade. E o que é responsável por essa correlação? A pesquisa concluiu que o fenômeno era devido a algo que os cientistas batizaram de “dissonância da autoestima”. 

Basicamente, uma pessoa com uma opinião elevada de si acha muito mais difícil justificar uma ação imoral. É mais fácil mentir para alguém quando você tem a mentalidade de que ninguém se importa com o que você faz.


1. Sentimos menos empatia por pessoas de outras raças


Como parte de um estudo italiano sobre alívio da dor, ambos negros e brancos foram convidados a assistir a um clipe curto de mãos brancas e negras sendo picadas com agulhas, enquanto cientistas monitoravam a atividade cerebral dos observadores e seus batimentos cardíacos.

Ambos os participantes reagiram mais fortemente quando viram uma mão de sua própria raça sendo picada. Para eliminar a possibilidade de que os participantes estavam apenas imaginando suas próprias mãos, os pesquisadores também mostraram trechos de uma mão roxa brilhante sendo picada. 

Ambos os participantes tiveram uma reação emocional mais forte vendo a mão roxa do que a mão pertencente a outra raça. Embora o experimento tenha sido conduzido principalmente para avaliar se os médicos tinham mais dificuldade em identificar a dor de um paciente de uma raça diferente, inadvertidamente descobriu que nós inconscientemente fazemos uma distinção entre as raças em nossas respostas emocionais.

Fonte: Hypescience.