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quinta-feira, 5 de junho de 2014

20 curiosidades sobre frases e ditados populares no Brasil

As frases e ditados populares atravessam os séculos em diversas culturas. No Brasil não seria diferente. A questão é que muitas vezes essas expressões são um pouco estranhas e sem sentido, concorda? Mas depois de conferir esta pequena lista de curiosidades você vai entender melhor sobre a origem e os objetivos de cada uma delas:

01. JURAR DE PÉS JUNTOS


A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

02. MOTORISTA BARBEIRO


No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc., e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”. Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de  “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

03. TIRAR O CAVALO DA CHUVA


No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

04. À BEÇA


O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos, que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

05. DAR COM OS BURROS N’ÁGUA


A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

06, GUARDAR A SETE CHAVES


No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” pra designar algo muito bem guardado.

07. “OK” (okay)


A expressão inglesa mundialmente conhecida para expressar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu a versão mais curta – “OK”.

08. ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS


Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

09. PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA


A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra.

10. PARA INGLÊS VER


A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas “pra inglês ver”. Daí surgiu o termo.

11. RASGAR SEDA


A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.

12. O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER


Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

13. ANDAR À TOA


Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

14. QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM(O) GATO


Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, foi alterada. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

15. DA PÁ VIRADA


A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

16. NHENHENHÉM


Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

17. VAI TOMAR BANHO


Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem “tomar banho”.

18. ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM


Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: “Vocês que são pardos, que se entendam”. O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

19. A DAR COM O PAU


O substantivo “pau” aparece em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o “pau de comer” que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau.

20. ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA


Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como “A arte de amar” e “Metamorfoses”, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros.

Fonte: Superdicas.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Teste de daltonismo completo



O que é Daltonismo? 

Daltonismo é o termo usado para denominar a falta de sensibilidade de percepção de determinadas cores. As pessoas daltônicas podem ver cores, mas não conseguem fazer a distinção entre alguns pares de cores complementares.

Esse distúrbio, conhecido desde o século XVIII, recebeu esse nome em homenagem a John Dalton, um químico inglês que foi o primeiro cientista a pesquisar a anomalia ocular que ele mesmo era portador. O daltonismo é também conhecido como discromatopsia ou discromopsia e é uma perturbação normalmente genética.

A deficiência visual das cores vermelho/verde é de longe a forma mais comum de daltonismo, cerca de 99% dos daltônicos têm dificuldades de distinguir essas cores.A deficiência de visão das cores Azul / Amarelo também existe, mas é bem mais rara. Outra forma rara de daltonismo é a chamada dicromacia unilateral, que afeta pessoas que têm um olho normal e um olho daltônico. Existem testes para se detectar a deficiência visual de cores.

O mais comum é o Teste de Cores de Ishihara para Daltônicos (Ishihara Color Test for Color Blindness), que foi desenvolvido pelo oftalmologista japonês Shinobu Ishihara (1879-1963).

Enquanto trabalhava na Escola Médica Militar, ele concebeu um teste para detectar as anomalias de visão de cores nos recrutas. Esse teste era baseado numa coleção de 38 placas cheias de pontos coloridos em tons diferentes e um número ou linha escondidos com tons de outra cor.

Seu assistente era um médico daltônico que o ajudou a testar as placas.Veja abaixo 24 placas do Teste de Ishihara e tenha uma idéia da possibilidadade de você ter ou não daltonismo.

Faça o teste. Diga o que você vê em cada placa. 

Para ver a resposta coloque o mouse sobre a figura ou leia logo abaixo de cada placa. 


PLACA 1



Placa de controle, qualquer pessoa deve ver um número 12, mesmo as com daltonismo total.Quem tem visão normal enxerga um número 8
Quem tem deficiência verde/vermelho enxerga um número 3
Quem tem daltonismo total não vê número algum.


PLACA 2


Quem tem visão normal enxerga um número 8
Quem tem deficiência verde/vermelho enxerga um número 3
Quem tem daltonismo total não vê número algum


PLACA 3 



Quem tem visão normal enxerga um número 29
Quem tem deficiência verde/vermelho enxerga um número 70
Quem tem daltonismo total não vê número algum



PLACA 4


Quem tem visão normal enxerga um número 5
Quem tem deficiência verde/vermelho enxerga um número 2
Quem tem daltonismo total não vê número algum


PLACA 5


Quem tem visão normal enxerga um número 3
Quem tem deficiência verde/vermelho enxerga um número 5
Quem tem daltonismo total não vê número algum


PLACA 6


Quem tem visão normal enxerga um número 15
Quem tem deficiência verde/vermelho enxerga um número 17
Quem tem daltonismo total não vê número algum


PLACA 7


Quem tem visão normal enxerga um número 74
Quem tem deficiência verde/vermelho enxerga um número 21
Quem tem daltonismo total não vê número algum


PLACA 8


Quem tem visão normal enxerga um número 6
Quem é daltônico provavelmente não conseguirá identificar esse número


PLACA 9


Quem tem visão normal enxerga um número 45
Quem é daltônico provavelmente não conseguirá identificar esse número


PLACA 10


Quem tem visão normal enxerga um número 5
Quem é daltônico provavelmente não conseguirá identificar esse número


PLACA 11


Quem tem visão normal enxerga um número 7
Quem é daltônico provavelmente não conseguirá identificar esse número


PLACA 12


Quem tem visão normal enxerga um número 16
Quem é daltônico provavelmente não conseguirá identificar esse número


PLACA 13


Quem tem visão normal enxerga um número 73
Quem é daltônico provavelmente não conseguirá identificar esse número


PLACA 14


Quem tem visão normal não deve identificar número algum
Quem tem deficiência verde/vermelho enxerga um número 5
Quem tem daltonismo total não deve identificar número algum


PLACA 15


Quem tem visão normal não deve identificar número algum
Quem tem deficiência verde/vermelho enxerga um número 45
Quem tem daltonismo total não deve identificar número algum


PLACA 16


Quem tem visão normal enxerga um número 26
Quem tem protanopia (deficiência de vermelho) enxerga um número 6
Quem tem protanomalia (deficiência leve de vermelho) enxerga também, levemente, um número 2
Quem tem deuteranopia (deficiência de verde) enxerga um número 2
Quem tem deuteranomalia (deficiência leve de verde) enxerga também, levemente um número 6


PLACA 17


Quem tem visão normal enxerga um número 42
Quem tem protanopia (deficiência de vermelho) enxerga um número 2
Quem tem protanomalia (deficiência leve de vermelho) enxerga também, levemente, um número 4
Quem tem deuteranopia (deficiência de verde) enxerga um número 4
Quem tem deuteranomalia (deficiência leve de verde) enxerga também, levemente um número 2


PLACA 18


Quem tem visão normal enxerga as linhas roxa e vermelha
Quem tem protanopia (daltônico de vermelho) enxerga a linha roxa somente
Quem tem protanomalia (daltônico leve de vermelho) é capaz de enxergar também, com dificuldade, a linha vermelha
Quem tem deuteranopia (daltônico de verde) enxerga a linha vermelha somente
Quem tem deuteranomalia (daltônico leve de verde) é capaz de enxergar também, com dificuldade, a linha roxa


PLACA 19


Quem tem visão normal não deve identificar linha alguma
Quem tem deficiência verde/vermelho consegue enxergar a linha tortuosa, dependendo da gravidade
Quem tem daltonismo total não deve identificar linha alguma


PLACA 20


Quem tem visão normal, consegue enxergar uma linha tortuosa verde
Quem tem qualquer tipo de daltonismo não consegue enxergar nenhum tipo de linha corretamente


PLACA 21


Quem tem visão normal, consegue enxergar uma linha tortuosa laranja
Quem tem qualquer tipo de daltonismo não consegue enxergar nenhum tipo de linha corretamente


PLACA 22


Quem tem visão normal, consegue enxergar uma linha tortuosas verde-azulada/verde-amarelada
Quem tem daltonismo não consegue enxergar a linha tortuosa corretamente


PLACA 23


Quem tem visão normal, consegue enxergar uma linha tortuosa vermelha e laranja
Quem tem daltonismo não consegue enxergar a linha tortuosa corretamente


PLACA 24


Placa de controle, qualquer pessoa deve ver uma linha tortuosa, mesmo as com daltonismo total

Importante: Este teste não é totalmente preciso, pois pode haver distorções de cores no monitor, afetando assim, as cores originais. Para ter certeza de um eventual daltonismo, procure orientação médica.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

10 teorias que explicam por que sonhamos

O estudo dos sonhos é chamado oneirologia, e é um campo de investigação que abrange a neurociência e a psicologia. Ainda assim, as razões pelas quais sonhamos ainda são misteriosas. Mas isso não impediu que os cientistas elaborassem algumas hipóteses bastante fascinantes. Aqui estão dez delas.


1. Realização de desejos


Um dos primeiros esforços sustentados para estudar cientificamente os sonhos foi liderado pelo psicanalista Sigmund Freud, no início do século XX. Após analisar os sonhos de centenas de seus pacientes, ele veio com uma teoria: os sonhos são realizações de desejos.

Qualquer sonho, não importa o quão aterrorizante ele seja, ele deve ser encarado como uma forma de obter algo que você quer, literalmente ou simbolicamente. Por exemplo, digamos que você tem um sonho terrível e triste com a morte de um ente querido. Por que isso seria a realização de um desejo? Talvez, Freud diria, você está tendo um conflito com esse alguém que seria facilmente resolvido se ele morresse.

2. Um efeito colateral acidental de impulsos neutrais aleatórios


A ideia de Freud sobre os sonhos é profundamente significativa. Eles podem revelar desejos e emoções que você não sabia que você tinha. Mas outra escola popular de pensamento sustenta que os sonhos são realmente apenas um efeito colateral acidental de circuitos ativados no tronco cerebral e estimulados pelo sistema límbico, que está envolvido com as emoções, sensações e memórias. J. Allan Hobson, o psiquiatra que popularizou esta ideia, sugeriu que o cérebro tenta interpretar estes sinais aleatórios, resultando em sonhos.

3. Codificação de memórias de curto prazo para o armazenamento a longo prazo



Talvez os sonhos sejam apenas histórias geradas aleatoriamente causadas por impulsos neurais, mas talvez também exista uma razão para eles. Para explorar essa ideia, o psiquiatra Jie Zhang propôs a teoria de que nossos cérebros estão sempre armazenando memórias independentemente se estamos acordados ou não. Mas os sonhos são uma espécie de área de "armazenamento temporário" da consciência, um local onde o cérebro guarda memórias antes de transformá-las de curto prazo para o armazenamento de longo prazo. Elas piscam através de nossas mentes resultando em sonhos, antes de serem arquivadas no cérebro.

4. A coleta de lixo


Essa ideia sugere que sonhamos para nos livrarmos de ligações e associações indesejáveis que se acumulam em nosso cérebro ao longo do dia. Basicamente, os sonhos são mecanismos de coleta de lixo, limpando nossas mentes de pensamentos inúteis e abrindo caminho para melhores. Essencialmente, sonhamos para esquecer. Os sonhos nos ajudam a eliminar a sobrecarga de informações da vida diária e mantém apenas os dados mais importantes.

5. Consolidar o que aprendemos


Esta teoria sugere que sonhamos para nos lembrar, em vez de esquecer. Ela é baseada em uma série de estudos que mostram que as pessoas se lembram o que aprenderam melhor se elas sonham depois de aprender. Como a teoria de Zhang sobre o armazenamento da memória de longo prazo, esta teoria sugere que os sonhos nos ajudam a reter o que aprendemos.

A teoria é sustentada por estudos recentes sobre trauma, que sugerem que quando uma pessoa vai dormir logo após uma experiência traumática, ela está mais propensa a se lembrar e ser assombrada pelo trauma. Assim, uma forma de triagem para pessoas traumatizadas é mantê-las acordadas e ativas por várias horas, mesmo se estiverem cansadas, para evitar que esta consolidação da memória traumática aconteça.

6. Uma consequência evolutiva do mecanismo de defesa "fingir de morto"


Com base em estudos que revelaram fortes semelhanças entre os animais que se fingem de mortos e as pessoas que estão sonhando, esta teoria sugere que o sonho pode estar relacionado com um antigo mecanismo de defesa: a imobilidade tônica, ou se fingir de morto. Quando você sonha, seu cérebro se comporta da mesma forma quando você está acordado, com uma diferença crucial: produtos químicos como a dopamina associados com o movimento e ativação do corpo são completamente desligados. Isto é semelhante ao que acontece com os animais que sofrem paralisia temporária para enganar seus inimigos, os fazendo pensar que eles já morreram.

7. Simulação de ameaça



A teoria anterior se encaixa muito bem com uma outra teoria evolutiva dos sonhos, desenvolvida pelo filósofo-neurocientista Antti Revonusuo, na Finlândia. Ele sugere que "a função biológica dos sonhos é simular eventos de risco, para então ensaiar a percepção de ameaça e evitá-la." As pessoas que têm esses tipos de sonhos são mais capazes de enfrentar as ameaças na vida real porque elas já se prepararam através destas simulações noturnas.

8. Resolução de problemas


A pesquisadora médica Deirdre Barrett sugere que os sonhos são uma espécie de teatro onde somos capazes de resolver problemas de forma mais eficaz do que quando estamos acordados - em parte porque a mente quando está sonhando faz ligações mais rapidamente do que quando está acordada.

9. Seleção natural


Segundo o psicólogo Mark Blechner, os sonhos produzem "mutações de pensamento." Nossa mente pode então selecionar estas mutações e variações para produzir novos tipos de pensamento, imaginação, auto-consciência, e outras funções psíquicas. Basicamente, os sonhos são a seleção natural de ideias. Isto pode estender-se ao nível das emoções, também.

10. Processamento de emoções dolorosas com associações simbólicas


Enquanto o modelo darwiniano dos sonhos sugere que estamos sempre transformando nossas idéias, ou eliminando as emoções inadequadas, um novo modelo de sonhos sugere que o processo soa mais como uma terapia do que uma evolução. Nós não estamos selecionando ideias mais adaptativas ou emocionantes - estamos apenas pegando essas ideias e emoções e colocando-as em um contexto psicológico mais amplo. Muitas vezes, o cérebro faz isso associando uma emoção a um símbolo.

Quando uma emoção clara está presente, os sonhos são muitas vezes muito simples. Assim, as pessoas que experimentam o trauma, como uma fuga de um prédio em chamas, um ataque ou um estupro, muitas vezes têm um sonho como: "Eu estava na praia e fui arrastado por uma onda." Este caso é paradigmático. É óbvio que o sonhador não está sonhando com o evento traumático real, mas em vez disso, seu cérebro retrata a emoção: "Estou apavorado. Estou impressionado."

Quando o estado emocional é menos claro, ou quando há várias emoções ou preocupações simultâneas, o sonho torna-se mais complicado. Temos estatísticas que mostram que esses sonhos intensos são realmente mais frequentes e mais intensos após um trauma. Na verdade, a intensidade do sonho central parece ser uma medida da excitação emocional do sonhador.

A teoria especula que esse tipo de associação entre a emoção e o símbolo ajuda a "amarrar" as emoções e tecê-las na nossa história pessoal. Possivelmente, esse tipo de associação simbólica foi uma adaptação evolutiva que ajudou nossos ancestrais a lidar com trauma em um mundo onde eles teriam tratado com muito mais eventos que ameaçam a vida do que a maioria de nós hoje.

Fonte: Science Blux.