Você Sabia? Pergunte Aqui!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Imagens do céu de outros planetas do sistema solar

Quando olhamos para o céu azul que cerca a Terra, vemos o Sol brilhando. A noite enxergamos a Lua passeando sobre nossas cabeças, com diversas estrelas lhe fazendo companhia. Essa é a visão que temos do Universo do lugar de onde moramos, mas como será que é a paisagem quando vista de outros planetas?


Lua

Essa é uma imagem clássica e também uma das mais belas que se tem registro. É a visão do Universo a partir da Lua:




Imagem criada por um artista para demonstrar como seria um eclipse do Sol visto da Lua:



Marte

Como nós já exploramos Marte algumas vezes, podemos ter uma boa ideia de como é o céu no planeta vermelho. E é assim que ele parece ao meio dia:




No pôr do sol:





Júpiter e suas luas

Júpiter é o grande senhor dos planetas no Sistema Solar e possui 66 luas em sua órbita. Uma das mais famosas é a Europa, um dos lugares onde os cientistas acreditam que possa haver vida em oceanos que ficam abaixo da superfície congelada. E caso houvessem criaturas vivas por lá, é assim que veriam o Universo:





Saturno

Saturno, com seus anéis, é uma das grandes belezas do Sistema Solar e seria dessa maneira que uma pessoa veria o Universo a partir desse planeta:





Plutão

Por estar muito longe do Sol, Plutão é uma planeta congelado que vive há milhões de quilômetros daqui, junto com seu pequeno satélite natural chamado Charon. E é assim que se enxerga o Universo de lá:



Fonte: Minilua.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

4 problemas matemáticos "infinitos"

O infinito não é um número, não é uma medida: é uma ideia, que representa o que não tem limites ou fim. O conjunto dos números naturais, por exemplo, é infinito, por que não importa qual o número que você tem, sempre poderá adicionar 1 e obter o número subsequente.

Mesmo sendo a representação de uma ideia, e não um número, o infinito tem algumas propriedades numéricas que permitem que a gente trabalhe com ele.

Por exemplo, se representarmos esta ideia com o símbolo ∞, podemos escrever ∞ + 1 = ∞, que pode ser interpretado com “se algo não tem fim, você pode somar 1 e ela ainda será sem fim”.


A coisa mais importante sobre o infinito é que – ∞ < x < ∞, onde x é um número real, que é uma abreviação para a frase "menos infinito é menor que qualquer número real, e infinito é maior que qualquer número real".

Algumas operações com o ∞ são indefinidas, como, por exemplo, ∞ + ∞ = ∞, ou - ∞ + - ∞ = ∞. Além disso, existem também os conjuntos com infinitos elementos, e a ideia de tamanhos diferentes de infinitos.

Mas o mais bizarro são os paradoxos que temos com os números infinitos. Um paradoxo é uma noção verdadeira que desafia nossa intuição, ou até mesmo a lógica. Vejamos alguns paradoxos envolvendo o infinito:

1. Hotel de Hilbert


Imagine um hotel com infinitos quartos, e que todos eles estão ocupados. Chega um viajante no hotel, e pede para se hospedar. Só que não tem vagas; apesar de ter infinitos quartos, o hotel já está totalmente ocupado.

Mas o gerente é um sujeito que não manda ninguém embora, e faz o seguinte: pede para o hóspede do quarto 1 se mudar para o quarto 2, o hóspede do quarto 2 se mudar para o quarto 3, o hóspede do quarto 3 se mudar para o quarto 4, e assim por diante.

E pronto, o hotel que estava cheio, agora tem uma vaga para o novo hóspede. Usando esta estratégia, o gerente do hotel pode acomodar um novo hóspede, 10 novos hóspedes, um milhão de novos hóspedes, ou até um número infinito de novos hóspedes.

Este paradoxo foi proposto pelo matemático alemão David Hilbert, e é um paradoxo porque a nossa definição de hotel cheio é que não há vagas para novos hóspedes. Mas se o hotel tiver infinitos quartos, mesmo que todos eles estejam cheios, ainda assim dá para acomodar um conjunto de novos hóspedes, até mesmo infinitos novos hóspedes.

2. Trombeta de Gabriel


A Trombeta de Gabriel, ou a Trombeta do Anjo Gabriel, ou ainda a Trombeta de Torricelli é uma superfície na forma de um funil (ou de trombeta). Ela começa larga e vai afinando rapidamente, mas nunca fica fechada – ou seja, segue até o infinito.

A superfície da trombeta é infinita, mas o volume que ela envolve não é infinito (uma ideia matemática). Suponha que você tenha que pintar de dourado o lado de dentro desta trombeta. A superfície dela é infinita, então você precisa de uma quantidade infinita de tinta, certo? Bem, você pode pegar uma quantia finita de tinta, correspondendo ao volume da trombeta, e jogar esta tinta na trombeta, deixando ela escorrer.

Você pode escolher aí o que vai te deixar mais desconfortável: se é uma superfície infinita envolver um volume finito, ou se é uma quantia finita de tinta cobrir uma superfície infinita.

O discípulo de Galileu Evangelista Torricelli foi o primeiro a pensar neste problema, que ele achou tão extraordinário que a princípio imaginou que tivesse feito alguma coisa errada.
Outros filósofos e matemáticos ficaram tão horrorizados com os paradoxos que surgiam com o infinito, que chegaram a propor o banimento da ideia.

3. O enigma do jogo de dardos


Suponha que você tem um alvo, um dardo, e 100% de certeza que irá acertar o alvo em alguma parte. Agora pense na ponta do dardo, o ponto matemático exato da sua extremidade, e pense em um ponto matemático no alvo. A pergunta é, qual a probabilidade que aquele ponto tem de ser atingido pelo dardo?

Podemos começar supondo que há uma chance maior que zero daquele ponto ser atingido pelo dardo. Só que aí começam os problemas. Se há uma chance maior que zero de um ponto ser atingido, então há uma chance maior que zero para todos os outros pontos, de que eles serão atingidos pelo dardo. Mas existem infinitos pontos no nosso alvo.

Se você somar as probabilidades de todos os pontos, vai chegar à conclusão de que o alvo todo tem uma probabilidade infinita de que ser atingido, o que não faz sentido, já que esta probabilidade não pode ser maior que 100%.

E o que acontece se imaginarmos que a probabilidade de um ponto ser atingido é zero? Se a probabilidade de acertar aquele ponto particular é zero, então ela é zero para todos os outros pontos, e se somarmos as probabilidades de todos os pontos para ter a probabilidade de acertar o alvo, ela é zero. Mas temos certeza de que o alvo será atingido, como pode ser zero, então?

4. Duplicando seu dinheiro


Imagine que um cassino esteja oferecendo um novo jogo. O jogo começa com um real no banco de apostas. A pessoa joga uma moeda. Se sair cara, o que tem no banco de apostas é dobrado, se sair coroa, o jogo termina e o jogador ganha o que tiver no banco de apostas.

Quanto você pagaria para entrar neste jogo? Ou quanto seria justo para o cassino cobrar? Se você souber um pouco de matemática já deve ter ouvido falar em “esperança matemática”, ou seja, em um jogo envolvendo probabilidade do ganho esperado. E qual o ganho esperado neste jogo?

A maioria provavelmente apostaria R$ 5,00, talvez um pouco mais, mas o que a matemática diz é: “aposte o que você tiver, a esperança de ganho é infinito”. O jogador tem probabilidade de 50% de ganhar R$ 1, 25% de probabilidade de ganhar R$ 2, 12,5% de ganhar R$ 4, e assim por diante. O valor esperado é a soma da probabilidade multiplicada pelo valor do prêmio, assim:

E = 1/2 + 1/2 + 1/2 + 1/2 + …

Esta é uma soma de infinitas frações 1/2, e o resultado é infinito. Ou seja, matematicamente falando, a esperança matemática de ganho é infinita. Mas, paradoxalmente, muita pouca gente está disposta a pagar alguma coisa a mais que R$ 20,00 para jogar este jogo.

Obviamente, estamos falando de um cassino hipotético, capaz de colocar quanto dinheiro for necessário no banco de apostas. Na prática, haverá um limite para o prêmio máximo, e também para o número máximo de jogadas (ninguém vai ficar lançando uma moeda infinitas vezes).

Talvez o paradoxo surja daí: ninguém espera ou consegue entender um cassino capaz de cobrir um prêmio infinito ou uma série infinita de caras em uma série infinita de lances de moeda. 

Fonte: Hypescience.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Por que as estrelas "piscam"?

Observadas a partir da Terra, as estrelas aparentemente piscam – contudo, isso não passa de uma ilusão de óptica, já que, na verdade, a luz que emitem é constante. O que estaria por trás desse fenômeno? Há pelo menos duas explicações possíveis.




A primeira estaria na atmosfera terrestre: quando atravessada pela luz das estrelas, provoca interferência, já que é densa e instável e sua temperatura varia conforme a camada. É como observar um objeto no fundo de uma piscina: a luz é desviada pela água antes de chegar aos nossos olhos, fazendo com que o objeto esteja aparentemente em movimento.

Se fosse este o caso, por que a lua e planetas do nosso sistema solar também não “piscam”, já que sua luz (refletida do sol) também atravessa a atmosfera terrestre? De acordo com o astrônomo Phil Plait, do blog Bad Astronomy, esses corpos celestes estão muito mais próximos de nós do que a maioria das estrelas, o que os faz parecer maiores e torna o desvio da luz praticamente imperceptível.

A segunda teoria é a de que a chamada “nuvem de Oort” (supostamente localizada a cerca de 1 ano-luz do sol, nos limites do nosso sistema solar) seja responsável por causar esse desvio na luz das estrelas. Como outros planetas estão dentro dela, a luz que refletem não precisa atravessá-la antes de chegar à Terra.

Independentemente da causa, astrônomos precisam driblar o fenômeno, e fazem isso de duas maneiras: usando telescópios equipados com lentes especiais, que compensam os desvios causados pela atmosfera, ou telescópios espaciais que orbitam fora da Terra.

Curiosamente, essa questão do “piscar” das estrelas chegou a ser tema de um livro, publicado em 1969 pelo ex-astrônomo Walt Cunningham, com o título “Importance of Observation that Stars Don’t Twinkle Outside the Earth’s Atmosphere” (“Importância da Observação de que Estrelas não Piscam fora da Atmosfera Terrestre”).

Fonte: Hypescience.

terça-feira, 16 de julho de 2013

10 inventores que não ficaram ricos com seus inventos

Nem todo mundo desenvolve projetos pensando no lucro financeiro. Muitos têm grandes ideias, criam objetos que logo se tornam parte de nossas vidas cotidianas, e permanecessem vivendo sem receber um centavo, apesar de suas invenções serem presentes em quase todas as casas e instituições do mundo. Confira:

10. LEDs


Quando Nick Holonyak Jr inventou o primeiro LED com utilidade prática em 1962, ele previu que substituiria a lâmpada de Edison um dia – e, de fato, hoje a tecnologia é usada em lâmpadas e televisores. Os colegas de Holonyak disseram que ele deveria ganhar o Prêmio Nobel, mas ele respondeu, humildemente, que era “ridículo pensar que alguém lhe devia algo” e que “somos sortudos de estarmos vivos, no final das contas”.

9. Post-It Notes


A companhia 3M vende bilhões de Post-It Notes a cada ano (aqueles bloquinhos de anotação adesivos), mas seus inventores se descrevem como “confortavelmente não ricos”. Eles foram coinventores do Dr. Spencer Silver, que em 1968 desenvolveu um adesivo que tinha uma “característica de removabilidade”.


8. AK-47


O rifle Kalashnikov, ou AK-47, foi inventado pelo soldado do exército soviético Mikhail Kalashnikov, enquanto ele se recuperava no hospital de ferimentos sofridos durante a Segunda Guerra Mundial. Kalashnikov afirmou que sua criação foi para o benefício de seu país.

7. Agulha de safira


Marie Killick inventou a agulha de safira usada em toca-discos, mas não pode licenciá-la. Apesar de anos de litígio, nunca ganhou qualquer dinheiro. Em 1958, ela ganhou uma ação judicial contra a empresa Pye, mas faliu no ano seguinte.

6. Aerodeslizador


O engenheiro Sir Christopher Cockerell usou um aspirador de pó e latas para testar teorias enquanto desenvolvia seu aerodeslizador, um veículo que se apoia num colchão de ar e é capaz de atravessar diversos tipos de solo, bem como deslocar-se na água. Sua invenção cruzou o Canal da Mancha com sucesso em 1959. Cockerell foi condecorado, mas lutou por anos para obter uma remuneração modesta por sua criação do National Research Development Corporation (Corporação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento, órgão não governamental).

5. Tetris


O programador de computador russo Alexey Pajitnov desenvolveu o jogo Tetris juntamente com colegas em um centro de pesquisa financiado pelo governo russo em 1985. Ele só começou a receber royalties 10 anos depois, quando formou a empresa The Tetris Company.

4. Rádio movido a manivela


O inventor Trevor Baylis disse recentemente que não podia mais se dar ao luxo de viver em sua casa em Twickenham, Londres, porque, apesar de milhões de vendas em todo o mundo, a empresa com a qual ele fez negócio mudou o design de sua invenção, e ele perdeu seus direitos sobre o produto – e com isso, participação nos lucros. “A maioria de nós não cria coisas por dinheiro, mas pela alegria”, contou Baylis. “Eu sei que pelo menos eu deixei minha marca com o rádio e outras coisas que eu inventei”.

3. Máquina de karaokê


O empresário japonês Daisuke Inoue ganhava dinheiro tocando bateria em uma banda sem vocalista, que permitia que os frequentadores do bar tomassem o microfone e cantassem. Uma vez, quando ele não podia participar de uma noite de show, gravou a música de apoio em uma fita. Mais tarde, criou 11 aparelhos de “Karaokê” (que significa “orquestra vazia” em japonês) que ele alugava para quem quisesse. Como não patenteou sua invenção, não ganhou quase nada por ela.

2. MP3


O MP3 tornou-se rapidamente padrão para transferência de música através da internet. O alemão Karlheinz Brandenburg começou a trabalhar no projeto deste formato de arquivo em 1980, mas porque não tinha dinheiro para distribuir o software, ele foi comercializado como shareware (distribuído gratuitamente, com limitações).

1. World Wide Web


Sir Tim Berners-Lee, que criou a web para ajudar os cientistas que trabalhavam no laboratório europeu CERN, disse que o segredo do rápido sucesso de sua invenção foi o fato de que ele a tornou livremente disponível. Isso mostra que nem todos os inventores são conduzidos pelo lucro, mas sim que alguns querem realmente contribuir para o “bem comum”. Na verdade, muitas pesquisas são feitas em primeiro lugar em nome da ciência e são financiadas pelo governo, para só depois alcançarem o desenvolvimento comercial. O iPhone, por exemplo, não é uma grande invenção de Steve Jobs e da Apple; seus componentes vitais, como a tela, o chip e o processador tiveram suas origens em pesquisas financiadas pelo governo.

Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

As mais belas imagens de trombas d´água que você verá hoje

Trombas d’água são fenômenos meteorológicos belos. Parecidos com tornados, elas se formam da mesma forma e em condições semelhantes, mas sempre sobre ou perto de grandes volumes de água, como o oceano, os grandes rios amazônicos ou lagos.

Olhando a tromba d’água, tem-se a impressão que ela está aspirando o líquido, mas não se trata disso. Uma das condições para a formação da tromba d’água é a alta umidade do ar, e dentro dela esta umidade se condensa em gotículas, formando um tubo que parece feito de água.

Outra condição para a formação das trombas d’água é calor. Normalmente, elas se formam sob nuvens de tempestades, de cumulus a super-células (as nuvens que causam tornados), e são muito mais comuns na Flórida (EUA).

Geralmente, as trombas d’água causam danos só a pequenos barcos; seus ventos dificilmente passam dos 60 km/h, mas já houve fatalidades causadas por elas. A melhor maneira de evitar uma tromba d’água é se mover em uma direção a 90° do caminho aparente da tromba d’água. Como ela viaja devagar, qualquer barco motorizado consegue escapar. Elas também não duram muito – no máximo 20 minutos. 



Confira 14 imagens impressionantes desse lindo fenômeno da natureza:


LAGO HURON, EUA

HAWAI, EUA

KEY WEST, FLORIDA, EUA

FLORIDA, EUA

GEORGIA, EUA

PORTO RICO, 2010

OREGON, EUA

PRAIA DE ORMONT, FLÓRIDA, EUA

OHIO, EUA

PLATAFORMA DE PETRÓLEO EM CHAMAS

FLÓRIDA, EUA

VIRGÍNIA, EUA

GRANDE ISLE, LOUSIANA, EUA

RIO DE JANEIRO, BRASIL

FLÓRIDA, EUA

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O que é a Teoria do caos?


É uma das leis mais importantes do Universo, presente na essência de quase tudo o que nos cerca. A idéia central da teoria do caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Por isso, tais eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto. Parece assustador, mas é só dar uma olhada nos fenômenos mais casuais da vida para notar que essa idéia faz sentido. Imagine que, no passado, você tenha perdido o vestibular na faculdade de seus sonhos porque um prego furou o pneu do ônibus. Desconsolado, você entra em outra universidade. Então, as pessoas com quem você vai conviver serão outras, seus amigos vão mudar, os amores serão diferentes, seus filhos e netos podem ser outros...


Tudo que o  nos cerca está repleto de caos

No final, sua vida se alterou por completo, e tudo por causa do tal prego no início dessa seqüência de eventos! Esse tipo de imprevisibilidade nunca foi segredo, mas a coisa ganhou ares de estudo científico sério no início da década de 1960, quando o meteorologista americano Edward Lorenz descobriu que fenômenos aparentemente simples têm um comportamento tão caótico quanto a vida. Ele chegou a essa conclusão ao testar um programa de computador que simulava o movimento de massas de ar. Um dia, Lorenz teclou um dos números que alimentava os cálculos da máquina com algumas casas decimais a menos, esperando que o resultado mudasse pouco. Mas a alteração insignificante, equivalente ao prego do nosso exemplo, transformou completamente o padrão das massas de ar. Para Lorenz, era como se "o bater das asas de uma borboleta no Brasil causasse, tempos depois, um tornado no Texas". Com base nessas observações, ele formulou equações que mostravam o tal "efeito borboleta".


Como não lembrar do filme "Efeito Borboleta"?

Estava fundada a teoria do caos. Com o tempo, cientistas concluíram que a mesma imprevisibilidade aparecia em quase tudo, do ritmo dos batimentos cardíacos às cotações da Bolsa de Valores. Na década de 70, o matemático polonês Benoit Mandelbrot deu um novo impulso à teoria ao notar que as equações de Lorenz batiam com as que ele próprio havia feito quando desenvolveu os fractais, figuras geradas a partir de fórmulas que retratam matematicamente a geometria da natureza, como o relevo do solo ou as ramificações de nossas veias e artérias. A junção do experimento de Lorenz com a matemática de Mandelbrot indica que o caos parece estar na essência de tudo, moldando o Universo. "Lorenz e eu buscávamos a mesma verdade, escondida no meio de uma grande montanha.


A matemática por trás de todos os fenômenos

A diferença é que escavamos a partir de lugares diferentes", diz Mandelbrot, hoje na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. E pesquisas recentes mostraram algo ainda mais surpreendente: equações idênticas aparecem em fenômenos caóticos que não têm nada a ver uns com os outros. "As equações de Lorenz para o caos das massas de ar surgem também em experimentos com raio laser, e as mesmas fórmulas que regem certas soluções químicas se repetem quando estudamos o ritmo desordenado das gotas de uma torneira", afirma o matemático Steven Strogatz, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Isso significa que pode haver uma estranha ordem por trás de toda a imprevisibilidade. Só a continuação das "escavações" pode resolver o mistério.


Imprevistos decisivos

A idéia central da tese é que pequenas alterações numa situação trazem efeitos incalculáveis




1. A essência da teoria do caos é que uma mudança muito pequena nas condições iniciais de uma situação leva a efeitos imprevisíveis. É o que acontece nesse exemplo hipotético, em que uma menina brinca despreocupadamente com sua bola. Parece uma situação sem grandes conseqüências, mas...

2. ... uma borboleta surpreende a garotinha! Pronto: apareceu a tal "pequena alteração nas condições iniciais". Com o susto, ela deixa a bola cair

3. A bola vai rolando em direção à estrada e a menina corre atrás para recuperá-la. Enquanto isso, um caminhão carregado de sal está passando por ali

4. Para não atropelar a menina, o motorista vira o volante subitamente. Mas o caminhão não agüenta a manobra e tomba. O veículo começa a pegar fogo

5. Todo o suprimento de sal começa a torrar. A fumaça do incêndio está carregada de minúsculas partículas de cloreto de sódio, que sobem para as nuvens

6. Nas nuvens, as partículas de cloreto de sódio atraem pequenas gotinhas de vapor d’água e começam a formar gotas de chuva, que crescem até terem peso suficiente para cair

7. Com as nuvens pesadas, começa a chover depois de algum tempo. Ou seja, a brincadeira inocente da menina, no fim, produziu uma alteração imprevisível nas condições climáticas!


Geometria reveladora


Gráficos indicam quando um evento é caótico
Cientistas traduzem o movimento de um objeto ou de um sistema dinâmico como a atmosfera em gráficos abstratos, chamados de atratores. Dependendo do desenho que surge, dá para saber se um determinado acontecimento é previsível ou não


Ponto imóvel


O gráfico abstrato de algo estático, como uma bolinha de gude parada, é um simples ponto. Basta pensar um pouco: se não houver uma força externa, como alguém que resolva empurrá-la, a bolinha sempre vai estar ali e o ponto isolado indica essa ausência de movimento


Movimento previsível


No caso de um pêndulo, que se move harmonicamente, o gráfico do movimento tem formato espiral. Isso indica que ele se movimentará por um certo tempo até parar. Dependendo da força inicial, dá para saber exatamente quando e onde isso vai acontecer


Caos total


As equações que explicam o comportamento de eventos imprevisíveis dão origem a gráficos conhecidos como fractais, figuras de geometria maluca e detalhes infinitos. 

Fonte: Mundo Estranho.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

5 invenções que estão revolucionando a biotecnologia


Biologia e tecnologia estão progredindo em rápida sinergia, trazendo avanços surpreendentes em diversas áreas como medicina, neurociência e computação. Cientistas, futurólogos e transumanistas se reuniram no Congresso Internacional do Futuro Global para 2045, em Nova York, realizado nos dias 15 e 16 de junho, para discutir como essas tecnologias estão abrindo um caminho para a imortalidade digital.

Separamos cinco tecnologias incríveis que estão colocando a humanidade mais perto dessas inovações, ao ponto em que a tecnologia vai ultrapassar a inteligência humana e a “superinteligência” surgirá. Confira:

5. Androides surpreendentes


Em “2001: Uma Odisséia no Espaço”, robôs conquistaram muito a imaginação do público. Mas a imaginação está dando lugar à realidade, com o desenvolvimento de androides cada vez mais realistas. O roboticista japonês Hiroshi Ishiguro, diretor do Laboratório de Robótica Inteligente da Universidade de Osaka, no Japão, demonstrou um clone avançado androide de si mesmo.


Os androides ainda não podem se passar completamente por seres humanos, mas, no futuro, podem perfeitamente se misturar com a população. Alguns podem ter o propósito de ser amigos para crianças, e até de ser parceiros conjugais.

4. Interfaces cérebro-computador

Interfaces cérebro-computador ou interfaces cérebro-máquina evoluíram significativamente nos últimos anos. Alguns visam restaurar a mobilidade para as pessoas que ficaram paralisadas por lesão medular, acidente vascular cerebral ou doença cerebral, outros auxiliam a restaurar sentidos como visão ou audição, e os pesquisadores estão ainda estão tentando desenvolver interfaces para restaurar a memória.

Eles são implantados em áreas motoras do cérebro e podem gravar os sinais elétricos que representam movimentos particulares. Um computador decodifica os sinais e os usa para controlar um cursor de computador ou prótese. Os engenheiros José Carmena e Michel Maharbiz da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA) descreveram, durante o congresso em Nova York, o trabalho que estão desenvolvendo para criar interfaces completamente sem fio.

Também na conferência, o engenheiro neural Theodore Berger, da Universidade do Sul da Califórnia em Los Angeles (EUA), falou sobre o desenvolvimento de uma memória da prótese. O dispositivo poderia substituir a parte do hipocampo do cérebro, na qual a memória a curto prazo é convertida para a memória de longo prazo. Até agora, Berger teve sucesso em ratos e macacos, e está testando o dispositivo em seres humanos.

3. Membros biônicos


O corpo robótico do Darth Vader, personagem de Star Wars, pode estar mais perto da realidade do que as pessoas pensam. Os membros protéticos atuais estão extremamente avançados.

O chamado braço Luke – em homenagem a prótese de braço de Luke Skywalker em “Star Wars” e fabricado por Dean Kamen – é um dos membros biônicos mais sofisticados disponíveis. O braço é controlado através de um joystick e permite que a mão tenha força e possa segurar objetos.

No congresso, o inglês Nigel Ackland demonstrou sua mão artificial, chamada de Bebionic 3, que rivaliza com o braço de Luke na medida em que utiliza sinais diretamente dos músculos do braço para controlá-lo, ao contrário de um joystick. Ackland, que perdeu sua mão em um acidente industrial, disse que a Bebionic melhorou sua vida tremendamente.

Graças às interfaces cérebro-computador, alguns braços biônicos agora podem ser controlados diretamente pelo cérebro. O próximo desafio é ter resposta sensorial na prótese, dizem os cientistas.

2. Optogenética


Optogenética é uma técnica recentemente desenvolvida para controlar a atividade dos neurônios individuais. Um dos primeiros pesquisadores da área é Ed Boyden, que descreveu como funciona o processo em uma palestra durante o congresso.

Os sinais neurais são desencadeados pelo movimento de átomos ou íons carregados, através de canais nas suas membranas celulares. Alguns tipos de algas e outros organismos possuem proteínas sensíveis à luz, codificadas no seu DNA por genes específicos. 

Usando métodos do campo da terapia genética, os cientistas podem injetar esses genes em neurônios de um animal, fazendo com que as células “liguem” ou “desliguem” em resposta à luz. Usando optogenética, os pesquisadores podem, além de observar a atividade do cérebro, manipulá-lo ativamente.

1.Computadores moleculares


Os computadores do futuro podem não ser feitos de silício, mas sim de DNA. Os computadores de DNA já são muito melhores do que os tradicionais, disse George Church, geneticista da Escola Médica de Harvard (EUA).

O DNA é uma molécula rica em informação. Chips de computador são construídos usando portas lógicas que executam funções matemáticas em determinados serviços. Da mesma forma, estas portas podem ser construídas a partir de DNA, que pode ser conectado para executar cálculos dentro das células.

Fonte: Hypescience.