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segunda-feira, 15 de abril de 2013

10 fascinantes efeitos psicológicos ou científicos


Como sempre, fazendo as minhas pesquisas, me deparo com este artigo muito interessante da Hypescience para compartilhar com vocês:

"Você provavelmente já ouviu falar em “efeito placebo” e em “efeito estufa”, mas por acaso conhece os efeitos “castanha-do-Pará” e “cortina de banheiro”? Abaixo, você confere esses e mais outros efeitos não tão célebres (mas nem por isso menos intrigantes).

10. Efeito Sucrilhos


Pequenos objetos flutuando em água (ou em líquidos com uma densidade parecida) tendem a atrair uns aos outros e se deslocar para as bordas do recipiente – fenômeno que é conhecido em inglês como “cheerios effect” (em referência ao cereal cheerios).
Esse efeito se deve, em grande parte, à chamada tensão superficial, que é a tendência que superfícies de líquidos têm de agir como uma membrana flexível e resistir à entrada de objetos que flutuem sobre elas. O cereal, embora seja mais denso que o leite, tende a flutuar por causa da tensão superficial, mas, em contrapartida, “afunda” levemente a superfície, atraindo outros cereais – e o próprio movimento faz com que se desloquem para a borda do recipiente.

9. Efeito castanha-do-Pará



Também chamado de “convecção granular” ou “efeito Muesli”, o fenômeno faz com que, quando um grupo de partículas de tamanhos diferentes é chacoalhado verticalmente, as maiores acabem ficando por cima – o que contraria a suposição de que, por serem mais pesadas, elas deveriam afundar. O nome do efeito vem do fato de que, em potes com castanhas e nozes, a castanha-do-Pará geralmente acaba ficando por cima.
O fenômeno foi estudado pela primeira vez na década de 1930 e, apesar de tudo o que foi descoberto a respeito, ainda permancem algumas dúvidas. A princípio, duas tendências ajudam a explicar esse efeito: percolação (em que partículas menores tendem a se deslocar para baixo, caindo pelo espaço existente entre partículas maiores) e convecção (em que as partículas maiores são empurradas para cima). Acredita-se que temperatura e pressão também desempenhem um papel nessa história, mas ainda são necessários mais estudos para se chegar a uma conclusão satisfatória.

8. Efeito do falso consenso


De modo geral, as pessoas tendem a superestimar o quanto os outros concordam com os posicionamentos delas – o que reforça a crença de que elas estão “certas” a respeito do que pensam.
Se acreditamos em algo, naturalmente pensamos que estamos corretos (porque, afinal de contas, se achássemos que estávamos errados, acabaríamos mudando de opinião). Como, além disso, buscamos conviver com pessoas que pensam como nós (ou, ao menos, não costumam contrariar nossas crenças), temos a impressão de que existe um certo consenso alinhado com nossas opiniões – mesmo quando somos minoria.

7. Efeito chocolate quente

Se você encher uma caneca de leite e bater nela com uma colher de metal, ouvirá um som com um determinado tom; se você repetir o experimento depois de acrescentar achocolatado em pó no leite, inicialmente o som terá um tom mais baixo e, quando o pó se dissolver, voltará ao tom inicial.
Estudado pela primeira vez em 1982, pelo físico Frank Crawford, esse efeito ocorre porque o som percorre o conteúdo da caneca a uma velocidade diferente quando um novo elemento (no caso, o achocolatado em pó) é introduzido e provoca alterações na organização das moléculas do líquido. Depois que o pó se dissolve, a densidade do líquido volta a um valor próximo ao inicial. Apesar de o fenômeno ter uma explicação razoável, fica a pergunta: como Crawford conseguiu reparar em um fenômeno tão específico?

6. Efeito de Lake Wobegon

Nomeado em referência às crianças da fictícia cidade de Lake Wobegon, que se sentem “acima da média”, esse efeito é formalmente conhecido como “superioridade ilusória” – as pessoas geralmente tendem a sentir que têm um desempenho superior ao das demais em determinadas tarefas, como dirigir ou praticar esportes.
Em 1981, um estudo realizado na Suécia e nos Estados Unidos mostrou que esse fenômeno é especialmente comum entre motoristas: 93% dos entrevistados estadunidenses e 69% dos suecos consideravam que dirigiam melhor do que “a média”.

5. Efeito nome-letra

Temos a tendência de “gostar mais” de letras que aparecem em nossos nomes (especialmente as iniciais), possivelmente pela frequência com que nós as escrevemos e lemos. De acordo com certos estudos (controversos, vale dizer), essa preferência pode acabar influenciando grandes escolhas das nossas vidas, como a cidade em que vamos morar (supondo que a decisão seja nossa, claro) ou a carreira que decidimos seguir.

4. Efeito de autocinese

Se você observar um único ponto de luz em um local totalmente escuro, ele aparentemente vai se mover, mesmo que você fique parado. Esse fenômeno visual ocorre porque, sem pontos de referência para se basear, sua mente tem dificuldade em “manter” o ponto de luz no lugar – além disso, movimentos sutis dos olhos também dão a impressão de que o ponto de luz está se movendo.
Aparentemente inofensivo à primeira vista, o efeito pode ser perigoso para pilotos de avião (e, naturalmente, para tripulação e passageiros) à noite, já que, se o ambiente estiver muito escuro, o piloto pode ter dificuldade em se guiar a partir das luzes da pista de pouso.
Em tempo: o efeito de autocinese é citado como uma explicação para muitos casos de aparições de OVNIs (Objetos Voadores Não-Identificados).

3. Efeito da cortina de banheiro

Durante um banho de chuveiro, mesmo sem qualquer corrente de ar interferindo, a cortina tende a se aproximar de você. Até hoje, nenhum estudo foi capaz de explicar com 100% de certeza o que há por trás desse fenômeno. Existem, porém, pelo menos três teorias:
  1. Buyoancy: O calor emitido pela água do banho altera a densidade do ar, fazendo com que se desloque e mova a cortina – como o fenômeno ocorre mesmo em banhos frios, essa teoria a princípio não se sustenta;
  2. Efeito Bernoulli: A água sai do chuveiro, desloca partículas de ar e causa alterações na pressão do ambiente;
  3. Vórtex horizontal: Teoria estudada em modelos de computação, sugere que o jato de água provoca um vórtex horizontal nas partículas de ar, mexendo a cortina.

2. Efeito Sylvia Plath

Por alguma razão, poetas mulheres têm uma tendência maior a sofrer de depressão e outros distúrbios psicológicos. Em 2001, o psicólogo James C. Kaufman começou a estudar o fenômeno da criatividade e, ao analisar seu vínculo com doenças mentais, criou o termo “efeito Sylvia Plath”, em referência à famosa poeta do século passado. Ainda não se sabe claramente o que há por trás dessa ligação.

1. Efeito veículo-roda

Essa ilusão de ótica dá a impressão de que as rodas de um veículo em movimento estão girando mais devagar do que deveriam ou, dependendo do caso, na direção oposta. Quando observada em filmagens, tem uma explicação relativamente simples: um filme é composto por quadros passados em sequência (normalmente 24 por segundo), que criam a ilusão de movimento; quando o cérebro “preenche” os espaços entre os quadros, pode acabar fazendo isso de forma incorreta.
Agora, quando isso ocorre na vida real, não é tão fácil de se explicar, e há pelo menos duas teorias a respeito: a primeira sugere que nossos cérebros processam imagens e movimentos como uma sequência de quadros, similar a um filme; a outra propõe que se trata apenas de uma confusão ocorrida no cérebro na hora de analisar a cena.