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quarta-feira, 14 de maio de 2014

10 fatos profundamente deprimentes sobre bullying

Você já se sentiu intimidado na escola? Nos Estados Unidos, as chances são de que quase todos os adultos tenham experimentado isso em algum momento da vida: cerca de 80% de todas as crianças norte-americanas contam terem sido assediadas por seus pares. Já no caso do Brasil, os números não são tão alarmantes, mas ainda são dignos de atenção.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) 2012, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 7,2% dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental afirmaram que sempre ou quase sempre se sentiram humilhados por provocações dentro da escola, e 20,8% praticaram algum tipo de bullying contra os colegas nos 30 dias anteriores a pesquisa. A grande diferença entre os números aponta que este tipo de ação é normalmente realizada em grupo, geralmente contra uma única pessoa.

Porém, o bullying moderno vai muito além de ficar chateado na escola:

10. Ele destrói suas futuras perspectivas de emprego


A velha visão da escola padrão diz que o bullying é uma “parte natural do crescimento”, algo que deixamos para trás quando nós chegamos à vida adulta e ao mundo do trabalho. Contudo, uma pesquisa sugere que não só isto é falso, mas também que sofrer bullying pode garantir que a vítima nunca sequer comece a trabalhar.

Em 2013, um grupo de pesquisadores decidiu conferir o que alguns jovens adultos que tinham sido incluídos em um estudo de bullying uma década e meia atrás estavam fazendo da vida. Em seus vinte e poucos anos, o grupo cresceu e aparentemente mudou. Entretanto, quando os médicos responsáveis pelo estudo foram um pouco mais fundo, encontraram alguns resultados chocantes. Aqueles que tinham sido vítimas de bullying no Ensino Médio eram quase duas vezes menos propensos a manter um emprego do que aqueles que não foram intimidados.

Sem nenhuma surpresa, isso teve um efeito dominó sobre as finanças das vítimas. Os indivíduos que tinham sofrido bullying eram muito mais propensos a viver em situação de pobreza e fazer más decisões financeiras. A cereja desse bolo deprimente é que eles também tendem a sofrer de problemas de saúde, levando a dívidas crescentes.

9. Danifica a sua saúde mental


Quantos de vocês ainda lembram dos piores momentos de sua infância? Aquele vez em que você molhou as calças quando estava velho demais ou quando foi completamente humilhado por um professor arrogante? Agora imagine ter esse sentimento em relação a toda a sua infância. Seria destruidor, certo?

Se levarmos em conta pesquisas recentes, a resposta é um sonoro “sim”. Como outra etapa do estudo que citamos anteriormente, os pesquisadores observaram os efeitos em saúde mental a longo prazo do bullying na infância. Adultos que foram intimidados na escola sofreram níveis incapacitantes de ansiedade e agorafobia, além de serem propensos a graves ataques de pânico. Enquanto isso, aqueles que responderam ao bullying tornando-se bullies também eram propensos a depressões terríveis e sentimentos de pânico. Em suma, a crueldade que tinha acontecido até 15 anos antes ainda estava causando estragos na vida das suas vítimas.

8. Pode colocar você em problemas com a lei


Não é nenhum segredo que o bullying às vezes foge tanto ao controle que as autoridades são chamadas para lidar com o caso. Contudo, embora possamos esperar que os valentões passem por encontros negativos com a lei, surpreendentemente, suas vítimas muitas vezes experimentam a mesma coisa.

De acordo com vários estudos, ser intimidado a longo prazo quando criança aumenta suas chances de ser preso. Um estudo estimou que quase um quarto de todas as crianças que sofrem bullying vão acabar em uma cela em algum momento.

O problema é que a infância tardia e início da adolescência são os momentos em que estamos destinados a aprender habilidades sociais e como ser parte da sociedade. Se gastarmos todo esse tempo apanhando e ouvindo ofensas, se juntar à sociedade já não parece uma conquista desejável. Crianças que são maltratadas a longo prazo se fecham. Elas se desconectam do mundo à sua volta e se tornam tristes, irritadas e amargas. Toda essa a raiva e amargura tendem a sair quando chegam à idade adulta, resultando em brigas, pequenos crimes e até mesmo algum tempo na prisão.

7. Afeta toda a economia


Não são apenas aqueles que foram vítimas deste tipo de intimidação que têm de viver com as consequências dela. De acordo com pesquisas recentes, o bullying afeta a todos nós, quer estejamos envolvidos ou não. Nos EUA, a violência juvenil custa à economia US$ 158 bilhões dólares a cada ano.

Este valor foi encontrado pela Plan International, uma instituição de caridade dedicada aos direitos das crianças. Eles calcularam o dinheiro público desperdiçado por crianças assustadas não indo à escola e ganhos futuros perdidos para aqueles que abandonam os estudos para escapar de seus agressores. A instituição ainda ressalta que esta é apenas uma estimativa: o número real é provavelmente muito maior. Isso significa que os Estados Unidos perdem quase o dobro do orçamento da educação federal, anualmente, para o bullying.

6. Aumenta a violência sexual


A maioria de nós consideraria o bullying na infância e a violência sexual na adolescência coisas completamente diferentes. Contudo, um estudo conjunto entre o Centro de Controle de Doenças e a Universidade de Illinois (ambos dos EUA) diz o contrário. De acordo com a pesquisa, há uma diversas evidências de uma relação entre violência sexual e bullying.

No estudo, foram considerados “violência sexual” atos como puxar roupas tentando expor alguma parte do corpo, assim como apalpar ou segurar genitais. Felizmente, apenas uma pequena minoria das crianças parecia sair do bullying para avançar para qualquer uma dessas coisas. Mas os pesquisadores também observaram que os problemas pioram à medida que as crianças ficam mais velhas, culminando em coisas bem mais sérias. Os valentões às vezes “transplantam” seus impulsos sexuais em suas vítimas, enquanto alguns meninos (desta vez, que foram vítimas do bullying) ficam tão assustados com a ideia de serem gays que assediam sexualmente meninas para provar sua heterossexualidade.

5. Nos torna suscetíveis ao suicídio


Estudos afirmam que adolescentes que sofrem com gozações são cerca de 2,5 vezes mais propensos a tentar se matar. Entretanto, o que é menos conhecido é que este risco permanece com você ao longo da vida. Em 2007, um estudo britânico descobriu que adultos que tinham sido vítimas de bullying na escola eram duas vezes mais propensos a tentar o suicídio na vida adulta.

O estudo incluiu mais de 7 mil pessoas, indo desde jovens adultos até idosos. A pesquisa foi especificamente controlada para outros fatores, como abuso sexual na infância, pais violentos e adolescentes que fugiram de casa. No entanto, os autores concluíram que o bullying por si só poderia causar um aumento significativo no risco de suicídio enquanto adultos.

Em essência, o bullying fica com você. E o que parece ser um pouco de diversão inofensiva na escola poderia, na realidade, ser uma sentença de morte a longo prazo.

4. Prejudica todos os envolvidos


Até agora, focamos principalmente na bagagem à qual as vítimas ficam presas ao longo da vida, porém os próprios bullies também podem sofrer.

Em quase todos os índices importantes, os valentões se saem tão mal quanto ou ainda pior do que suas vítimas. Eles são mais propensos a se envolver em comportamentos de risco, ter resultados financeiros negativos e sofrer com problemas sociais quando adultos. O único ponto em que eles vão melhor do que as suas vítimas é na saúde e, mesmo assim, o resultado é pior do que aqueles que nunca se envolveram com bullying.

Então, o que está acontecendo? Este é apenas um sintoma do clássico caso do valentão sofredor, no qual uma criança desconta sua dor interior violentando outras? Talvez. Mas estudos têm mostrado que muitas crianças normais, sem problemas sérios, também se tornam bullies. Inacreditavelmente, pode ser que o simples ato de praticar o bullying mexe com o autor da violência, tanto quanto com a vítima.

3. Nós não podemos resolvê-lo


Nesse momento, você deve estar se sentindo um pouco deprimido. No entanto, pelo menos há um raio de luz no final do túnel. É só colocar dinheiro suficiente em campanhas anti-bullying e tudo vai ser resolvido, certo? Bem, desculpe desapontá-lo ainda mais, mas a Universidade de Arlington (EUA) diz o contrário.

Em um estudo publicado no “Journal of Criminology”, os pesquisadores examinaram mais de 7 mil crianças em 195 escolas diferentes, com e sem programas anti-bullying. As escolas com procedimentos de prevenção ao bullying apresentavam maiores taxas de bullying do que aquelas sem. De acordo com os autores do estudo, coisas como “semana anti-bullying” não apenas despertam as crianças para o conceito de implicar com os outros, mas também involuntariamente lhes dão informações sobre como se esquivar do castigo depois.

Porém, nem toda a esperança está perdida. Os pesquisadores sugerem que programas mais sofisticados poderiam ajudar a identificar a dinâmica valentão-vítima e criar políticas de prevenção sob medida. Contudo, a não ser que um monte de pessoas estejam dispostas a dar muito dinheiro para estes projetos, eles provavelmente nunca sairão do papel.

  

2. Crianças recompensam os seus agressores


Se nós, adultos, somos impotentes para ajudar as crianças vítimas de bullying, é tentador pensar que talvez os nossos próprios filhos possam fazer a diferença. Só espere sentado: um estudo recente da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA) revelou que, quanto mais praticam bullying, mais populares as crianças do ensino fundamental ficam.

Isso cria um problema enorme para os ativistas. Se as crianças associam ser um valentão a ser o mais legal da sala e resistir ao bullying com apanhar e perder seu lanche, então elas sempre vão ficar do lado dos valentões. Na verdade, apenas 2% das crianças universalmente adoradas em qualquer série e 2% de crianças universalmente desprezadas parecem imunes à necessidade de intimidar, de acordo com o estudo. Para todos os outros, agir como um idiota total é uma fórmula garantida de escada social.

1. É da natureza humana


Toda sociedade na história da humanidade teve valentões, de uma forma ou de outra. Se você quer colocar a culpa em algo, não precisa ir além da evolução.

O bullying existe em todo o reino animal e, em primatas, tem uma função muito específica. Os chimpanzés ou macacos que não conseguem obedecer a uma dinâmica de grupo podem colocar em perigo todos à sua volta – ou pelo menos tornar o grupo menos eficaz em sobreviver. Então, um pouco de bullying pode manter os primatas rebeldes na linha.

Os seres humanos não precisam mais da estrita conformidade e total cooperação para sobreviver, mas a nossa vontade de zoar os outros permanece. A coisa toda é nada mais do que um retrocesso, um apêndice séptico envenenando todo o corpo da humanidade. E nós estamos presos a ele.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

9 acidentes comuns que podem acontecer com crianças



Em um mundo feito por adultos e para adultos, as crianças têm chances às vezes inesperadas de se machucar. A maioria de nós não está acostumada a olhar para um ambiente e ver ameaças aos pequenos, como uma televisão precariamente equilibrada, ou mesmo um balde de água.

Com as desastrosas possibilidades de uma distração dos pais, e considerando que não é possível supervisionar crianças 100% do tempo, é importante saber quando é seguro virar as costas por um minuto, e quando é preciso ficar atento.

Veja aqui nove maneiras como as crianças se machucam, incluindo algumas que mesmo os pais mais conscientes jamais imaginariam que poderia trazer dano às crianças.

9. Brinquedos infláveis de pular




São bastante populares os brinquedos infláveis, em que várias crianças se reúnem para brincar e pular bastante. E eles também tem seus perigos. Um periódico de pediatria apontou que aproximadamente 65.000 crianças se machucaram nestes brinquedos entre 1990 e 2010 nos Estados Unidos.

Mais da metade das crianças feridas tinham entre 6 e 12 anos, e mais de 1/3 tinha menos de 5 anos. A maior parte dos ferimentos era causada por quedas, e envolvia fraturas e entorses, geralmente nos braços e pernas.

O conselho dos especialistas é que haja sempre um adulto para minimizar as colisões e desencorajar movimentos arriscados, como saltos mortais. Além disso, as colisões podem ser menos perigosas se todas as crianças que estão em um dado momento forem de idade e peso parecidos.

8. Pilhas-botão




São pequenas, redondas e brilhantes, e o primeiro impulso da maioria das crianças é colocar na boca, tanto que cerca de 84% das emergências envolvendo crianças e baterias são com as deste tipo.

A bateria, a maioria das de alta voltagem de lítio, pode se alojar no esôfago, onde pode queimar e formar um buraco em menos de duas horas. Para evitar acidentes, os compartimentos de bateria podem ser tapados com fita adesiva, e as baterias extra devem ser guardadas fora do alcance dos pequenos.

7. Dermatite de bebê-conforto

 


Entre as grandes erupções que as crianças podem apresentar, um novo tipo apareceu: a dermatite de cadeirinha de automóvel, ou bebê-conforto. Ela geralmente aparece quando se combina temperatura alta, superfícies suadas e o material brilhante, semelhante a nylon, do bebê-conforto em contato com a pele da criança.

O período em que esta dermatite costuma aparecer é entre o final da primavera e o início do outono, e pode ser vista na parte de trás das pernas, braços e cabeça do bebê. Ainda não se sabe a causa exata, talvez seja uma irritação causada pela espuma ou aos produtos retardadores de chama usados para impedir a formação de mofos.

Uma maneira simples de evitar é colocar uma barreira, como um lençol de algodão, entre o bebê e a cadeirinha.

6. Síndrome do torniquete de cabelo

  


Parece incrível, mas um simples fio de cabelo pode causar um ferimento sério em uma criança pequena. Não é raro encontrar fios de cabelo nas mãos das crianças menores, mas se um deles se enrolar nos dedinhos, pode cortar a circulação do mesmo. Este é um acidente assustadoramente comum.

Parece ser difícil de perceber um fio de cabelo enrolado em um dedinho, ou dedo do pé, ou mesmo no pênis de um menininho, os três locais onde a síndrome do torniquete de fio de cabelo é mais comum. Desconfie se você notar uma extremidade inchada e que está ficando roxa, em uma criança que chora inconsolavelmente de dor. O tratamento envolve a remoção do fio, para evitar danos permanentes aos tecidos.

5. Pacotes e embalagens coloridos




Os especialistas em segurança alertam que as crianças são atraídas pelas cores brilhantes e padrões espiralados das embalagens, e acabam as confundindo com doces e engolindo-as.

Crianças podem ser intoxicações se ingerirem coisas que não deveriam, como detergente. Os sintomas mais comuns incluem vômito, tosse, asfixia e sonolência.

4. Ímãs




Ímãs tem constituído um perigo para crianças há um bom tempo, mas alguns “brinquedos” para adultos, como Buckyballs ou Magnetos Zen, que são usados para aliviar o estresse, são especialmente perigosos para crianças, já que podem ser engolidos acidentalmente.

Engolir dois ou mais destes magnetos pode ser perigoso porque eles podem se atrair dentro do intestino, causando obstruções, danos a tecidos e até mesmo a morte. Desde 2008, a Comissão de Segurança de Produtos ao Consumidor dos EUA recebeu mais de 200 relatos destes magnetos sendo engolidos por crianças, algumas das quais precisaram de cirurgia de emergência para evitar ferimentos potencialmente letais.

3. Escorregadores

 


Parece seguro uma criança descer o escorregador no colo de um adulto, mas isso aumenta as chances da criança ser levada à emergência com uma perna quebrada. Geralmente, o que acontece é que o calçado prende o pé da criança na borda do brinquedo, enquanto ela é arrastada adiante pela enorme inércia do adulto.

A recomendação dos especialistas é que apenas o adulto toque no escorregador. Ou então, que eles deixem as crianças escorregarem sozinhas, supervisionando ao lado.

2. Carrinhos de compras

 


A Academia Americana de Pediatria alerta que, todos os anos, mais de 23.000 crianças são levadas à sala de emergência por causa de ferimentos causados no carrinho de compras. Geralmente, os ferimentos resultam de quedas sobre superfícies duras, principalmente na cabeça e pescoço, ou ossos quebrados.

O problema é que os carrinhos de compras não foram projetados para transportar crianças com segurança, e sim as compras. Acidentes podem acontecer quando a criança está pendurada do lado de fora do carrinho, de pé dentro dele, ou então quando tenta escalar para fora do carrinho.

1. TVs e móveis



A cena não é tão absurda: uma criança subindo em gavetas, estantes e gabinetes para alcançar um brinquedo ou mesmo a TV, com resultados às vezes fatais. Estes elementos pesados podem cair sobre a criança, machucando-a ou até mesmo matando-a.

Entre os anos 2000 e 2011, 349 americanos, 84% crianças menores de 9 anos, morreram quando TVs, móveis e outros aparelhos caíram sobre eles. O mesmo estudo estima que todo ano mais de 25.000 crianças são feridas neste tipo de acidente.


Metade dos acidentes ocorre com TVs, provavelmente porque mais famílias estão comprando modelos de tela plana, que são mais leves, e colocando as TVs antigas e mais pesadas em locais sem um suporte apropriado para estabilizar seu peso e tamanho.

Fonte: Hypescience.