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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Qual a diferença entre um vírus e uma bactéria?


Quando ficamos gripados ou doentes é comum o médico afirmar depois de fazer alguns exames básicos que a pessoa está com uma virose. Nesses casos, não tem muito o que fazer, bastando apenas tomar comprimidos que ajudam a aliviar os sintomas incômodos da gripe.  Mas, então por que, na maioria dos casos, o médico nos receita um anti-biótico para combater um vírus se ele é feito para matar bactérias? E por que então, precisamos tomar vacinas contra a gripe aviária ? (nesse caso, causado por um vírus chamado de H1N1).

Entendendo a classificação dos seres vivos - bactérias


Para isso, precisamos entender bem as diferenças que existem entre um vírus e uma bactéria. 

Na biologia, ciência que estuda a vida, todos os seres considerados "vivos" que conhecemos foram classificados e agrupados em cinco reinos principais. São eles o reino animal, reino vegetal, fungos, protista, monera e os vírus, que logo entenderemos o porquê ele está aqui.

Em cada um desses reinos, existem características que precisamos saber que são fundamentais para o entendimento de como foi realizado as classificações de origem de cada reino e que determina os representantes de uma espécie em comum.

No caso, as bactérias estão incluídas dentro do Reino dos moneras, que são seres que possuem apenas uma célula, conhecidos como unicelulares, que cumpre todas as funções, inclusive a reprodução (e isso explica porque o crescimento é tão rápido quando elas encontram um ambiente adequado). 

Além de serem extremamente pequenas, elas também são chamadas de procariontes, o que significa que o núcleo de sua célula (responsável pela sua reprodução e onde se encontra o DNA ou RNA), está "solto" no meio dela, como podemos observar na figura abaixo:






Elas podem ser também autótofras ou heterótrofas, o que significa que elas podem produzir seu próprio alimento ou se precisam se alimentar para produzir energia para manter seu metabolismo. 

As bactérias podem se reproduzir com grande rapidez, dando origem a um número muito grande de descendentes em apenas algumas horas. A maioria delas se reproduz assexuadamente, por cissiparidade, também chamada de divisão simples ou bipartição. 

Nesse caso, cada bactéria divide-se em duas outras bactérias geneticamente iguais. (supondo-se que não ocorram mutações, isto é, alterações em seu material genético)

Portanto, as bactérias são os menores seres conhecidos e provavelmente, as mais primitivas que existem e apesar do seu tamanho, ainda é muito mais complexa que um vírus.
 

No entanto, foi dito que o vírus está fora da classificação dos cinco reinos existentes, então como podemos definir o que é um virus?

Qual é a classificação dos vírus afinal?


O vírus, ao contrário da bactéria e dos demais seres vivos, sequer são organismos unicelulares, ou seja, são tão pequenos que não possuem organelas dentro de si que ajudam nas funções metabólicas como uma célula, e são compostos apenas pelo seu material genético (DNA ou RNA) envoltos por uma fina membrana chamada cápsula. (a figura abaixo representa um vírus bacteriófago)



Portanto, se comparado a uma única célula, eles não possuem todo o potencial bioquímico necessário para a sua própria produção de energia metabólica e por isso considerados parasitas intracelulares, pois dependem de outras celulas vivas para se multiplicarem.

Além disso, diferente dos organismos vivos, eles são incapazes de crescer em tamanho e se dividir como uma bactéria, assexuadamente, por exemplo.

Mas uma vez dentro da célula, ele libera seu material genético, que vai invadir o núcleo celular e assim, manipular as células hospedeiras como meio para se replicar e como consequência, a celula hospedeira morre e dá origem há milhares de vírus que são replicados em seu interior. Em outras palavras, um único vírus é capaz de se multiplicar, em poucas horas, assim como as bactérias.  

  O interessante é notar é que fora do ambiente intracelular, os virus são criaturas inertes, ou seja, praticamente sem vida. Outra característica dos vírus é que eles não são cultiváveis in vitro, ou seja, não se desenvolvem em meio de cultura contendo os nutrientes fundamentais à vida.

Portanto, sem as células nas quais se replicam, os vírus não existiriam. Outro aspecto que distingue vírus e organismos vivos baseia-se no fato dos vírus possuírem consideráveis quantidades de apenas um tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA, enquanto todos os organismos vivos necessitam de quantidades substanciais de ambos. Por estes motivos, os vírus são considerados "agentes infecciosos", ao invés de seres vivos propriamente ditos.

Os vírus são capazes de infectar seres vivos de todos os domínios (eucariontes e procariontes). Desta maneira, os vírus representam a maior diversidade biológica do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais juntos.


Quero aproveitar para agradecer ao meu grande amigo Paulo Sérgio D. que fez essa pergunta para que eu respondesse, o que era, desde o início, o objetivo principal de ter criado esse blog e uma página no facebook.

Fonte: Wikipédia.