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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Antártida pode estar repleta de diamantes

Geólogos australianos abriram uma perspectiva tentadora, mas controversa, que a Antártida poderia ser rica em diamantes.


Em um artigo científico publicado na revista Nature Communications, uma equipe disse ter encontrado uma rocha reveladora chamada quimberlita nas Montanhas Príncipe Charles, na Antártida Oriental.

Embora nenhum diamante tenha sido encontrada nas amostras, a assinatura do mineral é idêntica à de diamantes encontrados em outros locais do mundo, o que sugere que as montanhas gelo do Pólo Sul podem estar escondendo grandes depósitos de diamantes.

“As amostras são típicas em textura, mineralogia e geoquímica às quimberlitas do Grupo 1 de localidades mais clássicas”, destacou o estudo chefiado por Greg Yaxley, da Universidade Nacional Australiana, em Canberra.

Quimberlita, uma rocha que raramente é encontrada perto da superfície da Terra, provavelmente se forma em grandes profundidades no manto terrestre, onde as condições são adequadas para a formação de diamantes – átomos de carbono que são espremidos em formas de treliça sob extremas pressão e temperatura.

O estudo sugeriu que a quimberlita foi empurrada para a superfície cerca de 120 milhões de anos, quando África atual, a península Arábica, a América do Sul, o sub-continente indiano, a Austrália e a Antártida formavam um super-continente chamado Gondwana.


Os continentes então se separaram, o que explica por que os diamantes são encontrados em locais tão diversos e distantes, desde o Brasil até a África do Sul e Índia.
No entanto, mesmo se a descoberta for confirmada, não haverá mineração no local, não antes de 2041. Um tratado internacional proíbe qualquer extração de fontes minerais, a não ser em casos de pesquisas científicas. Todavia, o tratado será revisto no começo da década de 2040, e pode mudar esse cenário.


Fonte: Mistérios do mundo.