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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

As 5 melhores lições de ciência oferecidas pelo Breaking Bad

O seriado de televisão americano Breaking Bad se tornou uma febre internacional. O aclamado drama, que teve seu episódio final exibido em 29 de setembro, alcançou a média de 6 milhões de telespectadores durante suas cinco temporadas, com 10,3 milhões assistindo sua conclusão no domingo, nos EUA.

O protagonista da série, Walter White, era um professor de química diagnosticado com câncer de pulmão terminal. Determinado a gerar uma herança para sua família antes de sua morte, Walter se introduz no comércio ilegal de drogas. Esse enredo favoreceu muitas lições ocultas de ciência. Confira:

5. Como fazer (mais ou menos) metanfetamina cristalizada



Alguns dos melhores momentos de Breaking Bad são as longas montagens das cenas que mostram os métodos de cozimento e produção da droga. Ao longo do caminho, aprendemos alguns fatos de química enquanto Walt e seu parceiro Jesse fazem seu trabalho. O método P2P de fazer metanfetamina cristalizada é real e, para alcançá-lo, é necessário um agente redutor. No seriado, é usado o mercúrio-alumínio, porque era o mais fácil de pronunciar. Infelizmente, a cor azul icônica da droga no show é licença artística.



4. A química de um corpo



Em um flashback, um Sr. White mais jovem deduz as substâncias químicas presentes no corpo humano: 63% de hidrogênio, 26% de oxigênio, 9% de carbono, 1,25% de nitrogênio, 0,25% de cálcio, 0,00004% de ferro, 0,04% de sódio e 0,19% de fósforo. Mas isso não é bem 100%. “E a alma?”, Walt sugere.

3. Os efeitos na saúde da ricina




Breaking Bad nos ensinou que a ricina é um veneno que se parece muito com o sal, e não tem nenhum antídoto conhecido.

Essa proteína altamente tóxica é extraída da semente da mamona, muito comum e usada como planta ornamental em todo o mundo ocidental. Seu óleo é aproveitado para muitas finalidades legítimas, mas mamonas ainda são venenosas (a dose letal para adultos é de cerca de 4 a 8 sementes). Em 2006, o então governador do Paraná Roberto Requião comeu acidentalmente uma mamona mostrada pelo presidente Lula com o intuito de discutir um programa biocombustível (que analisava o vegetal como fonte alternativa ao petróleo), cuspindo a semente em seguida quando foi avisado de que era tóxica.

A ricina é perigosa em praticamente qualquer forma, apesar de que ingeri-la é a menos arriscada. Injeção ou inalação requer cerca de mil vezes menos ricina para matar um ser humano do que a ingestão: um adulto médio necessita de apenas 1.78mg.

A toxina infecta as células, bloqueando sua capacidade de sintetizar proteína. Sem as células criando proteínas, as funções-chave do corpo se desligam. É uma maneira muito desagradável de ser envenenado: dentro de seis horas, efeitos gastrointestinais surgem, como vômitos e diarreia severa, o que pode levar à desidratação grave. Eventualmente, a toxina leva à falha dos rins, fígado e pâncreas.

A inalação de ricina tem um efeito diferente, uma vez que as proteínas não estão interagindo com as mesmas partes do corpo. Em vez de problemas gastrointestinais, a pessoa desenvolve tosse sanguinolenta viciosa, seus pulmões se enchem de líquido e, eventualmente, ela perde a capacidade de respirar. Injeção também é diferente, mas geralmente resulta em vômitos e sintomas gripais, inchaço ao redor do local da injeção, e, eventualmente, falha de órgãos. A exposição na pele normalmente não é fatal, mas pode causar uma reação de irritação à formação de bolhas.

Curiosamente, não existem quaisquer sintomas imediatos, e pode haver um atraso significativo antes que os sintomas se manifestem – até um dia ou dois. Mesmo que seus indícios pudessem ser identificados com rapidez, não há antídoto para a ricina, embora os EUA e o Reino Unido estejam trabalhando em um há décadas.

2. O poder de explosivos químicos



Na série, White bola um plano baseado em química para derrubar alguns traficantes, e a ciência por trás dele é sólida. O professor cria fulminato de mercúrio, um explosivo sensível, que pode ser acionado por pressão. Quando o joga no chão, kaboom! Os Mythbusters (programa de TV da Discovery Channel) testaram a façanha e, embora não tenham conseguido desencadear o explosivo jogando-o no chão, de fato demoliram uma casa com ele.

1. Como baterias funcionam



Se você quer aprender algo menos letal com Breaking Bad, pode assistir o episódio “Four Days Out”, no qual Walt constrói uma bateria de mercúrio usando produtos químicos da metanfetamina, moedas e metal galvanizado. Esta técnica pode não ser suficiente para ligar um trailer, como eles fazem no seriado, mas é um bom truque para se aprender.

Fonte: Hypescience.