10. A cor vermelha retarda sua percepção do tempo
Você se lembra do primeiro filme “Matrix”? Lembra o quão empolgados todos nós ficamos quando vimos a cena em câmera lenta pela primeira vez? Bem, tente lidar com essa informação: tudo que você precisa fazer para experimentar a sua própria versão barata disso é olhar para a cor vermelha.
Em 2011, um grupo de cientistas em Londres aproveitou o número absurdo de visitantes do Museu da Ciência para organizar um experimento de grande escala bizarro. Ao banhar as pessoas em luzes de cores diferentes e lhes pedir para informar sobre quanto tempo eles sentiram que tinha passado, os pesquisadores descobriram que um minuto dura mais tempo quando o mundo é vermelho. Especificamente, eles descobriram que dura uma média de 11 segundos a mais.
De acordo com o autor do estudo, o vermelho nos faz bastante conscientes do nosso ambiente. Esta hiperconsciência significa que o nosso cérebro é inundado com detalhes, que por sua vez fazem com que o tempo pareça abrandar. Você pode não ser capaz de desviar de balas, mas pelo menos tem um acréscimo de 11 segundos para se perguntar por que você está sendo alvo de tiros.
9. Música pode afetar a satisfação que você sente ao comer
Você já foi a um de seus restaurantes favoritos, mas acabou achando que a comida estava com um gosto inexplicavelmente terrível? Seu instinto natural foi, provavelmente, culpar o chef, mas há outra possibilidade: o gerente pode ter simplesmente tocado o tipo errado de música.
Em 2012, pesquisadores do estado norte-americano de Illinois dividiram um restaurante fast food em duas seções. Em uma seção tocava música suave, com pouca luz, enquanto a outra parte foi deixada como eles encontraram. Eles então monitoraram os hábitos alimentares dos clientes em ambas as seções e em seguida pediram que eles avaliassem o quanto apreciaram a comida. Os clientes sentados na seção da calmaria comeram menos de sua refeição e relataram ter gostado muito mais. Por outro lado, os da seção “normal” acharam que os pratos não estavam tão bons e comeram menos. Então, da próxima vez que você decidir que odeia um restaurante, preste atenção na música do ambiente. Ela pode ter um impacto maior do que você pensa.
8. Estresse muda quem você acha atraente
Algumas pessoas gostam de loiras, outros preferem as morenas, mas todos podemos concordar que a maioria de nós provavelmente tem um “tipo” que procuramos em um parceiro. Se você já se perguntou por que sente atração por esta subparcela da população, provavelmente assumiu que tem a ver com a natureza ou o instinto. Porém, isso está errado. O que acontece de fato é que a escolha de quem nós gostamos pode vir a ser pouco mais do que quão estressados nós estamos.
Em 2012, um grupo de pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, decidiu praticar alguma crueldade arbitrária, reunindo 81 homens e deixando 40 deles o mais estressado possível. Antes que pudessem romper em lágrimas, os cientistas rapidamente mostraram aos homens 10 fotos de mulheres com peso variando de muito magro para obeso, e pediu que eles avaliassem sua atratividade. Os resultados: era mais provável que o grupo estressado achasse as mulheres mais pesadas mais atraentes em comparação com a metade do grupo que estava descontraído.
Por mais esquisito que uma correlação dessas possa parecer, ela vai de encontro a outras descobertas que sugerem os homens sob pressão se sentem atraídos por mulheres mais gordinhas. Um estudo separado apresentado na revista “Psychology Today” relatou que os homens famintos acham seios grandes mais atraentes do que os homens que acabaram de comer – sugerindo que a coisa toda é uma sobra evolutiva de quando a comida era escassa e “ficar estressado” significava “provavelmente vai morrer de fome”.
7. Controle de natalidade afeta seu olfato
Após esse último tópico dominado por homens, aqui está um exclusivo para as nossas leitoras. Se você está tomando a pílula anticoncepcional, há uma chance muito boa que ela esteja alterando o seu olfato.
Algum tempo atrás, pesquisadores na Itália decidiram monitorar como o ciclo menstrual afetava o olfato feminino. Ao testar a sua capacidade de detectar cheiros em seis pontos diferentes ao longo do mês, eles descobriram que a maioria das mulheres se torna incrivelmente sensível ao odor durante a ovulação – a não ser aquelas que estavam tomando pílula. Após três meses de uso de anticoncepcionais, os indivíduos do sexo feminino não eram capazes de detectar aromas sutis no seu momento mais fértil.
E aqui está o mais importante: acredita-se que esses aromas sutis podem determinar quem você acha atraente e mudá-los pode mudar também a sua percepção de como você é atraído para um parceiro. Então, da próxima vez que você vir a si mesma acordando ao lado de um homem menos-que-ideal, se arrependendo e se perguntando como você entrou nessa situação, culpe a pílula.
6. Horário de verão o transforma em um mau trabalhador
Quantos de vocês estão lendo isso enquanto deveriam estar trabalhando? Não se preocupe, todo mundo faz isso. E aqui está a boa notícia: você tem uma desculpa. O simples ato de mudar o seu relógio uma hora para frente ou para trás pode torná-lo mais propenso a perder tempo na internet durante o horário de trabalho.
Pesquisadores de todo o mundo estudaram recentemente o equivalente a seis anos de dados do Google para descobrir o que as pessoas estavam procurando em um determinado dia. Eles descobriram que na segunda-feira após uma mudança de horário, o número de pessoas à procura de sites de entretenimento disparava. E, enquanto alguns desses usuários estavam, sem dúvida, navegando de casa, você não pode ignorar que vários estavam no escritório.
De acordo com os autores do estudo, esta variação no comportamento provavelmente se deve ao cansaço, que afeta o autocontrole das pessoas. Em uma experiência separada, a mesma equipe descobriu que os indivíduos passaram 8,4 minutos extras navegando através de artigos para cada hora de sono perdido na noite anterior.
5. Pensar sobre o dinheiro pode afetar sua moral
Cada um de nós gosta de pensar que somos pessoas morais. Bem, acontece que apenas o pensamento de dinheiro pode levar você a tomar decisões moralmente falidas.
No ano passado, um grupo de pesquisadores das Universidades de Harvard e Utah (ambas dos EUA) realizou um experimento envolvendo jogos de palavras seguidas de atividades relacionadas a negócios. Durante a rodada de jogos, um número de indivíduos foi inconscientemente exposto a palavras relacionados com dinheiro, enquanto o resto ouviu frases “neutras”. Então, todos tiveram que tomar decisões de negócios com um componente moral. Quer adivinhar o que aconteceu?
Aqueles que tinham sido expostos a palavras relacionadas ao dinheiro – como “custo”, “gastar” ou “comprar” -, abandonaram alegremente sua moral em favor de mentiras e enganos, mesmo quando isso não lhes dava vantagem alguma. O simples pensamento de dinheiro, removido de qualquer contexto, era aparentemente o suficiente para lançar sua bússola moral fora de sintonia, na medida em que o comportamento antiético como mentir parecia facilmente justificável.
4. Café pode torná-lo menos suicida
Todos nós já tivemos dias em que nos sentimos como se o mundo fosse um lugar frio e assustador. Para algumas pessoas, esses dias parecem intermináveis e pode parecer que só há uma saída. Contudo, de acordo com pesquisadores de Harvard, pode haver uma maneira absurdamente fácil de mudar a sua percepção negativa do mundo: basta beber uma xícara de café.
Em um estudo gigantesco que acompanhou cerca de 200 mil pessoas ao longo de 20 anos, os pesquisadores acompanharam as taxas de suicídio entre aqueles que beberam ou não café em uma base regular. Estranhamente, eles descobriram que aqueles que consumiam ao menos um único copo por dia tiveram seu risco de suicídio reduzido em cerca de 50%. E isso parece estar intimamente ligado à cafeína – ao invés de qualquer outra coisa que podemos encontrar no café. Tanto é que as pessoas que optaram pela bebida descafeinada estavam exatamente no mesmo barco que aqueles que ficaram longe do café completamente.
A teoria é que a cafeína age como um antidepressivo leve, pois aumenta a produção dos neurotransmissores do cérebro. Mas aqui está o problema: tomar café demais é pior para você. O ponto ideal é entre duas e quatro xícaras por dia. Um estudo finlandês separado deste primeiro concluiu que beber oito ou mais xícaras aumenta o risco de automutilação e suicídio, o que significa que esta é uma solução milagrosa que definitivamente só funciona com moderação.
3. Assistir TV pode torná-lo mais sexista
Nesta era iluminada de 2014, a maioria de nós provavelmente já descobriu que não é legal cumprimentar as mulheres com assobios e uma piada tosca sobre cozinha. Porém, de acordo com uma recente pesquisa publicada no “Journal of Communication”, cada um de nós está, aparentemente, a apenas um episódio de TV de distância de ser uma versão um pouco mais machista de nós mesmos.
Parece inacreditável, mas assistir a um programa de TV com personagens femininos fracos e em perigo pode fazer que os homens pensem mais negativamente a respeito de mulheres. Para provar isso, os pesquisadores mostraram a um grupo de 150 estudantes um dos três programas: um show de horror, onde um personagem passivo feminino sofria abuso, um episódio da série da “Gilmore Girls” para o grupo de controle ou um episódio de “Buffy, a Caça Vampiros”, que tem um forte liderança feminina. Em seguida, testaram os participantes com perguntas sobre seus pontos de vista sobre o papel dos homens e das mulheres.
Como você deve ter adivinhado, eles descobriram que aqueles que tinham visto a mulher passiva sendo abusada tinham ideias mais negativas sobre mulheres em geral e mais probabilidade de falar alguma bobagem machista do que aqueles que assistiram os outros programas. É incrível o tipo de impacto que a TV pode ter sobre a nossa mentalidade.
2. Fast food pode fazer arte e beleza parecerem chatas
Alguns meses atrás, pesquisadores em Toronto, no Canadá, decidiram testar os efeitos do fast food na nossa capacidade de saborear as coisas boas da vida. Para fazer isso, eles reuniram duas centenas de pessoas e mostraram-lhes algumas fotos de fast food, seguido de algumas fotos maravilhosas da natureza. Eles, então, pediram aos participantes para avaliar quanto prazer extraíram das fotos.
Quase sem exceção, os que tinha visto as imagens de fast food de antemão classificaram sua satisfação como significativamente mais baixa do que aqueles que não tinham. O simples pensamento de um hambúrguer e batatas fritas aparentemente pode diminuir a sua capacidade de apreciar a beleza natural.
Quando os pesquisadores repetiram o experimento com um grupo diferente, usando uma ária de ópera ao invés de imagens artísticas, os resultados foram idênticos. Aqueles que estavam pensando em fast food acharam difícil apreciar a música e estimaram que tinha se passado muito mais tempo do que aqueles que tinham visto apenas fotos “neutras”. De acordo com os autores do estudo, é provável que nossas mentes liguem coisas convenientes (como fast food) com impaciência, o que significa que já não sentimos que temos tempo para coisas intangíveis como mérito artístico.
1. Sua percepção de tempo depende do seu sexo
Lembram de “Te Amarei para Sempre”? O filme choroso é sobre o quão difícil a vida é para um casal que experimenta o tempo de maneiras diferentes, e como isso afeta seu relacionamento. Bem, aqui está algumas curiosidades para você refletir: se você está em um relacionamento, a mesma coisa está acontecendo com você agora – e seu marido não precisa nem mesmo estar viajando no tempo.
Ao longo dos anos, uma série de estudos parece sugerir que homens e mulheres experimentam o tempo de forma diferente. Em 1992, os pesquisadores descobriram que homens e mulheres que ficaram uma sala escura e com poucos ruídos estimaram o tempo passado de maneira muito diferente. Alguns anos mais tarde, um outro estudo descobriu que mulheres em estados de espírito negativos sentiam que o tempo passava mais rápido do que suas contrapartes masculinas. Mal chegamos em nossa era presente e ainda mais estudos parecem confirmar estes achados.
Agora, devemos salientar que a pesquisa nesse campo parece longe de ser conclusiva. Ainda assim, ela levanta algumas questões interessantes – que você e seu parceiro podem muito bem experimentar o tempo em velocidades ligeiramente diferentes, por exemplo.
Fonte: Hypescience.
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