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sexta-feira, 17 de julho de 2015

10 tentativas incríveis de explicar o tempo

Como já diria o grande Cazuza, “o tempo não para”. Quer você queira ou não, ele está sempre correndo com toda disposição do mundo. Mas, afinal de contas… O que é o tempo?

O tempo, meus amigos, é uma coisa estranha. Nós todos parecemos experimentá-lo da mesma forma, mas, às vezes, ele passa mais rápido para mim do que para você. Ou mais lentamente. E parece que quanto mais velhos a gente vai ficando, mais rápido ele passa.

Várias teorias tentaram explicá-lo melhor que eu. Sendo verdadeiras ou não, elas cumprem a missão de colocar uma pulga atrás na nossa orelha e nos fazer refletir por alguns instantes.

10. A Teoria de Santo Agostinho da relação entre tempo e mente



O filósofo cristão Santo Agostinho acreditava que o tempo não era absolutamente infinito. O tempo era, segundo ele, criado por Deus, e era impossível criar algo que fosse infinito.

Ele também disse que o tempo existe somente em nossa mente, tirando a conclusão bizarra de que tudo tem a ver com a forma como nós interpretamos essa grandeza.

Podemos dizer que algo durou “muito” tempo ou “pouco” tempo, mas Santo Agostinho dizia que não há nenhuma maneira real de quantificar isso.

Quando algo está no passado, já não tem quaisquer propriedades de ser alguma coisa, porque esse algo não existe mais, e quando dizemos que alguma coisa levou muito tempo, é só porque nós estamos lembrando dela dessa forma. Uma vez que só medimos o tempo com base em nossa percepção dele, então só deve existir em nossas cabeças. O futuro ainda não existe, de modo que não podemos ter quaisquer quantidades mensuráveis dele.

A única coisa que existe é o presente (e isso é um conceito complicado ao qual nós vamos chegar em um minuto).

9. A topologia do tempo



Com o que o tempo parece? Se você tentar imaginar o tempo, você vai vê-lo como uma linha reta que dura para sempre? Ou você o entenderia como uma espiral, que dá voltas e mais voltas sem parar?

Antes de você fritar seus miolos tentando descobrir uma resposta, vamos economizar seu tempo: obviamente, não há nenhuma resposta certa. Mas há algumas ideias intrigantes sobre esse desafio.

Segundo Aristóteles, o tempo não pode existir como uma linha, pelo menos não uma com um começo ou um fim, mesmo que provavelmente tenha havido uma época em que, bem, o tempo começou.

Para que haja um momento no tempo quando ele começou, tem que haver alguma coisa antes que tenha marcado seu início. O mesmo vale para o fim dos tempos, segundo ele.

Há também o problema de quantas linhas de tempo existem. Será que existe uma linha do tempo em que tudo se desloca junto, ou existem várias linhas de tempo que se cruzam alternadamente ou correm paralelas umas as outras? Ou o tempo é uma única linha com um monte de galhos? Ou, ainda, será que existem momentos nessa tal corrente que existem independentemente de outros momentos?

Há uma abundância de opiniões, nenhuma exata.

8. A Teoria do Presente Ilusório



A ideia dos presentes ilusórios lida com a questão de quanto o tempo presente realmente dura. A resposta habitual, que diz algo sobre ele ser o “agora”, não é muito descritiva. Por exemplo, quando estamos no meio de uma conversa com alguém e estamos no meio de uma frase, o início da frase já é passado, mas a conversa em si ainda está ocorrendo no presente.

Então, quanto tempo o presente realmente deve durar?

E. R. Clay e William James se referem a esta ideia como o presente especioso – ou seja, o espaço de tempo que nós percebemos como presente. Eles sugerem que esse momento pode ser tão curto quanto alguns segundos e, provavelmente, não mais do que um minuto. De qualquer forma, eles chamam de “presente” a quantidade de tempo da qual estamos imediatamente conscientemente.

Dentro disso, ainda há um pouco de espaço para discutir. O presente poderia, teoricamente, ter algo a ver com quanto tempo de memória de curto prazo uma pessoa tem. Quanto mais tempo ela tem, maior é o presente para ela.

Há também a ideia de que isso é apenas uma questão de percepção instantânea, e o segundo é passado e você está confiando em sua memória de curto prazo, um momento que já não é uma parte do presente.

Depois, há o problema do presente e algo de um presente prolongado, que é onde o presente ilusório entra. O presente não deve ter duração de tempo real, porque se tivesse, parte desse tempo estaria no passado e parte no futuro, contradizendo a si mesmo. Assim, o presente ilusório tenta explicar o presente como um intervalo de tempo que tem duração, ainda que seja uma coisa separada da presente objetivo.

7. Pessoas baixinhas experimentam o “agora” mais cedo que as outras



Parece estranho, mas faz sentido. Esta teoria foi apresentada por um neurocientista chamado David Eagleman, e é chamada de “ligações temporais”. Ela é construída em torno da ideia de que nós experimentamos o mundo em pacotes de informações que são recolhidos pelos nossos sentidos e processados no cérebro.

Diferentes partes do corpo, mesmo que recebam essas informações ao mesmo tempo, demoram ligeiramente diferentes quantidades de tempo para levá-las até o cérebro.

Digamos que você está trocando mensagens de texto com alguém, e você bate a cabeça em um poste ao mesmo tempo em que chuta uma pedra. Em teoria, as informações recolhidas de seu ferimento na cabeça vão chegar ao seu cérebro mais rápido do que a informações de dor enviadas pelo seu dedo do pé, mas você acha que as sente ao mesmo tempo.

Isso porque existem certos padrões cerebrais para uma espécie de organograma sensorial que coloca as coisas em uma ordem que faz a gente sentir as coisas em escalas. Esse atraso no processamento de informação é o que faz as pessoas mais baixas sentirem o “agora” um pouco mais cedo.

Uma pessoa mais curta, digamos assim, realmente vivencia uma versão mais precisa do tempo, porque há menos atraso na transmissão de informações para o cérebro.

6. O tempo está ficando mais lerdo – e nós podemos perceber isso



Um dos problemas de longa data da física tem sido a existência de energia escura. Nós podemos ver seus efeitos, mas ainda não temos ideia do que ela seja exatamente. Uma equipe de professores da Universidade do País Basco, em Bilbao, e da Universidade de Salamanca, na Espanha, têm sugerido que todos os nossos esforços para encontrar e definir a energia escura tem sido em vão, simplesmente porque ela não existe.

Em vez disso, dizem eles, todos os efeitos da energia escura podem ser explicados pela ideia alternativa de que o que estamos realmente vendo é tempo diminuindo sua velocidade, e se preparando para uma eventual parada.

Veja, por exemplo, o fenômeno astronômico de desvio da luz para o vermelho.
Quando vemos estrelas que têm um comprimento de onda de luz que é vermelho, sabemos que elas estão acelerando. O grupo de professores espanhóis está agora tentando explicar o fenômeno da aceleração do universo como sendo o resultado não da presença de energia escura, mas simplesmente de uma ilusão criada pelo tempo em processo de desaceleramento.

A luz leva uma boa quantidade de tempo para chegar até nós. Conforme o tempo passa, ele vai ficando mais lento, fazendo com que pareça que tudo está se acelerando para longe.

O tempo é extremamente lento, mas, dada a vastidão do espaço, é ampliado através da quantidade incompreensível de distância, o que significa que podemos ver isso quando olhamos para as estrelas.

Eles também dizem que, gradualmente, o tempo vai continuar a diminuir até que simplesmente pare completamente. O universo irá congelar para toda a eternidade.

Mas não se preocupe, estamos a salvo. Isso só acontecerá a milhares de milhões de anos de distância, e a Terra já não estará por aqui.

5. O tempo simplesmente não existe



Quando a gente não consegue explicar alguma coisa, essa parece a resposta mais fácil. Mas, na verdade, existe um raciocínio bem interessante por trás dessa afirmação.
Ela foi colocada no mundo pela primeira vez no início de 1900 por um filósofo chamado J. M. E. McTaggart. De acordo com McTaggart, existem duas maneiras diferentes para analisarmos o tempo.

A primeira, chamada de Teoria A, indica que o tempo tem uma ordem e flui ao longo de um caminho; nesta versão do tempo, é possível organizar as coisas conforme elas acontecem. Há uma progressão de eventos do passado para o presente e futuro.

Já uma Teoria B, por outro lado, afirma que a passagem do tempo em si é uma completa ilusão, e não há nenhuma forma de atribuir objetivamente uma ordem particular para as coisas que acontecem.

Esta versão do tempo é aparentemente apoiada por nossas memórias, que tendem a recordar eventos aleatoriamente. Levando essas duas teorias em conta, o filósofo entende que o tempo não existe. Para que ele exista, seria necessário que houvesse uma mudança contínua nos eventos, no mundo ou nas circunstâncias. As teorias A e B, por sua própria definição, não são uma referência para a passagem do tempo, e não há nenhuma mudança compreendida por elas. Portanto, o tempo não existe.

Se a Teoria A sozinha for correta, isso também sugere que o tempo não pode existir. Vamos pensar por exemplo no seu 1º aniversário. Em algum momento, este foi um evento no futuro, mas agora só existe no passado. Como um momento não pode ser passado, presente e futuro, McTaggart diz que a teoria é contraditória e, portanto, impossível, como qualquer ideia de tempo.

4. Teoria da 4ª dimensão e universo em bloco



A teoria da quarta dimensão e a teoria do universo em bloco estão relacionadas com a ideia de tempo como uma dimensão real.

Na quarta dimensão, todos os objetos (obviamente) existem em quatro dimensões em vez de três, e a quarta dimensão, o tempo, pode ser pensada em termos das outras três dimensões.

A teoria do universo em bloco imagina o universo inteiro como sendo um bloco dimensional feito de fatias de tempo. Ele tem largura, profundidade e altura. Todo e cada evento tem uma duração mensurável, sendo que existem camadas de tempo que formam seu todo.

De acordo com essa teoria, cada pessoa é um objeto quadridimensional que existe em camadas de tempo. Sendo assim, existem camadas de tempo para a primeira infância, infância, para a adolescência, e assim por diante.

Sendo assim, essa teoria entende que o tempo, sozinho, não existe. Mas sim que há um passado, presente e futuro, e cada ponto dentro do bloco é qualquer uma dessas três coisas em referência a outros pontos do tempo.

A teoria do universo em bloco também deixa espaço para a ideia de tempo infinito, passado e futuro, dizendo que o bloco dimensional pode se estender até o infinito em qualquer direção.
Isso não deixa espaço para uma mudança no futuro, uma vez que a ocorrência dos eventos no bloco de tempo já existe, e o que chamamos de futuro já foi decidido.

3. O tempo não tem “velocidades”



Ocasionalmente, ouvimos histórias de pessoas que estão em uma situação de risco de morte ou de muito medo – e elas juram que o tempo está ficando mais lento. Muitas vezes isso acontece quando somos confrontados com uma grande decisão, ou quando algo completamente inesperado acontece.

Esse é um fenômeno tão difundido que tem havido muita discussão sobre se estamos permitindo o tempo ir mais devagar para termos mais tempo para processar todas as informações com que estamos sendo confrontados.

Os pesquisadores tentaram entender o que significaria. De acordo com eles, nós poderíamos ser capazes de ver as coisas com uma qualidade maior, e seriamos capazes de escolher mais detalhes conforme as imagens passassem por nós.

O cérebro tende a misturar estímulos conforme as coisas acontecem, de forma que as informações são recebidas com menos de 80 milissegundos de intervalo. Portanto, se o tempo se desacelera, a expectativa é que a gente passe a reconhecer estímulos como eventos separados.
Após vários experimentos, os pesquisadores chegaram à conclusão de que uma experiência que “desacelera” o tempo sugere que não é o momento que está passando mais devagar para nós, mas sim a nossa lembrança dele.

2. Khronos, Kronos e o pai do tempo



Antes de filósofos gregos pensarem sobre como explicar o tempo, havia uma explicação mitológica que incluía a figura do chamado “Pai do Tempo”. Antes que houvesse qualquer coisa, havia os deuses Khronos e Ananke.
Khronos era o Deus do Tempo, e era imaginado como parte homem, parte leão e parte touro. Uma figura fascinante, certamente.

Ananke, uma serpente enrolada em torno do ovo do mundo, era tida como um símbolo da eternidade.

Khronos também aparece na mitologia greco-romana, onde representado dentro da roda de um zodíaco. Como essa roda está desgovernada pelo tempo, ele pode ser jovem ou velho.

Khronos era o pai dos titãs e é muitas vezes mencionado como sinônimo de Kronos, que também foi associado com o tempo. Kronos foi o responsável por castrar seu pai, e mais tarde seria morto por seu próprio filho, Zeus.

Khronos também era responsável pela progressão do tempo através das estações e ao longo dos anos, desde o início, mas as coisas que aconteceriam com homens e mulheres dentro desse tempo eram comandadas por outra figura.

Nós geralmente nos referimos ao tempo por meio de coisas que acontecem conforme ele vai passando. Nós crescemos e, em seguida, nos tornamos velhos. Este ciclo de vida do homem não foi dominado pelo Deus do Tempo, mas sim por Moirai. Klotho girou o fio da vida, começando o ciclo para todos. Lakhesis mediu por quanto tempo o ciclo duraria, enquanto Atropos cortaria o fio. O Moirai iria predizer eventos futuros, bem como o que o destino já havia escrito.

1. Nós não somos bons em perceber o tempo



O tempo parece ser uma questão subentendida por todos. Ele é o que ele é. Mas a grande verdade é que ele quebra as nossas cabeças nos primeiros segundos de discussões sobre temas como a física do espaço, dimensões e todos os assuntos periféricos possíveis.
Nós não somos realmente nada bons em falar sobre o tempo, no entanto, temos parâmetros para medi-lo e prová-lo.

Por um lado, há um tempo sideral, que é o tempo medido pela colocação das estrelas e da rotação da Terra. Isso, obviamente, varia um pouco, por isso temos também o dia solar. Ele é baseado na quantidade de tempo que a Terra leva para fazer uma única rotação sobre o seu eixo, que também é bastante variada. É por isso que, para contar um ano solar, precisamos da média do comprimento das rotações para chegar com o nosso sistema de tempo.

No começo do século 20, porém, cientistas e astrônomos descobriram que a rotação da Terra estava ficando mais lenta. Eles criaram o tempo das efemérides para cobrir possíveis variações, mas esse parâmetro foi extinto em 1979. Em seguida, houve o tempo dinâmico terrestre, que foi mais preciso. Esta métrica foi interrompida em 1991, quando foi renomeado tecnicamente para “tempo terrestre”.

Se você acha que se manter a par de fusos horários parece complicado, você é inocente e não sabe de nada. Ainda hoje, as posições das estrelas e outros corpos solares são usadas em conjunto com o tempo dinâmico terrestre, mas como o resto do mundo está no padrão de tempo universal, é preciso haver uma maneira de converter os dois para que todos se localizem.

Em resumo, nós simplesmente não temos ideia do que fazer com o tempo, mesmo sendo escravos dele todos os dias. Até a questão mais simples relacionada com essa variável é uma grande incógnita, capaz de dar um nó cego nos cérebros mais inteligentes.

Fonte: Hypescience

sábado, 18 de abril de 2015

10 fatos curiosos sobre o comportamento humano

Nós somos os arquitetos de nossa própria personalidade – pelo menos, aprendemos a acreditar nisso porque nossas mães nos ensinaram assim.

Mas a verdade é que não temos muito controle sobre o nosso comportamento e nossas percepções do mundo. Várias teorias psicológicas sugerem que nossas personalidades, nossas progressões de pensamento e até mesmo os nossos sentimentos são o produto de processos corporais descontrolados.
Será que isso significa que somos na verdade robôs estúpidos levados a pensar que temos controle sobre nosso comportamento?

Provavelmente.

10. Memória explícita e implícita


Quando pensamos na nossa própria memória, normalmente a vemos como algo que foi conscientemente construído, como uma lista de ideias decoradas. Esta memória, da qual estamos cientes, é chamada de memória explícita.

Mas ela não é a única. Os seres humanos têm memórias de coisas que simplesmente não podem se lembrar. É a chamada memória implícita.
A memória implícita é inconsciente, e não exige memorização deliberada. Estamos real e completamente inconscientes dela. Ainda assim, ela desempenha um papel importante no controle de nosso comportamento.

Quando criança, por exemplo, você pode ter tido uma tradição de ir ao cinema e pedir pipoca. Só que você não pode nem mesmo ter gostado muito de pipoca; apenas associou uma experiência tão agradável a ela, de forma que sua memória implícita prolonga o prazer de seus sentimentos por pipoca.
Psicólogos, por vezes, associam esta tendência a um comportamento impulsivo. Mesmo quando você é adulto, em vez de degustar o simples prazer do sabor da pipoca, você inconscientemente experimenta uma ligação fisiológica com uma infância feliz.

9. A questão do gênero


A sociedade tem basicamente imposto uma distinção entre os sexos por volta da idade de três anos. Mas a pergunta de um milhão de dólares é se atributos de gênero são determinados pela biologia, ou construídos através dos nossos ambientes sociais.

O debate da natureza vs. ambiente social desperta uma longa polêmica na comunidade psicológica, mas o consenso agora parece ser que a nossa personalidade depende de uma mistura dos dois.

Nós somos obviamente influenciados por papéis de gênero socialmente construídos – creio que essa não é uma grande novidade. As meninas têm que brincar com bonecas Barbie e meninos com Lego e carrinhos. As roupas das meninas são cor-de-rosa, as roupas dos meninos são azuis. E quem usar trocado está fazendo “errado”, ou ganha um rótulo precoce relacionado à sua sexualidade.

Mas, apesar de nossos ambientes sociais nos incentivarem para os caminhos ditos como “certos”, é ainda claro que a biologia desempenha um papel enorme nisso também.
Cientistas descobriram que uma causa provável para a distinção de gênero é exposição hormonal durante o desenvolvimento pré-natal. Um estudo com ratos descobriu que ratos machos expostos a hormônios anti-macho durante a infância ficam menos agressivos do que a média dos ratos machos ao longo da sua vida útil.

Estes hormônios poderiam desempenhar um papel estruturalmente diferente nas composições de cérebros de homens e mulheres. Os homens tendem a experimentar uma maior estimulação no hipocampo esquerdo, e as mulheres no hemisfério direito. Isso resulta em mulheres com excelência em linguagem, e homens que têm o maior noção de espaço, por exemplo.

8. Desenvolvimento moral


Nós podemos achar que controlamos o desenvolvimento de nossa moral. Mas, pelo menos de acordo com as teorias de Piaget e Kohlberg, a verdade é que a moralidade aumenta em estágios conforme ficamos mais velhos. Se algo bloqueia a progressão para a próxima fase, então o seu desenvolvimento moral fica sensivelmente prejudicado.
Kohlberg desenvolveu uma teoria da progressão moral em três etapas. Ele estudou meninos com idades entre dez aos dezessete anos, e ofereceu a eles um dilema. O pesquisador contou uma história sobre um homem cuja esposa estava morrendo de câncer. Como o marido não podia pagar a sua medicação, ele a roubou. Os meninos então explicaram o que eles pensavam que era a coisa certa a fazer.

Depois de estudar as suas respostas, Kohlberg elaborou a sugestão de que existem três níveis de desenvolvimento moral. A primeira é a fase de pré-convencional, quando as crianças não têm qualquer empatia com os outros e sua única motivação para fazer o bem é de medo de punição.

A segunda é a fase convencional, quando a motivação da criança vem de querer ser considerada como boa aos olhos dos outros. E a última etapa é a pós-convencional, quando a pessoa começa a questionar a autoridade, pensar de forma independente e entender que os direitos individuais, por vezes, têm consequências coletivas.

7. Puberdade


Aquele período maravilhoso (só que não) em que somos afetados pela puberdade desempenha um papel importante nas personalidades que temos hoje. O início da puberdade inflama uma forma de egocentrismo, ou autoconsciência.

Algumas crianças se preocupam que eles estão se desenvolvendo muito rapidamente, e outras que estão em desenvolvimento mais lento que a média. Como passamos pela puberdade em diferentes idades, a maturidade é atingida em momentos diferentes também.


Um estudo descobriu que os meninos que amadurecem sexualmente mais cedo do que os seus pares muitas vezes desenvolvem maturidade social antes também, e são percebidos como líderes de seu grupo.

Meninos do outro lado da moeda tendem a se tornarem mais hostis, socialmente retirados e propensos a desenvolver problemas de comportamento.
O aspecto negativo para as meninas é um pouco mais complicado. Alguns estudos têm indicado que as meninas que amadurecem sexualmente mais cedo são mais propensas a serem percebidas como tendo um status mais elevado em encontros sociais; por outro lado, elas também são mais propensas a participar de atividades de quebra de regras, como roubar, enganar e abusar do álcool.

6. Orientação sexual


Os gays são gays porque eles escolhem? Eles têm uma orientação sexual predisposta? Embora este seja um tema amplamente debatido, psicólogos concordam que a homossexualidade é, pelo menos parcialmente, biologicamente determinada.

Ao contrário do que vimos nas questões de gênero, os hormônios não parecem desempenhar um papel importante na orientação sexual. Estudos descobriram que os homossexuais podem ter o mesmo nível de testosterona que os homens heterossexuais. Isso é importante, porque mostra que você não pode “consertar” uma pessoa gay, bombardeando-a com uma dose ridiculamente alta de hormônios.

Infelizmente, a resposta é que ainda não sabemos exatamente certos o que determina nossa sexualidade. Mas, curiosamente, os homens homossexuais são mais propensos a ter um irmão mais velho do que os homens heterossexuais. Esta estatística conta apenas para irmãos nascidos da mesma mãe e, surpreendentemente, quanto mais irmãos mais velhos uma pessoa têm da mesma mãe, maiores são as suas chances ser gay.

Uma possível explicação é que cada vez que uma mãe está grávida de um menino, seu sistema imunológico torna-se bombardeado com proteínas encontradas apenas nos machos. A exposição extrema leva a anticorpos maternos contra essas proteínas, o que afeta o desenvolvimento do cérebro do feto. Este pode ser um dado controverso se alguma vez comprovado, porque pode levar as pessoas a acreditarem que a homossexualidade é uma síndrome que pode ser medicamente prevenida.

5. Agressão


Existe uma ideia comum de que os níveis mais elevados de testosterona podem causar maiores níveis de agressão, e isso tem sido aceito na comunidade médica por um bom tempo. Alguns criminosos sexuais condenados foram também tratados com a terapia anti-androgeno, na esperança de que isso diminuiria impulsos de agressão causados pela testosterona. Embora essa correlação seja comprovada em certa medida, os psicólogos também descobriram que o oposto é verdadeiro em alguns estudos de caso.

Eles descobriram que os níveis de testosterona no sangue de um grupo de cinco homens, que estavam confinados em um navio durante duas semanas, mudaram ao longo do tempo conforme os homens estabeleceram uma ordem de classificação de dominância. Quanto maior era a classificação do homem, seus níveis de testosterona aumentavam. Isso sugere que o nosso ambiente externo pode realmente mudar a composição química do nosso corpo, o que permite que nos tornemos as pessoas que precisamos ser a fim de cumprir um determinado papel social estabelecido.

4. A “tríade do mal”


Alguns cientistas acreditam que nossos traços de personalidade são, em grande parte, genéticos – portanto, inerentes à nossa biologia. Para estudar mais essa questão, pesquisadores compararam um grupo de gêmeos fraternos com um grupo de gêmeos idênticos com base em cinco traços de personalidade, incluindo extroversão, estabilidade emocional, consciência, afabilidade e abertura a novas experiências. Os resultados foram bastante previsíveis: gêmeos idênticos eram muito mais semelhantes entre si do que gêmeos fraternos.

A conclusão disso é que os nossos traços de personalidade são, pelo menos parcialmente, genéticos.
O que acontece se a sua personalidade é determinada por um grupo desagradável de genes? Psicólogos têm chamado isso de “Tríade do Mal”, que implica em três características conhecidas como maquiavelismo (sendo que a pessoa se torna um manipulador sem escrúpulos), psicopatia (quando a pessoa passa a exibir uma falta de empatia e um alto nível de impulsividade) e narcisismo.

Uma pessoa com azar de ser sorteada pela tríade do mal na loteria genética geralmente se torna um criminoso impiedoso, inteligentíssimo e de coração frio. De fato, os indivíduos que apresentam esses traços de personalidade compõem o principal tipo de criminosos.

3. O que é bonito é bom


Isso é uma tristeza que a gente conhece bem em época de eleições. Quem não se lembra de pessoas falando que votariam no Collor porque “ele é bonito”? Infelizmente, a maioria das pessoas bonitas colhem benefícios adicionais na nossa sociedade.

Embora na superfície sabemos que a atratividade não sugere qualquer traço de personalidade em particular, na maioria das vezes ainda nos enganamos.
No Canadá e nos EUA, as pessoas atraentes são geralmente vistas como mais felizes, mais inteligentes e mais socialmente qualificadas. Em seguida, vem o resto de nós.

A maioria simplesmente não quer ser vista como superficial e, portanto, minimiza a importância de atratividade física. Naturalmente, é possível que nossas percepções estejam certas mesmo, uma vez que tendem a ser autorrealizáveis. Pessoas atraentes podem de fato ser mais felizes e mais socialmente qualificadas, justamente porque foram favorecidas por todos nós durante toda a vida.

2. Excitação fisiológica


Romances dos filmes de Hollywood são melodramáticos, para dizer o mínimo. O amor sempre parece sobre uma combustão espontânea nos lugares mais inconvenientes, como no meio de uma zona de guerra, por exemplo. Mas, de acordo com psicólogos, estas situações tensas podem realmente ser catalisadores para atração.

Um estudo recente colocou uma mulher gostosona para entrevistar estudantes universitários do sexo masculino enquanto eles caminhavam por uma ponte frágil. Então, para estabelecer uma comparação, a mesma mulher entrevistou homens caminhando por uma ponte resistente e estável. A mulher deu a cada homem seu número de telefone, e disse-lhes que eles poderiam ligar caso tivessem alguma dúvida sobre a entrevista.

Os homens entrevistados na ponte “da morte” se mostraram muito mais propensos a ligarem. Logo, a conclusão dos pesquisadores é que é possível que os homens que atravessaram a ponte frágil tenham tido uma experiência de elevada excitação geral e, subconscientemente, atribuíram essa excitação a mulher, o que aumentou a percepção da sua gostosura.

1. Ah, o amor


Seria impossível terminar essa lista sem falar do sentimento que tem razões que a própria razão desconhece. Pois muito bem, eu tenho uma pergunta capciosa: como você sabe que você está apaixonado?

Alguns psicólogos chegaram à conclusão de que esse sentimento existe quando a pessoa sente cinco elementos distintos: a necessidade de intimidade com a pessoa; um sentimento de paixão com ela; pensamentos obsessivos sobre ela; dependência emocional; e uma sensação de êxtase se a pessoa parece retribuir.
As meninas de quatorze anos de idade que estão entre nós sem dúvida concordam fortemente com esses itens.

Então, vou melhorar a pergunta: o que faz você se apaixonar por alguém?

Além dos fatores óbvios, tais como a aparência física e simetria facial (?), também parece que geralmente as pessoas amam pessoas que são semelhantes a elas mesmas. Um estudo demonstrou que a maioria dos casais de longa duração eram semelhantes entre si em aparência, ideologia e inteligência.

Aparentemente, os opostos não se atraem, afinal. 

Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

10 teorias que explicam por que sonhamos

O estudo dos sonhos é chamado oneirologia, e é um campo de investigação que abrange a neurociência e a psicologia. Ainda assim, as razões pelas quais sonhamos ainda são misteriosas. Mas isso não impediu que os cientistas elaborassem algumas hipóteses bastante fascinantes. Aqui estão dez delas.


1. Realização de desejos


Um dos primeiros esforços sustentados para estudar cientificamente os sonhos foi liderado pelo psicanalista Sigmund Freud, no início do século XX. Após analisar os sonhos de centenas de seus pacientes, ele veio com uma teoria: os sonhos são realizações de desejos.

Qualquer sonho, não importa o quão aterrorizante ele seja, ele deve ser encarado como uma forma de obter algo que você quer, literalmente ou simbolicamente. Por exemplo, digamos que você tem um sonho terrível e triste com a morte de um ente querido. Por que isso seria a realização de um desejo? Talvez, Freud diria, você está tendo um conflito com esse alguém que seria facilmente resolvido se ele morresse.

2. Um efeito colateral acidental de impulsos neutrais aleatórios


A ideia de Freud sobre os sonhos é profundamente significativa. Eles podem revelar desejos e emoções que você não sabia que você tinha. Mas outra escola popular de pensamento sustenta que os sonhos são realmente apenas um efeito colateral acidental de circuitos ativados no tronco cerebral e estimulados pelo sistema límbico, que está envolvido com as emoções, sensações e memórias. J. Allan Hobson, o psiquiatra que popularizou esta ideia, sugeriu que o cérebro tenta interpretar estes sinais aleatórios, resultando em sonhos.

3. Codificação de memórias de curto prazo para o armazenamento a longo prazo



Talvez os sonhos sejam apenas histórias geradas aleatoriamente causadas por impulsos neurais, mas talvez também exista uma razão para eles. Para explorar essa ideia, o psiquiatra Jie Zhang propôs a teoria de que nossos cérebros estão sempre armazenando memórias independentemente se estamos acordados ou não. Mas os sonhos são uma espécie de área de "armazenamento temporário" da consciência, um local onde o cérebro guarda memórias antes de transformá-las de curto prazo para o armazenamento de longo prazo. Elas piscam através de nossas mentes resultando em sonhos, antes de serem arquivadas no cérebro.

4. A coleta de lixo


Essa ideia sugere que sonhamos para nos livrarmos de ligações e associações indesejáveis que se acumulam em nosso cérebro ao longo do dia. Basicamente, os sonhos são mecanismos de coleta de lixo, limpando nossas mentes de pensamentos inúteis e abrindo caminho para melhores. Essencialmente, sonhamos para esquecer. Os sonhos nos ajudam a eliminar a sobrecarga de informações da vida diária e mantém apenas os dados mais importantes.

5. Consolidar o que aprendemos


Esta teoria sugere que sonhamos para nos lembrar, em vez de esquecer. Ela é baseada em uma série de estudos que mostram que as pessoas se lembram o que aprenderam melhor se elas sonham depois de aprender. Como a teoria de Zhang sobre o armazenamento da memória de longo prazo, esta teoria sugere que os sonhos nos ajudam a reter o que aprendemos.

A teoria é sustentada por estudos recentes sobre trauma, que sugerem que quando uma pessoa vai dormir logo após uma experiência traumática, ela está mais propensa a se lembrar e ser assombrada pelo trauma. Assim, uma forma de triagem para pessoas traumatizadas é mantê-las acordadas e ativas por várias horas, mesmo se estiverem cansadas, para evitar que esta consolidação da memória traumática aconteça.

6. Uma consequência evolutiva do mecanismo de defesa "fingir de morto"


Com base em estudos que revelaram fortes semelhanças entre os animais que se fingem de mortos e as pessoas que estão sonhando, esta teoria sugere que o sonho pode estar relacionado com um antigo mecanismo de defesa: a imobilidade tônica, ou se fingir de morto. Quando você sonha, seu cérebro se comporta da mesma forma quando você está acordado, com uma diferença crucial: produtos químicos como a dopamina associados com o movimento e ativação do corpo são completamente desligados. Isto é semelhante ao que acontece com os animais que sofrem paralisia temporária para enganar seus inimigos, os fazendo pensar que eles já morreram.

7. Simulação de ameaça



A teoria anterior se encaixa muito bem com uma outra teoria evolutiva dos sonhos, desenvolvida pelo filósofo-neurocientista Antti Revonusuo, na Finlândia. Ele sugere que "a função biológica dos sonhos é simular eventos de risco, para então ensaiar a percepção de ameaça e evitá-la." As pessoas que têm esses tipos de sonhos são mais capazes de enfrentar as ameaças na vida real porque elas já se prepararam através destas simulações noturnas.

8. Resolução de problemas


A pesquisadora médica Deirdre Barrett sugere que os sonhos são uma espécie de teatro onde somos capazes de resolver problemas de forma mais eficaz do que quando estamos acordados - em parte porque a mente quando está sonhando faz ligações mais rapidamente do que quando está acordada.

9. Seleção natural


Segundo o psicólogo Mark Blechner, os sonhos produzem "mutações de pensamento." Nossa mente pode então selecionar estas mutações e variações para produzir novos tipos de pensamento, imaginação, auto-consciência, e outras funções psíquicas. Basicamente, os sonhos são a seleção natural de ideias. Isto pode estender-se ao nível das emoções, também.

10. Processamento de emoções dolorosas com associações simbólicas


Enquanto o modelo darwiniano dos sonhos sugere que estamos sempre transformando nossas idéias, ou eliminando as emoções inadequadas, um novo modelo de sonhos sugere que o processo soa mais como uma terapia do que uma evolução. Nós não estamos selecionando ideias mais adaptativas ou emocionantes - estamos apenas pegando essas ideias e emoções e colocando-as em um contexto psicológico mais amplo. Muitas vezes, o cérebro faz isso associando uma emoção a um símbolo.

Quando uma emoção clara está presente, os sonhos são muitas vezes muito simples. Assim, as pessoas que experimentam o trauma, como uma fuga de um prédio em chamas, um ataque ou um estupro, muitas vezes têm um sonho como: "Eu estava na praia e fui arrastado por uma onda." Este caso é paradigmático. É óbvio que o sonhador não está sonhando com o evento traumático real, mas em vez disso, seu cérebro retrata a emoção: "Estou apavorado. Estou impressionado."

Quando o estado emocional é menos claro, ou quando há várias emoções ou preocupações simultâneas, o sonho torna-se mais complicado. Temos estatísticas que mostram que esses sonhos intensos são realmente mais frequentes e mais intensos após um trauma. Na verdade, a intensidade do sonho central parece ser uma medida da excitação emocional do sonhador.

A teoria especula que esse tipo de associação entre a emoção e o símbolo ajuda a "amarrar" as emoções e tecê-las na nossa história pessoal. Possivelmente, esse tipo de associação simbólica foi uma adaptação evolutiva que ajudou nossos ancestrais a lidar com trauma em um mundo onde eles teriam tratado com muito mais eventos que ameaçam a vida do que a maioria de nós hoje.

Fonte: Science Blux.

terça-feira, 29 de abril de 2014

7 bizarros conceitos da física que todos devem conhecer

No dia-a-dia, conceitos básicos de física (como força, aceleração e pressão) não causam tanto espanto, nem soam absurdos. Quando mudamos para outros cenários, porém, as regras mudam: no mundo subatômico, por exemplo, partículas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, e só o fato de observá-las já altera seu estado; buracos negros podem conter a massa de uma estrela condensada em um único ponto; e para um objeto viajando à velocidade da luz, o tempo passa mais devagar.

Confira a seguir estas e outras ideias que fogem do que nós consideramos “normal” – mas que não causam tanto espanto em cientistas da área.

1 – Relatividade


O termo se refere a duas das mais famosas teorias da física, ambas propostas por Albert Einstein. Na primeira, divulgada em 1906, o físico demonstrou, por meio de uma série de cálculos, que a velocidade da luz é a maior que pode ser atingida por um corpo. Outra ideia defendida por Einstein foi a de que o tempo pode passar mais devagar (ou mais rápido) conforme a velocidade do observador.

Em 1916, ele publicou uma versão expandida dessas ideias, chamada de Teoria Geral da Relatividade. Desta vez, ele abordou também a questão da gravidade, que, segundo ele, seria uma distorção do espaço-tempo causada por objetos massivos. Essa teoria também prevê a existência dos estranhos buracos negros e ajuda a compreender a distorção sofrida pela luz ao atravessar galáxias (causada pela grande força gravitacional desses objetos).

2 – Mecânica Quântica


Átomos, todo mundo sabe, são extremamente pequenos. Partículas como prótons e elétrons, por sua vez, são ainda menores, tão pequenas que, em seu “mundo”, prevalece a Mecânica Quântica – proposta no começo do século 20.

Na escala subatômica, as partículas podem se comportar como ondas e podem estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. É na Mecânica Quântica que estão outros conceitos curiosos, como “emaranhamento” e o “Princípio da Incerteza”.

3 – Teoria das Cordas


Essa teoria (que, por sinal, é estudada pelo personagem Sheldon Cooper, do seriado The Big Bang Theory) sugere que partículas não são pequenos pontos, mas dobras em objetos unidimensionais similares a cordas. A diferença entre as partículas seria a frequência com que as cordas vibram.

A Teoria das Cordas é uma tentativa de conciliar a Física Quântica e a Teoria Geral da Relatividade, além de uma possível base para a hipotética “Teoria do Tudo”, que, supostamente, será capaz de unir todos os conceitos físicos e explicar o universo.

4 – Singularidade


Na física, o termo se refere a um ponto em que tempo e espaço estão infinitamente curvados. Acredita-se que existem singularidades no centro de buracos negros (dentro dos quais, por exemplo, a massa de uma estrela pode estar condensada em uma região minúscula, ou mesmo em um único ponto) e, ainda, que o próprio Big Bang teria começado a partir de uma.


5 – Princípio da Incerteza


Formulado em 1927 pelo físico alemão Werner Heisenberg, o princípio seria uma das consequências da Mecânica Quântica e se refere à precisão máxima em que seria possível medir a localização e a velocidade de uma partícula subatômica.

Há dois fatores por trás da incerteza apontada pelo princípio: o primeiro é o de que a simples medição de algo (no caso, uma partícula) já afeta este objeto; o segundo é o fato de que o mundo quântico não é “concreto”, mas baseado em probabilidades, dificultando a medição do estado de uma partícula.

6 – Gato de Schrödinger


Esse termo se refere a uma experiência teórica imaginada pelo físico austríaco Erwin Schrödinger em 1935, que demonstraria o quão estranha era a incerteza por trás da Mecânica Quântica.

Schrödinger propôs que se imaginasse um gato, preso em uma caixa junto com material radioativo. No experimento, haveria 50% de chance de que o material se deteriorasse, emitindo radiação e matando o gato, e 50% de chance de que o material não emitisse radiação e que o gato sobrevivesse.

De acordo com a física clássica, um desses cenários obrigatoriamente se tornaria realidade e poderia ser observado quando alguém abrisse a caixa. De acordo com a Mecânica Quântica, contudo, o gato não estaria nem vivo nem morto até que alguém abrisse a caixa e observasse (medindo e, portanto, afetando a situação).

7 – Emaranhamento


É um dos fenômenos mais conhecidos da Mecânica Quântica, no qual duas partículas, mesmo quando separadas por uma enorme distância, são afetadas mutuamente – ou seja, se uma se move, a outra se move na mesma direção.

O conceito perturbou o próprio Albert Einstein, que o chamou de “assombrosa ação a distância”. O emaranhamento já foi induzido em experimentos e cientistas esperam, algum dia, poder aproveitá-lo para criar computadores supervelozes.

Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Astrônomos podem ter resolvido mistério da Grande Mancha Vermelha de Júpiter


A Grande Mancha Vermelha é a característica mais notável da superfície de Júpiter uma tempestade de cerca de 20.000 km de comprimento e 12.000 km de largura, cerca de duas a três vezes maior que a Terra. Os ventos em suas bordas podem chegar a até 680 km/h. Esta tempestade gigante foi registrada pela primeira vez em 1831, mas pode ter sido vista pela primeira vez em 1665.




Com base nas teorias atuais, a Grande Mancha Vermelha deveria ter desaparecido depois de algumas décadas, disse o pesquisador Pedram Hassanzadeh, geofísico da Universidade de Harvard, nos EUA. Em vez disso, ela existe há centenas de anos.

Vórtices como a Grande Mancha Vermelha podem se dissipar por causa de muitos fatores. Por exemplo, elas perdem energia, irradiando calor. Além disso, a Grande Mancha Vermelha repousa entre duas correntes de jatos poderosos na atmosfera de Júpiter que fluem em direções opostas, o que também deveria contribuir para uma menor longevidade da tempestade.

Alguns pesquisadores sugerem que as grandes vórtices, como a Grande Mancha Vermelha, ganham energia e sobrevivem através da absorção de vórtices menores. No entanto, isso não acontece com frequência suficiente para explicar a longevidade da Mancha Vermelha, explicou o pesquisador Philip Marcus, cientista planetário da Universidade da Califórnia, também nos EUA.

A Grande Mancha Vermelha não é o único vórtice misterioso. Na verdade, os vórtices em geral, incluindo nos oceanos e na atmosfera da Terra, muitas vezes vivem muito mais tempo do que as teorias atuais podem explicar.

Para ajudar a resolver o mistério da resistência da Grande Mancha Vermelha, Hassanzadeh e Marcus desenvolveram um novo modelo 3D computadorizado de grandes vórtices.

Modelos de vórtices se concentram geralmente em ventos horizontais, onde a maior parte da energia reside. Embora vórtices também tenham fluxos verticais, estes têm muito menos energia. Portanto, no passado, a maioria dos pesquisadores ignoraram o fluxo vertical porque eles achavam que não era importante, ou eles usaram equações mais simples porque eram mais fáceis de serem modeladas, disse Hassanzadeh.

Os pesquisadores agora acham que os fluxos verticais são a chave para a longevidade da Grande Mancha Vermelha: quando uma tempestade perde energia, os fluxos verticais movem gases quentes e frios para dentro e para fora da tempestade, restaurando parte da energia do vórtice. Seu modelo também prevê fluxos radiais que sugam ventos das correntes de jato de alta velocidade em toda a Grande Mancha Vermelha em direção ao centro da tempestade, ajudando-a a durar mais tempo.

Fonte: Mistérios do mundo.