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quarta-feira, 17 de junho de 2015

8 filmes que foram inspirados por clássicos da literatura

O sempre exuberante diretor Baz Luhrmann surpreendeu muita gente quando resolveu embalar a adaptação do clássico de F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby (2013), em uma trilha sonora repleta de hits pop (para o desespero de muitos). Mas se engana quem pensa que essa ~liberdade criativa~ é novidade em Hollywood. Releituras bem mais ousadas de clássicos da literatura já apareceram na telona – e, se bobear, é possível que a referência tenha passado despercebida. Relembre 8 releituras pop de clássicos da literatura:

1. Amor, Sublime Amor (1961)


01Inspirado em: Romeu e Julieta, de William Shakespeare
Não tem jeito: desde a publicação de Romeu e Julieta, na década de 1590, a história de amantes de famílias rivais se tornou a fórmula mágica para um bom conto de amor impossível e inspirou (e segue inspirando) inúmeras adaptações, releituras e reinvenções. 

Uma delas é o clássico Amor, Sublime Amor, vencedor de dez prêmios Oscar, incluindo o de Melhor Filme. No musical, Montechios e Capulettos dão lugar a gangues rivais da cidade de Nova York: Tony é o antigo líder dos Jets, gangue formada por garotos brancos de Nova York; Maria é irmã do líder da rival Sharks, composta por imigrantes porto-riquenhos. 

Longe de adagas e vicários, é através da música e da dança que encontros e desencontros aparecem na telona. “Tony e Maria, nosso Romeu e Julieta, se distanciam dos outros jovens por seu amor, por isso tentamos colocá-las ainda mais distante por sua língua, suas músicas, seu movimento”, explicou o roteirista do musical da Broadway (que inspira o filme) Arthur Laurents, em 1957, ao New York Herald Tribune.

2, 3 4. My Fair Lady (1964), Uma linda mulher (1990) e Ela é Demais (1999)


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Inspirados por: Pigmaleão, de George Bernard Shaw
O conto remete à Roma Antiga: na mitologia, o escultor Pigmaleão entrou em uma cilada – se apaixonou pela estátua que esculpiu ao tentar reproduzir uma ideia de mulher ideal. #climão Foi inspirado neste conto que, em 1913, George Bernard Shaw escreveu a peça teatral que conta a história de Eliza Doolittle, mendiga que vende flores nas ruas escuras de Londres até conhecer Henry Higgins, culto professor de fonética que, ouvindo o horrível sotaque da garota, aposta com um amigo que é capaz de transformá-la em uma dama da alta sociedade dentro de 6 meses. Você já pode imaginar como termina esta história.
A peça teatral foi transposta para os cinemas em 1964, no filme My Fair Lady, que trouxe Audrey Hepburn no papel da humilde Eliza, mas também inspirou adaptações “menos convencionais”:Uma Linda Mulher, filme de 1990 que trouxe Julia Roberts na pele da prostituta que conquista o coração do empresário vivido por Richard Gere; e Ela é demais, filme teen de 1999 que tinha Freddie Prinze Jr. no papel da estrela do time de futebol do ensino médio que aceita a aposta de transformar uma garota desajeitada e impopular em queridinha do colégio.


5. Grandes Esperanças (1998)


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Inspirado por: Grandes Esperanças, de Charles Dickens
Diferentemente das outras releituras desta lista, aqui filme e livro têm o mesmo nome. Mas, caso você tenha assistido despretensiosamente ao filme dirigido por Afonso Cuarón em 1998, pode nem ter percebido que ele é inspirado no clássico escrito por Charles Dickens em 1861. Isso porque mais de um século – e um oceano – separam as duas versões do conto. 

Esqueça a Inglaterra pobre tão marcada nos livros do britânico (como não se lembrar do prato de fome de Oliver Twist?): o filme do diretor de E sua mãe também… Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban transporta os personagens para a Nova York dos anos 1990, um universo tingido pelo verde da esperança de um amor que perdura décadas. No longa, o apaixonado Pip foi rebatizado como Finn e é vivido por Ethan Hawke; já a fria Estella é encarnada por Gwyneth Paltrow.
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6 e 7. Feito Cães e Gatos (1996) e Correndo Atrás (2000)


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Inspirados por: Cyrano de Bergerac, peça de Edmond Rostand
Escrita em 1897 pelo francês Edmond Rostand, a peça Cyrano de Bergerac conta a história do personagem-título, um herói romântico que nutre uma paixão secreta por sua prima distante, a bela Roxane. Apesar de seus muitos talentos como duelista, músico e poeta, Cyrano acredita que sua aparência o impossibilitaria de conquistar o afeto de sua amada. 

Quando Roxane se apaixona pelo atraente, mas pouco eloquente Christian, o herói acaba sendo colocado em uma difícil situação: respondendo ao pedido de seu amigo, é Cyrano que escreve as cartas que Christian envia para Roxane, que (é claro!) se apaixona pelas doces palavras do amante. A trama perfeita para uma comédia romântica, não é mesmo? Os roteiristas de Hollywood certamente acharam que sim.
No final da década de 1990, dois filmes inspirados pela peça chegaram aos cinemas: Feito Cães e Gatos (1996) e Correndo Atrás (2000). No primeiro, Abby é uma veterinária com problemas de autoestima que apresenta um programa de rádio voltado para donos de animais de estimação; quando um ouvinte a convida para sair, Abby decide pedir a Noelle, sua amiga e modelo profissional, que a “substitua” no encontro. Uma receita para o desastre. Já em Correndo Atrás, a clássica peça vai parar nos corredores de um colégio e o “Cyrano moderno” é Ryan, o nerd apaixonado pela garota mais popular da escola, que busca a ajuda da estrela do time de futebol para conquistá-la.

8. O Diário de Bridget Jones (2001)
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Inspirado por: Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
A atrapalhada Bridget Jones e tempestiva Elizabeth Bennet não viveram na mesma época (e nem mesmo no mesmo livro), mas ambas têm um caso de ódio e amor com um Sr. Darcy. Não é apenas uma coincidência. Ao escrever O Diário de Bridget Jones, livro que inspirou a adaptação cinematográfica de mesmo nome em 2001, a autora Helen Fielding se inspirou em Fitzwilliam Darcy, personagem de Orgulho e Preconceito, para criar Mark Darcy – personagem vivido nos cinemas por Colin Firth. A autora também se inspirou na obra escrita em 1813 por Jane Austen para criar outras situações do romance contemporâneo: em ambas as histórias, uma série de enganos e mentiras faz com que as mocinhas desprezem Darcy, que demora (até ser quase tarde demais) para desfazer os mal entendidos que impedem o romance.

Fonte: Super Interessante

terça-feira, 26 de novembro de 2013

9 livros que mudaram o mundo

Desde o nascimento da civilização, os seres humanos têm registrado seus pensamentos em paredes, pedras, papiros, e nos famosos livros. E volta e meia, alguns livros causam abalos nas leis sociais reinantes, modificando o pensamento de muitos. Hoje, ainda há a possibilidade de não precisar comprar o livro, já que muitos clássicos estão disponíveis gratuitamente na internet!


Essa não é uma lista no estilo 1001 livros, que vai abarcar todas as fases do mundo da literatura e do pensamento. É só uma lembrança de alguns títulos, e espero que nos comentários cada um lembre também daqueles que mudaram a sua vida!

1 – A República, de Platão


 


Os gregos têm seu lugar reservado na história. E quando não estavam passeando por aí enrolados em lençóis, praticando sexo com os anciões ou guerreando, exploravam a filosofia, a natureza e a sociedade. E o incrível é a simplicidade: Platão sublinhou conceitos morais e sociais apenas com diálogos entre seus contemporâneos. E podem apostar, as ideias dele estão por aí até hoje.

2 – O Kama Sutra, de Vatsyayana

 


O primeiro livro de “sacanagem” da história. O texto Hindi foi um dos primeiros guias para os casais atingirem o prazer máximo. O livro descreve 64 práticas sexuais diferentes (as fotos só foram inseridas depois, infelizmente). Quer saber o mais incrível? Dizem que Vatsyayana seguia a castidade, mas através de muita meditação atingiu um conhecimento profundo da natureza humana. O que o livro influenciou? Não preciso nem dizer.

3 – Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, por Sir Isaac Newton


 


Com esse livro, um tanto complexo para aqueles sem bases nesse tipo de conhecimento, Newton revolucionou completamente todas as ciências da época. Aqui estão os três princípios básicos da mecânica, que provavelmente você estuda ou estudou na sua vida: o da inércia, da dinâmica e da ação e reação.

4 – Senso Comum, de Thomas Paine

      


Talvez não tão conhecido por aqui, mas muito famoso nos Estados Unidos. Na época dos reis e da colonização britânica, Paine começou a falar abertamente sobre liberdade e tirania. O resto você já sabe. Porque é radical? Junto com outros autores rebeldes, como Henry David Thoreau (não necessariamente envolvido nesse caso, mas por semelhança de ideal), convenceu o “João” comum da sociedade de que a Independência é uma boa ideia, dando espaço para a Revolução Americana.

5 – Folhas de Relva, de Walt Whitman

       


Considerado um dos expoentes da poesia, Whitman foi importantíssimo para quebrar barreiras desse estilo: ele tirou a poesia da academia, trazendo uma linguagem mais próxima de todos. Ele também uniu o romantismo e o realismo, gerando uma poesia livre. Influenciou muita gente, desde os Beatnicks até os poetas atuais.

6 – A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells

      

Escrito há mais de um século, esse livro deu origem ao que hoje chamamos de ficção científica. Wells influenciou uma geração inteira, contaminando a mente de crianças que passaram a sonhar em serem cientistas, astronautas e coisas do gênero. Ah, e também influenciou o Tom Cruise.

7 – A Reivindicação dos Direitos da Mulher, de Mary Wollstonecraft


         


Essa obra, lançada no fim do século 18, num muito período turbulento da Revolução Francesa e dos ideais de liberdade do homem, formou a base do começo do feminismo. Nela, Wollstonecraft afirma que a mulher precisa ter direito a educação para sair de sua condição inferior, e condena o casamento como escravidão disfarçada. Por foi marcante? Deu ideias para acabar com a sociedade patriarcal.

8 – A Origem das Espécies, de Charles Darwin

       


Em um época onde o ateísmo está crescendo muito, esse provavelmente ainda é o livro de cabeceira de muitos cientistas e pensadores. Na época de Darwin todas as religiões eram criacionistas, e o livro de Darwin um de seus mais terríveis ‘inimigos’ já que deu base inequívoca sobre como os organismos evoluem para se transformarem em outros. Termos tão usados atualmente, como Seleção Natural, devem muito ao barbudo Darwin. Com certeza, um dos maiores livros científicos da história.

9 – Pé na Estrada, de Jack Kerouac

 

Saindo um pouco da ciência, e voltando à literatura, esse é um clássico marcador de uma geração. Ainda lido por muitos “alternativos”, “On The Road”, no original, foi o livro base da geração Beatnick, das décadas de 50 e 60 dos Estados Unidos. Essa geração marcou o começo de uma contra cultura que lança suas ideias até hoje. Além de toda a importância histórica, o livro ainda foi escrito de uma maneira completamente radical, em apenas três dias.