Você Sabia? Pergunte Aqui!: 10 fenômenos elétricos estranhos encontrados na natureza

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

10 fenômenos elétricos estranhos encontrados na natureza

A eletricidade só recentemente começou a ser usufruída pela humanidade. No entanto, ela ocorre no mundo natural desde sempre, em muitas formas surpreendentes.

Ao longo do tempo, descobrimos que muitos mitos e superstições tiveram suas raízes nesses fenômenos elétricos bizarros. Confira dez:

10. Coro do amanhecer


A natureza produz sons como silvos e assobios, conhecidos como “coro do amanhecer” porque assemelham-se ao canto dos pássaros de manhã. Eles são formados na atmosfera superior durante descargas de raios. Esses sons podem ser apanhados e gravados com equipamentos simples por entusiastas de rádio. Esses radioamadores costumam viajar longas distâncias para áreas não poluídas por linhas de energia e outras interferências eletromagnéticas a fim de fazer as melhores gravações. Bandas como Pink Floyd já usaram os sons etéreos como partes de suas canções. “Cluster One”, uma faixa instrumental no álbum da banda “The Division Bell”, faz grande uso do fenômeno para criar uma paisagem sonora difícil de alcançar com instrumentos convencionais.

9. Relâmpago de Catatumbo


Relâmpago de Catatumbo, também conhecido como “A Tempestade Eterna”, é a tempestade mais persistente da Terra. Encontrada na foz do rio Catatumbo, na Venezuela, o show de relâmpago incessante gerou muitas lendas e mitos entre a população nativa. 

O metano inflamável do pântano em torno da região, combinado com os ventos ondulantes dos Andes, criam um ambiente volátil, fazendo com que haja relâmpagos e trovões insistentes. Eles começam logo após o anoitecer e duram cerca de 10 horas. Raios caem até 20.000 vezes por noite. 

Essa tempestade é tão intensa que foi identificada como o reforçador mais ativo do ozônio em nossa atmosfera e foi designada Patrimônio Mundial da UNESCO. O relâmpago possui uma cor vermelho-alaranjado e pode ser visto em noites claras por todo o Caribe, mas raramente o trovão é ouvido a essa distância. 

Estranhamente, a tempestade cessou por dois meses em 2010. A última vez que isso aconteceu foi em 1906 e durou um par de semanas. A população nativa deu um suspiro de alívio, mas logo o Catatumbo retornou.

8. Tempestade suja


Contestada entre os cientistas, uma tempestade suja é uma tempestade elétrica maciça produzida na pluma de uma erupção vulcânica. Sem saber o que gera exatamente essas cargas elétricas, os cientistas assumem que partículas de gelo, poeira e detritos se esfregam e produzem eletricidade estática suficiente para causar esses deslumbrantes e estranhamente coloridos relâmpagos. 

As nuvens de cinzas apoiam esta teoria, mas não explicam os raios que emanam da boca do vulcão. Durante o ano de 2011, houve muitas tempestades sujas no Chile. Várias pessoas arriscaram suas vidas para capturar os eventos magníficos em câmera. Já os cientistas continuam perplexos, sem ter como explicar o fenômeno.

7. Fenômeno dos raios cósmicos visuais


Os raios cósmicos são originários do espaço profundo, viajam milhões de anos e, eventualmente, chegam ao nosso planeta. Estes raios são absorvidos pela nossa atmosfera e estão, por conseguinte, são invisíveis para pessoas terrestres. Mas o que acontece com os astronautas que viajam no espaço desprotegido? Eles veem luzes, mesmo com os olhos fechados.

Esta luz age de forma diferente do que a que estamos acostumados aqui no chão. A missão Apollo 11 descreveu-a como “manchas”, “raias” e “nuvens”, com visões a cada três minutos mais ou menos. Embora esse fenômeno visual não seja totalmente compreendido pelos cientistas, eles sabem que os raios cósmicos viajam em altas velocidades e atravessam as naves espaciais, as retinas dos astronautas, e voltam para o espaço novamente. 

Os raios não são considerados prejudiciais, mas os efeitos dessa enxurrada de partículas ainda estão sob investigação.

6. Triboluminescência


Triboluminescência descreve o fenômeno da luz emitida a partir de uma substância cristalina quando essa substância é friccionada, separada, rasgada, riscada ou esmagada. Embora esta seja mais uma de tantas curiosidades mal compreendidas, cientistas pensam que uma corrente eléctrica percorre o material e faz com que as moléculas de gás presas dentro dele brilhem.


5. Sonoluminescência


Descoberta na década de 1930, a sonoluminescência é a produção de luz por ondas sonoras. Os cientistas primeiro se depararam com as luzes enigmáticas enquanto investigavam sonares navais. Conforme as ondas sonoras viajavam através da água, um brilho azul estranho e flashes de luz surpreendiam os cientistas. Pequenas bolhas na água se expandiam e contraíam rapidamente, causando uma enorme acumulação de energia. Cada vez que uma bolha colapsava, alta pressão e temperatura eram produzidas e um flash de luz era emitido.

Os pesquisadores não entendem direito como isso ocorre. No entanto, existem exemplos de criaturas que são capazes de produzir esses flashes de luz na natureza, como o camarão pistola. O animal usa a sua garra para produzir ruído e chocar sua presa. O barulho não é a única parte do ataque que atordoa a presa: o camarão também utiliza sonoluminescência para produzir bolhas azuis de alta pressão que atingem 5.000 graus Celsius.

4. Sprites


Os sprites são a classe mais conhecida de Eventos Luminosos Transientes. Eles são enormes, geralmente de cor vermelha viva, e se manifestam na alta atmosfera. Podem medir até 50 quilômetros de diâmetro, e normalmente são formados a uma altitude de até 80 km, acima de trovoadas.

A teoria de que sprites são um tipo de relâmpago foi provada errada, dado que eles são na verdade um tipo de plasma. Eles têm mais em comum com uma lâmpada fluorescente do que um raio, e se assemelham a uma grande água-viva vermelha com longos tentáculos azuis. 

Apenas os sprites mais brilhantes são visíveis a olho nu. Embora raramente sejam fotografados a partir do nível do solo, há muitas imagens de sprites tiradas de aviões. Eles não são perigosos, mas já houve casos de danos a equipamentos científicos que só podem ser explicados por sprites. O exemplo mais notável foi o de um balão estratosférico da NASA que inadvertidamente perdeu sua carga útil após um desses flashes brilhantes de luz.

3. Raio globular


Até os anos 60, apesar de relatos serem registrados durante séculos, os cientistas não pensavam que o relâmpago ou raio globular realmente existia. Estas bolas estranhas variam em tamanho, como o de uma ervilha até o de um pequeno ônibus. 

Seu barulho, cor e a forma como pairam a poucos metros de seu entorno durante tempestades são estranhos. Em alguns casos, esses raios podem espontaneamente explodir violentamente. Um dos mistérios mais estranhos sobre sua natureza, no entanto, é seu comportamento aparentemente inteligente. 

Os globulares frequentemente entram em edifícios através de portas ou janelas, percorrem os corredores e navegam seus arredores evitando mesas, cadeiras e todos os seres humanos que encontram. Esta estranha consciência inevitavelmente levou muitas pessoas a acreditar que esses raios são paranormais ou talvez UFOs.

Em dezembro de 2012, cientistas da Austrália afirmaram ter estudado e resolvido o mistério. Eles voltaram sua atenção para os muitos relatos de raios globulares se formando perto de janelas e afirmaram que partículas carregadas se acumulam na parte externa de superfícies não condutoras depois da queda de raios. 

O campo elétrico gerado posteriormente faz com que os elétrons sejam puxados a partir dos gases do entorno, liberando fótons e criando uma bola brilhante. Outro estudo com base na China mostrou evidências de que as bolas são formadas a partir de sujeira vaporizada. 

Puramente por acaso, membros de uma universidade em Lanzhou gravaram um relâmpago globular sendo formado em câmeras e espectrógrafos. O espectrógrafo mostrou que o raio em bola era feito de silício, ferro, cálcio e outros constituintes do solo. A teoria é que o óxido de silício no solo é vaporizado pelo calor intenso e, em seguida, reage com o carbono a partir de matéria orgânica, deixando vapor de silício puro. Este, por sua vez, reage com o oxigênio do ar para formar uma esfera brilhante.

2. Fogo de Santelmo


Registrado desde o tempo de Colombo, o fogo de Santelmo foi por muito tempo considerado sobrenatural. Marinheiros ao longo da história espalharam contos de um brilho azul ou violeta brilhante próximo a seus navios. O brilho era mais intenso no alto de mastros e muitas vezes se assemelhava a chamas azuis piscando no vento. 

O aparecimento súbito do Fogo de Santelmo – nomeado em homenagem a um santo italiano – era pensado como um bom presságio e uma resposta às preces dos marinheiros. A estranha luz aparecia no final de tempestades excepcionalmente ruins. Logo depois do brilho, os mares violentos se acalmavam.

A ciência já explicou a causa dessa luz “sobrenatural”. O fogo de Santelmo é na verdade uma forma de plasma, semelhante a lâmpadas de néon. A diferença de tensão entre a atmosfera e o mar provoca a ionização dos gases próximos a mastros, que brilham em seguida. Fogo de Santelmo também tem sido visto em torres das igrejas, pontas das asas do avião e até mesmo chifres de gado.

1. Auroras


Auroras são magníficas exibições de luz que ocorrem no céu à noite. A Aurora Boreal no hemisfério norte e a Austral no hemisfério sul derivam seus nomes da deusa romana do amanhecer, Aurora. 

A cor mais comum testemunhada desse fenômeno é um verde brilhante, mas auroras vermelhas, rosas, amarelas e azuis (a mais rara) também já foram observadas. Partículas carregadas liberadas a partir da atmosfera do sol colidem com partículas de gás na atmosfera da Terra. 

A cor da aurora depende de qual gás é bombardeado. Estas partículas são geralmente desviadas pelo campo magnético da Terra, mas o campo é mais fraco nas regiões polares. Algumas partículas conseguem passar, o que cria o show espetacular.

Sem surpresa, muitos mitos e lendas cercam auroras; uma crença predominante é que elas são os espíritos dos mortos, e devem ser respeitadas. Auroras vermelhas também já foram consideradas presságios de guerra. Uma foi avistada pouco antes da eclosão da Revolução Francesa.

Fonte: Hypescience.

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