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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Enxaguantes bucais realmente funcionam?

As promessas de horas prolongadas de hálito fresco podem levantar dúvidas: os antissépticos bucais conseguem, de fato, combater o mau hálito? De acordo com estudo recente, a resposta é “sim”.


Para entender como esses produtos podem ajudar, é importante conhecer o que está por trás do mau hálito, formalmente conhecido como halitose. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Halitose, o problema atinge cerca de 30% da população brasileira e, embora não seja uma doença propriamente dita, pode ser sinal de algum problema de saúde (como gengivite).

O odor desagradável é produzido por bactérias que se alimentam de restos de alimento presos na língua e entre os dentes. Elas liberam, entre outras substâncias, sulfureto de hidrogênio, o mesmo que está por trás do mau cheiro de ovos podres.

Embora escovar bem os dentes e usar fio dental ajude, nem sempre é o bastante, em especial porque é a língua o principal “reservatório” de bactérias. E estudos anteriores mostraram que escovar a língua tem um efeito bastante limitado no combate à halitose.

Os enxaguantes bucais podem combater o problema por duas vias: matando as bactérias ou camuflando/neutralizando o odor. “Nós vimos que antissépticos bucais, bem como aqueles que neutralizam odores, são de fato muito bons para controlar mau hálito”, destaca o pesquisador Zbys Fedorowicz.

Contudo, ele também fez uma pequena ressalva: produtos que contêm gluconato de clorexidina podem manchar (temporariamente, mas de modo visível) a língua e os dentes. “Você pode remover um pouco com escovação, mas entre os dentes, onde a escova não alcança, é bastante aderente”, diz. O efeito é parecido com o amarelamento causado por tabaco.

Agora, se os enxaguantes têm efeitos que duram doze horas ou mais, já é outra história.

Fonte: Hypescience.