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segunda-feira, 29 de junho de 2015

10 mistérios inexplicáveis sobre as estrelas

Apesar dos grandes avanços na ciência e tecnologia, o universo está repleto de mistérios e, muitos deles, permanecem sem resposta. Conheça aqui 10 grandes mistérios não solucionados sobre estrelas.


10. A estrela que não deveria existir



Uma estrela na constelação de Leo, chamada SDSS J102915 172927, foi descoberta por uma equipe de astrônomos europeus. em 2011. A estrela é pequena, com apenas cerca de 80% do tamanho do nosso Sol, e julga-se ter aproximadamente 13 mil milhões de anos de idade.

Uma vez que o universo é pensado ter aproximadamente 13,7 mil milhões de anos, esta é uma das mais antigas estrelas conhecidas. Até aqui, nada particularmente incomum sobre esta estrela… exceto que, segundo todas as teorias, ela não deveria existir.

A estrela é composta de 99,99993% de hidrogênio e hélio, elementos que são leves demais para condensar e formar uma estrela por si só. Quando esses números são colocados em qualquer simulação computadorizada, o resultado é sempre o mesmo: a existência da estrela é “impossível”.

Os astrônomos estão intrigados sobre como uma estrela poderia ter-se formado sem a ajuda de elementos mais pesados.


9. A estrela rodeada por espirais



Localizada a 400 anos-luz da Terra, na constelação de Lupus, SAO 206462 chamou a atenção dos astrônomos em 2011. O que surpreendeu não foi a própria estrela, mas sim o que a rodeava: ela parecia ter grandes braços espirais girando em torno dela.

Espirais não são objetos estranhos para os astrônomos, sendo formações comuns em galáxias como a nossa Via Láctea. No entanto, nunca foram observadas espirais em órbita de uma estrela. A causa? Ainda é um mistério – apesar da teoria mais aceite ser a gravidade de planetas a formar espirais de poeira.


8. A estrela eternamente jovem



Messier 4 é um aglomerado globular localizado a cerca de 7.200 anos-luz de distância da Terra, com uma idade calculada em 12,2 mil milhões de anos. Atualmente, pensasse que todas as galáxias eventualmente se tornam aglomerados globulares, uma vez que todo o gás e poeira utilizados para a formação de estrelas se esgota.

Isso significa que todas as estrelas nesse aglomerado são esperadas ser muito antigas – nos estágios finais da sua vida útil. Ao olhar para as estrelas nesta galáxia em particular, em 2012, uma equipa de pesquisadores chilenos encontrou uma estrela rica em lítio.

Embora o lítio não seja um elemento raro em estrelas, é um elemento que queima normalmente nos primeiros biliões de anos do ciclo de vida. Como a maioria das estrelas sobreviventes neste aglomerado tem pelo menos 10 mil milhões de anos, encontrar uma estrela com este elemento foi impressionante.

Os cientistas pensam que a estrela pode ter encontrado uma maneira de reabastecer os seus suprimentos de lítio, que de certa forma mantém a estrela jovem. Como ela reabastece as suas fontes de lítio, no entanto, é um grande mistério.


7. As estrelas que escaparam de um buraco negro



Este mistério envolve provavelmente algumas milhões de estrelas, ao invés de apenas uma. Localizada a “apenas” 2,5 milhões de anos-luz de distância, a galáxia de Andrômeda é a galáxia espiral mais próxima da nossa. No centro desta galáxia está um buraco negro supermassivo, que funciona como um enorme aspirador de pó – tão forte que nem a luz consegue escapar dele.

Em 2005, o telescópio espacial Hubble deu um zoom no núcleo da galáxia e descobriu um disco azul em forma de panqueca rodando perigosamente ao redor do buraco negro. Outras análises mostraram que aquilo não era apenas poeira quente: o brilho vinha de milhões de jovens estrelas azuis. Essas estrelas estão girando em torno do buraco negro a mais de 2,3 milhões de quilômetros por hora. Isso é rápido o suficiente para circundar a Terra no equador em apenas 40 segundos.

O mistério sobre este disco de estrelas é que ele não deveria existir, dadas as forças que existem em torno de buracos negros. O gás do disco e as próprias estrelas deveriam ter sido dilacerados pela imensa gravidade do buraco negro. Como eles foram capazes de permanecer intactos numa órbita tão próxima permanece um mistério.


6. A estrela ambígua



Swift J1822.3-1606 é um tipo especial de estrela – conhecido como estrela de neutrões – localizada a cerca de 20.000 anos-luz de distância na constelação de Ophiuchus. Em geral, há três maneiras para uma estrela acabar a sua vida: como uma anã branca (quando ela é pequena como o nosso Sol), como uma estrela de neutrões (quando ela é pelo menos 8 vezes mais massiva que o Sol) ou como um buraco negro (quando ela é ainda maior).

Os dois últimos são formados após as maiores explosões conhecidas no universo – as supernovas. Existem dois tipos diferentes de estrelas de neutrões: um magnetar (que tem os campos magnéticos mais fortes do universo), e um pulsar, que dispara feixes de radiação eletromagnética dos seus pólos (como um farol).

Durante anos, tudo o que sabíamos sobre essas estrelas nos dizia que elas só poderiam ser de um tipo ou de outro - nunca ambos. Porém, em 2011, cientistas descobriram que a Swift tinha propriedades de ambos tipos. E eles não têm ideia de como uma estrela de neutrões pode apresentar esses dois comportamentos.


5. O planeta que deveria ter sido engolido



Wasp 18 está a 330 anos-luz de distância na constelação de Phoenix, e é cerca de 25% mais massiva do que o nosso Sol. Este mistério também não envolve exatamente a estrela, mas sim o que a orbita.

Em 2009, cientistas descobriram que Wasb 18 tinha um planeta. Apelidado de Wasp-18b, o planeta é ligeiramente maior do que Júpiter, mas tem cerca de 10 vezes a sua massa. Ele tem apenas um pouco menos a massa necessária para ser considerado uma anã marrom – que é uma proto-estrela que não tem massa suficiente para iniciar a fusão nuclear e queimar combustível como as outras estrelas fazem.

O quebra-cabeça dos astrofísicos é que o planeta orbita a estrela a menos de 2 milhões de quilômetros. Em comparação, Mercúrio (o planeta mais próximo do Sol) está a quase 36 milhões de quilômetros do Sol.

Wasp 18b está tão perto de sua estrela que ele completa a sua órbita em menos de 23 horas, e a sua temperatura superficial é de cerca de 2.200 graus Celsius. Estando tão perto, o planeta deveria, eventualmente, cair no seu sol.

Ele já sobreviveu por cerca de 680 milhões de anos, e dada a massa da estrela que orbita, este planeta deveria ter sido consumido há muito tempo. Como um planeta foi capaz de se formar e se manter num local onde os planetas eram considerados incapazes de existir? Essa é uma questão que continua a deixar os astrônomos perplexos.


4. Os planetas que sobreviveram a uma supernova



O pulsar PSR B1257+12 é um remanescente de uma explosão de supernova, portanto, os cientistas nunca esperavam encontrar planetas perto dele. Mas eles descobriram um sistema solar inteiro – três planetas e um planeta-anão a orbitando o pulsar. Pensando que mundos assim devem ser comuns, os cientistas começaram a procurar por outros planetas em pulsares.

No entanto, apenas um outro pulsar foi confirmado ter um único planeta que o orbita, mostrando que eles são de fato extremamente raros. Como a explosão da supernova não arremessou os planetas a biliões de quilômetros de distância (ou os destruiu)?


3. A estrela variante



V838 Monocerotis está localizada na constelação de Monoceros, a cerca de 20.000 anos-luz da Terra, e já foi considerada uma das maiores estrelas do universo. Em 2002, o brilho da estrela subiu de repente.

Acreditava-se que ela era uma simples nova, que é o que acontece quando o núcleo remanescente de uma estrela morta (conhecida como anã branca) suga muito gás hidrogênio de uma estrela vizinha, causando uma explosão fantástica. A estrela apagou após algumas semanas, como o esperado.

Mas menos de um mês depois, a estrela explodiu numa intensa luz novamente. Uma vez que o período de tempo entre as explosões era muito curto para ter sido causado por duas novas distintas, os astrônomos ficaram intrigados e tomaram um olhar mais atento. Foi então que eles descobriram o problema: não havia nenhuma anã branca.

A estrela tinha simplesmente explodido, por si só – e repetiu este processo de intensa variação de luminosidade várias vezes ao longo dos meses seguintes. Durante a sua erupção mais intensa, a estrela tornou-se um milhão de vezes mais brilhante que o Sol, e uma das luzes mais brilhantes do céu noturno.

Normalmente, as estrelas brilham intensamente um pouco antes de sua morte, mas as medições indicaram que a estrela tinha apenas alguns milhões de anos, uma simples criança em termos cósmicos.

Quando o Telescópio Hubble capturou uma imagem da estrela após as erupções, uma grande nuvem de gás e detritos foi vista acelerando para longe da estrela. Uma teoria é que a estrela havia colidido com algo não visto, como uma outra estrela ou planeta, mas os cientistas ainda estão intrigados com isso mesmo após 11 anos.


2. O planeta errante



CFBDSIR 2149–0403 é classificado como uma anã marrom. Esses corpos não conseguiram iniciar a fusão nuclear nos seus núcleos e, portanto, não conseguiram tornar-se estrelas reais. Embora caracterizada como uma estrela AB Doradus devido ao seu tamanho e massa, muitos outros o caracterizam como um gigante de gás.

Isso o tornaria um planeta sem uma estrela-mãe, algo que foi teorizado, mas nunca observado. Apenas quatro possíveis candidatos ao título de “planetas errantes” são conhecidos, o CFBDSIR 2149–0403 é o mais próximo da Terra, a cerca de 130 anos-luz.

Sem uma grande estrela em órbita, o seu movimento é influenciado por outras estrelas do grupo AB Doradus. Isso não quer dizer que ele viaje através do espaço sem destino, um equívoco comum sobre planetas errantes. Contudo, esse astros ainda são um grande enigma para os astrônomos.


1. O caso da poeira desaparecida



TYC 8241 2652 está localizada a 450 anos-luz de distância na constelação de Centauros. Acredita-se que ela tenha o mesmo tamanho do nosso Sol, mas é apenas uma criança, com 10 milhões de anos de idade. Como comparação, o Sol possui cerca de 4,5 mil milhões anos de idade.
De 1983 a 2008, os astrônomos analisaram um anel brilhante de poeira ao redor da estrela, visando observar o início de uma possível formação planetária, revelando novas ideias sobre a origem do nosso sistema solar.

Mas quando a estrela foi submetida a uma nova observação no início de 2009, os astrônomos ficaram surpresos: quando olharam através dos seus telescópios, eles não viram nada, a não ser a própria estrela. O disco brilhante de poeira desapareceu sem deixar rasto.

Ele não deixou para trás nenhum planeta, tampouco quaisquer sinais que indicassem para onde teria ido – ele simplesmente desapareceu. Os cientistas ficaram perplexos. Quando perguntado sobre isso, o astrônomo Carl Melis simplesmente declarou: “Nós não temos uma explicação realmente satisfatória para tratar o que aconteceu em torno desta estrela."

Fonte: Ciência-online

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Como fotografar o céu noturno mesmo em regiões de extrema poluição luminosa

Por: Justin Ng

Quem é que não se maravilha o ver uma bela foto do céu noturno com a Via Láctea brilhando, ou com rastros de estrelas tomando conta do firmamento? Se você já se aventurou na arte da astrofotografia, então você já percebeu que não é uma tarefa fácil... e se você estiver em um céu cheio de poluição luminosa, como em cidades grandes, aí fica impossível certo? Não, errado!

premiado astrofotógrafo Justin Ng de Cingapura criou um tutorial de como fotografar o céu noturno mesmo em áreas onde há muita poluição luminosa.

"Este tutorial mostra como eu fotografei a Via Láctea, mesmo obscurecida pela poluição luminosa extrema de Cingapura, utilizando equipamentos de fotografia que provavelmente você já tem, e alguns trabalhos que provavelmente funcionam na maioria das versões do Photoshop", escreveu Justin Ng. Ele acrescenta ainda que o tipo de processamento de fotos que ele usa no Photoshop pode ser alcançado sem a compra de plugins adicionais.


Justin diz que tirar fotos do céu noturno é uma maneira de "fazer sua parte para promover a conscientização pública da astronomia e da importância de preservar a beleza dos nossos céus noturnos através de suas imagens. E eu vou mostrar como você pode fazer exatamente isso usando um equipamento de fotografia que você provavelmente já tem, e com trabalhos de processamentos fáceis, acessíveis na maioria das versões do Photoshop".

Para este tutorial, você vai precisar de algum conhecimento prévio sobre fotografia básica e pós-processamento. Abaixo, encontre um resumo de como fotografar o céu com poluição luminosa:

Parte 1 - Reconhecimento do céu

Em primeiro lugar, devemos ter uma noção básica de como encontrar a Via Láctea, ou melhor ainda, o centro da Via Láctea.



A região central da Via Láctea fica entre as constelações de Scorpius (Escorpião) e Sagitarius (Sagitário). A região central da Via Láctea fica evidente entre abril e setembro. Veja como localizá-la no céu:



Parte 2 - Equipamento necessário

Câmera DSLR

Lentes grande angular 16-35 mm F2.8

Tripé

Parte 3 - Fotografando o céu


Verifique a previsão do tempo para ter certeza de o céu estará o mais limpo possível. Após identificar a região do centro da Via Láctea, configure a abertura para 2.8ISO 6400 e distância focal de 16mm.



Utilize o maior tempo de disparo possível, mas não tanto a ponto de capturar o rasto das estrelas. Use a regra dos 500, onde você divide 500 pela distância focal. No caso, 500/16=31.25 segundos de exposição. Para não chegar no limite, faça o disparo com 30 ou 25 segundos de duração. Mas devemos nos lembrar que, em céus com grande luminosidade, não conseguimos uma exposição tão alta, então, algo em torno de 6 segundos já é o suficiente.

by Justin NG

Dê prioridade para fazer as fotos em modo RAW, assim, teremos o máximo de qualidade possível. Se possível, utilize a técnica chamada ETTR, onde a foto fica com uma alta exposição, com muita luz. Claro, que no pós processamento teremos que ajustá-la, mas é mais fácil uma imagem muito exposta do que o contrário. Mas não deixe uma exposição tão alta a ponto de saturar e "pixelizar" a imagem.

Parte 4 - Pós processamento

Após normalizar a foto super-exposta, poderemos ver a Via Láctea. Para isso, você deve ajustar obalanço do branco, e remover o ruído. Ajuste também o nível de contraste e as curvas. Se a foto tivesse sido feita em um céu escuro, isso já seria o suficiente, mas como estamos falando de um céu com muita poluição luminosa, teremos ainda que fazer outros ajustes.



Clique em imagem -> ajustes -> HDR toning (Photoshop CS5 acima). Se não houver essa função no seu Photoshop, clique em imagem -> ajustes -> sombra/realce ,e faça os ajustes necessários que funcionarem melhor para sua foto.




Em imagem -> ajustes -> níveis  e também  imagem -> ajustes -> curvas, e faça as alterações que melhor se ajustam para sua foto.


Parte 5 - Acabamento final

Agora a foto já está pronta. Basta ajustar o que achar melhor para combinar com o seu gosto pessoal, como brilhocontrasteequilíbrio de cores, etc...

Veja a mesma imagem antes e depois do processamento:


Pronto! Aí está o passo-a-passo de como fotografar o céu noturno mesmo com muita poluição luminosa. Com persistência e prática, logo você estará fazendo belas astrofotografias da Via Láctea mesmo em locais com aquele famoso " céu alaranjado ".

Conheça o incrível trabalho do astrofotógrafo Justin Ng. Você poderá acessar o tutorial completo e conhecer outras dicas em seu site oficial em inglês clicando aqui.

E não deixem de enviar as melhores fotos para nós! Espero que tenham gostado. Boa sorte à todos, e bons céus!






quinta-feira, 8 de agosto de 2013

As imagens mais incríveis do universo

A primeira vista o Universo parece um lugar escuro e sem graça, mas quando olhamos ele com mais atenção, vemos que na verdade é um lugar cheio de cores e belezas, mesmo que nossos olhos as vezes não as vejam.

A misteriosa nuvem

Essa nuvem não é só bela, mas também misteriosa. Isso deve-se ao fato de que uma formação existente nela simplesmente não tem explicação.

Observando a imagem, pode-se notar uma espécie de flecha luminosa em seu topo e o problema é que ninguém faz mínima ideia do que aquilo seja, pois algo tão luminoso naquele formato só é visto ali. Muitos apostam que seja um estrela supermassiva se deslocando a grandes velocidades, contudo o mistério permanece:



NGC 602

NGC 602 é um pequeno aglomerado de estrelas que fica em nossa galáxia vizinha, a Pequena Nuvem de Magalhães. Essa gigantesca nuvem de detritos está formando diversas estrelas em seus pontos mais densos, porém essas formações só podem ser vistas por telescópios que captam imagens em infravermelho:



Centaurus A

Essa é uma das galáxias mais próximas da nossa e também uma das mais espetaculares, graças ao seu formato pouco comum. No céu da noite ela é um dos corpos mais brilhantes que podemos ver, mas só de perto ela revela sua verdadeira beleza:



The Edge-On Galaxy

Essa é uma das galáxias mais incríveis que podemos ver no céu, apesar de estar muito longe. Ela possui uma forma de disco, mas quando vista de lado parece ser torta, criando um belo efeito:




A nebulosa Aranha Vermelha

Essa nebulosa se encontra na constelação de Sagitário. Devido a uma grande estrela em seu núcleo que gera poderosos ventos, a nebulosa acabou ganhando essa forma incrível:


Galáxia do Sombreiro

A uma distância de 28 milhões de anos luz de onde estamos, podemos encontrar a Galáxia do Sombreiro, uma galáxia espiral cercado de poeira que gera uma bela vista:


Nebulosa da Formiga

A apenas 3 mil anos luz daqui, a Nebulosa da Formiga (reparem em seu formato) é um das seis belas visões que a humanidade tem do Universo:



Nebulosa de Hélix (O olho de Deus)

Como os humanos tem um grande tendência para encontrar formas humanas em outras coisas, era óbvio que logo encontraríamos algo no Universo que nos lembrasse de nós mesmo. E essa é a Nebulosa Hélix, que realmente parece um belo olho universal:


Galáxia do Rodamoinho


Com um bom binóculo e longe de uma grande cidade, você é capaz de ver a Galáxia do Rodamoinho com facilidade, pois ela é uma das mais brilhantes e belas formações a nossa volta. Além de ela nos possibilitar a visão clara de como é uma galáxia espiral, ela nos permite ver a interação entre suas galáxias:


Nebulosa do Caranguejo


Supernovas são alguns dos mais importantes fenômenos do Universo, pois são tais explosões de estrelas supermassivas que geram os elementos necessários para a vida. Então quando uma estrela morre, na verdade ela está gerando mais possibilidades de vida. Infelizmente são difíceis as ocasiões em que vemos tais coisas acontecendo, mas a Nebulosa do Caranguejo nos revela todo o esplendor de uma supernova em ação:



Fonte: Minilua.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Por que as estrelas "piscam"?

Observadas a partir da Terra, as estrelas aparentemente piscam – contudo, isso não passa de uma ilusão de óptica, já que, na verdade, a luz que emitem é constante. O que estaria por trás desse fenômeno? Há pelo menos duas explicações possíveis.




A primeira estaria na atmosfera terrestre: quando atravessada pela luz das estrelas, provoca interferência, já que é densa e instável e sua temperatura varia conforme a camada. É como observar um objeto no fundo de uma piscina: a luz é desviada pela água antes de chegar aos nossos olhos, fazendo com que o objeto esteja aparentemente em movimento.

Se fosse este o caso, por que a lua e planetas do nosso sistema solar também não “piscam”, já que sua luz (refletida do sol) também atravessa a atmosfera terrestre? De acordo com o astrônomo Phil Plait, do blog Bad Astronomy, esses corpos celestes estão muito mais próximos de nós do que a maioria das estrelas, o que os faz parecer maiores e torna o desvio da luz praticamente imperceptível.

A segunda teoria é a de que a chamada “nuvem de Oort” (supostamente localizada a cerca de 1 ano-luz do sol, nos limites do nosso sistema solar) seja responsável por causar esse desvio na luz das estrelas. Como outros planetas estão dentro dela, a luz que refletem não precisa atravessá-la antes de chegar à Terra.

Independentemente da causa, astrônomos precisam driblar o fenômeno, e fazem isso de duas maneiras: usando telescópios equipados com lentes especiais, que compensam os desvios causados pela atmosfera, ou telescópios espaciais que orbitam fora da Terra.

Curiosamente, essa questão do “piscar” das estrelas chegou a ser tema de um livro, publicado em 1969 pelo ex-astrônomo Walt Cunningham, com o título “Importance of Observation that Stars Don’t Twinkle Outside the Earth’s Atmosphere” (“Importância da Observação de que Estrelas não Piscam fora da Atmosfera Terrestre”).

Fonte: Hypescience.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

5 tipos fantásticos de estrelas

Ao olhar para os milhares de pontinhos luminosos que brilham no céu, é impossível não pensar que a verdade está lá fora (Mulder e Scully não nos deixariam mentir). A vastidão do universo ainda é um mistério para o homem e não cansa de nos surpreender. Para você que sonhava em ser astronauta (ou para quem ainda vive no mundo da lua), listamos 5 tipos fantásticos de estrela:


1. Estrelas de nêutrons




No começo, ela não passa de uma estrela normal, com uma combinação equilibrada de elétrons, prótons e nêutrons. Tudo está tranquilo no espaço até que BUM! Em uma explosão de supernova, as camadas mais externas do astro, já no fim de sua vida, são expulsas; sua região central se contrai e faz com que os núcleos dos átomos se combinem e formem nêutrons.

É assim que nasce uma Estrela de Nêutrons, astro que possui o maior campo magnético conhecido no universo – trilhões de vezes mais fortes que o da Terra. A bela estrela é também extremamente densa: apesar de possuir massa duas vezes maior que o Sol, seu diâmetro não ultrapassa 20 km. Para se ter noção, um pedacinho da estrela do tamanho de um cubo de açúcar equivaleria a mais de 1 bilhão de toneladas – o mesmo que o Monte Everest!

Devido ao seu tamanho diminuto, essas estrelas giram extremamente rápido – podem fazer várias rotações por segundo – e são cercadas por radiação térmica, criada pela colisão de partículas com os pólos magnéticos da estrela.

2. Estrelas em concha


Você sabe que as estrelas que povoam nossa galáxia em nada se parecem com as formas geométricas de cinco pontas que usamos para representá-las. Mas, provavelmente não imaginava que um traço mais fiel seria muito parecido com a forma de uma bola de futebol americano. 

A maioria destes astros é achatada nos pólos, mas nada se compara à forma da estrela variável Gamma Cassiopeiae, também conhecida como Estrela em Concha. Devido a sua rotação ultra-veloz – superior a 200 km por segundo – enormes volumes de matéria são arremessados, a todo tempo, no eixo do seu equador, produzindo uma concha (daí o “apelido”) de gás em torno da estrela. Este fluxo de matéria faz também com que a Gamma Cassiopeia exiba variações irregulares de luminosidade em sua superfície.

3. Estrelas hipervelozes



Se você ficou impressionado com a alta velocidade de rotação da Gamma Cassiopeiae, saiba: ainda não viu nada. As Estrelas Hipervelozes viajam pelo espaço a velocidades que ultrapassam um ou dois milhões de quilômetros por hora. É tão rápido, que estes astros podem escapar do empuxo gravitacional da galáxia, sendo “ejetadas” em alta velocidade para fora da Via Láctea.

4. Cefeída (ou Estrela Variável)



Uma estrela em dois tempos (via)

Uma estrela pulsante. Com dimensões agigantadas – entre 5 e 20 vezes maior que o nosso Sol – as Cefeídas estão em constante movimento: elas oscilam de tamanho conforme as condições de temperatura e pressão no seu interior variam. Assim elas aumentam e diminuem, mudando também seu brilho aparente.

A primeira estrela do tipo variável cefeída foi observada em 1784 pelo holandês John Goodrick. Ele notou que uma das estrelas da constelação de Cepheus apresentava variações de brilho a cada cinco dias. Graças a cálculos baseados na variação da luminosidade das cefeídas, astrônomos conseguem utilizá-las como importantes indicadores de distância. Suas impressionantes variações de tamanho e brilho só acabam quando a estrela chega ao fim de sua vida.

5. Estrelas Hipergigantes



Eta Carinae e “Ovo frito”

Uma Cefeída não é nada pequena, mas suas dimensões ficam no chinelo se comparadas a uma Hipergigante. A maior hipergigante amarela já avistada é a IRAS 17163-3907, localizada a 13 mil anos-luz da Terra, que tem o diâmetro cerca de mil vezes maior do que o Sol.

A estrela, juntamente com sua concha de poeira estelar, foi apelidada de “Nebulosa do Ovo Frito”. A única imagem do astro foi obtida, pela primeira vez, em setembro de 2011. Devido ao seu tamanho avantajado, estas estrelas morrem jovens – têm “expectativa de vida” de poucos milhões de anos, enquanto astros como o Sol vão ficar por aí por cerca de 10 bilhões.

Fonte: Super Interessante.