Você Sabia? Pergunte Aqui!: março 2014

quarta-feira, 26 de março de 2014

10 aviões que desapareceram misteriosamente sem deixar nenhum rastro

Desaparecido desde o dia 8 de março, o voo 370 da Malaysia Airlines continua desafiando as equipes de resgate e dando asas à imaginação de toda a população mundial sobre o que aconteceu com a aeronave e porque nenhum destroço ainda foi encontrado. Ao passo que parece impossível um avião simplesmente desaparecer dos radares sem deixar nenhum rastro, o que ocorreu este ano está longe de ser um episódio inédito na história da aviação moderna.

Confira, na lista abaixo, o caso mais recente da aeronave que desapareceu na rota Kuala Lampur-Pequim, e outros aviões que nunca chegaram ao seu destino. Em todos os casos, o mistério continua.

10. O mistério do voo 370 da Malaysia Airlines continua: nenhum sinal do avião que levava 239 pessoas foi encontrado


Suicídio do piloto. Falha mecânica. Sequestro. Ato terrorista. As hipóteses sobre o que aconteceu com o avião da Malaysia Airlines continuam a se multiplicar diariamente. A aeronave desapareceu no dia 8 de março deste ano e se tornou um dos maiores mistério da história da aviação civil. Nem toda a tecnologia de hoje em dia foi suficiente para sabermos o que ocorreu com o avião.

O que conhecemos de concreto até agora é que o Boeing 777 transportava 227 passageiros e 12 tripulantes e desapareceu dos radares aproximadamente uma hora depois de decolar do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, na China. O governo malaio declarou que o avião estava perdido cinco horas após decolar. O último sinal detectado da aeronave informava uma altitude de cruzeiro de 35 mil pés (normal) a cerca de 220 km a sudoeste da província mais ao sul do Vietnã. Nenhuma mensagem de socorro ou comportamento estranho da aeronave foram detectados.

Nesta segunda-feira (24), o premiê da Malásia, Najib Razak, confirmou o que os familiares das pessoas a bordo temiam: o voo 370 da Malaysia Airlines caiu no sul do Oceano Índico, a aproximadamente 2.500 km a oeste de Perth, na Austrália. Alguns detritos foram observados na área, mas ainda não foram identificados como sendo do voo 370. A região está no extremo oposto da rota original entre as capitais malaia e chinesa.

Quatro dias depois de a aeronave ter oficialmente desaparecido, as autoridades locais revelaram evidências de que o avião tinha voltado para o Estreito de Malaca e estava, portanto, no lado oposto da Península Malaia, onde deveria estar.

Os investigadores sabem que o Boeing 777 mudou drasticamente de altitude, chegando primeiramente a 45 mil pés e, em seguida, caindo para cerca de 23 mil pés, e que a aeronave pode ter voado durante até seis horas após a última mensagem oficial recebida. Com essas informações, as equipes de investigação acreditam que a hipótese de falha catastrófica é um cenário altamente improvável e que a mudança de direção do avião foi intencional.

Até o momento, foram montadas operações de busca com a ajuda de 26 países, enquanto satélites de 15 deles já foram utilizados na tentativa de encontrar destroços da aeronave. Mas o mistério permanece. Ainda não há vestígio da aeronave ou qualquer explicação concreta para a causa de seu desaparecimento. Não sabemos por que o avião mudou de rota, por que o sistema de comunicação foi desligado ou por que a aeronave continuou voando por diversas horas após sumir dos radares.

As pessoas que estavam no voo também foram alvo de investigações intensas, principalmente o piloto e o copiloto. Entretanto, não houve descobertas significativas. Foi descartada a hipótese de que os comandantes tramavam algum plano juntos. Descobriu-se que dois passageiros iranianos viajavam com passaportes europeus falsos, mas não se tratava de nada além disso.

9. Com 58 pessoas a bordo, avião DC-4 se perde nas águas do Lago Michigan, no nordeste dos Estados Unidos


Em junho de 1950, 58 pessoas perderam suas vidas quando o voo 2501, da companhia aérea norte-americana Northwest Airlines, desapareceu nas águas do Lago Michigan, na região nordeste dos Estados Unidos. A aeronave fazia a rota entre a cidade de Nova York e o estado de Minnesota.

O Lago Michigan é o maior lago de água doce dos Estados Unidos e o quinto maior do mundo. Sua área, 57.750 km², é um pouco maior do que o estado inteiro da Paraíba. Sua grande extensão pode ter contribuído para o fracasso nas tentativas de busca.

Diversos barcos e aviões vasculharam o lago durante uma semana após o desastre, mas com a exceção de uma pequena quantidade de detritos e restos humanos que flutuavam nas águas, nenhuma parte da fuselagem ou destroços do avião foi achada. Além disso, nenhuma explicação jamais foi dada sobre o que causou o acidente.

8. Um Boeing 727 é roubado do aeroporto de Luanda, na Angola


O dia 25 de maio de 2003 foi marcante para o Aeroporto Quatro de Fevereiro, em Luanda, capital da Angola. Neste dia, um avião Boeing 727-223 foi roubado por lá.

O avião, anteriormente pertencente à American Airlines, era propriedade da empresa Aerospace Sales & Leasing, com sede em Miami, Flórida, e tinha sido alugado para a empresa aérea TAAG Angola Airlines no momento de seu desaparecimento. O engenheiro de voo, mecânico de aviões e piloto particular Ben Charles Padilla e seu ajudante John Mikel Mutantu estavam trabalhando com mecânicos angolanos para deixar a aeronave pronta para voar após uma tentativa de negócio não ter dado certo.

Nenhum dos homens presentes no local neste momento era capaz de pilotar o avião: nem Mutantu nem os trabalhadores angolanos eram pilotos e Padilla tinha apenas uma licença de piloto particular. Um Boeing 727 daqueles exige uma tripulação treinada de pelo menos três pessoas.

Depois de Padilla e Mutantu terem embarcado no avião, a aeronave começou a taxiar e a manobrar de maneira irregular, sem comunicação entre a tripulação e a torre de controle. O Boeing 727 decolou com seu transponder (o transmissor de rádio na cabine do piloto) e as luzes apagados. O jato e os dois homens nunca mais foram vistos desde então.

Embora acredite-se que Padilla estava no comando da aeronave. Alguns membros de sua família declararam, na sequência do episódio, que ele tinha sido contratado para reaver o jato depois que a TAAG Angola não conseguiu fazer os pagamentos que deveria, enquanto outros temem que Padilla estava sendo manipulado contra a sua vontade.

7. Um jato transportando militares desaparece sobre o Oceano Pacífico nos primeiros dias da Guerra do Vietnã

Em 16 de março de 1962, o voo 739 foi usado pelos militares dos Estados Unidos para transportar membros do exército estadunidense e vietnamitas da Base Aérea Travis Airforce Base, na Califórnia, até o Vietnã. O avião – naquela época ainda com hélices – chamado Super Constellation contava com 96 passageiros e 11 pessoas da tripulação.

Após reabastecer em Guam, território norte-americano na Micronésia, o avião se dirigiu para a Base Aérea de Clark, nas Filipinas. Mas jamais chegou lá – a aeronave caiu em algum lugar na parte mais ocidental do Oceano Pacífico. Nem os destroços do avião tampouco os corpos de seus ocupantes foram recuperados. Uma hora após a última comunicação por rádio do voo 739, um navio-tanque Standard Oil relatou uma explosão no céu.

Foi sabotagem? Um míssil que atingiu o avião? Problemas de motor? Ninguém sabe ao certo. O Conselho de Aeronáutica Civil dos Estados Unidos concluiu, em seu relatório sobre o acidente: “É razoável presumir” que tudo o que aconteceu no voo 739 “aconteceu de repente e sem aviso”. Não foi um relatório dos mais esclarecedores.

6. Líder de uma popular banda de jazz desaparece em um voo sobre o Canal da Mancha

Em 15 de dezembro de 1944, o líder de uma big band (expressão em inglês que denomina um grande grupo instrumental associado ao jazz) Glenn Miller estava no voo que partiu de uma base da Força Aérea Britânica, localizada na Inglaterra, com destino a Paris, onde Miller faria um show. Porém, o avião onde viajava, um Norseman C-64, nunca chegou à capital francesa.

Miller se juntou às tropas britânicas que lutavam na Segunda Guerra Mundial em 1942, no auge de sua popularidade como músico. Aos 38 anos, ele já era velho demais para ser aproveitado no campo de batalha, mas se apresentou voluntariamente ao Exército, na esperança de liderar a banda militar. O Exército o aceitou e ele foi promovido a major dois anos depois, em 1944.

A explicação oficial sobre o desaparecimento de Miller foi a de que o avião enfrentou mau tempo sobre o Canal da Mancha – que separa a França e a Inglaterra – e não conseguiu super as adversidades climáticas. No entanto, diversos rumores surgiram à época para dar conta do ocorrido.

Alguns acreditavam que o avião tinha sido abatido por um esquadrão da morte alemão, enquanto outros acreditavam que a aeronave conseguiu aterrissar em Paris, mas Miller teria sido assassinado por um policial militar parisiense. A teoria mais louca, no entanto, veio de um jornalista alemão na década de 1990. Segundo ele, Miller teria morrido em decorrência de um ataque cardíaco nos braços de uma prostituta francesa e as forças armadas norte-americanas fizeram de tudo para encobrir o episódio.

Uma outra explicação – e talvez a mais provável – veio de um navegador das focas aéreas britânicas, Fred Shaw, que afirmou ter visto o avião de Miller se envolver em um acidente de “fogo amigo”, enquanto algumas bombas estavam sendo descartados após um ataque abortado na Alemanha.

5. Uma aeronave DC-4 com membros do exército dos EUA desaparece no Alasca


Um jato DC-4 da companhia aérea Canadian Pacific Air Lines desapareceu na rota entre Vancouver, no Canadá, e Tóquio, no Japão, no dia 21 de julho de 1951. Quando o avião estava a uma distância de uma hora e meia de Anchorage, no Alasca, onde havia feito uma escala, o DC-4 teve a infelicidade de encontrar mau tempo em seu caminho.

Houve chuva forte, condições de gelo e a visibilidade era de apenas 500 pés (pouco mais de 150 metros). Este foi o último relatório da aeronave e a última vez que alguém jamais ouviu falar do avião e dos tripulantes e passageiros. Apesar da extensa busca por vestígios que foi realizada, nada jamais foi encontrado. Estavam presentes na aeronave 6 membros da tripulação, todos naturais do Canadá, e 31 passageiros – muitos membros civis das forças armadas norte-americanas.

4. Um avião viajando a partir do meio do Pacífico com destino a Los Angeles desaparece após comunicar problemas no motor


Em 1964, 15 anos antes do desastre com o voo 967 da Varig, um avião de transporte DC-4 que levava nove passageiros também desapareceu enquanto rumava a Los Angeles (ver tópico 2). A aeronave em questão havia levantado voo na Ilha de Wake, no meio do Oceano Pacífico. A última transmissão, feita por meio do sistema de rádio do avião, foi realizada a aproximadamente 500 km a sudoeste de Los Angeles. Na ocasião, o piloto comunicava problemas no motor, o que deve ter sido a causa do acidente.

Apesar das autoridades saberem, devido à comunicação do comandante, que havia algo de errado com o motor, não foi possível encontrar nenhum vestígio dos DC-4 ou seus passageiros. Os pesquisadores da Marinha chegaram a identificar uma mancha de óleo no oceano e algumas testemunhas afirmaram ter visto uma cauda de avião afundando no mar, mas nenhuma dessas pistas vingou.

3. Um esquadrão de cinco aviões desaparece sobre o Triângulo das Bermudas – e o avião que deveria resgatá-los também some


No dia 5 de dezembro de 1945, cinco aviões de combate da Marinha dos Estados Unidos partiram da base naval de Fort Lauderdale, no estado da Flórida, para um voo-treino de navegação sobre a água. Os cinco aviões e os 14 homens que viajavam nas aeronaves desapareceram na região do Triângulo das Bermudas.

Após duas horas de voo, o líder do esquadrão (chamado “voo 19″) relatou que suas bússolas tinham falhado e sua posição no momento era desconhecida. Os outros aviões também relataram falhas similares. Depois disso, foram mais duas horas de mensagens confusas, a última sendo do líder do esquadrão convocando seus homens a abandonarem seus aviões porque eles estavam ficando sem combustível.

Uma hora depois, outro avião da Marinha norte-americana decolou com uma equipe de 13 homens em uma missão de busca e salvamento do esquadrão que havia acabado de desaparecer. Esta aeronave também sumiu. Um navio petroleiro que navegava pela costa da Flórida relatou ter visto uma explosão 20 minutos após o avião que deveria realizar o salvamento ter decolado.

Na sequência do desaparecimento dos seis aviões, centenas de navios e aeronaves fizeram buscas em uma área que abrangia quilômetros quadrados sobre o Oceano Atlântico, o Golfo do México e até mesmo partes remotas da Flórida, mas nenhum vestígio do voo 19 ou do avião de resgate jamais foi encontrado.

2. Avião de carga da brasileira Varig desaparece transportando 1 milhão de dólares em obras do artista Manubu Mabe


No dia 30 de janeiro de 1979, um avião de carga da companhia aérea brasileira Varig desapareceu apenas meia hora depois da decolagem do Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio. A aeronave tinha como destino direto Los Angeles, onde outra tripulação assumiria o resto da viagem até o Rio de Janeiro. No Boeing 707 do voo 967 eram transportadas 153 pinturas do artista nipo-brasileiro Manubu Mabe, no valor estimado de 1,2 milhão de dólares (sem correção – cerca de R$ 2,78 mi).

O último contato com as torres de comando em solo japonês foi feito enquanto o avião sobrevoava o Oceano Pacífico, a 500 km do litoral do Japão. Os responsáveis perceberam que havia algo de errado quando o comandante Gilberto Araújo não realizou a comunicação prevista para meia hora depois.

Araújo, a propósito, havia sido condecorado na França devido a manobras realizadas que conseguiram minimizar um acidente, seis anos antes, envolvendo outro Boeing 707. Na ocasião, Araújo foi capaz de aterrissar o avião completamente tomado por um incêndio que se iniciou devido a uma bituca de cigarro no lixo do banheiro nas imediações de Paris, destino final do voo. 123 passageiros morreram asfixiados por causa da fumaça e apenas o próprio piloto, 9 membros da tripulação e um único passageiro sobreviveram.

Voltando ao mistério do Varig 967, o avião, as pinturas e todos os seis tripulantes continuam desaparecidos até hoje. Por conter obras de arte valiosas, considerou-se na época a hipótese de que a aeronave havia sido vítima de um sequestro a mando de colecionadores de arte. Porém, nenhuma das obras reapareceu desde então.

Dentre as teorias mais aceitas, está a de que o avião sofreu uma despressurização na cabine logo após ter alcançado a altitude de cruzeiro, o que teria sufocado a tripulação. A aeronave teria voado durante horas no piloto automático até eventualmente ficar sem combustível e cair em algum lugar muito distante das áreas onde as buscas foram conduzidas, o que explicaria o porquê de nunca se ter achado os corpos da tripulação ou partes da fuselagem.

Mais de um ano depois do acidente, o jornal Folha de S. Paulo informou que a Varig ainda não tinha a “mínima ideia do que poderia ter ocorrido com o avião”. “Nem a empresa nem as autoridades forneceram detalhes sobre seu desaparecimento, que depois das fracassadas buscas foi esquecido”, afirmava o jornal. “É uma incógnita. Ele vinha dando a posição certa e depois sumiu, apagou. Não deu mais notícia”, informou o comandante Zoroastro à Folha na época. “Ficamos muito chateados. E não se chegou a conclusão nenhuma”.

1. Amelia Earhart desaparece sobre o Pacífico durante sua tentativa de dar a volta ao mundo

O desaparecimento da pioneira da aviação e escritora Amelia Earhart (os mais novos devem se lembrar de sua participação como a mocinha no filme “Uma Noite no Museu 2”) é talvez o mistério mais duradouro e conhecido na história da aviação. Amelia foi a primeira aviadora a cruzar o Oceano Atlântico sozinha. Em 2 de junho de 1937, sua aeronave Lockheed Electra desapareceu durante uma tentativa fracassada de dar a volta ao mundo pelo ar. O avião onde ela e o navegador Fred Noonan viajavam desapareceu perto da Ilha de Howland, no meio do Oceano Pacífico.

A Marinha e a Guarda Costeira dos Estados Unidos (em conjunto com o marido de Amelia, George Putnam) começaram imediatamente uma força-tarefa para encontrá-los, mas mesmo com o que de mais avançado exista de aparato tecnológico da época, nenhum vestígio dos aventureiros ou da aeronave jamais foram encontrados. O governo dos EUA concluiu oficialmente que Earhart e Noonan foram incapazes de localizar a Ilha de Howland e simplesmente ficaram sem gasolina.

Entretanto, assim como no caso mais recente do voo 370 da Malaysia e em todos os mistérios da aviação citados aqui, teorias ainda persistem. Alguns acreditam que Amelia era uma agente secreta que foi obrigada, devido a problemas técnicos, a pousar em uma ilha ocupada por japoneses e foi feita prisioneira. Outros acreditam que ela conseguiu voltar para os Estados Unidos, onde mudou de nome e viveu uma vida tranquila e anônima.

No entanto, há evidências convincentes de que o avião onde estava Amelia e seu parceiro de voo Noonan sofreu um acidente, mas conseguiu pousar em uma ilha desabitada chamado Nikumaroro. Os dois teriam se tornado náufragos, bem ao estilo do filme do ano 2000 com Tom Hanks. Uma equipe chamada International Group for Historic Aircraft Recovery (TIGHAR na sigla, algo como “Grupo Internacional para a Recuperação Histórica de Aeronaves”, em tradução livre) tem investigado a ilha desde 1989 e reuniu artefatos consistentes que seriam de Amelia e de seu avião. A equipe encontrou diversos objetos, incluindo ossos humanos, estojo de maquiagem, pedaços de sapatos e um pote que parece ter contido creme para acne. As investigações continuam.


Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 24 de março de 2014

6 animais que brincam com as leis da física

A não ser que exista algum segredo muito bem guardado, animais não entendem coisa alguma de física. Se eles caem do topo de uma árvore e se esborracham no chão, não sabem que é culpa da gravidade, só que agora estão mortos. Porém, isso não os impede de dominar algumas leis universais de maneiras que a ciência está bem distante de entender completamente. Confira:

6. Pássaros conseguem ver o campo magnético da Terra


Você já se perguntou como as aves migratórias sabem para onde estão indo quando saem em busca de sombra e água fresca em outro canto do mundo? Afinal, para encontrar o norte, os seres humanos usam uma bússola – ou um GPS, no caso dos mais moderninhos. Mas nossos amigos cheios de penas ganham de lavada dessa parafernalha tida sem fazer esforço algum: eles só precisam abrir os olhos.

Cientistas já suspeitavam que os olhos das aves continham moléculas que podiam servir para sentir o campo magnético terrestre. Em um estudo de 2007, pesquisadores alemães da Universidade de Oldenburg descobriram que essas moléculas estão ligadas a uma área do cérebro conhecida por processar a informação visual. Assim, as aves podem ver o campo magnético.

As bússolas funcionam usando a Terra como um ímã gigante e um pequeno ímã conectado a uma agulha orienta-se aos pólos norte e sul do planeta. Durante anos, os cientistas acharam que as aves migratórias usavam uma “bússola interna” para viajar entre as suas áreas de nidificação e os locais nos quais passavam os invernos, que podem ser separados por milhares de quilômetros.

Pesquisadores alemães sugeriram como esta bússola natural pode trabalhar. A equipe injetou um corante especial nos olhos e no cérebro de felosas-das-figueiras – pássaro migratório comum na Europa e que inverna na Ásia – que pode ser rastreado à medida que passa pelo sistema nervoso.

Quando os pássaros se orientaram, ambos os corantes viajaram e se encontraram no tálamo, uma região no meio do cérebro responsável pela visão, o que mostraria que há uma ligação direta entre o olho e uma região do cérebro das aves chamada “Cluster N”. E você aí, achando que é muito esperto por fazer uma rota de ônibus no Google Maps.

5. Cães usam sua bússola interna quando fazem cocô


Você está passendo com o seu cachorro, prestes a atravessar um cruzamento movimentado. Você já começou a atravessar, o semáforo está mudando e este é o momento em que seu cão decide fazer o número 2. Lá está ele, farejando uma mancha no asfalto e girando em torno de meia dúzia de círculos para encontrar uma posição que ele gosta enquanto os carros estão buzinando e o motorista ao seu lado joga uma lata de energético bem na sua cara. Mas o Totó não pode ser interrompido – de sua maneira obsessiva-compulsiva, ele deve colocar tudo para fora em um alinhamento muito preciso com algum feng shui maluco que apenas os cães podem compreender. O último pensamento que atravessa sua mente antes de ser atropelado por uma van é: “Por que exatamente os cães são tão chatos e estupidamente obcecados com o lugar em que fazem cocô?”.

Acredite ou não, a ciência pode ter encontrado uma resposta. Depois de acompanhar atentamente quase 7.500 fezes de 70 cães em 37 diferentes raças, os pesquisadores descobriram que os cães defecaram de forma consistente ao longo do eixo norte-sul do campo magnético da Terra.

E enquanto você poderia achar que é coincidência ou que talvez eles se orientem pela posição do sol ou algo assim, os cientistas estão quase certos que os cães seguem uma espécie de sensor magnético. Quando eles interromperam o campo magnético na sala onde foram feitos os testes, centros de cocô destes animais se descontrolaram, defecando no tipo de padrões aleatórios que até agora a maioria de nós achava que era normal para os nossos amigos caninos.

Se isso soa como uma espécie de pseudociência, não é – como você já viu no primeiro tópico, esta capacidade de sentir campos magnéticos existe em muitas espécies. Além das aves migratórias, existem outros exemplos ainda mais fascinantes, como vacas que foram capturadas em imagens de satélite se alimentando na mesma direção e raposas que caçam melhor quando usam o campo magnético para triangular seus ataques. Em ambos os casos, o instinto magnético é usado para algo útil: um comportamento de rebanho unificado ou um sistema de mira avançada. Mas pra que serviria o hábito canino de girar várias vezes apenas para encontrar o ângulo perfeito para fazer cocô?

4. Baratas e lagartixas são mestres do parkour


Quando você joga algo da janela de seu carro (seu porco!), o resultado é sempre o mesmo: a partir do momento que esse objeto deixa terra firme, a gravidade assume o controle, e ele gira em uma queda livre.

Na maioria das vezes, acontece a mesma coisa com os animais. Se o seu precioso Stuart Little corre e ultrapassa a borda da mesa, vai bater no chão imediatamente. Mas duas criaturas completamente alheias desenvolveram um método divertido de dizer à lei da inércia que ela não tem o que fazer aqui. Lagartixas e baratas, quando não estão fazendo você vomitar depois de encontrar um pedaço delas em seu sanduíche, escapam de predadores através de um ato de desaparecimento insano que desafia a razão.

Bem, isso certamente não deveria ser possível. Até parece que os bichinhos estão se divertindo.




Ambas as espécies estão se agarrando à borda com suas pequenas garras e, em seguida, usando seu tanquinho de aço para balançar por baixo da borda até ficarem seguras novamente. (Obs.: as garras são mesmo essenciais. Sabemos disso porque depois que os pesquisadores mutilaram os animais, isso aconteceu:)



3. Os elefantes se comunicam a quilômetros de distância via sinais inaudíveis


Além de serem grandes e terem esse jeitão de pateta, os elefantes são conhecidos por serem barulhentos. A ideia de que tenham qualquer método secreto de comunicação que é inaudível para os seres humanos soa como um monte de besteira. Mas não é, a menos que a ciência esteja apenas zoando com a nossa cara.

Ao manipular as cordas vocais da mesma maneira que fazemos, os elefantes são capazes de se comunicar através de um murmúrio infrasônico em um tom muito mais baixo do que qualquer coisa que nossos lamentáveis ouvidos humanos poderiam captar. Porém, outros elefantes podem ouvir esses sons perfeitamente, incluindo os que vivem a mais de 30 quilômetros de distância.

Sim, enquanto alguns de nós não consegue ouvir um grito vindo de nossa sala de estar, os elefantes estão sussurrando conversas completas com os seus amigos distantes. Não é porque suas orelhas são anormalmente grandes. É, na verdade, porque os elefantes podem ter os pés mais sensíveis do planeta. Seus “sussurros” criam pequenos terremotos que entram no corpo dos outros paquidermes pela unha. A partir daí, o som propaga-se para sua perna, passa pelo corpo e alcança o cérebro. Baseando-se em qual unha sentiu primeiro os tremores, eles podem até mesmo decifrar a direção que o som veio.

Esta superaudição permite que os elefantes façam todo tipo de atividades em rede. Eles podem ficar em contato com entes queridos, alertar para predadores e tempestades próximas e até mesmo flertar com um potencial parceiro. É como uma internet dos elefantes.

2. Aranhas são mestres da eletricidade estática


Quer elas possam nos machucar ou não (e as maiores chances são de que isso não aconteça), as aranhas ainda devem ser as criaturas mais universalmente odiadas de todos os filhos da natureza. Mas nós não a odiaríamos se as conhecêssemos melhor, certo? Se pudéssemos realmente ver uma de perto?

É, parece que não. A foto acima é o registro microscópico do pé de uma aranha. Essas coisinhas parecidas com penas as ajudam a grudar nas paredes, janelas e no seu ombro. Contudo, sua capacidade de agarrar-se nada tem a ver com uma aderência natural semelhante à da cola ou ganchos como os do velcro. Não, no final das contas, esses monstrinhos são mestres da eletricidade estática.

Os pelos minúsculos do pé de uma aranha tiram proveito de um fenômeno natural chamado de Força de van der Waals, no qual os elétrons entre os cabelinhos se agitam até que um negativo e um positivo finalmente se encontrem. E assim como profetizou Renato Russo, os opostos se atraem – neste caso, criando um vínculo que resulta na faísca necessária para uma aranha conseguir se pendurar nos lugares.

Mesmo a teia de aranha usa eletricidade para conseguir o que quer. Isso mesmo, a própria teia. A maldita coisa pode não ser tecnicamente viva, mas para as pobres moscas que ela literalmente puxa e agarra para transformar em jantar, poderia muito bem ser.

Sim, a ideia de teias de aranha pegajosas esperando pacientemente pela falha de uma presa desajeitada que a faça cair em seu prato é besteira pura. Graças à eletricidade estática, as teias realmente mostram mais iniciativa em procurar comida do que um universitário médio. Isso acontece porque os insetos, enquanto ficam batendo suas asas a esmo como costumam fazer, tendem a perder elétrons negativos, tornando-se positivos. As teias de aranha, que são tipicamente neutras ou carregadas negativamente, respondem à presença da positividade da única maneira que sabem: literalmente estendendo a mão e agarrando a fonte, como uma rede de pesca com uma mente própria e um apetite sem fim.

1. A mangava-oriental é alimentada por energia solar


Quase todos os seres vivos se alimentam do sol. Para a maioria de nós, existem vários intermediários (plantas comem a luz solar, a vaca come a planta, o humano come a vaca). Ei, tudo isso não seria muito mais fácil se nossos corpos fossem movidos a energia solar?

Bom, a Vespa orientalis, também conhecida como mangava-oriental e como a uma criatura que você não quer dentro de seu chapéu, é parcialmente alimentada por painéis solares na sua pele. Tal fato explicaria por que ela persegue os inocentes durante o dia, enquanto a maioria das outras vespas preferem aterrorizar aqueles que se atrevem a cruzar seus caminhos no início da manhã. Os pesquisadores capturaram algumas delas e as iluminaram com uma luz ultravioleta, provavelmente como uma verificação de rotina para o vampirismo, e noteram que as vespas entraram em ação.

Quando eles enfiaram as amostras sob um microscópio, os cientistas descobriram estruturas especiais sobre seu exoesqueleto, que são extremamente eficientes na coleta de luz solar e em convertê-la em eletricidade. No entanto, as vespas não possuem uma fisiologia puramente baseada na energia solar; elas ainda precisam comer como todo mundo. Então o que elas fazem com esta energia? Os estudiosos acreditam que parte dela é transferida para os músculos que atuam nas asas, mas o resto vai para o “ar condicionado”.

É isso mesmo: ainda que estas vespas prosperem em ambientes quentes e ensolarados (desculpe, Inglaterra, nada de insetos solares para você), os cientistas descobriram que elas possuem uma temperatura corporal baixa, o que sugere que estão convertendo o excesso de luz solar em eletricidade para refrigerar a si mesmas.

E não para por aí. Até mesmo os seus casulos têm propriedades fotoelétricas, aproveitando a luz solar para manter as pupas dentro deles quentinhas e ajudá-las a se desenvolverem plenamente em um lindo bebê verme, se contorcendo de ansiedade para enfrentar o mundo e fazê-lo gritar de medo e nojo.

terça-feira, 18 de março de 2014

23 anúncios criativos que souberam chamar a atenção

As empresas fazem de tudo para enfiar seus produtos em nossas gargantas, mas sempre funciona melhor quando eles mostram um pouco de criatividade e bom gosto ao tentar chamar a nossa atenção.

Anúncios ambientais são uma forma específica de propaganda, que buscam se tornar uma parte de seu ambiente e chamar a atenção para um produto ao mesmo tempo. Quer se trate de uma paródia, um outdoor bem colocado ou qualquer outro projeto inovador, a ideia é chocar, fazer você pensar ou até mesmo rir.

O poder da mídia tradicional têm diminuído perto de ideias publicitárias mais ousadas, como os anúncios ambientais. Estes começaram a aparecer no Reino Unido por volta de 1999, e tem evoluído desde então. Confira alguns exemplos interessantes:

National Geographic


A revista fez propaganda usando um crocodilo 3D em uma escada rolante.

NRDC.org


A organização usou criatividade para explicar que a poluição do ar mata 60.000 pessoas por ano.

Pepto-Bismol


O remédio fez uma colocação de anúncio bem pensada, em uma lavanderia Laundromat.

Motor City Nightmares


A Motor City Nightmares é uma convenção de filmes de terror, que fez propaganda em baldes de pipoca.

Sparring Partner


A academia de ginástica italiana pendurou (literalmente) sua propaganda.

IBM




O tema da campanha era “Ideias inteligentes para cidades ainda mais inteligentes”.

Doom Fogger



O inseticida criou uma “vila de baratas” para indicar que seu produto chega até onde elas “moram”.

Carnival Cruiselines


A empresa fez propaganda de seus cruzeiros criando um tobogã ao lado das escadas de um prédio.

Bigelow Organic Tea


A companhia de chás orgânicos usou natureza para anunciar seus produtos.

Visa


Esse anúncio da Visa teve como o objetivo divulgar a exposição “Go Back To Pompeii”, que fala de Pompeia.

Baltica Beer


A bebida ficou bem posicionada em metrôs.

Dental Care


Higiene dental que até brilha.

The Hairdressers


Salão de cabeleireiros usou arbusto para fazer propaganda.

Windex Glass Cleaner


Marca de limpa-vidros teve excelente ideia.

Shopping Pátio Dom Luís


Em Fortaleza, o shopping Pátio Dom Luis fez uma campanha de alerta e prevenção do câncer de mama. A ação envolveu sutiãs de um só seio e um stand da Amar – Associação de motivação, apoio e renovação de mulheres com câncer de mama.

Dressing for Pleasure


A empresa especialista em roupas de fetiche e outros artigos sadomasoquistas colocou adesivos no fundo de garrafas de ketchup, convidando clientes a dar “tapas” para conseguir o que queriam.

Frontline


Anúncio gigante fazia sentido visto de cima – a Frontline prometia livrar seu bichinho de pulgas e carrapatos.

Fight Smoking


Propaganda antifumo utilizou saco de pancadas para passar sua mensagem.

Mercedes-Benz 2012 C-350 Coupe


A propaganda informa que o carro parece rápido mesmo estacionado.

Juice Salon


Salão de beleza usou escada rolante para dar efeito a sua propaganda.

Quebec Automobile Insurance Society


Sociedade de segurança automobilística fez propaganda inteligente sobre uso do cinto de segurança.

Propaganda contra beber e dirigir



Uso das tampinhas de cerveja fez alusão ao que acontece quando se dirige depois de beber.

Nivea



A empresa fez um anúncio divertido de um produto anticelulite usando sofá.

Redbirds Memphis



Para promover o fato de que jogariam em seu próprio campo, Redbirds Memphis, uma liga de beisebol afiliada ao St. Louis Cardinals, cobriu um carro em excrementos falsos de pássaros (“redbirds” significa “pássaros vermelhos”), estacionando-o em um local movimentado ao lado de um cartaz que dizia: “Os Redbirds estão na cidade”.

Fonte: Hypescience.