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quarta-feira, 17 de junho de 2015

8 filmes que foram inspirados por clássicos da literatura

O sempre exuberante diretor Baz Luhrmann surpreendeu muita gente quando resolveu embalar a adaptação do clássico de F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby (2013), em uma trilha sonora repleta de hits pop (para o desespero de muitos). Mas se engana quem pensa que essa ~liberdade criativa~ é novidade em Hollywood. Releituras bem mais ousadas de clássicos da literatura já apareceram na telona – e, se bobear, é possível que a referência tenha passado despercebida. Relembre 8 releituras pop de clássicos da literatura:

1. Amor, Sublime Amor (1961)


01Inspirado em: Romeu e Julieta, de William Shakespeare
Não tem jeito: desde a publicação de Romeu e Julieta, na década de 1590, a história de amantes de famílias rivais se tornou a fórmula mágica para um bom conto de amor impossível e inspirou (e segue inspirando) inúmeras adaptações, releituras e reinvenções. 

Uma delas é o clássico Amor, Sublime Amor, vencedor de dez prêmios Oscar, incluindo o de Melhor Filme. No musical, Montechios e Capulettos dão lugar a gangues rivais da cidade de Nova York: Tony é o antigo líder dos Jets, gangue formada por garotos brancos de Nova York; Maria é irmã do líder da rival Sharks, composta por imigrantes porto-riquenhos. 

Longe de adagas e vicários, é através da música e da dança que encontros e desencontros aparecem na telona. “Tony e Maria, nosso Romeu e Julieta, se distanciam dos outros jovens por seu amor, por isso tentamos colocá-las ainda mais distante por sua língua, suas músicas, seu movimento”, explicou o roteirista do musical da Broadway (que inspira o filme) Arthur Laurents, em 1957, ao New York Herald Tribune.

2, 3 4. My Fair Lady (1964), Uma linda mulher (1990) e Ela é Demais (1999)


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Inspirados por: Pigmaleão, de George Bernard Shaw
O conto remete à Roma Antiga: na mitologia, o escultor Pigmaleão entrou em uma cilada – se apaixonou pela estátua que esculpiu ao tentar reproduzir uma ideia de mulher ideal. #climão Foi inspirado neste conto que, em 1913, George Bernard Shaw escreveu a peça teatral que conta a história de Eliza Doolittle, mendiga que vende flores nas ruas escuras de Londres até conhecer Henry Higgins, culto professor de fonética que, ouvindo o horrível sotaque da garota, aposta com um amigo que é capaz de transformá-la em uma dama da alta sociedade dentro de 6 meses. Você já pode imaginar como termina esta história.
A peça teatral foi transposta para os cinemas em 1964, no filme My Fair Lady, que trouxe Audrey Hepburn no papel da humilde Eliza, mas também inspirou adaptações “menos convencionais”:Uma Linda Mulher, filme de 1990 que trouxe Julia Roberts na pele da prostituta que conquista o coração do empresário vivido por Richard Gere; e Ela é demais, filme teen de 1999 que tinha Freddie Prinze Jr. no papel da estrela do time de futebol do ensino médio que aceita a aposta de transformar uma garota desajeitada e impopular em queridinha do colégio.


5. Grandes Esperanças (1998)


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Inspirado por: Grandes Esperanças, de Charles Dickens
Diferentemente das outras releituras desta lista, aqui filme e livro têm o mesmo nome. Mas, caso você tenha assistido despretensiosamente ao filme dirigido por Afonso Cuarón em 1998, pode nem ter percebido que ele é inspirado no clássico escrito por Charles Dickens em 1861. Isso porque mais de um século – e um oceano – separam as duas versões do conto. 

Esqueça a Inglaterra pobre tão marcada nos livros do britânico (como não se lembrar do prato de fome de Oliver Twist?): o filme do diretor de E sua mãe também… Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban transporta os personagens para a Nova York dos anos 1990, um universo tingido pelo verde da esperança de um amor que perdura décadas. No longa, o apaixonado Pip foi rebatizado como Finn e é vivido por Ethan Hawke; já a fria Estella é encarnada por Gwyneth Paltrow.
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6 e 7. Feito Cães e Gatos (1996) e Correndo Atrás (2000)


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Inspirados por: Cyrano de Bergerac, peça de Edmond Rostand
Escrita em 1897 pelo francês Edmond Rostand, a peça Cyrano de Bergerac conta a história do personagem-título, um herói romântico que nutre uma paixão secreta por sua prima distante, a bela Roxane. Apesar de seus muitos talentos como duelista, músico e poeta, Cyrano acredita que sua aparência o impossibilitaria de conquistar o afeto de sua amada. 

Quando Roxane se apaixona pelo atraente, mas pouco eloquente Christian, o herói acaba sendo colocado em uma difícil situação: respondendo ao pedido de seu amigo, é Cyrano que escreve as cartas que Christian envia para Roxane, que (é claro!) se apaixona pelas doces palavras do amante. A trama perfeita para uma comédia romântica, não é mesmo? Os roteiristas de Hollywood certamente acharam que sim.
No final da década de 1990, dois filmes inspirados pela peça chegaram aos cinemas: Feito Cães e Gatos (1996) e Correndo Atrás (2000). No primeiro, Abby é uma veterinária com problemas de autoestima que apresenta um programa de rádio voltado para donos de animais de estimação; quando um ouvinte a convida para sair, Abby decide pedir a Noelle, sua amiga e modelo profissional, que a “substitua” no encontro. Uma receita para o desastre. Já em Correndo Atrás, a clássica peça vai parar nos corredores de um colégio e o “Cyrano moderno” é Ryan, o nerd apaixonado pela garota mais popular da escola, que busca a ajuda da estrela do time de futebol para conquistá-la.

8. O Diário de Bridget Jones (2001)
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Inspirado por: Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
A atrapalhada Bridget Jones e tempestiva Elizabeth Bennet não viveram na mesma época (e nem mesmo no mesmo livro), mas ambas têm um caso de ódio e amor com um Sr. Darcy. Não é apenas uma coincidência. Ao escrever O Diário de Bridget Jones, livro que inspirou a adaptação cinematográfica de mesmo nome em 2001, a autora Helen Fielding se inspirou em Fitzwilliam Darcy, personagem de Orgulho e Preconceito, para criar Mark Darcy – personagem vivido nos cinemas por Colin Firth. A autora também se inspirou na obra escrita em 1813 por Jane Austen para criar outras situações do romance contemporâneo: em ambas as histórias, uma série de enganos e mentiras faz com que as mocinhas desprezem Darcy, que demora (até ser quase tarde demais) para desfazer os mal entendidos que impedem o romance.

Fonte: Super Interessante

terça-feira, 16 de junho de 2015

As 10 piores maneiras de morrer na natureza

O risco é o que nos atrai às aventuras, mas qualquer um que resolva ir para algum lugar selvagem deve estar preparado: na natureza, existem incontáveis formas de morrer. Confira as mais desagradáveis, ignominiosas, e terríveis delas:

10. Morrer em uma queda

 


Você não tem tempo para sentir medo. Centésimos de segundos depois de perder o apoio, o reflexo do susto entra em ação, e seus braços se esticam para agarrar alguma coisa. Mas não há nada para se agarrar. Você está em queda livre, sem corda e sem um colega para te segurar. Você se pergunta no que estava pensando, mas é muito tarde. A gravidade acelera o seu corpo e você cai 9 metros – a altura de um prédio de 3 andares – em 1,4 segundos.

Você ouve um “crack”, sua perna direita atingiu uma projeção da parede e você rodopia por mais 6 metros antes de cair numa laje de granito, com o vale a 30 metros abaixo.

Você tenta respirar, mas a força da queda comprimiu seu diafragma, expulsando o ar dos pulmões. Você consegue arquejar espasmodicamente uma, duas vezes, então uma onda de náusea cresce e você vomita seu lanche. O corpo instintivamente sabe que vai precisar de toda energia possível, e a digestão do café-da-manhã vai consumir muita energia.

Você então nota algo, parece um galho, destacando-se do nylon da sua calça. Uma segunda olhada e você percebe que é seu fêmur direito, despedaçado em uma fratura exposta, com sangue fluindo do ferimento na cintura. Mas você não sente dor, pelo menos não muita, ou melhor, ainda não. O bloqueio da dor é obtido através de muita endorfina nos terminais nervosos.

Ao mesmo tempo, você experimenta o que os médicos de emergência chamam de “hora dourada”, quando, logo após um trauma, seu corpo pode manter a pressão sanguínea apesar da hemorragia. Você sente uma dor surda no torso quando atinge o chão; não só quebrou as costelas da nona até a décima-segunda, mas também rompeu o baço, um órgão do tamanho de um pulso, no lado esquerdo do abdômen, responsável por filtrar o sangue. O sangue está fluindo lentamente para a cavidade abdominal.

Você chama o número de socorro no celular, mas o sinal está bloqueado pelas paredes do cânion. Quando um caçador vê seu corpo vários anos mais tarde, os ossos dos seus dedos ainda estão em torno do plástico desgastado do seu celular.

9. Morto por um Casuar

 


Imagine-se em um acampamento, em algum ponto da região nordeste da Austrália. Você se afasta da fogueira, percebe um risco azul e ouve um som muito baixo para ser um pássaro e muito alto para ser um trovão.

Você resolve investigar, caminhando com cuidado, até dar de cara com uma ave de 1,80 m de altura e 58 kg. Você a examina, mas não percebe sua garra de 12 cm do dedo do meio. A ave parece mansa, só que já foi alimentada várias vezes por outras pessoas, e agora espera que você a alimente também.

Você sabe que não se deve alimentar animais selvagens, mas joga a latinha de cerveja na direção dela. A ave não se move e você resolve ser um pouco mais valente, e avança em direção à ela, fazendo um falso ataque. Ela move a cabeça e você acha que ela vai atrás da cerveja, mas, em vez disso, ela te ataca.

Repentinamente, você se torna uma das 221 vítimas de ataque de casuares. Você ri e se vira para correr, achando que o velociraptor moderno é fácil de deixar para trás. Você está errado. A ave é capaz de correr até 50 km/h, acompanhando você facilmente.

O pássaro chuta e você tropeça em um tronco. Em uma fração de segundos, ele salta cerca de 1,5 m no ar, caindo ao lado do seu pescoço. Você cobre a cabeça com medo enquanto o casuar se aproxima. Com um chute poderoso, ele abre uma ferida de 1,5 cm na sua carótida.

Um vizinho ouve teus gritos e afasta o casuar. Oito minutos depois do corte, você fica inconsciente. O campista tenta estancar a hemorragia, mas não consegue. Você se torna a segunda pessoa, desde 1926, a ser morta por um casuar.

8. Insolação

 



Temperatura do corpo: 38,33°C. Você ignora o fato que a temperatura do ar é quente demais para uma competição de bicicleta, afinal de contas, se chegar ao topo, você ganha!

38,89°C, a cada pedalada, a temperatura do corpo aumenta um pouquinho. Você está na zona da “febre de exercício”, que atletas treinados conseguem suportar sem problema.

39,44°C. A cada 9 segundos, cada uma das duas milhões de glândulas sudoríparas expele uma gota de umidade por um poro, e então se recarrega. Sem o mecanismo de resfriamento do suor, o esforço aumentaria 1°C a cada minuto, e você sofreria uma insolação em 12 minutos.

40°C, a subida fica mais íngreme e você fica em pé sobre os pedais. Você sente dores nos bíceps, batata da perna e músculos abdominais – são as cãibras de calor, que se acredita serem o resultado de perder muito sódio pelo suor. O coração bate, mas não consegue manter as veias e artérias cheias. Elas estão dilatadas ao máximo para eliminar o calor do interior do corpo. A pressão baixa, o cérebro começa a perder oxigenação, e a visão fica turva.

40,56°C, você começa a alucinar. As dores passam, a linha do final está à frente. Você sabe que venceu, mas por algum motivo não tem ninguém esperando. Você sai da estrada e cai em um barranco. Tudo fica preto.

41,11°C, deitado inconsciente, você sofre uma insolação. A taxa metabólica celular – a velocidade com que as células transformam combustível em energia – acelera. Teu corpo está cozinhando por dentro.

41,67°C Você vomita repetidamente, e seu esfíncter afrouxa.

42,78°C, todos os teus músculos estão em convulsão.

43,33°C a 45°C, as mitocôndrias e proteínas celulares dissolvem. O coração e pulmão começam a sofrer hemorragias. O sangue coagula nas veias. O calor danifica o fígado, rins, cérebro, e perfura a parede intestinal. As toxinas das bactérias intestinais entram na corrente sanguínea, o que poderia causar um choque séptico. O coração para.

Você é encontrado no fim da tarde, bem depois do fim da corrida. Não tem mais pulso, mas o corpo ainda está quente.

7. Morto por um urso

 


Em uma tarde serena na Sierra Nevada, você admira o pôr do sol da varanda da cabana. Um barulho que parece uma trovoada atrai a sua atenção e você vê, à esquerda, um enorme urso negro em disparada na tua direção, a boca cheia de baba.

Você sabe que ataques fatais de ursos são extremamente raros, algo como duas pessoas por ano, e hesita. Mas este macho solitário e faminto sentiu o cheiro do seu lixo e agora está caçando você.

Você salta e corre para dentro da cabana, achando que está seguro. Um minuto mais tarde o animal arrebenta uma janela e entra. Você bate latas e panelas, sem resultado, e então corre para o quarto. Normalmente, o urso fugiria, mas, hoje, ele te segue.

Ele te acerta no ombro, te derrubando. Te segurando com as patas, ele arranca teu escalpo com os dentes. Você o ouve arranhar teu crânio enquanto sente dores terríveis. Em uma tentativa desesperada de se defender, você rola, e acaba expondo a garganta. O urso morde.

No dia seguinte, guardas florestais abatem o urso quando ele tenta invadir outra casa. Eles encontram restos humanos no estômago do mesmo.

6. Afogamento

 


3 segundos. Você acabou de virar o caiaque em um buraco no meio do rio, e consegue engolir 5 litros de ar para dentro dos pulmões antes de cair de cabeça nele. Como o ar tem 20% de oxigênio, isto significa que você tem 1 litro de oxigênio nos pulmões. A água fria dispara a “resposta de mergulho” no seu corpo: sua taxa de batimentos cai, e as veias e artérias se contraem, canalizando o sangue oxigenado para o cérebro e órgãos, em vez dos membros.

12 segundos, você tem 825 ml de oxigênio. Um ser humano normal pode prender a respiração por 90 segundos antes de desmaiar. Você começa a sentir o estresse nos pulmões, e sensores no cérebro estão percebendo o aumento de dióxido de carbono no sangue, sinalizando aos pulmões que devem exalar.

37 segundos, e seu sangue que é normalmente vermelho pela oxigenação está ficando azul. Você sente o aumento de ácido lático nos braços e pernas devido à falta de oxigenação. Você coloca a cabeça para fora da água, e consegue liberar dióxido de carbono, mas quando começa a inspirar, o buraco te puxa para dentro. Você engasga, e sua laringe começa a sofrer espasmos devido ao reflexo de fechar para manter os pulmões sem água.

1min23s, 220 ml de oxigênio sobrando. Você perde a consciência. A água que foi inalada lava o surfactante, uma cobertura proteica que impede o colapso dos pulmões. Se for salvo agora, você pode morrer algumas horas depois devido a um “afogamento secundário”, à medida que os pulmões se enchem de fluido.

4min21s, o fraco batimento cardíaco joga algum oxigênio residual ao cérebro. Em terra firme, os danos cerebrais começam cerca de quatro minutos depois que a respiração para. Depois de dez minutos, as chances de recuperação são quase zero. Estes tempos são menores para vítimas na água, principalmente água fria.

19min36s. Exceto pelos impulsos elétricos fraquíssimos, seu cérebro parou de funcionar. O corpo normalmente afunda, e depois volta a flutuar quando se enche de gases resultantes da decomposição. Ainda vestindo o colete salva-vidas, ele gentilmente gira em uma corrente 800 metros adiante.

5. Paralisado por polvo de anéis azuis

 



Você tirou o polvo da água por poucos segundos. Ele mudou de cor, mostrando anéis azuis. Quando você o devolve ao oceano, percebe uma gota de sangue na sua mão. Você nem mesmo sentiu a mordida.

Não há presas, nem ferrão. Você foi mordido por um polvo de anéis azuis, e a neurotoxina tetradotoxina, 10.000 vezes mais tóxica que o cianeto, foi injetada 5mm dentro da sua pele, e agora viaja pelo seu corpo. Em alguns minutos, sua boca fica seca. Logo depois, a face e a língua ficam entorpecidas, até que você perde a capacidade de falar e caminhar se torna impossível.

Sua namorada chama por uma ambulância depois que você colapsa, mas você fica consciente enquanto a neurotoxina paralisa o seu corpo. Os paramédicos lhe colocam de lado para que você não sufoque no próprio vômito, mas eles não sabem mais o que fazer, e você não consegue falar a eles das suspeitas que tem do polvo.

Quinze minutos depois da mordida, seus músculos responsáveis pela respiração estão paralisados. Você fica inconsciente, e o coração continua batendo – até a asfixia.

4. Morto por uma lesma marinha

 



A praia está coberta de conchas, mas uma lesma em forma de cone, com tons de bege e ferrugem, chama a sua atenção. Você se abaixa e a pega, colocando-a no bolso. Imediatamente, você sente uma dor intensa na perna direita e dificuldade de respirar.

Você suspeita que uma das conchas deve ser a culpada, então joga todas fora e continua caminhando em direção ao acampamento. O andar vai ficando mais difícil. A perna direita está amortecida. Você fica preocupado e tira o shorts, e percebe uma pequena marca parecida com uma ferroada.

Quinze minutos depois da lesma ter lhe arpoado, com uma mistura letal de mais de seis peptídeos, você sente uma forte dor de cabeça. A perna direita continua a inchar, e você engole uma aspirina para a dor e vai em direção à fogueira. Em seguida, você começa a vomitar. Sem apetite, você manca de volta para a tenda.

A fala fica enrolada – não que tenha alguém para lhe ouvir – e você vai ficando paralisado. O veneno da lesma bloqueia os canais de cálcio e sódio no sistema nervoso central, causando paralisia.

Quando um amigo preocupado vai checar a sua barraca de manhã, encontra você coberto de vômito – e sem pulso.

3. Morto por abelhas

 


Você ouve primeiro um zumbido indistinto. Você chega ao próximo ponto de apoio, ignorando o zumbido, quando sente uma ferroada no polegar direito. Confuso e alarmado, você olha para cima e vê uma colmeia.

As primeiras ferroadas não te colocam em perigo, você não é alérgico. Mas seu destino foi selado por elas. Cada ferroada é acompanhada de um ferormônio de alarme, com cheiro parecido com banana, e coloca o resto da colmeia em um frenesi de defesa.

As abelhas começam a chover da colmeia. Cada polegada do teu corpo é ferroada, mas elas parecem ter preferência pela cabeça e pescoço, áreas bastante vascularizadas. Tentando afastá-las, você acaba engolindo um punhado de abelhas, que ferroam sua garganta.

Seus amigos lhe salvam, mas você está coberto com mais de mil ferroadas. A dose letal em humanos é estimada entre 500 e 1.200 ferroadas. Mas você ainda pode receber medicação. No penhasco, você começa a vomitar e a sofrer de diarreia e incontinência, mas seus amigos ainda estão lhe ajudando a percorrer a trilha até os paramédicos e lhe levam ao hospital.

Um dia depois, você sai do hospital, com boa saúde. O que você e os médicos inexperientes não sabem é que você estará morto em uma semana. As proteínas do veneno estão dissolvendo células sanguíneas e tecido muscular, liberando detritos. À medida que se acumulam, os rins entopem e você começa a sofrer de falência renal. Dois
dias depois, você volta ao hospital e morre antes que os médicos consigam iniciar uma diálise.

2. Morto por uma pinha

 


Sem que você saiba, algo sinistro se esconde nos galhos acima da sua cabeça. Uma bala de canhão de 10 kg solta-se do galho e cai na direção da sua cabeça enquanto você passeia sob o antigo pinheiro.

A pinha gigante cai de 27 metros de altura, acelerando até uma velocidade de mais de 9 metros por segundo, caindo com a força de uma bola de boliche de um prédio de nove andares.

Você ouve algo se quebrando e olha para cima a tempo de ver um objeto espinhoso, verde e aerodinâmico caindo em direção ao seu rosto. Se você não estiver usando um capacete, é o fim.

1. Morto por um castor

 


A piscina dos castores é convidativa. Com temperaturas em torno dos 32°C, você decide fazer um mergulho após uma caminhada.

Você está nadando de volta à beirada quando sente uma dor do tornozelo à coxa. A perna direita balança inútil enquanto você se bate na água rasa. Agarrando-se a algumas algas, você consegue chegar à beirada.

Você se arrasta pra fora da água, e vê uma grossa faixa vermelha na piscina. O sangue corre de sua perna enquanto você chama por socorro, com os dedos trêmulos no celular.

Você nunca chegou a ver o culpado aquático, um roedor ferozmente territorial com mandíbulas poderosas, capazes de derrubar uma árvore de 90 cm de diâmetro. Quando o socorro chega, você já morreu de hemorragia por causa de uma artéria cortada, e um tendão de aquiles rompido.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

14 coisas que todas as pessoas bem-sucedidas têm em comum

Autor de livros sobre como ter uma carreira de sucesso e fundador de uma empresa de pesquisa e consultoria para a geração Y, Dan Schawbel é um dos colaboradores da revista “Forbes”. Como colunista, já entrevistou diversas personalidades de sucesso. Desde 2007, foram mais de 1.200 CEOs, celebridades, escritores, políticos e até mesmo um astronauta. 

Ao falar com essas pessoas, Schawbel percebeu que todas elas têm traços comuns que os levaram ao sucesso. Abaixo, seguem os 14 pontos que o escritor compilou e que mostram o que eles têm em comum, características que todos nós podemos desenvolver.


1. Eles sabem quando ficar e quando ir embora

 


As pessoas de sucesso sabem exatamente quando devem mudar de emprego, abrir uma empresa ou desistir de sua empresa. Eles têm boa intuição e não têm medo de fazer escolhas difíceis, apesar de forças contrárias.

2. Eles fazem mais do que se exige deles



Eles veem as suas descrições de cargo como apenas o começo do que eles podem fazer com o seu emprego. Depois de terem completado as suas tarefas obrigatórias, eles sempre pedem para assumir projetos que se mostrem desafiadores. Eles estão mesmo dispostos a assumir o trabalho tedioso que ninguém mais quer fazer, a fim de beneficiar toda a equipe.

3. Eles estão dispostos a falhar para ter sucesso




Todas as pessoas bem-sucedidas sabem que nada vem de graça e eles estão fadados a falhar mais do que irão obter sucesso em qualquer coisa. Eles estão dispostos a aprender com cada falha, uma vez que irá ajudá-los a tomar melhores decisões que levarão ao sucesso mais tarde. Enquanto muitas pessoas desistem depois de ter falhado em alguma coisa, uma pessoa bem-sucedida irá perseverar.

4. Eles sabem que fazem a sua própria sorte



Sorte é derivada do trabalho duro ao longo do tempo e de se posicionar para o sucesso. As pessoas bem-sucedidas sabem disso. Elas fazem pelo menos uma coisa todos os dias para se colocar em uma posição melhor para ter sorte e depois usar essa sorte para crescer.

5. Eles definem metas reais que podem realizar



As pessoas de sucesso acordam e já têm o seu dia planejado, enquanto as pessoas mal sucedidas estão lutando para descobrir o que precisam fazer em seguida. Seus objetivos são muito focados, grandes, ainda que alcançáveis, e estão alinhados com os seus pontos fortes. Eles sabem o que são capazes de fazer e vão investir todos os seus esforços nisto, evitando suas fraquezas.

6. Eles tomam responsabilidade por si mesmo e por suas ações

 


Eles não contam com outras pessoas para concluir algum trabalho. Em vez disso, eles estão olhando para dentro e estão tentando encontrar as soluções, ao mesmo tempo que alavancam seus ativos atuais. Se cometem um erro, eles se responsabilizam por isso e imediatamente pensam em maneiras que podem melhorar no futuro, não cometendo o mesmo erro duas vezes.

7. Eles fazem as mudanças, ao invés de serem afetados por ela

 


As pessoas de sucesso não estão esperando para serem afetadas por tendências econômicas. Elas são aquelas que estão criando as tendências e fazendo as coisas acontecerem.

8. Eles são capazes de se adaptar às mudanças no mercado

 


As pessoas de sucesso estão dispostas a se reinventar para permanecerem relevantes no mundo dos negócios. Eles entendem que se você ficar estagnado e ignorar as tendências, é você que vai ficar para trás. Eles estão constantemente tendo novas ideias, procurando a próxima grande coisa e desenvolvendo novas habilidades.

9. Eles podem comunicar a sua história de forma eficaz



Se você chegar até uma pessoa bem sucedida e lhe perguntar o que ela faz, ela será capaz de lhe dizer tudo de uma forma concisa. Eles sabem quem são, o que fazem e podem fazer você acreditar neles. Eles têm uma postura forte e são muito persuasivos e confiantes.

10. Eles fazem as perguntas certas para as pessoas que podem fornecer as respostas certas

 


As pessoas de sucesso sabem que precisam resolver problemas usando seu network. Eles não têm medo de mandar um e-mail ou ligar para a melhor pessoa que pode responder às suas perguntas. Eles estão sempre preparados com as perguntas certas e estão sempre dispostos a ajudar a outra pessoa em troca.

11. Eles são aprendizes de uma vida toda, que se empurram para fora de suas zonas de conforto

 


Enquanto a maioria das pessoas pensam que quando se formarem faculdade, não serão mais estudantes, as pessoas bem-sucedidas permanecem alunos. Eles estão constantemente aprendendo coisas novas e tendo novas experiências. Eles não têm medo de experimentar novas atividades e falhar nelas.

12. Eles sabem quem são e o seu lugar no mundo

 


As pessoas de sucesso estão confiantes e podem liderar a si mesmos, bem como a outros. Eles têm sua própria visão e missão e buscam para trazê-la à sua vida diariamente. Eles também sabem quem eles não são e não perdem tempo com coisas nas quais não são bons em ou que não os satisfazem.

13. Eles são mais animados com a jornada do que com a recompensa

 


As pessoas de sucesso ignoram esquemas para ficar rico rápido. Elas estão mais focados na construção de carreiras sustentáveis ​​através de muito trabalho, tomada de risco e criatividade. Elas aproveitam o caminho, apesar dos obstáculos, porque estão fazendo algo que tem significado em suas vidas.

14. Eles criam em vez de apenas consumir

 


Enquanto a maioria das pessoas estão ocupadas lendo e-mails, assistindo TV ou ouvindo um podcast, as pessoas de sucesso estão criando novas ferramentas e tendo ideias. Eles são os únicos que estão fazendo coisas que as outras pessoas precisam, em vez de estar do outro lado do espectro, as consumindo. 

Fonte: Hypescience

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Dicas de linguagem corporal que ninguém te conta (parte I)


Desenvolver uma conversa com outra pessoa nem sempre é a tarefa mais fácil do mundo. Mas, com a dica de Vanessa Van Edwards, especialista em linguagem corporal, isso não vai mais ser um problema para você. Seguem algumas dicas de como interpretar melhor a linguagem corporal das pessoas:

Para incentivar uma pessoa a falar mais




Segundo ela, trata-se de um truque muito simples para incentivar a outra pessoa a falar mais: concordar três vezes com a cabeça.

Esse aceno triplo é uma sugestão não verbal para que a pessoa continue falando. Se você é introvertido e quer evitar sua vez de falar alguma coisa, basta acenar três vezes com a cabeça assim que alguém parar de falar. Estudos já comprovam que, fazendo isso, você encoraja a pessoa a falar de 3 a 4 vezes mais.

Essa técnica também pode ser usada por vendedores e donos de negócios, por exemplo. Quando as pessoas chegam em uma loja sem saber exatamente o que querem, fazer o movimento de acenar com a cabeça três vezes incentiva a pessoa a dar mais informações.

Segundo Vanessa, esse gesto também pode ser o responsável por arrancar uma confissão de alguém. Então, se seu namorado, hipoteticamente falando, diz que em um determinado horário estava jogando videogame, é só você acenar com a cabeça três vezes e esperar por uma desculpa melhor para ele não ter atendido o celular. Agora é só começar a aplicar a técnica e usufruir dos resultados.

Fonte: Hypescience.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Como o post-it pode ajudar a manipular as pessoas nas tarefas

Quer você esteja delegando tarefas, pedindo um favor, mandando seus filhos ajudarem a arrumar a casa ou, como na imagem acima, dando ordens explícitas de teor sexual, um post-it pode fazer toda a diferença na hora de convencer uma pessoa a fazer o que você quer.



Pode parecer meio bobo, mas um estudo liderado por Randy Garner, professor de Ciência Comportamental da Sam Houston State University, nos Estados Unidos, sugere que uma mensagem personalizada escrita em uma destas notinhas pode realmente ajudá-lo. Em seus experimentos, tarefas mundanas – como responder a uma longa pesquisa – tinham maiores chances de serem concluídas quando uma nota personalizada era anexada a elas.

Isso pode acontecer por uma série de razões: o recado chama atenção para a tarefa porque o post-it parece fora de lugar, e as pessoas querem removê-lo; e a nota é pessoal, o que mostra uma comunicação de uma pessoa para outra (em vez de uma tarefa aleatória apenas sendo passada para você).
Essa conexão estabelecida com a outra pessoa através de um post-it, embora pequena, pode fazer com que pareça que aquela tarefa é importante para você e o faz sentir que ela foi especialmente escolhida para você.

Essa técnica pode não funcionar o tempo todo, mas se você imaginar a diferença entre receber uma pilha de papéis cheios de problemas a serem resolvidos e uma pilha de papéis com uma nota pessoal pedindo-lhe educadamente para resolver aquele monte de problemas, faz sentido. Então, da próxima vez que você precisar convencer alguém a fazer algo, reserve 30 segundos extras para escrever uma mensagem agradável. 

Fonte: Hypescience

segunda-feira, 8 de junho de 2015

A evolução da Teoria da consciência

Provavelmente desde que os seres humanos foram capazes de entender o conceito de consciência, eles têm procurado compreender o fenômeno. Estudar a mente foi uma vez o domínio dos filósofos, alguns dos quais ainda acreditam que o assunto é inerentemente incognoscível. Porém, os neurocientistas estão tendo progressos no desenvolvimento de uma verdadeira ciência do “eu”.

Cogito ergo sum




Um conceito difícil de definir, a consciência tem sido descrita como o estado de estar acordado e ciente do que está acontecendo ao seu redor, e de ter um senso de si mesmo. O filósofo francês René Descartes propôs no século XVII a noção de “cogito ergo sum” (“Penso, logo existo”), a ideia de que o simples ato de pensar sobre a própria existência prova que há alguém lá para fazer o pensamento.

Descartes também acreditava que a mente era separada do corpo material – um conceito conhecido como dualidade corpo-mente – e que estes reinos interagem na glândula pineal do cérebro. Os cientistas agora rejeitam a última ideia, mas alguns pensadores continuam a apoiar a noção de que a mente de alguma forma é removida do mundo físico.

Enquanto abordagens filosóficas podem ser úteis, os cientistas dizem que elas não constituem teorias ​​de consciência testáveis. “A única coisa que sei é: ‘Eu estou consciente’. Qualquer teoria tem que começar com isso”, afrima Christof Koch, neurocientista e diretor científico do Instituto Allen para a Neurociência, em Seattle (EUA).

Correlatos da consciência


Nas últimas décadas, os neurocientistas começaram a atacar o problema da compreensão da consciência de uma perspectiva baseada em evidências. Muitos pesquisadores têm tentado descobrir neurônios ou comportamentos específicos que estão ligados a experiências conscientes.

Recentemente, pesquisadores descobriram uma área do cérebro que atua como uma espécie de interruptor para o cérebro. Quando esta região, chamada de claustro, é estimulada eletricamente, o paciente fica inconsciente instantaneamente. Na verdade, Koch e Francis Crick, o biólogo molecular que ficou famoso ao ajudar a descobrir a estrutura de dupla hélice do DNA, já haviam proposto a hipótese de que esta região poderia integrar informações entre diferentes partes do cérebro, como o maestro de uma sinfonia.

Contudo, segundo Koch, procurar conexões neurais ou comportamentais para a consciência não é suficiente. Por exemplo, tais ligações não explicam por que o cerebelo, a parte do cérebro que coordena a atividade do músculo, não dá origem à consciência, enquanto que o córtex cerebral (a camada mais externa do cérebro) dá. Isto acontece mesmo que o cerebelo tenha mais neurônios do que o córtex cerebral.

Estes estudos também não explicam como dizer se a consciência está presente ou não, como no caso de pacientes com lesão cerebral, outros animais ou mesmo computadores.

De acordo com Koch, a neurociência precisa de uma teoria da consciência que explique o que este fenômeno é e que tipos de entidades o possuem – e, atualmente, existem apenas duas teorias que a comunidade científica leva a sério.

Informação Integrada


O neurocientista Giulio Tononi, da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), desenvolveu uma das teorias mais promissoras para a consciência, conhecida como teoria da informação integrada, na qual Koch também trabalhou, em parceria com Tononi.

Entender como o cérebro produz o material de experiências subjetivas, tais como a cor verde ou o som das ondas do mar, é o que o filósofo australiano David Chalmers chama de “problema difícil” da consciência. Tradicionalmente, os cientistas têm tentado resolver este problema com uma abordagem que vai de baixo para cima, um tipo de processamento de informação baseado em dados vindos do meio ao qual o sistema pertence para formar uma percepção. “Você pega um pedaço do cérebro e tentar espremer o suco de consciência [dali]”, explica o diretor científico do Instituto Allen. “Mas isso é quase impossível”.

Em contraste, a teoria de informação integrada começa com a própria consciência e tenta trabalhar de marcha ré para entender os processos físicos que dão origem a este fenômeno. A ideia básica é que a experiência consciente representa a integração de uma grande variedade de informações e que esta experiência é irredutível. Isto significa que quando você abrir os olhos (supondo que você tenha uma visão normal), você não pode simplesmente optar por ver tudo em preto e branco, ou ver apenas o lado esquerdo de seu campo de visão.

Em vez disso, seu cérebro tece perfeitamente em conjunto uma rede complexa de informações dos sistemas sensoriais e processos cognitivos. Vários estudos têm mostrado que é possível medir o grau de integração utilizando técnicas de estimulação cerebral e de gravação.

A teoria da informação integrada atribui um valor numérico, “phi”, ao grau de irredutibilidade. Se o phi é zero, o sistema é redutível a suas partes individuais, mas se o phi é alto, o sistema é mais do que apenas a soma de suas partes. Este sistema explica como a consciência pode existir em diferentes graus nos seres humanos e em outros animais. A teoria incorpora alguns elementos do pampsiquismo, a filosofia de que a mente não está presente apenas em humanos, mas em todas as coisas.

Um corolário interessante da teoria da informação integrada é que nenhuma simulação de computador, não importa o quão fielmente replica uma mente humana, jamais poderia tornar-se consciente. Koch colocar desta forma: “Você pode simular o tempo em um computador, mas ele nunca vai ficar ‘molhado'”.

Espaço de trabalho global


Outra teoria promissora sugere que a consciência funciona um pouco como a memória do computador, que pode lembrar e manter uma experiência mesmo depois dela ter passado. Bernard Baars, neurocientista do Instituto de Neurociências de La Jolla, Califórnia (EUA), desenvolveu esta teoria, que é conhecida como a teoria do espaço de trabalho global. Tal ideia é baseada em um conceito antigo de inteligência artificial chamado de quadro negro, um banco de memória que diferentes programas de computador poderiam acessar.

Qualquer coisa, desde a aparência do rosto de uma pessoa a uma memória de infância pode ser reproduzida na lousa do cérebro, onde a informação pode ser enviada para outras áreas do cérebro que irão processá-la. De acordo com a teoria de Baars, o ato de transmissão de informações no cérebro a partir deste banco de memória é o que representa a consciência.

A teoria do espaço de trabalho global e a teoria da informação integrada não são mutuamente excludentes, diz Koch. As primeira tenta explicar em termos práticos se algo é consciente ou não, enquanto a segunda procura explicar como a consciência funciona de forma mais ampla. “Neste momento, ambas podem ser verdade”, conclui.

sábado, 6 de junho de 2015

10 desastres naturais previstos para um futuro próximo

Todos os anos, nos deparamos com notícias de novos furacões, tornados, terremotos e outros desastres naturais atingindo o mundo. Embora algumas áreas sejam afetadas com mais frequência por estas catástrofes naturais do que outras, a maioria das pessoas teme condições meteorológicas extremas – aqui no Brasil, podemos não ter vulcões entrando em erupção, mas sofremos constantemente com enchentes, deslizamentos e secas.

Os cientistas que estudam essas catástrofes têm previstos grandes tempestades e outras ocorrências há séculos. Dentro do século XXI, muitos fizeram previsões de grandes eventos que devem ocorrer nos futuros próximo e distante. Abaixo, estão dez desastres naturais que, de acordo com evidências científicas, podem ocorrer a qualquer momento.

10. Incêndios florestais – EUA, 2015-2050



Cientistas ambientais da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas (SEAS) de Harvard preveem que, até 2050, os incêndios sazonais que ocorrem nos EUA durarão três semanas a mais, produzirão duas vezes mais fumaça e queimarão uma área maior a cada ano. Ao mesmo tempo, o Instituto Norte-Americano de Pesquisa Geológica e o Serviço Florestal do país registraram que, desde 1999, a área queimada por incêndios florestais nos EUA triplicou de 2,2 para 6,4 milhões por ano, o que significa que muito mais do país estará em chamas em um futuro próximo.

O que conduziu a este dramático aumento no risco de incêndio? A resposta, de acordo com a SEAS, é a mudança climática gradual, o que elevou a temperatura da Terra, criando condições que geram incêndios maiores e mais ferozes. Loretta J. Mickley, pesquisadora sênior de química atmosférica da Escola, afirmou que a temperatura será o maior determinante de futuros incêndios. Quanto mais quente, mais provável é que um incêndio vá começar. Ironicamente, o problema foi exacerbado por algumas campanhas que queriam extinguir todos os incêndios florestais, interrompendo o ciclo natural de incêndios que limpa a vegetação rasteira das florestas. Com 30 mil a 50 mil incêndios florestais previstos para ocorrer anualmente, os EUA poderão em breve estar enfrentando sua própria versão do Inferno na Terra.

9. Explosão do Vulcão Bardarbunga – Islândia, 2014



Ok, não está no futuro, mas esta previsão se concretizou algumas semanas depois ter sido feita.
Em agosto de 2014, o Escritório Meteorológico Islandês aumentou o nível de risco para uma possível erupção do Bardarbunga, um vulcão localizado na segunda montanha mais alta da Islândia. O aumento deveu-se a centenas de terremotos que ocorreram ao redor do local ao longo de vários dias, um forte sinal de uma possível erupção vulcânica. Os cientistas começaram a prever o que poderia ocorrer se Bardarbunga entrasse em erupção. Alguns disseram que o gelo ao redor do vulcão iria derreter, provocando inundações. Outros disseram que poderia causar erupções adicionais ao longo de fissuras de 100 metros de comprimento no sudoeste da Islândia, acordando o vulcão Torfajokull, que iria destruir vários grandes rios que servem como fonte de energia hidrelétrica no país.

Em 23 de agosto de 2014, o vulcão entrou em erupção debaixo da geleira Dyngjujokull. Ao longo da próxima semana, milhares de terremotos ocorreram perto do Bardarbunga e na área ao redor, e em 31 de agosto, sua fissura Holuhraun entrou em erupção. A fissura Holuhraun irrompeu por seis meses, terminando de expelir material vulcânico oficialmente em 28 de fevereiro de 2015. A fissura liberou a cada cinco minutos, em média, lava suficiente para encher um estádio de futebol americano. No final, o vulcão produziu 1,5 quilômetros cúbicos de lava e criou um campo de lava de 86 quilômetros quadrados, tornando a erupção do Bardarbunga de 2014 a maior erupção islandesa desde a da fissura Laki de Bardarbunga em 1783.

8. Megaterremoto – Chile, 2015-2065




Em 1 de abril de 2014, um terremoto de magnitude 8,2 ocorreu a 97 quilômetros da costa noroeste de Chile, perto da cidade de Iquique, causando deslizamentos de terra e um tsunami que atingiu a costa. Este terremoto criou a possibilidade de um terremoto ainda maior atingir o país em um futuro próximo, devido à localização do tremor.
O terremoto de Iquique surgiu de uma zona de subducção, onde uma placa tectônica, a Placa de Nazca, está mergulhando debaixo de outra, a Placa Sul-Americana. Esta zona de subducção se encontra dentro do “Anel de Fogo”, um arco no Pacífico contendo 75% dos vulcões ativos do mundo, o que causa grande parte da atividade sísmica do mundo. Quando uma placa tectônica se desloca sob outra, as falhas podem ser submetidas a grandes quantidades de estresse, e qualquer liberação de tensão gera atividade sísmica, ou seja, terremotos. O de abril de 2014 foi um “megaterremoto”, ou um grande terremoto causado pela liberação de tensão de uma zona de subducção. Somente 33% da tensão na falha foi aliviada, deixando o resto para ser dispensado ​​num futuro próximo.

7. Terremoto gêmeo – Japão, 2017



Masaaki Kimura, sismólogo e professor emérito de geologia submarina na Universidade de Ryukyus, no Japão, está prevendo que outro terremoto de magnitude 9,0, muito parecido com o terremoto de Tohoku de 2011, ocorrerá no país em 2017. Em 11 de março de 2011, o terremoto de magnitude 9,0 atingiu Tohoku a 372 km da costa nordeste de Tóquio e criou um tsunami com ondas de 9 metros que atingiram o Japão. Kimura afirmou que ele previu o terremoto de Tohoku quatro anos antes do acontecido, mas a sua previsão e as evidências foram ignoradas pelo Congresso de Ciência do Pacífico.

Suas hipóteses são baseadas em seu conceito de “olhos de terremoto”, regiões que têm muitos pequenos terremotos que são comumente ignorados. O especialista acredita que esses olhos de terremoto são os melhores preditores de onde e quando um grande terremoto ocorrerá. Esses indicadores são uma parte de seu método de previsão de terremotos a curto prazo de quatro etapas, apelidado de “método de Kimura”. Ele é atualmente o único método de previsão de terremotos em uso, no entanto, não foi bem testado por seus pares científicos.
Kimura acredita que o novo terremoto começará nas Ilhas Izu e terá uma magnitude de 9,0. Este também causaria um tsunami que atingiria o Japão de uma forma muito semelhante ao de Tohoku.

6. Erupção do Monte Fuji – Japão, 2015-2053




Quando o terremoto de Tohoku mudou a massa terrestre do Japão, 20 dos 110 vulcões ativos no país mostraram aumento da atividade sísmica, levando especialistas a acreditar que um deles pode entrar em erupção a qualquer momento. A Agência Meteorológica do Japão monitora a atividade sísmica e vulcões ativos no Japão. Destes 110 vulcões, 47 são considerados “ativos”, o que significa que surgiram nos últimos 10 mil anos e/ou vomitam gases. Os cálculos mostram que o Japão deve ter uma grande erupção vulcânica a cada 38 anos. Atualmente, 15 “eventos vulcânicos” acontecem anualmente.

Na lista dos 47 vulcões ativos japoneses está o Monte Fuji, o mais alto vulcão do Japão com 3.773 metros de altura. Em julho de 2014, uma equipe científica francesa e japonesa divulgou um relatório afirmando que o Fuji é um dos vulcões mais susceptíveis de entrar em erupção, causando preocupação para muitos cidadãos japoneses. O Monte Fuji está localizado a apenas 100 km de Tóquio. Se entrasse em erupção, seria necessário fazer a evacuação de emergência de 750 mil pessoas de Tóquio. A cidade provavelmente ficaria coberta de cinzas.

5. Terremoto e tsunami – Oregon, 2015-2065




Pelos esforços conjuntos de mais de 150 peritos voluntários, a Comissão Consultiva de Política de Segurança Sísmica de Oregon prevê que um terremoto de magnitude entre 8 e 9 e um tsunami subsequente irá ocorrer ao largo da costa do estado norte-americano do Oregon, nos próximos 50 anos. As grandes questões são: quando isso vai acontecer exatamente e se o Oregon vai estar preparado.

A possível fonte dessa catastrófica combinação de terremoto e tsunami é a zona de subducção de Cascadia, uma rachadura de 1.287 quilômetros a 97 km da costa do Oregon. As placas tectônicas continentais de Juan de Fuca e Norte-Americana criam esta zona de subducção, que é considerada a “mais silenciosa do mundo”. Porém, atualmente acredita-se que ela esconda um dos maiores eventos sísmicos do século. Esta ocorrência está prevista desde 2010; a Comissão afirma agora que isso vai ocorrer, inevitavelmente. Este terremoto e tsunami previsto mataria mais de 10 mil pessoas, possivelmente dividiria partes da Costa Oeste e custaria 32 bilhões dólares em danos aos EUA.

4. Submersão da Costa Leste – EUA, 2050-2100




Em outubro de 2012, o furacão Sandy deixou várias cidades debaixo d’água e, devido à sua força, é considerada uma tempestade de aberração que só ocorreria uma vez a cada 700 anos, de acordo com a NASA. No entanto, as tendências atuais do nível do mar ao longo da costa leste dos Estados Unidos podem deixar as principais cidades da região debaixo d’água até 2050.

Um estudo de 2012 feito pelo professor emérito do Instituto de Ciência Marinha de Virginia John Boon afirmou que mudanças significativas no nível do mar ao longo da costa leste de Key West, na Flórida, até Newfoundland, no Canadá, começaram por volta de 1987. Seu estudo mostra que o nível do mar está aumentando 0,3 milímetros por ano. Este estudo se encaixa em outro, do Instituto Norte-Americano de Pesquisa Geológica, realizado por cientistas na Flórida, que afirma que o nível do mar da costa leste está aumentando três ou quatro vezes mais rápido do que em qualquer outro lugar no mundo.

Atualmente, as zonas costeiras no nordeste dos EUA são consideradas em maior risco devido aos maiores valores de propriedade e zonas costeiras construídas em lugares como Nova York, que podem ser inundadas em 2050. O nível do mar de Nova York deverá aumentar 79 centímetros até 2050, deixando 25% da cidade em perigo de se transformar em uma planície de inundação. Cerca de 800 mil pessoas vivem na zona alvo de inundação. Em 2050, 97% das usinas de Nova York vão estar lá também. É por isso que o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg propôs um sistema de inundação de US$ 20 bilhões para a cidade em 2013, antes de deixar o cargo, mas este plano não foi posto em ação.

3. O maior tsunami já visto – Caribe, data desconhecida




Se você se assustou com os desastres que já mostramos, prepare-se que o pior ainda está por vir. Simon Day, da University College London, e Steven Ward, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, preveem que o vulcão Cumbre Vieja, nas Ilhas Canárias, vá entrar em erupção e criar o maior tsunami da história. Em seu artigo conjunto sobre o tema, lançado em 2001, Day e Ward levantaram a hipótese de que uma ruptura na estrutura do vulcão ocorreu durante sua última erupção, fazendo com que o lado esquerdo tenha se tornado particularmente instável.

Se o Cumbre Vieja entrar em erupção novamente, o seu lado esquerdo se transformaria em um deslizamento de terra que causaria o maior tsunami na história da humanidade. Eles deduziram que a onda monstruosa avançaria a 800 quilômetros por hora, com 100 metros de altura em seu primeiro impacto com a terra, e chegaria à Flórida nove horas depois de ser criada. Day e Ward preveem que tsunamis atingiriam lugares distantes entre si como a Inglaterra, a Flórida e o Caribe.

Vale notar, no entanto, que essa é a pior situação possível. Se um deslizamento de terra causado por uma erupção na Cumbre Vieja vier a acontecer, é mais provável que toda aquela massa de terra não cairia no mar de uma só vez. Um deslizamento de terra mais fragmentado poderia não causar um tsunami recorde. No entanto, se o seu próximo investimento imobiliário vai ser uma casa na costa do sul dos EUA, da Inglaterra ou do Caribe, pode ser uma boa reconsiderar a ideia.

2. O “Big One” – Califórnia, 2015-2045




O Serviço Geológico dos EUA aumentou a probabilidade de um terremoto de magnitude 8 ou maior atingir a Califórnia nas próximas décadas. O “Big One” refere-se ao terremoto que muitos californianos estavam esperando com a respiração suspensa durante anos. Cientistas afirmam que um terremoto de magnitude 8 ou maior tem uma chance de 7% de ocorrer nos próximos 30 anos. As chances da região ser atingida por um terremoto de magnitude entre 6,5 e 7 sobe para 30%.

Se fosse para esse fenômeno acontecer, a causa mais provável seria a ruptura da falha de San Andreas, que vai do interior do sul da Califórnia até Los Angeles, mas há alguma especulação quanto a falha ser o epicentro do tremor. Alguns relatórios especificam que o Big One se originará da falha de Hayward, próxima da área da baía de San Francisco.

Não importa de onde o terremoto vier, a previsão é de que ele devaste toda a Califórnia e outras partes da Costa Oeste. Um “cenário realista de crise” utilizado para o planejamento de emergência foi criado por 300 cientistas e detalha a ocorrência e os danos do terremoto através de projeções de computador baseadas em dados históricos. O computador prevê que o terremoto irá produzir ondas de choque que viajariam a 11,6 mil quilômetros por hora, danificando gravemente as principais rodovias e prédios. No geral, a maior preocupação para qualquer terremoto de grande impacto são os incêndios, devido à quantidade de vegetação seca que poderia transformar qualquer pequeno incêndio em um inferno de fogo.

A Casa Branca concedeu US$ 5 milhões a uma equipe da Universidade de Tecnologia da Califórnia, da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade de Washington, que está desenvolvendo um sistema de alerta precoce de terremoto para informar as pessoas um minuto antes de um terremoto atingir o estado. Atualmente, o sistema só é capaz de lançar um alerta 10 segundos antes do início de um terremoto.

1. Grande tempestade solar – 2015-2025




O maior desastre natural que poderia afetar a Terra no futuro próximo nem sequer nasceria no nosso planeta; ele vem do sol.

O sol tem um “ciclo de atividade”, o que significa que tem diminuição ou aumento da atividade, tais como erupções solares e manchas solares, dependendo do seu tempo em um ciclo particular. A grande explosão mais recente da atividade solar ocorreu em julho de 2012, quando uma ejeção de massa coronal (EMC) passou pela órbita da Terra e acertou a estação espacial STEREO-A. Uma tempestade solar geralmente tem uma labareda solar, altos níveis de radiação UV, partículas energéticas que destroem os componentes eletrônicos cruciais de satélites e muitas EMCs. 

A labareda solar de 2012 atingiu a estação espacial, mas foi apenas uma semana de diferença que evitou com que ela atingisse a Terra.

Esse golpe de sorte da Terra pode não se repetir no futuro próximo, de acordo com Pete Riley, cientista do Instituto de Ciência Preditiva. Depois de analisar os registros de tempestades solares dos últimos 50 anos, seus cálculos concluíram que há uma chance de 12% de uma grande tempestade solar atingir a Terra nos próximos 10 anos. Se isso vier a acontecer, interferiria potencialmente com sistemas de rádio, GPS e comunicações por satélite, afetando o uso de milhões de produtos eletrônicos em todo o mundo. Redes de energia também seriam afetadas devido à sobretensão provocada pelas partículas energéticas, possivelmente causando grandes apagões em todo o mundo – de forma semelhante ao que ocorreu em Quebec em 1989. Os custos econômicos são estimados em US$ 1 a 2 trilhões no primeiro ano do impacto, sendo que uma recuperação completa levaria entre 4 e 10 anos, de acordo com o Conselho Nacional de Pesquisa.

Mesmo que essa catástrofe ocorra, segundo o pesquisador Robert Rutledge e o escritório de previsão do Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA, ela pode não ser tão impactante como alguns estão prevendo. Mais uma vez, as previsões que estão sendo feitas abordam o ponto de vista da “pior situação possível” e são apenas uma advertência. Dito isto, as grandes empresas de energia e serviços de emergência em todo o mundo estão cientes dos efeitos da atividade solar e estão investindo pesadamente para se defender contra eles. 

Fonte: Hypescience