Você Sabia? Pergunte Aqui!: 10 origens de termos comuns da computação

quinta-feira, 25 de julho de 2013

10 origens de termos comuns da computação

Essa lista analisa as origens de dez palavras que se tornaram termos relacionados com computador. As explicações do texto não são necessariamente etimológicas, mas há uma tentativa de rastrear as palavras de volta para seus criadores ou quem as usou primeiro no mundo da computação.

1 – COOKIES


Essa palavra tem uma origem duvidosa. Primeiro, uma explicação sobre cookies HTTP: os cookies são usados para guardar informações de um usuário e transmitir essa informação entre um site e um navegador. Isto é usado para autenticar um usuário, facilitar o acesso a sites de senha controlada, ou salvar várias preferências de um usuário.

A razão pela qual a palavra cookie é usada parece vir de uma comparação com biscoitos da sorte, uma sobremesa comum de fast-food chineses, dentro dos quais há um pedaço de papel com uma fortuna (uma frase). Programadores de internet devem ter apelado para as semelhanças de um programa que salva as informações no seu código e guarda fortunas dentro de suas paredes.

2 – HOTMAIL/GOOGLE


Essas palavras não são realmente termos informáticos; são apenas empresas, ainda que empresas de informática. Um dos primeiros programas de e-mail amplamente disponíveis, o nome Hotmail foi criado pelo seu cofundador Sabeer Bhatia. Ao tentar decidir sobre um nome para seu novo serviço, ele chegou a Hotmail porque continha as letras HTML, do código que é uma linguagem fundamental para a criação de páginas de web. Na verdade, o nome do serviço era originalmente escrito “HoTMaiL”, no caso dos usuários terem perdido o trocadilho.

A origem do Google não é tão surpreendente. O nome veio para se gabar de quanta informação o novo motor de busca seria capaz de indexar e fornecer. Google é uma palavra que tem o mesmo som de “googol”, que é um número simbolizado por um 1 seguido de 100 zeros. Quando você considera o nome anterior que seria dado a mesma empresa, “Backrub”, Google parece ser uma escolha muito melhor.

3 – BUG


“Bug” significa “inseto” ou “defeito” em inglês. A palavra super conhecida (que criou termos até em português, como “bugar”) tem uma história interessante. Grace Hopper, uma das pioneiras da programação de computadores, traçou a causa de uma falha no computador a uma real traça (inseto). A mariposa que Grace encontrou ainda pode ser vista em exposição no Museu Smithsonian.

Como alguns de vocês devem saber, este não foi realmente o primeiro uso da palavra “bug” para descrever um mau funcionamento do sistema. Thomas Edison, por exemplo, usou a palavra em suas anotações. No entanto, como Hopper trouxe a palavra para o mundo dos computadores como a conhecemos hoje, a lista dá crédito a ela.

4 – BIT


Um bit é um elemento básico de computação. Ao desenvolver as primeiras linguagens de computador, a binária surgiu como a mais simples e eficaz para operar computadores. Um bit é simplesmente uma contração das palavras “binary digit” (dígito binário).

Esta explicação também foi dada a palavra “byte”, que refere-se a várias unidades de informação. No entanto, uma vez que “byte” em si é uma derivação de “bit”, a lista se focou na primeira palavra.

5 – WIKI


Como você pode ou não saber, um wiki na internet é um conjunto de sites interligados construídos a partir das interações dos usuários. A Wikipédia e a Desciclopédia são exemplos deste “modelo wiki”.

A origem do nome em si é bastante simples. Em havaiano, “wiki wiki” significa “rápido”. O criador Ward Cunningham decidiu que um “wiki” online seria uma forma rápida e fácil de acessar e manipular vários sites e informações.

6 – PING


Famoso por ser parte de um método favorito de ataque de grupos de hackers, ping é uma prática comum de ataques DDoS. No entanto, os pings foram utilizados pela primeira vez apenas para testar a acessibilidade de um host ou IP, enviando uma mensagem e medindo o seu tempo de ida e volta.

Como alguns dos leitores devem ter notado, “ping” imita o som e funcionamento de um sistema de sonar, que foi a inspiração para seu criador Mike Muuss (ou, se você é menos esperto como eu e pensou somente em ida e volta, como ping pong, também está certo).

7 – FIREWALL


Um firewall é um dispositivo que protege as redes contra acesso ou manipulação não autorizados. Na vida real, firewalls (paredes de fogo) são estruturas construídas para evitar a propagação de – você adivinhou – incêndios e outras forças destrutivas. No mundo dos computadores, firewalls não são muito diferentes. Em vez de fogos, eles protegem contra vírus, hackers e worms (worms são semelhantes aos vírus, mas não precisam unir-se a dados existentes e, portanto, são muito mais propensos a se espalhar por uma rede de computadores, parecido com a maneira como um fogo se espalha).

8 – VÍRUS


Um vírus de computador é muito semelhante a um vírus biológico. Ambos inserem seu próprio código em sistemas de funcionamento a fim de perturbar o sistema e se reproduzir. Academicamente, a palavra vírus foi usada pela primeira vez como um termo de computador em 1984 por Fred Cohen, em seu artigo “Experimentos com Vírus de Computador”.

No entanto, antes da publicação deste artigo, a palavra tinha sido usada pelo escritor de ficção científica David Gerrold na década de 1970 (em que um programa de computador chamado Vírus entra um computador e (alerta de spoiler!) é finalmente derrotado por um programa chamado Anticorpo – PS: nunca dissemos que Gerrold era um bom escritor de ficção científica), e também, a palavra apareceu em uma revistinha do X-Men publicada em 1982.

9 – SPAM


Spam é terrível: tanto em sua forma de computador quanto em sua forma cor de rosa (spam vem de “spiced ham”, presunto condimentado). As duas palavras têm mais em comum do que você imagina.

O spam de computador realmente deriva seu nome a partir de um episódio do programa de televisão Monty Python que se passa num café com um menu totalmente centrado em Spam (a comida enlatada). Os personagens (incluindo um coro de Vikings) canta uma música composta quase que inteiramente da palavra “spam
”.

Enquanto o desenho era um comentário sobre o fluxo de carnes enlatadas comercialmente disponíveis a partir dos EUA durante um período de recuperação agrícola desesperada, a palavra fez o seu caminho até o mundo da informática como o fluxo chato e excessivo de e-mails ou anúncios indesejados.

Na década de 1980, as empresas de publicidade online tentaram “siglar” (acho que acabei de inventar essa palavra) o termo Spam como “Sales Promotion And Marketing” (Promoção de Vendas e Marketing), mas como você sem dúvida sabe, a definição mais crítica que nos foi dada por Monty Python sobreviveu.

10 – TROLL


Enquanto a etimologia da palavra pode parecer relativamente simples, é mais complicado do que simplesmente igualar os monstros feios e chatos da mitologia nórdica com os monstros feios e chatos do mundo online.

Sem dúvida que os significados têm relação, mas mais além, e mais importante do que a forma nominativa da palavra, o verbo “troll” refere-se a uma técnica de pesca em que a isca é lentamente puxada por um barco para pegar presas. Obviamente, isso é semelhante à maneira como um troll na internet vai alimentar a “isca” para os outros usuários reagirem a ela e, em seguida, encher esses usuários com observações adicionais inflamatórias ou ofensivas (quem já viu algum troll por aqui?).

Uma comparação adicional aos trolls de contos de fadas pode ser feita quando se considera o troll da história “Three Billy Goats Gruff” (Os Três Carneirinhos). A forma como os trolls da internet tomam o espaço público para seu próprio prazer e uso parece muito semelhante à alegação de propriedade da ponte feita pelo troll da história.

No entanto, trolling na internet nem sempre foi considerado uma coisa ruim. Segundo a Wikipedia, “a derivação mais provável do termo troll pode ser encontrada na frase “trolling para newbies”, popularizada no início de 1990, no grupo Usenet”. Usuários veteranos lançariam em um site do Usenet uma piada interna ou tópico esgotado. 

Os recém-chegados responderiam com sinceridade, não tendo a experiência dos mais velhos que saberiam que não era pra responder, e seriam então revelados “newbies” (termo que se tornou “noobs”, e quer dizer novatos). Esses “caça noobs”, no entanto (o verbo francês “troller” é um termo de caça, também), enquanto potencialmente embaraçosos para as vítimas, eram muitas vezes alegres e muito distantes dos níveis prejudiciais que o trolling moderno pode alcançar.

Fonte: Hypescience.

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