Você Sabia? Pergunte Aqui!: julho 2014

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Cores: 6 fatos que vão mudar o seu jeito de ver o mundo

Quando o assunto são cores, fica aquela sensação de que a gente vai voltar no tempo para a primeira aula da escolinha. Mas, não. As novidades desse artigo começam com o fato de que existem mais fatos sobre cores do que simplesmente classificá-las em cores primárias, cores secundárias ou aprender a falar cores em inglês. Além de deixar nossa visão do mundo muito mais agradável, elas são um campo de estudo extremamente fértil.

Basicamente essa fertilidade toda se dá porque as cores representam uma intersecção bizarramente complicada entre várias áreas de estudo, como a física, a biologia e a psicologia. Constantemente uma área invade a outra, fazendo com que a maior conclusão que qualquer um possa tirar é que as cores são muito mais que os olhos podem ver. Pronto para se surpreender e concluir isso também?

6. O azul e o verde são a mesma cor para muitas culturas


Parece uma ideia inconcebível, não é? Mas olha só esses dois semáforos. Os dois são japoneses. O primeiro parece normal, mas o segundo…

Bom, ao invés de verde, a luz é azul. Acontece que a palavra japonesa “ao” é usada para descrever os dois tons, tanto o azul quanto o verde, e assim, historicamente, os japoneses realmente não desenvolveram uma distinção entre as cores. Na verdade, o mundo está cheio de línguas que não têm palavras para descrever as cores primárias, e sem uma palavra para descrever essas cores, fica muito mais difícil para os falantes dessas línguas distinguirem umas das outras quando se deparam com elas.

5. Há um tom de marrom feito de pessoas


Nós muitas vezes não paramos para pensar de onde todas as cores que conhecemos vêm, como passamos a viver em um mundo que é muito mais brilhante do que a terra marrom (e, convenhamos, monótona) em que nossos antepassados ​​primatas viveram. Já pensou que chato um mundo sem cores néon?

Mas, apesar de não fazerem parte dos olhos humanos desde sempre, as cores já existiam na natureza desde que o mundo é mundo. Afinal, os pigmentos são feitos a partir de uma variedade de matérias-primas que incluem desde minerais a plantas e até corpos esmagados de insectos. Tudo é uma questão da mistura que aprendemos a fazer com essas coisas.

E falando em mistura… Aqui vai um fato bizarro. Em um tempo remotamente passado, um tom de marrom era especialmente popular: o “marrom múmia”. Era algo como uma sombra marrom, que era feita a partir de múmias mesmo – aqueles corpos enfaixados que ficavam enterrados por um longo período de tempo.

Isso fazia parte de um comércio bizarro de múmias que ocorreu no final da Idade Média, quando múmias do Egito foram exportadas para a Europa para serem usadas para uma variedade de fins medicinais. E uma vez que a etapa de moer seres humanos foi superada, começar a pintar com eles não foi assim um pulo tão grande (ou bizarro).

No início do século 20, alguém concordou comigo e com você, ao inventar o conceito de moralidade, que a prática do uso de múmias para a pintura deveria desaparecer.

4. Nós podemos ver cores que não existem


As cores existem em nossos cérebros e a nossa compreensão delas é inevitavelmente limitada pelas ferramentas que temos para observá-las, ou seja, os nossos olhos. Eles não percebem a luz só como ela realmente existe; os três tipos de cones em nossas retinas respondem a diferentes faixas de comprimentos de onda, e é a combinação de respostas desses cones que faz com que nosso cérebros perceba cores específicas. A forma como o nosso cérebro combina essas respostas não é um processo completamente compreendido, embora tenhamos um bom controle sobre a gama de cores que podemos ver.

Sabendo das limitações de que cores podemos e não podemos ver tornou ainda mais surpreendente o fato de alguns cientistas encontrarem maneiras de enganar os nossos olhos para perceber cores que não existem. As chamadas “cores impossíveis” são as máscaras que deveriam ser impossíveis de perceber sob condições normais de iluminação, e incluem uma cor que existe entre o azul e o amarelo (dica: não é o verde) e algo que existe entre o verde e o vermelho (Natal, talvez?).

Também há a família das chamadas cores quiméricas, que usam a tendência que nossos olhos têm de formar imagens residuais negativas para gerar cores que podem não existir. Estas incluem a sombra impossivelmente azulada de preto com o nome incrível de “azul Stygian”, que você pode ver no gif abaixo, assim que a imagem da caveira desaparece:



3. O universo é bege

Depois dessa, quem deve estar bege é você!

Em uma das muitas noites frias nas montanhas em que passaram trabalhando, um grupo de astrônomos decidiu pegar a luz de todas as estrelas no universo e colocá-las todas juntas em uma caixa para ver qual era a cor do universo. Não havia absolutamente nenhum motivo científico para fazer esse experimento, o que nos faz pensar que era uma diversão alternativa. Coisa de quem tem em mãos uma alta taxa de dados e está querendo passar o tempo.

De qualquer forma, a resposta é bege. O universo é bege.

Os cientistas que fizeram este trabalho eventualmente entraram em acordo sobre o nome que esse tom de bege do universo deveria ter: “latte cósmico” – basicamente porque a cafeína é uma parte muito fundamental a quem estuda astronomia (por motivos óbvios). E quem iria detê-los, não é?

2. Nós devemos tudo ao ciano


O ciano é a cor de uma família de organismos chamados cianobactérias, que você pode não estar ciente, mas são as formas mais importantes de vida na Terra. Muito antes de você vir ao mundo e ser essa beleza toda, as cianobactérias já viviam por aqui e já contavam com um currículo nada menos que incrível.

Primeiro, elas podem fixar o nitrogênio, o que significa retirá-lo do ar e torná-lo disponível para outras formas de vida usarem. Em segundo lugar, a partir de alguns bilhões de anos atrás, as cianobactérias encheram a atmosfera com oxigênio, aquele gás que usamos todos os dias para, bem, viver.

1. Algumas pessoas podem ver 99 milhões de cores a mais que você


Um ser humano normal pode perceber cerca de um milhão de cores diferentes. O que, não sei para você, já me parece muito. Assim, de cabeça, não consigo pensar em uma lista tão longa de cores. Talvez porque nosso idioma não tenha palavras para caracterizar cada uma delas (como enumeramos como possível problema no primeiro item dessa lista).

Mas, algumas pessoas, chamadas tetracromatas, podem ver cerca de 100 milhões de cores. Isso porque elas têm quatro tipos de cones diferentes em seus olhos, e cada um desses cones confere a capacidade de perceber cerca de uma centena de tons. Fazendo o cálculo das possibilidades de combinações, chegamos a essa quantidade inimaginável de tons.

E sabe o que é mais legal de tudo isso? Você pode ser uma dessas pessoas! Para saber se esse é seu caso, clique aqui e faça o teste!

Fonte: Hypescience.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Parar de fumar: 8 mitos que todo mundo acredita

Parar de fumar é um dos maiores desafios da humanidade. De acordo com o famoso Dr. Drauzio Varella, de todas as drogas conhecidas, o tabaco é a que provoca a maior dependência química. Sem ela, o usuário entra em um estado de ansiedade crescente que só passa com uma tragada lenta e profunda.

E por mais que todo mundo saiba que existe uma quantidade ridícula de benefícios associados a parar de fumar, a gente também tem plena consciência de que há uma outra tonelada de equívocos quando se trata de realmente largar desse vício. Então, se você ou alguém que você conhece está preso a um desses mitos, leia esse artigo até o final para acabar de uma vez por todas com essas crenças (e, principalmente, com o hábito de fumar).

Mito 1: cigarros eletrônicos ajudam a parar de fumar


Um novo estudo da Universidade da Califórnia, em San Francisco (Estados Unidos), descobriu que os cigarros eletrônicos não são tão eficazes em ajudar na luta para parar de fumar, como muitos de nós acreditam que são. A revisão de 82 estudos analisou o impacto que os cigarros eletrônicos tiveram sobre os usuários e descobriu que as pessoas que fumaram os “e-cigarros” foram, na verdade, menos propensas a parar de fumar do que pessoas que nunca usaram. Louco, né?

Mito 2: parar de fumar não engorda. Aliás, é bem pelo contrário


Se você não quer parar de fumar porque acha que é o cigarro que está mantendo seu peso, pode se desapegar dessa ideia. Um estudo recente provou que, na verdade, fumar faz com que você ganhe peso. Ou seja: está aí mais um motivo para parar de fumar para sempre. O mito que persiste em rondar nossas cabeças só é verdade se você compensar a falta do cigarro com alimentos não saudáveis​​; daí, as calças vão naturalmente ficar mais apertadas mesmo. Mas esse não tem que necessariamente ser o seu caso. Basta seguir uma dieta balanceada e saudável e parar de procurar desculpas para voltar a fumar, que não tem erro.

Mito 3: parar de fumar custa caro


Não caia nessa ladainha. Tudo bem que investir em adesivos caros e medicamentos para ajudar a acabar com a dependência de nicotina pode sair um pouco caro. Mas se você fizer as contas, verá que eles acabarão se pagando com o dinheiro que você deixará de gastar com cigarros. É como substituir um gasto por outro. Com a diferença de que o gasto do tratamento é finito, ao passo que o gasto com cigarros pode ser tão longo quanto sua não vontade de parar permita.

Mito 4: Narguilé é uma alternativa saudável para cigarros


Pffff. Não vai me dizer que você acredita mesmo nisso? Ou, pior: usa de desculpa para fumar alguma coisa?

Se você é só um “fumante social”, que procura fumar quando está fora da cidade, por exemplo, você pode pensar que o narguilé é uma alternativa saudável para sentir efeitos semelhantes ao do cigarro. Mas não é. Um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos descobriu que fumar narguilé é pelo menos tão tóxico quanto o consumo de cigarros. E, para acabar de uma vez por todas com esse mito, um estudo mais recente da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA), também descobriu que uma noite de narguilé aumenta significativamente a sua exposição a agentes cancerígenos. Caramba. Melhor não, né?

Mito 5: parar de fumar depois de anos não vai melhorar sua saúde


Na verdade, é exatamente o contrário. Nunca é tarde demais para obter os benefícios de não fumar. Depois de apenas um ano sem cigarros, uma pessoa pode reduzir o risco de doenças do coração pela metade. Mas você não precisa esperar todo esse tempo para sentir as melhorias na sua saúde. Aproximadamente 20 minutos após parar de fumar, sua frequência cardíaca e pressão arterial já sofrem uma queda. E apenas 12 horas depois do seu último cigarro, os níveis de monóxido de carbono em seu sangue tendem a se normalizar. Dois a três meses após parar de fumar você também pode aproveitar melhorias em sua função pulmonar e circulação de uma maneira geral.

Mito 6: Você não será capaz de lidar com o estresse sem fumar


Mentira das grandes. Embora muitas pessoas fumem quando estão estressadas​​, estudos mostraram que os não fumantes são menos ansiosos do que os fumantes e fumantes que param são menos ansiosos do que os atuais. Então como esse mito começou? Para Marc L. Steinberg, psiquiatra do vício, quando as pessoas estão acostumadas a lidar com o estresse pelo tabagismo, elas podem se sentir mais ansiosas quando param porque não têm certeza de como lidar com os seus níveis de estresse. Mas veja só: como a nicotina é um estimulante, ela não traz nenhum benefício no sentido de reduzir o estresse. O que pode realmente ser anti-estresse para um fumante durante uma pausa é simplesmente ficar longe de sua mesa ou de uma situação estressante, tendo tempo para limpar sua cabeça.

Mito 7: Você vai perder a criatividade no trabalho


Desde quando o cigarro é sinônimo de criatividade? Bem, não é. Se você fuma para sentir alguma sensação levemente entorpecente antes de começar a trabalhar na parte da manhã, você pode não estar fazendo nenhum favor a si mesmo. Mesmo que você pode sentir (e ter certeza de) que o fumo lhe dá uma vantagem criativa, a verdade é que o tabagismo pode realmente impedir você de trabalhar com o melhor de suas habilidades. De acordo com Steinberg, os fumantes são mais propensos a ficarem doentes com mais frequência, o que reduz a sua produtividade por motivos óbvios. Outra chatice: seu chefe e seus colegas de trabalho podem acabar ficando irritados com a quantidade de pausas que você faz ao longo do dia só para fumar.

Mito 8: Você vai perder seus amigos


Absurdo. Até porque, convenhamos, amigo de verdade é aquele que quer o melhor para você. E todo mundo sabe que o melhor é parar de fumar, seja quais forem as variáveis inclusas. Obviamente você não vai querer ficar a noite inteira de uma saída com seus amigos na área de fumantes, mas, segundo Stenberg, ele nunca teve sequer um paciente que disse ter perdido amigos junto com o hábito de fumar. O que realmente acontece é que tentar parar de fumar quanto você está com amigos que não compartilham da sua vontade é muito mais difícil. Mas, como eu disse, amigo que é amigo sempre dá um jeito de fazer as coisas funcionarem. Tentar evitar situações onde seus amigos vão estar fumando e marcar algum programa que não deixe espaços para cigarros são opções. Não é a tarefa mais fácil do mundo, mas costuma dar certo.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

8 fenômenos climáticos raros que nem parecem reais

Alguns fenômenos climáticos são tão bizarros e/ou raros que é muito difícil de imaginá-los. Sem presenciá-los, mal dá para acreditar que são reais. Mas são. Veja com seus próprios olhos:

1. Eventos luminosos transientes


Conhecidos pela sigla TLE, do inglês “transient luminous events”, eventos luminosos transientes são eletrometeoros caracterizados por emissões ópticas de curta duração e de luminosidade muito menor do que um relâmpago comum. Estes fenômenos ocorrem apenas na alta atmosfera da Terra, na borda do espaço. Eles são geralmente agrupados em: jets (os azuis), sprites (os vermelhos) e elves (os roxos).
Na maior parte do tempo, os fenômenos (que no caso dos elves podem ter até 300 quilômetros de largura) duram menos de um segundo, o que faz com que as pessoas pensem que simplesmente imaginaram o flash de cor no céu. Eles podem, contudo, ser vistos a olho nu durante o dia.

2. Brilho verde


Um brilho verde ou raio verde é um fenômeno óptico raro que geralmente ocorre ao nascer ou ao pôr-do-sol, quando uma pequena mancha verde fica visível por um curto período de tempo acima ou próxima do sol. A mancha geralmente dura apenas alguns segundos a cada vez. Esta ocorrência incrível é causada pela refração da luz na atmosfera. Devido a densidade do ar, a luz solar segue caminhos ligeiramente curvos, na mesma direção que a curvatura da Terra. Maiores frequências de luz (verde, azul) se curvam mais que as menores (laranja, vermelho), sendo que os tons mais quentes se obstruem. Brilhos verdes são reforçados pela inversão atmosférica, que aumenta a densidade gradiente e, por consequência, a refração luminosa.

3. Relâmpago bola


Um raio ou relâmpago globular (popularmente conhecido como relâmpago bola) consiste numa descarga elétrica em forma circular. O fenômeno ainda não foi totalmente explicado pela ciência, mas sabe-se que tem certa estabilidade, geralmente dura apenas alguns segundos e seu tamanho pode variar entre alguns centímetros a um metro. Esse fenômeno extremamente raro só ocorre em circunstâncias ideais, e pode causar grandes danos (como queimar objetos próximos).

4. Pilar de sol


Pilar de sol é um fenômeno óptico que ocorre quando o ar está extremamente gelado durante o nascer ou o pôr-do0sol. Cristais minúsculos de seis lados são formados em nuvens de grandes altitudes, caem para as camadas atmosféricas inferiores e a resistência do ar os alinha com o chão de tal maneira que a luz do sol reflete neles, criando um pilar surpreendente de luzes que se estende para o céu até que o sol finalmente se põe ou se move para fora da posição ideal.

5. Tornado de fogo


Tornados de fogo, também conhecidos como redemoinhos de fogo e demônios de fogo, são tornados induzidos pelo fogo e muitas vezes feitos de chamas. Eles ocorrem quando ar quente encontra ar turbulento. Felizmente, raramente se tornam grandes tornados, são incomuns e normalmente duram cerca de apenas 2 minutos.

6. Halo


Halos se formam em torno do sol e são causados por cristais de gelo sendo refratados pelos raios solares na atmosfera superior. Muitas vezes, mais de um arco ou círculo cerca o sol, formando o que é chamado de “cachorro do sol”. Halos também podem se formar ao redor da lua, ou, em circunstâncias ideais, em estrelas e planetas como Vênus.

7. Miragem


Uma miragem ocorre quando a luz é “dobrada” para produzir uma imagem deslocada de um objeto (frequentemente corpos de água) distante, que muitas vezes parece estar flutuando um pouco acima do horizonte. O fenômeno é um tipo de ilusão de ótica, que normalmente aparece acima de superfícies quentes (daí a ligação entre miragens e desertos). Ao contrário de uma alucinação, a miragem realmente “existe” e pode ser capturada em câmera, embora seja um truque da luz e dos olhos.

8. Arco-íris lunar


Arco-íris lunar ou arco lunar é um arco-íris que ocorre por conta da refração da luz, assim como um arco-íris “normal” (que é formado pelo resultado de uma refração da luz do sol). Mas, no caso do lunar, ele é causado não pela luz direta do sol, mas sim por aquela que é refletida pela lua. Além disso, ele é mais difícil de se observar porque são necessárias algumas condições para se formar: a época mais favorável é na lua cheia, particularmente antes e depois da fase minguante, e se essa lua estiver em baixa altitude no céu.

Fonte: Hypescience.