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quarta-feira, 12 de março de 2014

Mistério do vôo 370: O que aconteceu com o avião da Malaysia Airlines?

O mistério em torno de um avião comercial desaparecido levanta uma questão fundamental: Como pode um grande avião cheio de pessoas  desaparecer no ar nos dias atuais?

Mistério do vôo 370 - Como um avião pode desaparecer do radar?

O voo MH370 da Malaysia Airlines decolou da capital malaia de Kuala Lumpur na sexta-feira (07 de março) e dirigia-se para Pequim. Mas os controladores de tráfego aéreo perderam contato com o avião menos de uma hora mais tarde, uma vez que ele estava voando sobre o Golfo da Tailândia – ele desapareceu do radar. O paradeiro do Boeing 777 que levava 227 passageiros e 12 membros da tripulação permanece desconhecidos.

“Este é um evento muito incomum”, disse Sid McGuirk, professor associado de gestão do tráfego aéreo na Embry-Riddle Aeronautical University, na Flórida. “É realmente incomum uma aeronave em altitude – o que, pelo menos de acordo com a imprensa – sumir do radar.

Dois sistemas de radar

Controladores de tráfego aéreo rastream os aviões comerciais utilizando dois tipos de radar. O radar “primário” determina a posição de um avião por meio da análise de sinais enviados da aeronave; o radar “secundário”solicita informações de cada avião, que é, então, enviado por um equipamento a bordo conhecido como transponder.

Instalações de radar são baseadas em terra, e cada uma tem um alcance de cerca de 320 quilômetros, disse McGuirk. Assim, aviões de passageiros em voos transoceânicos ficam fora do mapa por um período de tempo – mas isso não significa que ninguém mantém o controle  sobre eles.

“As tripulações usam combinações de redes de alta frequência de rádio, comunicação de voz baseada em satélites e dados de texto para  reportar ao ATC [controle de tráfego aéreo] o tempo exato, a posição e o nível de voo”, disse Emily McGee, da Flight Safety Foundation, uma organização sem fins lucrativos com sede em Alexandria, EUA.

“Eles, então, atualizam o ATC com voz ou texto com relatórios de progresso em locais geográficos e intervalos de tempo definidos”, disse McGee. “Quando uma tripulação deixa de fazer o check-in em seu próximo ponto de verificação é que um alarme é disparado. Este caso é um evento extremamente raro, especialmente com as aeronaves altamente avançadas hoje.”

Aviões comerciais também podem ficar fora do mapa brevemente quando voam a baixas altitudes porque montanhas e outros acidentes geográficos podem bloquear os sinais.

Como resultado,  aviões voando baixo são difíceis de acompanhar de forma contínua, especialmente se os seus transponders estão desativados – um fato que os terroristas aproveitaram no 11 de setembro.

Alguém que queria roubar o jato da Malaysia Airlines teoricamente poderia desligar o transponder e mergulhar até uma altitude de 1.500 metros.

“Claro, é meio difícil de esconder um 777″, disse McGuirk.

McGuirk comparou o caso com o desaparecimento do voo 447 Air France, que desapareceu sobre o Oceano Atlântico em junho de 2009 depois de partir do Rio de Janeiro rumo a Paris.

O voo 447 caiu durante um mau tempo, provocando a morte de todas as 228 pessoas a bordo. Demorou 5 dias para localizarem os destroços e quase 2 anos para localizarem e recuperar as “caixas pretas” do Airbus A330 do fundo do oceano.

Em alguns aspectos, no entanto, a perda do voo MH370 é ainda mais intrigante. O voo 447 estava bem no mar, além da variedade de estações de radar. Mas o avião Malaysia Airlines estava, aparentemente, não muito longe de terra, McGuirk disse, acrescentando que um oficial da Força Aérea da Malásia fez comentários para a mídia sugerindo a aeronave estava sendo monitorada pelo radar antes de ter desaparecido.

Especialistas em aviação especulam que o transponder do avião parou de funcionar. Isso pode ter acontecido porque o aparelho foi desligado intencionalmente ou sofreu uma falha de algum tipo. Ou o jato pode ter se desintegrado ou explodido no ar. Parte dos destroços deveria ficar flutuando no mar, e apesar dos contínuos esforços, nada foi achado.

As condições climáticas eram boas e o piloto era experiente – tinha 53 anos e mais de 18 mil horas de voo no currículo. Trabalhava para a Malaysia Airlines desde 1981. O Boeing 777-200 é um modelo bastante seguro e conta com apenas um desastre com vítimas em seu histórico.

Seja lá o que tenha acontecido, foi algo repentino. Mesmo que os pilotos perdessem todos os motores em pleno voo, haveria tempo para lançar um alerta.

Outros fatos interessantes podem ou não estar relacionados com o desaparecimento. Um deles é a presença de dois homens com passaportes entre os passageiros do voo, levantando a hipótese de terrorismo. Outro fato divulgado recentemente foi que os celulares das vítimas estariam tocando, mas ninguém atendia e a ligação caia. Não há confirmação se a informação é verdadeira, mas não deixa de ser estranha, uma vez que os celulares devem ficar no “modo avião” durante o voo ou desligados. Estranha o fato de ainda estarem carregados passados 4 dias.

E você, leitor, o que acredita que tenha causado o desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines? Não deixe de comentar!

Fonte: Mistérios do mundo.

quinta-feira, 6 de março de 2014

7 melhorias que aperfeiçoaram produtos do nosso dia a dia

Todos nós conhecemos a máxima “em time que está ganhando não se mexe”. É realmente difícil melhorar algo que já esteja bom, mas não impossível.

De vez em quando, um produto que você já conhecia – e amava – há muito tempo te surpreende e recebe um novo desenho ou nova função e, uau! Como ninguém tinha pensado nisso antes?

Confira na lista abaixo sete exemplos de produtos que nós já achávamos o máximo, mas foram aperfeiçoados.
  

7. Óculos de sol estilo aviador dobrável


A marca Ray-Ban tem produzido esses óculos desde a década de 1920, e sua popularidade tem tido altos e baixos. O fabricante se firmou mesmo ao suavizar os tons clássicos ao longo dos anos, dando um ar mais moderno ao produto. O que realmente uniu estes dois elementos muito bem foi o novo modelo de estilo aviador que pode ser dobrado no meio. Muito mais fácil – e divertido! – de guardar.

6. Colher de sorvete mais eficiente


Você pode se perguntar como alguém poderia redesenhar algo tão simples como uma colher de sorvete. A resposta: é surpreendentemente fácil. Basta adicionar uma camada mais serrilhada. Curtiu? Neste site, você pode encomendar uma destas por apenas 10 dólares, mais frete (cerca de R$ 24 reais mais frete).

5. Balde mais ergonômico


Você meio que nem lembra que baldes existem até que precisa passar um pano no chão da cozinha ou jogar uma água na calçada de casa. Agora que você recordou a existência destes objetos, conheça o “Leaktite Big Gripper”, nome pomposo dado a um balde projetado pelo designer de produto Scot Herbst, da empresa Herbst Produkt. O grande atrativo são as melhorias ergonômicas, realizadas por meio de pegadores específicos na parte de cima e de baixo, além do bico redesenhado, que só derrama a água quando você realmente quiser que ela seja despejada.

4. Zíper ainda mais fácil de juntar para puxar


Sabemos o que você está pensando: “zíper já é a coisa mais fácil do mundo de usar!”. Apesar deste utensílio ter sido o mesmo por mais de cem anos, sempre há espaço para uma mudança para melhor. Uma empresa de roupas e equipamentos esportivos dos Estados Unidos, a Under Armour, acrescentou a esta equação o que estava faltando – um ímã! –, o que tornou o desafio de unir as duas partes de um zíper uma tarefa ainda mais fácil.

3. Rolha de vinho que dispensa o uso de saca-rolhas


Não é a pior coisa – etilicamente falando – quando você tem uma deliciosa garrafa de vinho, mas não consegue abri-la porque não há um saca-rolhas por perto? E nem adianta inventar. Aqueles truques de tirar a rolha batendo com um sapato no fundo da garrafa, entre outras estripulias, dificilmente dão certo. Felizmente, este drama já é passado. Pelo menos se a garrafa em questão estiver selada com a nova rolha de cortiça Helix. A novidade foi apresentada em uma exposição de vinhos na Europa na metade do ano passado – e talvez estejamos apenas a alguns anos de realmente utilizá-la em todas as garrafas de vinho para facilitar nosso acesso à bebida.

2. Canetas marca-texto de ponta transparente


Outra coisa quase tão irritante quanto ter uma garrafa de vinho e não poder abri-la é grifar uma parte do texto que você está lendo e não conseguir enxergar que parte dos escritos você está efetivamente destacando. Lançado em meados de 2013, a caneta marca-texto de ponta transparente permite que seu usuário visualize exatamente por onde a caneta está passando. Nada de começar marcando uma frase e acabar na linha de cima ou de baixo. Ok, é uma invenção sutil, mas genial.

1. Post-its reutilizáveis


Os papeizinhos adesivos que utilizamos para nos lembrarmos das nossas tarefas diárias ou para deixar um recado já são uma ótima invenção por si só. Agora, o que você diria se fosse possível virar o post-it e usar o outro lado sem perder a característica de grudar nas mais diversas superfícies? Pois é justamente isso que promete a Ecostatic. O truque está no fato de que, em vez de cola, estes objetos usam a eletricidade estática como elemento-chave, o que faz com que você consiga utilizar os papéis por semanas a fio.

Fonte: Hypescience.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

5 formas de evitar discussões na internet

Quem nunca se envolveu em qualquer briga de internet (leia-se com um troll), que jogue a primeira pedra ou faça o primeiro comentário.

1) Não dar confete pra toda e qualquer polêmica boba


A mina de ouro dos blogueiros, comentaristas, colunistas e exibicionistas medíocres é a polêmica. O público-alvo da polêmica vazia parece mais rentável que o da Black Friday. Milhares de pessoas passam os dias em seus perfis compartilhando links para textos ou vídeos com alguma opinião inflamatória, escrevendo extensos editoriais contra essa opinião, debatendo nos comentários com amigos, inimigos, desafetos e até completos desconhecidos para extravazar toda a sua indignação contra… Contra o quê, mesmo?

Algum molequinho de 12 anos que posta um vídeo sobre que tipo de mulher é pra casar? Alguma namoradazinha de um babaquinha que o traiu com o professor com gosto duvidável de vinho e foi flagrada? Uma blogueira praticamente anônima que leva a babá nas viagens? Algum colunistazinho até ontem completamente desconhecido que joga frases clichês agressivas contra os adversários ideológicos e agora, graças aos viciados em indignação, já é mais famoso que o rei da polêmica partidária?


O “clique da indignação”, como bem batizou a Juliana do Think Olga, não ajuda sociedade nenhuma a evoluir. E, pior, só dá força a quem você detesta. Chegou a hora de todos aprenderem a escolher suas batalhas online.

2) Debater sim, respeitar mais ainda



Uma regra que passei a seguir para aprender a não perder tempo com as polêmicas é: só abrir o teclado quando eu tenho algo novo a aportar. Em assuntos complexos, o truque é primeiro ler e aprender sobre ele. Depois, formar sua opinião. Só então vale a pena se pronunciar. Economiza também saber se sentir contemplado com o que os outros já escreveram. Muitas vezes RT não é endosso, como já deixamos bem claro. Mas em geral é, sim.
Mas, se você realmente quer dar o seu pitaco, procure evitar despejar todo aquele “carinho da torcida” e, principalmente, não chute cachorro morto, porque é covardia. Como a Jill Filipovic, do The Guardian, explicou o assunto melhor do que eu, fiquem com o texto dela.

3) Abandonar pelo menos dois desses 12 hábitos


Ler uma opinião ridiculamente polêmica e sair por cima já é difícil, imagina largar o vício nas redes sociais? Ninguém aqui neste blog espera que viremos monges 2.0. Mas esse texto do The Telegraph listou 12 sinais de que você parou de usar a internet e passou a ser usado por ela. Usar o celular na privada ou dormir com ele embaixo do travesseiro estão na lista. Quantos desses hábitos você cultiva? Consegue abandonar um ou dois deles?

4) Aproveitar o lado bom da tecnologia


Deixar de ser massa de manobra dos caçadores de cliques, parar de acumular tretas online e se libertar do domínio do telefone não serve apenas para deixar sua vida mais chata. Apesar de vida ser curta, todo dia você terá um meme, uma polêmica e um tema inspirador de trocadilhos à sua espera no Twitter. Não precisa tuitar como se não houvesse amanhã. Enquanto isso, aproveite para curtir uma noite offline apenas pensando na vida, como sugere o Contardo Calligaris. Ou descobrir de que maneira a tecnologia pode ajudar a sua vida a ficar mais legal e criativa, e não apenas mais recheada de distrações, como mostra este texto do Pedro Burgos no Oene.

5) Dividir sua timeline nas categorias “amigos” e “colegas”


Fortaleça suas amizades verdadeiras e preocupe-se menos com sua quantidade de contatos nas redes! Sabe por quê? Porque é impossível ter tantos amigos, independente do que o Facebook te diga. Esse estudo da Finlândia mostra que suas amizades reais (mesmo as mantidas virtualmente) sempre serão um número constante. Veja bem, o problema não é você ser chato ou as pessoas serem falsas. É simplesmente impossível ter tempo para nutrir tantas amizades.

Fonte: Pensar Enlouquece.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

24 descobertas científicas acidentais

Já dizia Louis Pasteur, inventor do processo da pasteurização e da vacina antirrábica, “o acaso só favorece a mente preparada”. Essa citação aparece na página da Wikipedia sobre “serendipidade”, uma palavra inventada por Horace Walpole que indica uma descoberta feliz, que você não estava procurando.

Assim como nos contos persas que inspiraram Walpole, na vida real também acontecem “eventos felizes” – descobertas que dependeram da sorte (uma sorte, como nos lembra Pasteur, que só favorece quem está preparado para reconhecê-la).

Confira 24 descobertas científicas e tecnológicas que aconteceram por acaso, para pessoas que estavam prontas para tirar todo o proveito delas:

1. Viagra


No início dos anos 1990, a Pfizer estava testando um novo tratamento para a angina, uma doença cardíaca que estreita as veias e artérias que conduzem sangue ao coração. A droga em testes, UK92480, de fato relaxava as artérias, mas não estava dando muito resultado.

A Pfizer já estava a ponto de abandonar as pesquisas quando os pacientes começaram a voltar informando um efeito colateral incomum – ereções. Antes de 1998, não havia tratamento via oral para a disfunção erétil, e as únicas opções eram uma injeção ou o implante de uma prótese.

Agora existe o Viagra, só que ele tem um efeito colateral – ataques cardíacos.

2. Plástico


No início do século 20, os cabos elétricos eram isolados com goma-laca, um produto caro e de difícil obtenção, já que era feito de uma resina secretada pelo besouro da laca do leste da Ásia, que tinha que ser coletada manualmente.

Tentando encontrar um substituto para a goma-laca, Leo Hendrick Baekeland misturou formaldeído, fenol e outros componentes, e acabou descobrindo o primeiro polímero não condutor e resistente ao calor, ao qual deu o nome de bakelite.

Em pouco tempo, o bakelite passou a ser usado em todos componentes elétricos ou eletrônicos que precisavam de isolamento: botões de rádio, soquetes para lâmpadas e válvulas, suportes para componentes elétricos, capas de distribuidor no motor automotivo, cabos de panelas e mais uma infinidades de outros usos.

3. Sacarina


A sacarina foi descoberta em 1878 no laboratório da Universidade Johns Hopkins. O químico russo Constantin Fahlberg fora contratado pela empresa H. W. Perot Import, de Baltimore, para analisar a pureza do açúcar importado. Além de Fahlberg, também fora contratado o professor Ira Remsen, e o laboratório da Universidade.

Em certa noite de junho, após um dia de trabalho no laboratório, Fahlberg foi jantar, pegou um pãozinho com a mão e descobriu que a casca estava extremamente doce. Ele havia literalmente levado o trabalho para casa – sem querer, havia derramado um composto experimental sobre as mãos durante o dia.

Ele correu de volta para o laboratório e experimentou tudo em sua mesa de trabalho – tubos de ensaio, béqueres, e pratos usados em suas experiências, até encontrar um béquer no qual havia sido feita a reação do ácido o-sulfobenzoico com cloreto de fósforo e amônia. Estava descoberta a primeira alternativa comercialmente viável ao açúcar.

4. Forno de microondas


Em 1945, Percy Spencer, um engenheiro autodidata que trabalhava para a Raytheon em um conjunto de radar, notou que uma barra de chocolate em seu bolso estava começando a derreter. Intrigado com isto, ele resolveu experimentar com pipocas, que começaram a estourar, e com um ovo, que explodiu.

Para verificar sua descoberta, Spencer criou um campo de alta densidade ao injetar as microondas de um magnetron em uma caixa metálica, onde elas não poderiam escapar. A comida colocada dentro aquecia rapidamente.

Ainda naquele ano, a Raytheon registrou a patente do forno de microondas, e no início dos anos 1950 já havia uma versão à venda para o público.

5. Raio-X


Em 1895, o físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen estava trabalhando com um tubo de raios catódicos em seu laboratório. Ele cobriu o tubo com papel grosso e notou que uma tela próxima emitia uma estranha luz verde.

Ele nomeou essa “luz invisível” ou raio que podia atravessar vários objetos e impressionar um filme fotográfico de “raio X”, usando a representação matemática para um valor desconhecido.

Fazendo mais testes, ele descobriu que o raio-X passava pelos tecidos moles, deixando os ossos como sombras visíveis. Uma das experiências que ele fez foi com a mão de sua esposa, usando a aliança, o que se tornou o primeiro raio-X médico.

6. Radiação


Em 1896, o cientista francês Antoine Henri Beckerel estava fazendo experimentos com cristais de urânio. Ele deixava o cristal no sol, depois colocava o mesmo sobre uma chapa fotográfica e revelava a imagem.

A hipótese que ele estava testando era que a energia solar absorvida pelo cristal era depois liberada na forma de raios-X, impressionando as chapas fotográficas.

Mas então o tempo ficou nublado. Becquerel deixou um cristal de urânio na gaveta, sobre uma chapa fotográfica. Quando o tempo clareou, ele reiniciou seus experimentos, e notou que o cristal havia deixado uma imagem forte e clara sobre a chapa fotográfica, aparentemente sem que fosse preciso uma fonte de energia.

O que ele descobriu foi a radioatividade. Ele atribuiu o fenômeno à emissões espontâneas feitas pelo urânio. A pesquisa de Becquerel não prosseguiu, mas outros cientistas continuaram de onde ele parou, como Pierre e Marie Curie.

7. Borracha vulcanizada


A borracha usada no início do século 19 tinha alguns problemas: não suportava bem os extremos de temperatura, amolecendo no calor e se tornando quebradiça no inverno. Nos anos 1830, vários inventores estavam tentando desenvolver uma borracha que permanecesse elástica durante todo o ano.

Na cadeia por causa de dívidas, Charles Goodyear começou a fazer experiências com a borracha. Depois de sair, seu primeiro produto foi uma galocha de borracha, que também derreteu no calor.

Ele prosseguiu com seus experimentos e chegou a uma borracha que parecia seca depois de aplicar ácido nítrico, mas em um dia de sol novamente o produto derreteu. Ele prosseguiu com suas experiências, desta vez adicionando enxofre, e foi quando acidentalmente uma amostra caiu sobre um fogão. Em vez de derreter, a amostra endureceu na periferia, e tornou-se elástica no interior.

Estava descoberto o processo de vulcanização da borracha, quando é adicionado enxofre ao látex e depois aquecido, adquirindo estabilidade e consistência.

8. Vaselina


Em 1859, Robert A. Chesebrough, um químico de 22 anos, estava em Pensilvânia para investigar um poço de petróleo, onde recebeu queixas sobre uma substância, a “Rod Wax”, que grudava nos equipamentos de perfuração.

Ele também notou que os operários usavam a Rod Wax em cortes e queimaduras, pois cicatrizavam mais rapidamente. Depois de alguns testes, conseguiu extrair uma “geleia de petróleo”, a qual deu o nome de Vaselina.

9. Marca-passo


O marca passo foi inventado acidentalmente por Wilson Greatbatch nos anos 1950, enquanto trabalhava em um centro de pesquisa, em um gravador para registrar batimentos cardíacos.

Quando estava montando o seu gravador, ele sem querer usou um resistor errado, e quando ligou o mesmo, notou que o objeto dava um pulso elétrico ritmado. Percebendo que seu invento poderia ser usado na prática, ele trabalhou mais dois anos refinando-o, e conseguiu a patente do primeiro marca-passo implantável. Foi em boa hora – os marca-passos da época eram externos, tinham o tamanho de uma televisão, e davam choques nos pacientes.

10. Fósforos


Em 1826, John Walker estava misturando alguns químicos que incluíam sulfeto de antimônio, cloreto de potássio, goma e amido, quando notou que se formara um bolinho seco na ponta do bastão que ele estava usando para misturar os produtos.
  
Sem pensar muito, ele esfregou o bastão para tentar retirar aquela bola seca, e a coisa toda pegou fogo. Este foi o primeiro palito de fósforos da história, só que sem o elemento químico fósforo. Novos fósforos foram inventados até que o produto seguro de hoje surgir, em 1855.

11. Velcro


Apesar dos boatos que correm por aí, o velcro não foi inventado pela Nasa, mas por um engenheiro eletricista suíço, George De Mestral, com participação especial de seu cão.

Depois de uma caçada, ele notou as sementes que ficaram presas no pelo do seu cachorro e nas suas meias. Fascinado com a capacidade das sementes de se prenderem em quase qualquer coisa, De Mestral examinou as mesmas ao microscópio, notando os pequenos ganchos.

Em 1955, De Mestral usou nylon para produzir seu material, que recebeu o nome de Velcro, uma mistura de “velvet” (veludo) e “crochet”. O velcro não fez muito sucesso até que a Nasa começou a usá-lo nos anos 1960 – os astronautas das missões Apolo usavam velcro para prender coisas dentro da nave.

12. Teflon


O Teflon é invenção de Roy Plunkett, um químico que trabalhava para a DuPont. Em 1938, ele teve uma grande ideia – combinar ácido clorídrico com o gás tetrafluoretileno. Ele separou o gás desejado, mas não estava pronto para começar o experimento, então resfriou e pressurizou o gás em latas para usar no dia seguinte.

Só que, no dia seguinte, as latas estavam vazias. Misteriosamente, elas tinham o mesmo peso de quando tinham gás, só que não saía nada. Para onde fora o gás? Confuso, Plunkett cortou as latas e notou que o gás havia solidificado na superfície interna, formando uma superfície lisa.

Em vez de jogar fora o aparente erro, Plunkett e seu assistente começaram a testar o novo polímero, e descobriram que ele tinha algumas propriedades muito incomuns, como ser extremamente escorregadio e inerte a virtualmente todos produtos químicos, incluindo ácidos altamente corrosivos.

O primeiro uso do Teflon foi em munição e na produção de material nuclear para o Projeto Manhattan. Foi só em 1955 que um engenheiro francês chamado Marc Grégoire introduziu as panelas Tefal, graças à sua esposa que percebera que o Teflon usado pelo marido no equipamento de pesca para evitar emaranhamentos era perfeito para ser usado em utensílios de cozinha.

13. Pólvora


Alquimistas chineses tentando inventar o elixir da imortalidade misturaram salitre, enxofre e carvão, e descobriram que a mistura queimava com uma chama púrpura.

No início, a porcentagem de salitre era baixa (em torno de 50%), o que não permitia que a mistura explodisse quando incendiada, mas ainda assim ela era altamente inflamável.

Os primeiros usos da pólvora provavelmente foram como agente incendiário em guerras, até que mais tarde foi usada em fogos de artifício, outra invenção dos chineses.

14. Dinamite


Alfred Nobel inventou a dinamite em 1863, inspirado em parte em um acidente de transporte de nitroglicerina. Nobel tinha ganho fama por explodir suas fábricas de nitroglicerina, um composto altamente explosivo e sensível.

Uma das lendas da invenção da dinamite diz que Alfred Nobel estava trabalhando com nitroglicerina quando um tubo com o explosivo escapou de suas mãos e caiu no chão. Só que em vez de matá-lo, a nitroglicerina foi absorvida por serragem que havia no chão.

A maneira que Nobel encontrou para estabilizar a nitroglicerina foi misturar a mesma com uma substância inerte, como pó de carvão, farinha, serragem e cimento, mas os resultados foram insatisfatórios, até que ele experimentou a lama em torno da fábrica, que era rica em fósseis de diatomáceas, e que se revelou ideal para estabilizar a substância.

15. Fissão Nuclear


Em 1934, alguns anos após a descoberta do nêutron, Enrico Fermi teve a ideia de bombardear diferentes elementos com nêutrons, em busca de novos elementos. Ele descobriu que elementos acima do flúor se tornavam ativos após o bombardeio de nêutrons.

Logo após a publicação do trabalho de Fermi, Ida Noddack, um químico orgânico de Berlim, colocou em dúvida a interpretação de Fermi, alegando que talvez o urânio estivesse se dividindo em dois ou mais fragmentos. Na época, isto era considerado inconcebível.


Entre 1935 e 1938 dois físicos alemães, Otto Hahn e Fritz Strassmann, descobriram que haviam outros produtos resultantes do bombardeio do urânio. Foi a descoberta acidental da fissão nuclear.

16. Mauve (cor)


William Perkin entrou na faculdade de química do Royal College of Chemistry em 1853 com apenas 15 anos, e aos 18 estava tentando descobrir uma forma de sintetizar quinino artificial.

O quinino é produzido a partir da casca de uma árvore. Na época, era bastante procurado, já que era o único tratamento conhecido para a malária. A produção do quinino, entretanto, era bem cara.
   
Trabalhando em casa, ele estava tendo dificuldades para criar uma solução pura; de alguma forma, impurezas acabavam se infiltrando na anilina que ele estava usando, produzindo uma substância preta, grossa.

Ao colocar álcool junto com a substância escura, ele notou uma cor parecida com o violeta, mas mais forte, se formando. Amante da pintura e fotografia, ele resolveu continuar testando aquele estranho composto, que ele chamou de Mauve (de “malva”, em francês).

Acabou inventando a primeira anilina corante, abrindo as portas para uma nova indústria que produziu uma infinidade de cores e… quinina artificial.

17. Vidro laminado


Para qualquer lado que você olhe, vai encontrar o vidro laminado, um sanduíche de duas lâminas de vidro com uma lâmina de plástico entre elas, que tem a propriedade de, ao quebrar, não produzir as afiadas lâminas que o vidro comum produz, e até mesmo de manter a forma.

O vidro laminado foi outra descoberta acidental, em 1903, de Edouard Benedictus, um cientista francês que estava tentando pegar algum frasco de vidro no topo de uma estante, quando acabou derrubando sem querer um outro frasco. E o inusitado aconteceu: o vidro não se espalhou em milhares de pedaços, mas ficou no mesmo formato do frasco, embora quebrado.

O vidro antes tinha sido usado para conter uma solução de nitrato de celulose, um plástico líquido que havia evaporado, aparentemente depositando uma camada fina de plástico no interior do frasco. Como ele parecia limpo, seu assistente guardou o mesmo sem lavar.

Mas a ideia de fazer para-brisas com vidro laminado só ocorreu mais tarde, naquele mesmo ano, quando Benedictus leu sobre os acidentes automobilísticos que estavam ocorrendo. Demorou até a Primeira Guerra Mundial para os vidros laminados serem adotados pelos fabricantes de automóveis.

18. Floco de milho


Reza a lenda que, em 1894, o Dr. John Harvey Kellogg e seu irmão Will Keith Kellogg, ambos Adventistas do Sétimo Dia, estavam tentando descobrir um pão integral para complementar a dieta estritamente vegetariana dos residentes do Sanatório de Battle Creek.

Sem querer, ele deixou uma massa de trigo descansar de um dia para o outro e, quando foi pegá-la, ela estava ressecada. Mesmo assim, eles resolveram passá-la pelos rolos de amassar, e a mistura se dividiu em flocos, que depois de assados, eram deliciosos.

Os flocos “Granose” foram um sucesso no sanatório, que logo se espalhou. Will teve a ideia de usar milho em vez de trigo, criando assim o floco de milho. A empresa Kelloggs’ enviou, só no ano de 1906, mais de 175.000 caixas de flocos de milho para diversas localidades.

19. Olestra


A olestra, conhecida pelo nome comercial Olean, é um substituto da gordura que não acrescenta calorias ou colesterol aos alimentos. Ela foi descoberta acidentalmente nos laboratórios da Procter e Gamble em 1968, pelos pesquisadores F. Mattson e R. Volpenheim, que estavam procurando gorduras que fossem mais facilmente digeridas por recém-nascidos.

Durante testes para introduzir o olestra como aditivo, os pesquisadores notaram que os níveis de colesterol no sangue diminuíam com o uso da substância. Atualmente, a olestra pode ser usada para fritar alimentos e está presente em muitos produtos de baixa gordura.

Infelizmente, ela tem alguns efeitos colaterais desagradáveis, que são dores abdominais e diarreia – mas só para quem exagerar no uso do produto. Além disso, ela diminui a absorção de vitaminas, então os alimentos que possuem olestra na fórmula ou no preparo precisam de adição de vitaminas.

20. Supercola


Harry Coover, um pesquisador da Eastman Kodak, estava tentando inventar um plástico para usar em alças de mira, quando experimentou com o cianoacrilato. A princípio, a aderência do novo plástico irritou Coover, e ele o deixou de lado.

Em 1951, Coover novamente teve contato com o cianocrilato, desta vez em uma tentativa para criar canopis resistentes a calor para jatos. Novamente, a aderência do cianocrilato estava atrapalhando os planos de Coover.


Só que, desta vez, ele teve uma epifania, ao perceber que este adesivo não precisava de calor ou pressão para colar. Mais ainda, em todos os testes, o produto colou todas as substâncias experimentadas. Definitivamente.

21. Post-it


Spence Flier era um pesquisador da 3M que estava tentando desenvolver um adesivo forte. No entanto, ele acabou descobrindo um adesivo fraco, que podia ser colado e colado novamente.

Sem saber o que fazer, Flier deixou a ideia de lado, até que em 1974 o cientista Arthur Fry estava pensando em uma maneira de inventar marcadores de páginas adesivos que não ficassem permanentemente grudado.

Fry lembrou da invenção de Flier, e a 3M, que a princípio estava cética sobre a lucratividade do produto, acabou lançando o Post-it mundialmente.

22. Anestesia


Nos anos 1830, surgiu uma onda entre estudantes universitários de fazer festas conhecidas como “ether frolics” ou “brincadeiras com éter”. Eles descobriram que quando cheiravam o vapor do éter, ficavam doidões.

Ao mesmo tempo, o gás do riso, ou óxido nitroso, era demonstrado por vendedores por todo o país. Em 1844, um dentista de nome Horace Wells participou de uma destas demonstrações, e notou que um sujeito que havia cheirado o gás do riso se machucara e parecia não sentir dor.

Em 16 de outubro de 1846, foi feita a primeira cirurgia com anestesia: um tumor foi extraído, e o paciente alegou não ter sentido dor alguma.

23. Mola maluca


Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos inventores estavam trabalhando em suas garagens para tentar criar alguma coisa que ajudasse no esforço de guerra. O engenheiro Richard James era um destes. Em 1943, ele estava tentando inventar molas que pudessem ser usadas para apoiar e estabilizar instrumentos dentro de navios durante tempestades.

Sem querer, James cutucou uma das molas que saiu rolando da mesa até o chão, daquele jeito que só as molas malucas fazem. Imediatamente, ele levou a mola para sua esposa, Betty, comentando que talvez pudessem fazer um brinquedo com aquilo.

 James levou mais dois anos para aperfeiçoar o produto junto com sua esposa, e eles demonstraram o brinquedo na loja de departamentos Gimbels em 1946. Em 90 minutos, venderam 400 “slinky”, nome criado por Betty. Nos próximos 50 anos, venderiam 250 milhões destas molas no mundo inteiro.

24. Penicilina


Esta é, com certeza, a mais famosa descoberta acidental. Em 1928, o biólogo escocês Sir Alexander Fleming estava fazendo testes com a bactéria Staphylococcus, quando saiu de férias por duas semanas.

Ao retornar, ele notou que uma das culturas estava mofada, e a bactéria não crescia onde o mofo havia se desenvolvido. Imediatamente, Fleming percebeu o potencial da substância, que ele chamou de penicilina, para conter infecções bacterianas.

O que pouca gente sabe é que ele teve dificuldades para produzir mais do mofo, e a penicilina só se tornou uma medicação depois de 13 anos, graças aos esforços de outros cientistas, como Howard Florey, Norman Heatley e Andrew Moyer.

Infelizmente, o abuso da penicilina e outros antibióticos, principalmente o uso de doses insuficientes, acabou por permitir o desenvolvimento de bactérias resistentes a remédios comuns.

Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

19 Previsões para nossas vidas daqui a cem anos


Na última semana, a equipe da BBC fez uma pesquisa de opinião com seus leitores para que previssem como estará o Planeta Terra, em vários aspectos, no ano de 2112. Depois, selecionaram algumas das projeções mais interessantes feitas pelo público e pediram para dois futurologistas ingleses, Ian Pearson e Patrick Tucker, as comentarem. O resultado é uma rica visão de como será a humanidade daqui a um século.

1 – Crescimento da aquicultura


Extensas áreas dos mares do mundo serão forçadas a se converter em fazendas. Se a população mundial estiver realmente batendo na casa dos dez bilhões de habitantes, conforme indicam as projeções, teremos que avançar nas produções alternativas de alimentos.

Não apenas na criação de peixes, frutos do mar e vegetais marinhos, como também de diversas algas marinhas geneticamente modificadas. Elas podem absorver mais nitrogênio do ar e eliminar a necessidade do uso de água doce no cultivo. Com isso, sobra mais água para outras funções.

2 – Comunicação por pensamento


Será que a telepatia deixará de ser ficção científica? Os futurologistas acreditam que sim. A tecnologia de interação entre cérebro e equipamentos eletrônicos tem caminhado a largos passos nos últimos tempos.

Acredita-se que uma realidade em que chips transmitem impulsos entre dois cérebros, proporcionando a comunicação entre eles, não está tão distante assim.

3 – Criação de homens biônicos e imortais


O filme “O homem bicentenário”, lançado em 1999, plantou no imaginário da população a ideia de um humano ciborgue que poderia viver eternamente. Os especialistas também vêem boas chances de isso ser uma realidade em 2112, graças ao casamento entre a tecnologia e a genética. Alterações no DNA, combinadas a conceitos de robótica avançada, deverão ser capazes de criar o que se chama de “Inteligência Artificial”.

4 – Controle da meteorologia


A previsão do tempo, que às vezes ainda falha e estraga nossos planos para o final de semana, poderá deixar de ser suposição para se tornar apenas um anúncio, nos próximos cem anos. A geoengenharia, na verdade, já tem feito vastas experiências no controle da direção e intensidade de tornados e na criação de chuva artificial. Parece plausível, para os pesquisadores, que daqui a cem anos o homem já saiba definir exatamente se amanhã vai fazer tempo bom lá fora ou não.

5 – “Abertura econômica” da Antártida


Hoje em dia, há pouco mais do que pinguins e bases científicas de alguns países habitando o solo do continente gelado, mas os futurologistas afirmam que essa realidade está com os dias contados. Conforme o ritmo ditado pela nossa necessidade de expansão, a humanidade terá que ocupar e desenvolver algumas áreas da Antártida. A dúvida é se isso poderá ser feito sem danos ao meio ambiente. Um dos pesquisadores, aliás, acredita que o Ártico será “colonizado” ainda antes da Antártida.

6 – Adoção de moeda única para o mundo


A União Europeia foi a primeira a caminhar nessa direção com a implantação do Euro para todos os países afiliados. A internet tem acelerado essa tendência, já que facilita as formas de pagamento e transações financeiras internacionais, mesmo que o dinheiro dos países em questão seja diferente. Alguns especialistas, no entanto, acham que a internet está levando as coisas justamente para a direção contrária: haverá cada vez mais moedas, e não menos.

7 – Cérebros auxiliados por computadores


A projeção é ainda mais precoce do que o estabelecido: os especialistas acreditam que muitas pessoas já terão acesso, em 2050, a uma tecnologia computadorizada que fará o cérebro trabalhar de forma mais rápida e eficiente, com ganho para a memória e o raciocínio. Em 2075, já deve ser algo relativamente popular na maioria dos países do mundo.

8 – Saúde mantida por nano robôs dentro do corpo


Embora não haja muita segurança (a estimativa dada por um dos pesquisadores, em uma escala de 0 a 10, é 7), é possível que o nosso organismo no futuro seja habitado por dezenas de minúsculas máquinas responsáveis por curar células e fazer o papel da maioria dos remédios atuais. A nanotecnologia tem avançado em um bom ritmo, mas não se sabe ao certo se mais cem anos serão suficientes para atingirmos esse patamar.

9 – Controle da fusão nuclear




A maior parte dos problemas energéticos do mundo poderia ser resolvida se a ciência aprendesse a controlar a fusão nuclear, que é o modo como se gera energia em uma estrela. Com ela, poderíamos potencializar e baratear imensamente a produção de eletricidade. Os especialistas afirmam que a descoberta desse mecanismo físico são favas contadas, e deve acontecer ainda antes de 2050. Outras formas alternativas de energia também devem ganhar impulso nas próximas décadas.

10 – O mundo só falará inglês, espanhol ou mandarim


Especialistas afirmam que as línguas menos faladas tendem a restringir sua circulação e eventualmente serem esquecidas ao longo do tempo. Nessa projeção, um dos participantes da enquete postulou que em cem anos só sobreviverão os idiomas inglês, mandarim e espanhol, e os demais cairão pouco a pouco em esquecimento. Em quase todas as escolas do planeta, segundo os pesquisadores, haverá o ensino de pelo menos um destes idiomas nas próximas décadas.

11 – Casamento gay em 80% dos países




Segundo os especialistas, praticamente todo o mundo ocidental já irá tolerar legalmente a união entre duas pessoas do mesmo sexo daqui a cem anos. Essa meta, no entanto, não parece tão tangível para 2112 em alguns países cuja religião exerce uma forte influência contrária. Com base nisso, calcula-se que a porcentagem de nações adeptas da união homo afetiva deve girar em torno de 80%.

12 – Fragmentação dos EUA


Daqui a cem anos, é possível que os Estados Unidos não sejam mais tão unidos assim. Alguns indicadores no Estado da Califórnia, o mais rico e populoso da nação norte americana, apontam para a possibilidade da Costa Oeste se emancipar do resto do país. Parte destas pressões está relacionada à economia: em outras palavras, a Califórnia sustenta vários estados americanos e pode acabar se cansando disso.

13 – Elevadores espaciais


A ficção científica já se deleitou com a ideia de fazermos um elevador que leve as pessoas diretamente da Terra em direção a uma estação espacial, sem a necessidade de foguetes. Os especialistas afirmam que esta é uma meta palpável para o começo do próximo século, embora ainda não se saiba quão populares e baratas estas viagens serão.

14 – Predomínio da inseminação artificial


Será que é possível imaginar um futuro onde a maioria das mulheres engravide de maneira artificial ao invés do modo tradicional, por um homem? Os especialistas não descartam essa possibilidade. Com o tempo, a manipulação genética tornará cada vez mais fácil a escolha exata das características do filho antes do nascimento. Mas é claro que isso não significa, necessariamente, que a velha técnica para fecundação através da relação sexual fique em segundo plano.

15 – Museus de todos os ecossistemas




Alguns especialistas acreditam que quase toda a variedade natural da Terra, nos dias de hoje, ainda será conservada daqui a um século. Grande parte desses ecossistemas, no entanto, estaria confinada a museus, já que o habitat original terá desaparecido. Assim como continua crescendo a degradação da natureza através de várias formas, também aumentam as ferramentas de preservação. Dessa maneira, o futuro permanece incerto no quesito ambiental.

16 – Desertos se tornarão florestas


Alguns dos maiores desertos do mundo começam a ser mais verdes. Áreas que antes eram áridas e sem flora passam a ter alguma vegetação. Não se sabe até que ponto esse processo estará em andamento e quando isso vai acontecer, mas não é uma possibilidade inviável.

17 – Flexibilização do casamento


Para efeitos legais, a frase “até que a morte os separe” pode perder seu valor. Especialistas projetam que os contratos de casamento tendem a deixar de ser vitalícios, e passem a durar uma década ou até um ano. O aumento da expectativa deve dar um empurrão a essa tendência: se as pessoas começarem a ultrapassar cem anos de idade, não vão querer que um casamento aos 20 precise durar para sempre. O preferível, conforme eles explicam, são relacionamentos que não resultem em falência para um dos lados no caso de divórcio.

18 – Países deixarão de existir para dar lugar a um governo mundial


Esta premissa, sugerida por um leitor da BBC, não teve muita aceitação entre os futurologistas. Acredita-se que o mundo caminha justamente na direção oposta: com o passar do tempo haverá cada vez mais países, as nações muito grandes devem ser subdivididas.

19 – Guerras serão feitas completamente por controle remoto


Em uma escala de 0 a 10, um dos futurologistas deu a nota 5 para as chances dessa realidade acontecer. Não se sabe se no futuro a figura de soldados, combatendo entre si, realmente dará lugar somente às maquinas e armas de destruição em massa.

Fonte: Hypescience.