O estudo foi feito com 6.476 estagiários e mostrou que aqueles que receberam treinamento baseado em jogos possuem habilidades 14% maiores em relação aos que não tinham essa prática. Além disso, o grau de conhecimento factual foi 11% superior e o de retenção 9%.
De acordo com Eline Kullock, presidente do Grupo Foco e especialista em recursos humanos e geração Y, os games são uma rica fonte de estímulo para a criatividade e inovação dos profissionais, já que nos jogos é preciso raciocinar estrategicamente.
“Os jogos ajudam os profissionais a aumentar a capacidade de tomar decisões rapidamente. As corporações estão exigindo cada vez mais essa habilidade, em especial, daqueles que trabalham sob pressão”, diz.
Para ela, os videogames vão além da diversão e influenciam diretamente no comportamento dos colaboradores. ”Quando você joga, desenvolve a organização de ações que precisa realizar para conquistar seus objetivos, além de elaborar facilmente as estratégias e a visão sobre a melhor maneira de resolver uma situação-problema.”
Problemas não são resolvidos com um simples “restart”
Apesar das vantagens proporcionadas pelo videogame, Kullock explica que o método de tentativa e erro adotado nos jogos é comumente usado no cotidiano profissional.“A geração Y, que é o maior público jogador, tem o costume de achar que em todas as situações, inclusive nas empresas, é possível dar um “restart” em alguma atividade que não tenha saído como o esperado”, diz.
Para a especialista, existe um risco de que esses profissionais passem a acreditar, mesmo que superficialmente, que a experiência de erro pode não trazer consequências graves porque a solução seria simplesmente recomeçar.
Games também podem selecionar profissional
Os jogos de videogame também podem ser usados como ferramenta de recrutamento e seleção de candidatos para vagas de emprego.A PromonLogicallis, empresa que atua na área de TI que está com inscrições abertas para programa de estágio, utiliza no processo seletivo um jogo social para atrair jovens talentos. Trata-se de um simulador de ambiente de negócios que funciona como uma etapa paralela.
De acordo com Tânia Casa, diretora de relações humanas, o candidato é estimulado a decidir os rumos de um projeto, com situações que avaliam habilidades comportamentais, capacidade de alocação de recursos, disposição para assumir riscos, trabalho em equipe, inovação e espírito empreendedor.
“Uma vez que compreendemos que a geração Y é o perfil de profissional e consumidor do mercado de hoje, decidimos mudar o nosso protocolo de comunicação para atrair e reter as pessoas com as competências que procuramos”, diz a diretora.
Fonte: UOL Economia
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