As promessas de horas prolongadas de hálito fresco podem levantar
dúvidas: os antissépticos bucais conseguem, de fato, combater o mau
hálito? De acordo com estudo recente, a resposta é “sim”.
Para entender como esses produtos podem ajudar, é importante conhecer
o que está por trás do mau hálito, formalmente conhecido como halitose.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Halitose, o
problema atinge cerca de 30% da população brasileira e, embora não seja
uma doença propriamente dita, pode ser sinal de algum problema de saúde
(como gengivite).
O odor desagradável é produzido por bactérias que se alimentam de
restos de alimento presos na língua e entre os dentes. Elas liberam,
entre outras substâncias, sulfureto de hidrogênio, o mesmo que está por
trás do mau cheiro de ovos podres.
Embora escovar bem os dentes e usar fio dental ajude, nem sempre é o
bastante, em especial porque é a língua o principal “reservatório” de
bactérias. E estudos anteriores mostraram que escovar a língua tem um
efeito bastante limitado no combate à halitose.
Os enxaguantes bucais podem combater o problema por duas vias:
matando as bactérias ou camuflando/neutralizando o odor. “Nós vimos que
antissépticos bucais, bem como aqueles que neutralizam odores, são de
fato muito bons para controlar mau hálito”, destaca o pesquisador Zbys
Fedorowicz.
Contudo, ele também fez uma pequena ressalva: produtos que contêm
gluconato de clorexidina podem manchar (temporariamente, mas de modo
visível) a língua e os dentes. “Você pode remover um pouco com
escovação, mas entre os dentes, onde a escova não alcança, é bastante
aderente”, diz. O efeito é parecido com o amarelamento causado por
tabaco.
Agora, se os enxaguantes têm efeitos que duram doze horas ou mais, já é outra história.
Fonte: Hypescience.
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