Você Sabia? Pergunte Aqui!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A hora de almoço dos brasileiros

É quando a gente repõe as energias perdidas de manhã e prepara o corpo para o que vem pela tarde. A dupla arroz e feijão é imbatível no cardápio dos brasileiros - mas o resto do prato depende do que cada um vai enfrentar no dia.

Na obra

    

A expressão "prato de pedreiro" não nasceu sem sentido. Quem trabalha em obra precisa comer muito para garantir que o corpo chegue inteiro ao fim do dia.

Peso médio do prato - 1 quilo.

Servido - das 11h às 12h30.

Arroz e feijão

  

O trabalho braçal exige muita atividade física, e por isso pedreiros devem ter uma dieta como a de atletas: rica em carboidratos. A dupla arroz e feijão ajuda nisso. Tanto que é colocada no cardápio todo dia, mesmo quando o menu inclui outra opção rica em carboidratos, como macarrão.

Paçoca

       

A sobremesa varia entre frutas - laranja, banana e maçã - e doces - como pé de moleque e doce de leite. A paçoca foi servida em um dia de frio por ter bastante carboidrato. Quando a temperatura está baixa, o corpo acelera o metabolismo para se aquecer, e precisa de mais energia. Em média, consumimos 10% mais calorias com o frio.

Bisteca de porco

     

A carne tem proteína, outra fonte de energia para o corpo. Na falta de carboidrato, é à proteína que o organismo recorre. Ter um bom estoque dela é fundamental. Do contrário, o corpo buscará proteína na chamada massa magra - o que significa perda de músculos. Quem não gosta de carne recebe dois ovos fritos, que cumprem a mesma função energética.

Fritura

   

A escolha da fritura é dos pedreiros. "Eles reclamam quando fazemos outras opções, como ensopados", diz Lúcia Fiusa, nutricionista responsável pelas refeições da obra visitada pela SUPER. Outra preferência dos pedreiros: carne com gordura e frita na chapa.

Farofa

      

Rica em carboidrato, é o complemento do prato dia sim, dia não. Reveza com salada, cheia de vitaminas, minerais e fibras, que podem ajudar na digestão.

No asilo

     

Na velhice, o paladar tende a ficar menos aguçado. Aumenta a dificuldade para sentir o sabor dos alimentos, e as nutricionistas precisam carregar nos temperos. Mas sem abusar de sal e açúcar.

Peso médio do prato - de 400 a 500 gramas

Servido - das 12h às 12h30

Temperos


Sal retém líquidos do corpo, o que é fatal para hipertensos. Açúcar é banido da dieta dos diabéticos. O jeito é reforçar a dose de outros condimentos:

ARROZ - ALHO E CEBOLA

     

FEIJÃO - LOURO

   

PURÊ - CEBOLINHA E SALSA

   

Sagu e suco

       

Sobremesas e sucos são sempre feitos em duas versões: a normal e a diet para diabéticos.

Salsicha

      

Garante mais gordura que proteína. Opcional para quem não se contentar com o peixe.

Acelga e couve-flor

   

Têm vitaminas. A couve-flor contém também cálcio, ajuda a prevenir contra osteoporose.

Escondidinho de peixe

    

O filé de merluza sob o purê de batata tem ômega 3, tipo de gordura que ajuda a prevenir enfartes e derrames. O purê é rico em proteínas, cruciais na terceira idade. Sem proteínas, perdemos massa corporal e temos mais dificuldade para andar e fazer exercícios.

Arroz e feijão

       

Carboidratos são imprescindíveis para o cérebro e para os comandos que ele envia ao corpo: andar, correr, sentar, pensar. Feijão também é rico em ferro, auxilia a circulação sanguínea.

Na empresa

  

Quem trabalha em escritório precisa, em média, de 1 800 calorias diárias - 28% menos do que trabalhadores braçais. Se comessem como os pedreiros, os funcionários da firma não gastariam todas as calorias e engordariam. Por isso, as nutricionistas de empresas incluem no cardápio muitos alimentos menos calóricos.

Peso médio do prato - 500 gramas

Servido - das 12h às 14h30

Alface, tomate, abobrinha

   

No bandejão, hortaliças, legumes e verduras são colocados à frente dos demais alimentos para incentivar o consumo de salada. A que está neste prato é rica em cálcio, fósforo, potássio e vitaminas.

Filé de peixe

        

Para garantir proteína na dieta, o cardápio inclui opções de carne branca e vermelha. "Carne branca faz mais sucesso", diz Fernanda Perin Neto, gerente do restaurante visitado. "Os funcionários buscam as opções mais saudáveis."

Bebida

    

Entre refrigerante e suco, 59% dos funcionários tomam suco.

Arroz e feijão

  

Ainda que não façam grandes atividades físicas no trabalho, funcionários de escritório têm um desgaste mental. Arroz e feijão ajudam a dar a energia de que o cérebro precisa. No bufê também há arroz integral, que tem mais nutrientes do que o normal.

Na escola

    

A refeição nas escolas paulistas é definida pela Secretaria de Educação do Estado. O prato varia entre arroz e feijão (complementados por carne e salada) e macarronada. Uma vez por semana as crianças tomam uma bebida à base de leite, rica em lipídios, que garantem energia.

Peso médio do prato - 300 gramas

Servido - às 10h30 e às 14h30, dependendo do horário de aula das crianças.

Maçã

   

Sobremesa saudável, já que ajuda na circulação sanguínea, combatendo anemia e colesterol.

Frango desfiado com milho

          

Carne tem proteínas, necessárias para a formação da massa corporal. Sem elas as crianças também estariam mais vulneráveis a doenças e apatia. O milho tem manganês, um mineral que ajuda no crescimento.

Alface, tomate, repolho, cenoura

           

Uma combinação de vitaminas, manganês e minerais como potássio e ferro. Para as crianças, a mistura significa ajuda no crescimento, no aproveitamento do cálcio para os ossos e na resistência a infecções, entre outras funções.

Arroz e feijão

  

O cardápio de uma escola é planejado a partir das necessidades que um corpo em desenvolvimento tem de 3 nutrientes: carboidratos, proteínas e lipídios. Arroz e feijão cuidam da parte dos carboidratos e garantem que as crianças tenham energia para correr e brincar.

Na cadeia

       

Tem presídio que produz a comida em cozinha própria, tem presídio que recebe as refeições de uma empresa terceirizada. Aqui, retratamos o prato que veio de uma companhia que atende 4 centros de detenção provisória da região metropolitana de São Paulo.

Peso médio do prato - 610 gramas

Servido - às 10h30

Mamão

   

A sobremesa dos presos pode ser uma fruta ou um doce. Quando é doce, ganha uma versão diet para os diabéticos. Detentos que sofrem de hipertensão, úlcera e gastrite também recebem pratos preparados especificamente para eles. Nos 4 centros de detenção atendidos por essa companhia, cerca de 50 dietas têm alguma alteração em relação à original.

Arroz e feijão

          

Por determinação da Secretaria de Segurança de São Paulo, todo prato de presidiário precisa ter 150 gramas de feijão e 220 gramas de arroz. É pra dar aquela sustância, já que a dupla ajuda na coagulação do sangue, na contração muscular e na formação de anticorpos.

Abobrinha e Acelga

          

Os legumes são cozidos em um forno que ajuda a preservar as propriedades dos alimentos até a hora em que a comida chega à cela.

Carne vermelha ensopada com cenoura

        

A carne é obrigatória na comida do detento - são 100 gramas. A porção garante uma carga de proteínas importante para o sistema imunológico, também reforçado pelos nutrientes da cenoura.

Fonte: Super Interessante.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Por que é tão difícil tomar a decisão certa?

Como garantir que não vamos nos arrepender das nossas escolhas? Que o casamento não vai acabar em divórcio? Que a profissão escolhida no vestibular é a que vai trazer felicidade? A verdade é que garantia não existe, porque o cérebro não consegue prever o futuro. Mas podemos orientá-lo a decidir de acordo com as nossas expectativas. Desse jeito, fica mais difícil se frustrar com o resultado.

Tomar uma decisão envolve uma disputa com 3 participantes - dois deles (instinto e experiência) cuidam do seu presente, o outro (a razão) pensa no seu futuro. Por isso, diante de uma encruzilhada, o melhor é tentar organizar essa briga. Antes de decidir se quer mesmo encarar uma mudança radical na carreira, talvez você resolva usar a razão. Ou não - talvez você esteja cansado da profissão que escolheu e prefira tentar um caminho novo. Tanto faz: em qualquer decisão, o importante é pensar se aquele problema merece uma con­sideração mais racional ou emotiva. E só aí começar a julgar as informações e os argumentos. Assim, o cérebro começa a movimentar as engrenagens sabendo qual delas interessa mais. E evita erros.

Sim, porque até ser racional pode trazer arrependimentos. A razão compara tudo para encontrar a solução mais lógica, certo? Imagine um rapaz de olho nas garotas em um bar cheio de morenas. Só duas loiras, parecidas entre si, estão por lá. São grandes as chances de o rapaz se interessar por uma das loiras, porque é mais fácil para o cérebro compará-las do que comparar dezenas de morenas. A loira menos atraente só serviu de isca: chamou a atenção do cérebro, louco por comparações, e fez o rapaz concluir que a melhor alternativa do bar era aquela loira mais bonita. Sem que o rapaz tivesse reparado nas morenas, talvez mais interessantes. Nessa hora, o instinto poderia ter ajudado mais. Afinal, escolher um par no bar pode mudar sua noite, mas não necessariamente seu futuro. E por que não confiar na experiência, que poderia disparar dopamina ao ver uma das morenas?

As emoções, se usadas na hora errada, também podem fazer você tomar a pior decisão. Se alguém faz piada do seu cabelo naquele mesmo bar do exemplo de cima, racionalmente o melhor seria ignorar. Mas a humilhação e a raiva às vezes falam mais alto - e você pode cometer um desatino como dar um soco ou jogar o drinque na cara do cidadão. Uma decisão que você, normalmente, não tomaria. A ciência já provou que isso acontece.

Um estudo com jovens mostrou que a excitação sexual pode vencer a razão em alguns casos. Jovens excitados ficam 136% mais dispostos a se envolver em atividades sexuais que eles próprios consideram estranhas ou imorais, como sexo com animais. E 25% ficam mais propensos a dispensar a camisinha. "Todos os participantes falharam em prever a influência da excitação nas suas preferências sexuais", diz Dan Ariely, professor de economia comportamental no MIT, nos EUA, que conduziu o estudo que chegou a essas conclusões. "Até a mais brilhante e racional das pessoas, no calor da paixão, parece completamente divorciada da pessoa que ela pensou que fosse."

A solução é usar a razão antes desse ataque das emoções, como abandonar o bar quando a raiva começar a subir ou espalhar camisinhas pela casa antes de ir para a balada (o que deixa a alternativa racional bem visível). O mesmo vale para problemas mais corriqueiros - se quer aguentar a dieta, evite avistar doces quando tiver fome.

Saber qual ferramenta você prefere usar para cada dilema ajuda o cérebro a se focar nas consequências esperadas com a decisão. Assim, a chance de arrependimento pode diminuir. De qualquer forma, nem sempre uma decisão certa é 100% racional ou 100% emocional, e sim uma combinação de razão, instinto e experiência. Ainda que a voz de uma delas fale mais alto, todas vão contribuir para as suas decisões. O importante é entender que podemos usar o melhor de todas essas alternativas. A boa notícia é que o sistema de recompensas vai anotar tudo se você se arrepender de alguma escolha. E lançar um alerta da próxima vez que você tentar cometer uma burrada.


Como o cérebro interpreta e analisa as maiores decisões da sua vida:

       



MUDAR DE CASA

       

Razão - Calcula gastos com aluguel, manutenção, transporte e outros que afetem sua vida para concluir qual o negócio mais vantajoso e lógico.

Experiência - Se você tiver crescido em uma casa e passado bons momentos lá, vai te influenciar a não se mudar para um apartamento.

Instinto - Você foi conhecer um apartamento vago no 22º andar e sentiu um desconforto com a altura. É seu instinto querendo preservar sua segurança.

CASAR

       

Razão - Avalia se a pessoa escolhida tem tudo o que você sonhou. Mas em uma lista objetiva de prós e contras. Ele(a) gosta de viajar? Quer filhos? Que importância dá à carreira?

Experiência - Lembrar de bons momentos do namoro vai lançar dopamina quando você imaginar a vida de casado. E te empurrar para o altar.

Instinto - Sensações boas ou ruins virão de acordo com cheiros, toque, forma do rosto, jeito da pessoa. O cérebro recebe essas informações e interpreta como sentimentos.

TER FILHOS

       

Razão - Lembra que você precisará dos filhos quando envelhecer. Mas também age na posição contrária, alertando que a decisão pode ser um fardo financeiro muito grande.

Experiência - Influencia de acordo com os momentos que você passou com crianças, como brincadeiras ou sufocos (a lembrança de troca de fralda, de um bebê chorão.)

Instinto - Impulsiona a preservar a espécie. E a cuidar da prole, principalmente para as mulheres.

ESCOLHER PROFISSÃO

    

Razão - Faz perguntas como: o salário nessa carreira é bom? O cenário econômico favorece esse profissional?

Experiência
- Busca suas lembranças da escola. Se você não aguentava ver imagens de corpo humano na aula de ciências, vai te dar calafrios quando você pensar em medicina.

Instinto - Já ouviu alguém dizer que "nasceu para aquela profissão"? Aptidões naturais também fazem parte do instinto. Se você tem talento natural para a música, pode ficar inclinado a fazer disso sua carreira.

TROCAR DE CIDADE

    

Razão - Trânsito, custo de vida, preço de imóveis, oferta de trabalho. Dados objetivos que a razão usará para comparar cidades.

Experiência - Busca as sensações que a possível nova cidade deixou em você, venham elas de visitas ou de informações que você recebeu de outros.

Instinto - Lidamos muito mal com perdas. O instinto lamentará a perda da família, dos amigos do bairro, do boteco preferido, gerando emoções negativas. E, possivelmente, te pressionando a não mudar.

MUDAR DE EMPREGO

     

Razão - Procura motivos objetivos para a mudança e compara o emprego atual ao futuro, usando dados como situação do mercado e benefícios.

Experiência
- Um acúmulo de sentimentos ruins ao pensar no trabalho te dará a certeza de que é hora de arrumar outro emprego.

Instinto - Você pode estar se sentindo ameaçado no escritório, desconfiado de que os colegas estão te deixando para trás. Ou certo de que seu salário não é justo.


Fonte: Super Interessante.

domingo, 25 de agosto de 2013

Quais são as chances de uma grande catástrofe acontecer na Terra?

Todos sabemos que desastres naturais podem ocorrer sem qualquer aviso prévio. Como por exemplo, o tsunami que sacudiu o Japão em 2011 que acabou coma vida de milhares de pessoas e um deixou um grande prejuízo para o país.

A catástrofe chamou a atenção de todo o mundo não só pelas vidas perdidas e pelos dramáticos esforços de resgate. O Japão é um dos países mais bem preparados para enfrentar desastres naturais, e ainda assim foi devastado pela força da natureza. Um sinal de que nenhum país está a salvo.




TSUNAMI


 


Mesmo com todas as precauções, o Japão não foi páreo para a onda destruidora.

"Uma desgraça nunca vem sozinha", diz o ditado. E a geologia comprova: após um grande tremor de terra, vem sempre um tsunami - expressão em japonês que aposentou "maremoto"e significa "onda que avança sobre a costa". Felizmente, é preciso que se chegue a pelo menos 7 pontos na escala Richter para detonar essa maré de destruição - isso explica serem apenas 8 as ocorrências graves nos últimos 10 anos. Dessas, duas foram no Japão, a mais recente no começo de março, provocada por um dos maiores terremotos da história.

As nações com vista para o Pacífico, como o arquipélago japonês, são justamente as que correm mais risco, pela concentração de vulcões ativos e áreas com perigo de terremoto. Mas os tsunamis não se contentam em promover arrastões marítimos só perto de onde se formam. Eles podem atingir locais a milhares de quilômetros de seu ponto de origem. Em 1960, houve um que começou no Chile e atravessou o oceano, passando pelo Havaí e chegando a matar 200 pessoas no Japão.

Nem o Brasil escapa. O maior risco conhecido é o dos terremotos que podem ocorrer nas ilhas Sandwich do Sul (que ligam a América do Sul à Antártida). "Eles gerariam tsunamis que poderiam afetar a costa brasileira", afirma Costas Synolakis, geólogo da University of South California. No entanto, ainda não se sabe ao certo a probabilidade real de isso ocorrer, pois faltam pesquisas.

Há quem defenda que, com o aquecimento global, o problema tende a aumentar. O especialista Bill McGuide, da London University, acredita que o degelo nos polos deve fazer a crosta terrestre se movimentar para cima, o que causará terremotos e, por consequência, tsunamis. Para piorar, os métodos de prevenção ainda estão capengas.

No Japão, os quebra-mares construídos para conter as ondas gigantes não deram nem para o começo. E a maior parte das casas não estava pronta para resistir à força das águas. "Faltam investimentos", diz o professor Synolakis. Para ele, pouco foi feito desde o desastre na Indonésia, em 2004, que deixou 230 mil vítimas. Os principais problemas são a falta de mapeamento de quais áreas podem ser atingidas e o número limitado de tsunamógrafos - como seu nome sugere, são os aparelhos que medem a fre-quência e o tamanho das ondas.

Mas a pedra maior no caminho é a falta de informação, como no desastre das ilhas Samoa, em 2009, que deixou 189 vítimas. Muitas tentaram fugir de carro e, com o trânsito, morreram afogadas dentro deles. O correto teria sido caminhar até os terrenos altos nas redondezas e esperar o aguaceiro passar.

Para aliviar as tragédias, o aviso precisa ser rápido e eficaz. Na Indonésia, em 2004, muitos dos 230 mil mortos não chegaram a ver o alerta emitido pela televisão local. A razão: eles viviam em vilas sem energia elétrica. Mas em muitos casos não há sequer tempo para divulgar a informação: um tsunami formado perto da costa pode chegar a ela em menos de 10 minutos. No caso recente do Japão, o problema de comunicação foi agravado porque o terremoto havia sido tão forte que cortou até a internet.

Outra medida necessária é investir em uma arquitetura antitsunami. Um bom exemplo é o dos templos islâmicos na Indonésia, que passaram ilesos pela avalanche de ondas. Suas grandes colunas circulares, que sustentavam os andares superiores, permitiram que a água fluísse livremente. Moral da história: se não pode vencê-lo, adapte-se a ele.

Probabilidade de ocorrer - Média
Letalidade - Média
Perspectiva para o futuro - Igual a hoje
A cada ano, ocorrem 6 tsunamis no mundo


FURACÃO

  

O desastre no Japão será o mais caro da história, já declararam analistas que calculam prejuízos com catástrofes. O líder prestes a ser desbancado é um furacão: o Katrina. Em 2005, quando varreu a costa dos EUA, o Katrina causou prejuízos de mais de US$ 100 bilhões. De onde ele saiu, virão outros mais poderosos. Os furacões (nome usado no Atlântico) e tufões (nome usado principalmente no Pacífico) estão se fortalecendo. Entre 1981 e 2006, a velocidade deles aumentou 7,8 metros por segundo, de acordo com a Universidade Estadual da Flórida, que analisou os mais velozes. A fúria é impulsionada pela superfície dos oceanos, cada vez mais quente. (Temperaturas acima de 26 ºC são propícias à formação de furacões.) Os maiores alvos podem ser a costa dos EUA, do México e países do mar do Caribe. A princípio, o Brasil não corre risco: nossas redondezas têm ventos fortes, e furacões só se formam em áreas de calmaria. Mas o clima pode mudar. Em 2004, o Catarina atingiu o estado de Santa Catarina e matou pelo menos 3 pessoas. "Se tivemos um, é possível que haja outro", diz Augusto José Pereira Filho, professor de ciências atmosférias da USP.

Probabilidade de ocorrer - Alta
Letalidade - Alta
Perspectiva para o futuro - Piorar

VULCÃO

   

Nos últimos 100 anos, os vulcões deixaram 100 mil mortos. Considerando o período, não é muito (acidentes de carro, por exemplo, matam 35 mil pessoas por ano só no Brasil). A principal ameaça gerada pelas erupções é o lançamento de cinzas na atmosfera, o que provocaria chuva tóxica e esfriamento global. Existem 6 supervulcões no planeta: três nos EUA, um no Japão, um na Nova Zelândia e um na Indonésia. Cada um deles poderia lançar uma nuvem de cinzas 3 mil vezes maior que aquela que cobriu a Europa após a erupção do islandês Eyjafjallajökull, em 2010. Outro perigo está nas ilhas Canárias, perto do noroeste africano. Lá existe um vulcão cuja erupção faria com que grandes blocos de pedra se desprendessem das ilhas, gerando um tsunami que inundaria o sul do Reino Unido, devastaria a costa leste americana e chegaria ao Nordeste brasileiro com ondas de até 3 metros de altura.

Probabilidade de ocorrer - Média
Letalidade - Baixa
Perspectiva para o futuro - Igual a hoje

TERREMOTO

   

Ele não é um fenômeno estritamente natural - também pode ser causado pelo homem. Mas a ciência tem uma nova arma para estudá-lo.

A ciência não consegue prever os terremotos. Mas especialistas acreditam que, com grandes cidades, como Tóquio e Los Angeles, construídas em regiões instáveis, a tendência é acontecer pelo menos uma grande tragédia por década. 400 milhões de pessoas vivem em metrópoles que podem sofrer um grande terremoto nos próximos 200 anos. "Nenhuma cidade está preparada para um tremor de 9 graus na escala Richter, como o que ocorreu no Japão", explica o professor de sismologia Afonso Vasconcelos Lopes, da USP. Isso porque as construções são projetadas para suportar o pior terremoto já ocorrrido no local - e poucos lugares já sofreram abalos sísmicos de 9 graus.

Ao contrário do Japão, o Brasil fica numa área geologicamente estável. Mas isso não é uma garantia absoluta. "Mesmo numa cidade como São Paulo, que em tese está segura, é preciso calcular a resistência das obras", diz Vasconcelos. É que existe um tipo de abalo sísmico, chamado de intraplaca, que pode acontecer mesmo em regiões supostamente imunes. Esse fenômeno é causado por fragilidades nas placas tectônicas e responsável por 10% dos sismos no planeta. Os EUA sofreram um terremoto intraplaca de 8 graus no começo do século 19, e também já houve um no Brasil - um tremor de 6,2 graus na serra do Tombador, em Mato Grosso, em 1955.

Além disso, os terremotos estão deixando de ser desastres estritamente naturais. O de Sichuan, que matou 69 mil pessoas na China em 2008, pode ter sido desencadeado pela construção de uma represa. Cientistas da Universidade Columbia acreditam que o peso da água teria afetado o equilíbrio sísmico do local. O governo chinês não liberou os registros do evento, impedindo que a tese fosse estudada com mais profundidade. Mas ela é aceita por boa parte dos especialistas. Até porque não foi a primeira vez que isso aconteceu. Quando a represa Hoover foi construída nos EUA, na década de 1930, a região onde ela fica (perto de Las Vegas) sofreu centenas de abalos de 4 a 5 graus.

Mas os sismologistas têm uma nova arma. É o Quake Catcher, um software que foi criado pela Universidade Stanford. Esse programa usa sensores presentes no disco rígido de qualquer computador para medir a atividade sísmica do local onde se encontra e envia as informações para os cientistas. Se milhões de pessoas instalarem o programa, os pesquisadores terão um retrato mais detalhado da atividade sísmica na Terra - para um dia, quem sabe, conseguir prever os terremotos.

Probabilidade de ocorrer - Alta
Letalidade - Alta
Perspectiva para o futuro - Piorar

ENCHENTES

   

Não é impressão sua: está piorando. A última década concentrou 50 das 180 maiores enchentes dos últimos 100 anos. Apesar de ter menos grife que outros desastres, as enchentes matam muito. No verão que passou, as chuvas causaram um estrago inédito no Rio de Janeiro: 700 mortos e 14 mil desalojados e desabrigados. Mas nada comparável a China e Índia, onde a densidade populacional leva a tragédias com milhões de vítimas - além da destruição, as enchentes disseminam doenças infecciosas.

As estatísticas que sinalizam para o aumento do problema sempre foram vistas com ressalva pelos meteorologistas. Para eles, é preciso uma longa sequência histórica para comprovar uma mudança. Pois essa mudança começou a ser comprovada.

Pela primeira vez, foi provado que os gases do efeito estufa provocam aumento de chuva. Ou seja, não só está piorando como é culpa nossa. "Agora podemos dizer com confiança: o aumento da intensidade de chuvas no final do século 20 não pode ser explicado pelos modelos climáticos existentes", disse à revista Nature a pesquisadora Gabriele Hegerl, líder da pesquisa da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. É só um primeiro passo, mas que lá na frente ainda pode resultar até em compensação dos países ricos por enchentes em regiões pobres. Ao menos, agora a ciência admite que o tempo está ruim.

Probabilidade de ocorrer - Muito alta
Letalidade - Muito alta
Perspectiva para o futuro - Piorar

SECA

    

A falta de água poderá atingir dois terços da população mundial em 2025. Grandes regiões de Ásia e África, além de trechos menores de Austrália, EUA, América Central e América do Sul (inclusive o nordeste brasileiro) já estão hoje em situação de escassez ou se aproximando disso.

Os resultados podem ser devastadores. Se afeta a agricultura, a seca é capaz de forçar populações a migrar para não sofrer com a falta de alimentos e doenças. Em 1932, vítimas da seca no Ceará deixaram o interior em busca de socorro no litoral, por exemplo. Ficar onde moravam poderia levar à morte - o que aconteceu com 1 milhão de etíopes após uma queda no volume de chuvas em 1984. E a previsão é de que as secas se intensifiquem. O aumento da temperatura global alimentou a evaporação no solo de países como a Austrália. A chuva gerada por esse vapor caiu em outras regiões, e o resultado são solos mais áridos. Para piorar, cada vez mais moramos em cidades, onde a água fica poluída. "Precisamos ser mais eficientes com nossos recursos", diz Michael Hayes, diretor do Centro Nacional de Mitigação da Seca, dos EUA.

Probabilidade de ocorrer - Média
Letalidade - Média
Perspectiva para o futuro - Piorar

CATÁSTROFE NUCLEAR

    

As usinas nucleares são seguras. E estão ficando mais seguras ainda. Mas alguma coisa sempre pode dar errado. Veja qual é o pior cenário possível.

Desde que o primeiro reator nuclear começou a produzir eletricidade, em 1951, houve apenas um acidente grave - em Chernobyl. Pelas piores estimativas, ele causou 4 000 mortes. É bastante. Mas é muito menos que as 300 mil pessoas que morrem a cada ano devido à poluição gerada pela queima de combustíveis fósseis. Estatisticamente, as usinas nucleares são a maneira mais segura que existe de produzir energia. E elas estão ficando mais seguras. Em 1990, os reatores espalhados pelo mundo apresentavam em média 1,8 scrum (desligamento não-programado, geralmente acionado pelos sistemas de emergência do reator) a cada 7 000 horas de operação. Hoje, essa taxa é 0,5. Ou seja: as usinas estão funcionando muito melhor que no passado.

Ok. Agora diga isso para os japoneses, que estão vendo seu país enfrentar uma crise nuclear. O risco de acidente nunca é zero. O pior que poderia acontecer, para o mundo, seria um incidente grave nas usinas de Kursk, Smolensk e Leningrado, na Rússia. Ao todo, elas possuem 11 reatores do tipo RBMK-1000 - o mesmo que era usado em Chernobyl. O problema está na chamada contenção, uma estrutura de aço e concreto que envolve o reator nuclear - e que os RBMK (sigla em russo que significa reator de alta potência) simplesmente não possuem. "Ele é um prédio comum, aberto", explica Fernando Carvalho, professor de engenharia nuclear da UFRJ. Isso significa que, se o reator explodir, pode lançar grande quantidade de material na atmosfera. Foi o que aconteceu em Chernobyl, onde se formou uma nuvem radioativa que viajou 2 000 km e chegou até a França. Nas demais usinas nucleares, que possuem estruturas de contenção do reator, seria difícil ocorrer um vazamento tão grande.

O ponto mais delicado de todo reator nuclear, seja ele do tipo RBMK ou dos padrões BWR (boiling water reactor, usado no Japão) e PWR (pressurized water reactor, caso de Angra 1 e 2), é o sistema de refrigeração. O reator precisa receber água corrente, que é bombeada por um sistema elétrico. Ele não pode ficar sem refrigeração em hipótese nenhuma. Por isso, as usinas tomam precauções extremas. Se faltar eletricidade, entra em ação um sistema de backup. "As usinas de Angra possuem 4 geradores a diesel cada uma. É quatro vezes mais do que seria necessário", afirma Laércio Vinhas, diretor de segurança da Comissão Nacional de Energia Nuclear. No Japão, esses geradores a diesel foram danificados pelo tsunami - e os reatores ficaram sem refrigeração adequada. O combustível nuclear (no caso das usinas japonesas, pastilhas de urânio) continua liberando calor, mesmo se o reator for desligado. Se não houver refrigeração, a temperatura sobe perigosamente - em meia hora, passa do nível normal (285º C) para mais de 800 graus. Quando o calor chega a 1200º C, o revestimento das pastilhas derrete. Isso libera hidrogênio - um gás altamente inflamável, responsável pelas explosões em Fukushima. Se nada for feito, a temperatura continua subindo, há liberação de gases radioativos e, a 1800º C, o cilindro de metal que protege o reator começa a se desfazer. Depois de três dias, o calor pode chegar a 2400º C - quando o próprio urânio começa a derreter.

Mas por que o Japão construiu uma usina nuclear perto da costa, numa região vulnerável a tsunamis? Por causa da água. Muitos dos 442 reatores existentes no planeta estão localizados perto do mar ou de rios - justamente para que tenham um fornecimento abundante de água.

Os reatores mais modernos possuem sistemas de refrigeração passivos, ou seja, que funcionam mesmo se houver falha total nas bombas elétricas e nos geradores a diesel. Quatro modelos desse tipo estão sendo construídos na China, com inauguração prevista para 2013. Mas mesmo eles não estão livres de críticas - o governo dos EUA diz que o novo modelo, criado pela empresa americana Westinghouse, não oferece proteção contra ataques terroristas (pois sua estrutura não suportaria a colisão de um avião). Mas é pouco provável que terroristas consigam arremessar um avião contra uma usina nuclear. É mais provável que tentem praticar um ataque radiológico. Uma pesquisa feita com 85 especialistas em armas nucleares estimou em 39,8% a probabilidade de um ataque desse tipo em alguma cidade dos EUA até 2015. Primeiro, terroristas se apoderam de algum tipo de material radioativo - como o césio-137 usado em máquinas de radiografia. Ele é acoplado a uma bomba comum, que é detonada no centro de uma metrópole. Essa explosão provoca uma chuva de partículas radioativas que pode se espalhar numa área de até 40 quarteirões - que, dependendo do grau de contaminção, poderiam se tornar inabitáveis por meses, anos ou até décadas.

O pior pesadelo nuclear seria um conflito armado. Simulações feitas por duas universidades americanas apontam que um conflito nuclear entre Índia e Paquistão deixaria 12 milhões de mortos. Os incêndios resultantes das explosões lançariam 5 milhões de toneladas de fuligem na atmosfera. Isso bloquearia parte da luz solar, esfriando o planeta em 1,25º C e reduzindo as chuvas em 9%. "As plantações cresceriam mais devagar, e as colheitas seriam abreviadas. E o maior problema seria o pânico [de contaminação]. Os países parariam de exportar e importar comida", diz Alan Robock, climatologista da Universidade Rutgers e autor de vários estudos a respeito. As explosões também teriam um efeito catastrófico sobre a camada de ozônio, que seria reduzida em até 70% num período de 5 anos. Mas, para que esse cenário aconteça, Índia e Paquistão precisariam detonar 50 bombas atômicas cada um - um cenário muito difícl de acontecer.

Probabilidade de ocorrer - Muito baixa
Letalidade - Baixa
Perspectiva para o futuro - Melhorar

442 é o número de reatores nucleares em operação no planeta. Os EUA são o país com mais reatores (104).

11 é o número de reatores RBMK-1000 em uso na Rússia. É um modelo considerado pouco seguro - o mesmo do acidente de Chernobyl.

TEMPESTADE SOLAR

    

Um dia, a Terra será engolida pelo Sol - mas só daqui a 7,6 bilhões de anos. Até lá, o pior que pode acontecer são as tempestades solares. Elas são descargas de radiação eletromagnética que, ao chegar à Terra, danificam tudo o que é elétrico ou eletrônico - como carros, aviões, computadores, satélites e redes de transmissão de energia. O pior caso registrado aconteceu em 1859, quando uma tempestade queimou boa parte das linhas de telégrafo dos EUA. Hoje, com nossa dependência tecnológica, as consequências seriam muito piores.

Um relatório do governo dos EUA estima que uma tempestade de grandes proporções causaria de US$ 1 a 2 trilhões em prejuízos, dos quais a humanidade levaria 10 anos para se recuperar. A principal linha de defesa é a prevenção, com o desligamento de aparelhos e redes elétricas antes da tempestade. O alarme seria dado pela Advanced Composititon

Explorer, uma nave da Nasa que está a 1,5 milhão de km da Terra e é capaz de detectar as tempestades solares aproximadamente um dia antes que elas cheguem aqui.

Probabilidade de ocorrer - Baixa
Letalidade - Muito baixa
Perspectiva para o futuro - Piorar

ASTEROIDE

   

A chance de colisão é mínima. Mas, se ele for grande e no alvo, ainda não estamos preparados.

Não é uma questão de se, mas de quando. Um asteroide como aquele que extinguiu os dinossauros, entre 15 e 20 quilômetros de largura, é um evento bem raro: atinge a Terra a cada 100 milhões de anos, em média. Mas pedras entre 50 e 100 metros, com poder para destruir uma metrópole, caem com mais frequência: a cada 500 anos. Novamente, é uma média histórica - ou seja, podem ter caído dois na mesma semana e nenhum nos 2000 anos seguintes.

A última dessas visitas indesejadas foi em 30 de junho de 1908. Foi o caso clássico de "se uma árvore cai no meio da Amazônia, ninguém fica sabendo", com a diferença de que era um asteroide na floresta de Tunguska, na Sibéria, extremo nordeste do então Império Russo. Apesar de produzir uma onda de choque que devastou uma área que equivale à Grande São Paulo, eram 3 mil quilômetros quadrados inabitados. Nenhuma pessoa morreu e o caso não repercutiu.

O próximo - que ninguém garante que vai esperar até 2408 - vai encontrar um mundo mais povoado, com 20 regiões metropolitanas de mais de 10 milhões de habitantes. Qualquer uma delas seria dizimada se atingida por uma rocha espacial do tamanho de um ginásio esportivo. A questão é: o que vamos fazer quando ele vier?

"No futuro, vamos prever uma colisão com décadas de antecedência e, quando chegar a hora, evitá-la", diz David Morrison, responsável pela divisão da Nasa encarregada de ficar de olho nos asteroides e que revê estatísticas incessantemente. "Mas, por enquanto, não estamos seguros."

O último asteroide que provou isso foi o 2008 TC3, em outubro de 2010. Do tamanho de um automóvel, ele foi detectado apenas 20 horas antes do impacto, quando estava a 500 mil quilômetros - quase chegando na Lua. Por sorte, explodiu a 37 km do solo, sobre o deserto na fronteira do Egito com o Sudão.

Por enquanto, os planos estão no papel - e parecem mais roteiro de blockbuster. Mandar a bomba mais potente rumo ao asteroide, por exemplo, não é tão fácil quando parece. Para desviar sua trajetória, seria preciso interceptá-lo com anos de antecedência. Outra ideia é enviar uma nave apenas para pairar ao lado do asteroide e, com a força gravitacional gerada pela sua massa, alterar a rota original do pedregulho. Uma nave com espelhos poderia direcionar a luz do Sol para tostar o asteroide: a evaporação trataria de desviá-lo para longe da Terra.

Pelas contas da Nasa, dois objetos mecerem atenção: o 2007 VK184 e o 2011 AG5, que estarão nas redondezas terrestres entre 2036 e 2057. Na escala de perigo de colisão, eles têm grau 1 de 10 - "na revisão dos cálculos, devem voltar ao 0", diz Morrison. Tudo são possibilidades. Só uma coisa é certa: um dia a pedra cai.

Probabilidade de ocorrer - Muito baixa
Letalidade - Muito alta
Perspectiva para o futuro - Igual a hoje

VAI QUE...

...Cai na terra
O impacto de um corpo celeste de 50 metros de diâmetro com o planeta é equivalente ao de uma bomba nuclear. Quanto maior o tamanho do objeto, pior o estrago.

...Afunda no mar
A queda de um asteroide no oceano também seria mortal. Uma pilha de pedras de 100 metros, por exemplo, causaria um tsunami que engoliria edifícios litorâneos.


Fonte: Super Interessante.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

As 10 maiores explosões já vistas

Explosões são causa de fascínio e terror há séculos, sejam artificiais ou naturais.
A seguir veja 10 das mais poderosas explosões já vistas pelo homem com uma surpreendente menção honrosa ao final.

10. CIDADE DO TEXAS



Um incêndio no navio cargueiro SS Grandcamp, que estava ancorado na cidade do Texas em 1947, o fez explodir com a detonação de 2.300 toneladas de nitrato de amônia, um composto comum em explosivos e fertilizantes.

A explosão derrubou dois aviões em pleno vôo e iniciou uma reação em cadeia que detonou refinarias próximas assim como um navio de carga ao lado que carregava mais mil toneladas de nitrato de amônia. 

O desastre acabou com a vida de cerca de 600 pessoas e feriu 3.500. É considerado o pior desastre industrial na história dos EUA.

9. A EXPLOSÃO DE HALIFAX


Em 1917 um cargueiro francês cheio de explosivos para a I Guerra Mundial acidentalmente colidiu com um navio belga no porto de Halifax, no Canadá. Ele explodiu com mais força do que qualquer explosão humana até o momento, o equivalente a 3 kilotons de dinamite. 

A explosão levantou uma coluna de fumaça de 6 km de altura e provocou um tsunami que causou ondas de 18 m de altura. Por cerca de 2 km ao redor da explosão houve devastação total e cerca de duas mil pessoas perderam a vida e 9 mil foram feridas. Ela permanece a maior explosão artificial acidental do mundo.

8. CHERNOBYL


Um reator nuclear explidiu em Chernobyl, Ucrânia, em 1986, no pior acidente nuclear da história. A explosão, que carregou consigo a tampa de 2 mil toneladas do reator, espalhou mais radioatividade do que a bomba de Hiroshima, contaminando mais de 200 mil km2 na Europa. Cerca de 600 mil pessoas foram expostas a altas doses de radiação e mais de 350 mil tiveram que evacuar áreas contaminadas.

7. A EXPLOSÃO DA TRINITY


A primeira bomba atômica da história, conhecida como “the gadget” foi detonada em Trinity, nos EUA, em 1945, explodindo com uma força de 20 kilotons de TNT. Armas nucleares mais tarde colocaram um ponto final na II Guerra Mundial e nos ameaçam constantemente há décadas com uma possível aniquilação nuclear. Um dos cientistas malucos criadores da bomba citou um texto hindu na ocasião.

6. TUNGUSKA


No dia 30 de junho de 1908 uma imensa explosão ocorreu na floresta do centro da Sibéria. Cerca de 80 milhões de árvores foram derrubadas em uma área de 2 mil km2, próxima ao rio Tunguska. 

Pessoas à 60 km de distância do epicentro foram atiradas ao chão. A causa de toda esta devastação foi um asteróide ou cometa, com apenas algumas dezenas de metros de comprimento, que detonou entre 5 e 10km de altura.

O rastro de pó superaquecido da bola de fogo levou a descrições como “coluna de fogo” que foi rapidamente substituída por uma gigantesca nuvem de fumaça negra surgindo no horizonte. Por ter ocorrido em um local extremamente remoto do planeta o incidente acabou tirando apenas uma vida. Veja mais detalhes e fotos sobre o ocorrido.

5. MONTE TABORA


Em 1815 o Monte Tambora, na Indonésia, explodiu com a força aproximada de 1.000 megatons de TNT, a maior erupção vulcânica já documentada na história. A explosão cuspiu cerca de 140 bilhões de toneladas de magma e não apenas acabou com a vida de 71 mil pessoas na ilha de Sumbawa e Lombok, nas proximidades, mas as cinzas liberadas criaram anomalias climáticas globais. O ano seguinte ficou conhecido como “o ano sem verão” com neve caindo no meio do verão, nos EUA, rios congelados foram no mesmo período e centenas de milhares de possoas sucumbiram por causa da fome pelo mundo.

4. O IMPACTO DO CRETÁCEO TERCEÁRIO


A Era dos Dinossauros acabou em cataclisma a cerca de 65 milhões de anos atrás em uma explosão que acabou com cerca da metade das espécies do planeta. Apesar de pesquisas sugerirem que o mundo já estava a beira de uma crise ambiental na época a gota d’água para os dinossauros foi possivelmente um impacto cósmico que causou uma cratera com 180 km de largura em Chicxulub, na costa do México.

3. COMETA SHOEMAKER-LEVY 9


O cometa Shoemaker-Levy 9 colidiu espetacularmente com Júpiter em 1994. O puxão gravitacional do planeta gigante quebrou o cometa em fragmentos de até 3 km de largura e atingiu o planeta e 60 km por segundo, resultando em 21 impactos visíveis. A maior colisão criou uma bola de fogo que subiu a cerca de 3 mil km acima das nuvens do planeta e criou uma mancha escura com mais de 12 mil km de largura, aproximadamente o tamanho da Terra, e se estima que tenha explodido com a força de 6 mil gigatons de TNT.

2. SUPERNOVA 1006


Supernovas são estrelas que explodem e comumente brilham mais do que galáxias inteiras no nosso céu. A supernova mais brilhante da história foi vista na constelação Lobo no ano 1006. A extraordinária explosão dourada conhecida hoje como SN 1006 ocorreu a cerca de 7.100 anos-luz de distância em uma parte relativamente próxima da galáxia. Ela foi forte o suficiente para criar sombras e permitir que as pessoas lessem durante a noite, permanecendo visível por meses durante o dia.

1. A EXPLOSÃO MAIS DISTANTE JÁ FOTOGRAFADA


Explosões de raios-gama são as mais poderosas do universo conhecido. A luz da explosão de raios-gama mais distante já vista, chamada de GRB 090423, atingiu nosso planeta neste ano e veio de uma distância de 13 bilhões de anos-luz. Esta explosão durou apenas um pouco mais do que um segundo e liberou 100 vezes mais energia do que nosso sol irá liberar durante todos os seus 10 bilhões de anos de vida. Possivelmente se originou de uma estrela explosiva entre 10 e 100 vezes maior que nosso sol. Saiba de mais detalhes sobre este evento.

MENÇÃO HONROSA: O BIG-BANG



O universo conhecido nasceu no Big Bang, segundo teóricos. Apesar de comumente referido como uma explosão (talvez por causa do seu nome) na realidade não o foi. No seu início o universo era super aquecido e extraordinariamente denso. A confusão principal é de que o universo então tenha explodido de um único ponto central no espaço. A realidade se parece muito mais estranha, pois, em realidade, o próprio tecido do espaço parece haver se esticado e, enquanto expandia, carregou galáxias consigo como uvas-passa na massa de pão crescente. E o universo ainda não parou de crescer.

Fonte: Hypescience.