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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Desmatamento é a principal causa das atuais secas no Brasil

São Paulo vem sofrendo a sua pior seca em oito décadas, com chuvas atingindo apenas um terço do nível normal. Sem quedas fortes e prolongadas, a megalópole de 23 milhões de habitantes poderá em breve ficar sem água, alertam os especialistas.

Um crescente número de cientistas acredita que a resposta para o que está acontecendo com os moradores que já sentem a crise nas torneiras de casa não está no céu acima de suas cabeças, mas em décadas de desmatamento da Floresta Amazônica, a centenas de quilômetros de distância.




O corte de árvores, dizem os cientistas, está dificultando a imensa capacidade da selva de absorver carbono do ar e puxar água suficiente por meio das raízes das árvores para abastecer os gigantescos “rios voadores” que movem mais umidade do que o próprio rio Amazonas. Conhecidos também como “rios atmosféricos”, “são imensas massas de vapor d’água que, levadas por correntes de ar, viajam pelo céu e respondem por grande parte da chuva em várias partes do mundo”, explica o engenheiro agrônomo Enéas Salati, da Universidade de São Paulo (USP).

Estudos estimam que mais de dois terços da chuva no Sudeste do Brasil, lar de 40% de nossa população, vem desses rios. Quando secam, começa a estiagem. Segundo um estudo recente realizado por Antonio Nobre, cientista do clima do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST), não é só no Brasil que eles desempenham um papel fundamental na meteorologia, mas na América do Sul como um todo.

A pesquisa reúne dados de vários pesquisadores para mostrar que a Amazônia pode estar mais perto de um ponto de inflexão que o governo tem reconhecido, e que essas mudanças poderiam ser uma ameaça para climas em todo o mundo.

A destruição da Amazônia seguiu sem muito controle até 2008, quando o governo reforçou suas leis ambientais e enviou agentes armados para a selva para diminuir o ritmo do desmatamento por pecuaristas, produtores de soja e especuladores de madeira. O impacto foi rápido: a destruição em 2012 foi de um sexto do que foi registrado oito anos antes, embora tenha aumentado nos últimos dois anos.

Mas Nobre e outros cientistas advertem que não é suficiente apenas diminuir o ritmo de destruição – ela deve ser interrompida. “Com cada árvore que cai você perde um pouco mais da água que estaria sendo transportada para São Paulo e o resto do Brasil”, opina Philip Fearnside, professor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, que não fez parte do estudo de Nobre. “Se você simplesmente deixar que isso continue, vai haver um grande impacto sobre os grandes centros populacionais no Brasil, que estão sentindo o aperto agora”.

No início deste ano, pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, destacaram em um artigo publicado no “Journal of Climate” as duas secas que aconteceram em 2005 e 2010 na região, chamadas por eles de eventos “que acontecem uma vez a cada século”. Eles usaram simulações climáticas para descobrir que o desmatamento tem potencial de aumentar o impacto das secas na bacia amazônica.

A seca e a bacia amazônica


A pesquisa mostra que a umidade uniforme da floresta reduz consistentemente a pressão atmosférica na bacia amazônica, permitindo que ela puxe correntes de ar úmido do Oceano Atlântico muito mais para o interior do continente do que nas áreas que não têm florestas. 

Essas correntes viajam em direção ao oeste até que atingem a cordilheira dos Andes, onde se articulam e carregam chuvas para Buenos Aires ao sul, e São Paulo ao leste.

Os rios atmosféricos são gerados pela floresta, que age como uma enorme bomba d’água. As árvores bombeiam cerca de 20 bilhões de toneladas de água para a atmosfera todos os dias – 3 bilhões a mais do que o que o rio Amazonas, o maior do mundo, descarrega no oceano.

Pesquisas recentes indicam que a precipitação diminuiu rapidamente em áreas desmatadas. Quanto menos árvores, menos umidade existe na bacia do Amazonas, enfraquecendo seu “efeito bombeador”.

O relatório de Nobre alerta para a necessidade crucial de replantar um quinto das áreas de floresta que foram destruídas. Além disso, 310 milhões de hectares, uma área duas vezes o tamanho da França, foram degradados e precisam ser restaurados. “Somos como o Titanic se movendo em linha reta na direção do iceberg”, afirma Nobre.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o governo está preparando um estudo para medir o impacto que o desmatamento teve nas últimas décadas.

A questão é complexa e está ligada a problemas locais e ao próprio desejo do governo de desenvolver a região amazônica, lar de cerca de 25 milhões de pessoas. Teixeira disse que o truque é encontrar o equilíbrio, para ser capaz de usar a floresta para beneficiar a população sem destruí-la no processo.

No entanto, o relatório do Nobre incita o governo a tomar medidas mais urgentes, direcionadas ao desmatamento zero. Além disso, convida os brasileiros a se informarem sobre a abordagem do governo com relação a Amazônia. “O choque das torneiras secas aqui, das cidades alagadas de lá e outros desastres naturais certamente devem provocar uma reação”, acredita o pesquisador.

Racionamento


Na cidade de Itu, que fica a aproximadamente 400 quilômetros de São Paulo, os moradores estão sentindo a seca mais do que em qualquer outro lugar. A água é tão escassa que caminhões de abastecimento foram sequestrados sob a mira de armas. “Estamos com muito medo”, conta Ruth Arruda, uma professora da educação básica que parou de lavar louça e agora usa apenas pratos e copos descartáveis. “A água simplesmente não tem de onde vir. Ninguém está nos ajudando a poupar e as barragens não estão armazenando direito”.

Recentemente, Ruth e sua filha foram a um quiosque local para encher garrafas de refrigerante vazias com água de uma torneira. Até chegar lá, ela passou por diversas casas com placas que retratam o desespero da comunidade: “Socorro, Itu precisa de água”. Na década de 1980, ela diz, a cidade derrubou dezenas de árvores para limpar terrenos nos quais seriam construídas grandes casas para empresários que queriam viver em uma comunidade tranquila, longe de São Paulo. “Temos de olhar para dentro e prestar atenção ao que fizemos de errado para o nosso meio ambiente”, disse a moradora.

Depois de dez meses de racionamento, no último dia 5 o abastecimento de água foi restabelecido na cidade – ainda assim, a orientação é que seja evitado o desperdício. O período de falta de água foi marcado por protestos da população. A decisão foi tomada pela concessionária que administra o sistema da região, a Águas de Itu, que garante que atualmente as represas estão operando com 70% da capacidade.

Passada a crise, a cidade realizou uma assembleia para discutir medidas para poupar água. Além disso, muitos moradores garantem ter aprendido uma lição com as dificuldades enfrentadas neste ano e vão continuar com os bons hábitos de economia. “O tempo de lavar calçada com esguicho já acabou”, disse a aposentada Maria Aparecida Lima em entrevista ao portal G1. “Eu sempre falo para os meus netos: eu não estou sentindo falta de água, mas vocês, se não economizarem agora, vão sentir falta de água mais tarde”. 

Fonte: Hypescience

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Por que o tempo nunca anda para trás

Por que o tempo não anda para trás? Por que nos lembramos do passado e não do futuro? Para um grupo de físicos, as respostas a estas questões profundas e complexas podem surgir a partir de uma fonte bastante familiar: a gravidade.



Mesmo que o tempo seja uma parte fundamental de nossa experiência, as leis básicas da física parecem não se importar em qual direção ele se move. Por exemplo, as regras que governam as órbitas dos planetas funcionam da mesma forma se você ir para a frente ou para trás no tempo. Você pode reproduzir os movimentos do sistema solar em sentido inverso e eles parecem completamente normais, sem violar qualquer lei da física. Então, o que distingue o futuro do passado?

“O problema da seta do tempo tem incomodado mentes desde sempre”, afirma Flavio Mercati, do Instituto Perimeter de Física Teórica em Waterloo, no Canadá.

A maioria das pessoas que já pensou sobre a “flecha do tempo” diz que ela é determinada pela entropia, a quantidade de desordem em um sistema (um sistema pode ser uma tigela de cereal ou o universo). De acordo com a segunda lei da termodinâmica, a entropia total de um sistema fechado sempre deve aumentar. E o tempo parece viajar na mesma direção que a entropia.

Quando um cubo de gelo no seu copo derrete e dilui sua limonada, por exemplo, a entropia aumenta. Quando você faz um ovo mexido, a entropia aumenta. Ambos os exemplos são irreversíveis: você não pode refazer um cubo de gelo ou desmexer um ovo. A sequência de eventos – e assim o tempo também – segue somente em uma direção.

Se a seta do tempo acompanha o aumento da entropia, e se a entropia do universo está sempre aumentando, então isso significa que em algum momento no passado, a entropia deve ter sido baixa. É aí que reside o enigma: por que o universo estava em tal estado de baixa entropia?
De acordo com Mercati e os seus colegas, não houve este estado especial e inicial. Em vez disso, um estado que fica o tempo todo apontando para a frente surge naturalmente a partir de um universo ditado pela gravidade.

Para testar sua ideia, eles simularam o universo com uma coleção de 1.000 partículas que interagiam uma com a outra apenas pela gravidade, representando as galáxias e estrelas que flutuam em torno do cosmos.

Os pesquisadores descobriram que, independentemente de posições e velocidades iniciais, em algum momento, inevitavelmente, as partículas encontram-se agrupadas em uma bola antes de se dispersar novamente. Este momento de aglutinação é equivalente ao Big Bang, quando o universo inteiro estava espremido em um ponto infinitamente pequeno.

Em vez de usar a entropia, os investigadores descrevem o seu sistema com uma quantidade que eles chamam de “complexidade”, que define como mais ou menos a razão entre a distância entre as duas partículas mais distantes uma da outra e a distância entre as duas partículas mais próximas uma da outra. Quando as partículas são aglutinadas, a complexidade é a mais baixa.

A ideia-chave, Mercati explica, é que este momento de menor complexidade surge naturalmente do grupo de interação gravitacional – não são necessárias condições iniciais especiais. A complexidade, em seguida, aumenta à medida que as partículas se dispersam, representando a expansão do universo e o progresso para a frente do tempo.

Mas aqui vai a ideia que vai explodir a sua cabeça: os eventos que ocorrem antes das partículas se aglomerarem, isto é, antes do “Big Bang”, orientam uma segunda direção do tempo. Se você seguir para trás os eventos a partir deste ponto, as partículas irão se dispersar a partir da aglomeração. Como a complexidade está aumentando para trás neste sentido, esta segunda seta do tempo também aponta para o passado. O que, de acordo com este segundo sentido do tempo, é na verdade o “futuro” de outro universo que existe do outro lado do Big Bang.

Mostrar como a direção temporal vem de um sistema tão simples, que segue a física clássica, é uma grande novidade, diz o físico Steve Carlip, da Universidade da Califórnia (EUA).

Porém, uma grande limitação deste modelo é que ele é baseado unicamente na física clássica, ignorando a mecânica quântica. Também não inclui a teoria da relatividade geral de Einstein. Não há energia escura ou qualquer outra coisa necessária para modelar com mais precisão o universo. Mas os pesquisadores estão pensando em como incorporar física mais realista para o modelo, que poderia, então, fazer predições testáveis, diz Mercati. “Então, você realmente teria a natureza dizendo se você está certo ou errado”.

“Para mim, o maior problema é que há um monte de diferentes setas físicas de tempo”, aponta Carlip. A direção para a frente do tempo se manifesta de muitas maneiras que não envolvem gravidade. Por exemplo, a luz sempre irradia para longe de uma lâmpada, nunca em direção a ela. Um isótopo radioativo decai em átomos mais leves; você nunca vê o inverso. Por que uma flecha do tempo derivada da gravidade também empurraria outras flechas de tempo na mesma direção? Segundo Carlip, essa ainda é uma grande questão em aberto.

Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

10 traços de personalidade que são considerados ruins que podem ser bons

Existe uma polaridade dos traços de personalidade. Alguns são considerados “bons”, como ser gentil e humilde, e outros “ruins”, como ser preguiçoso e pessimista. Mas, como tudo na vida, a personalidade também não é tudo “preto no branco”.

Confira 10 características que muitas vezes são percebidas como negativas, mas que podem fazer bem para as pessoas:

10. Ser bagunceiro


Ser bagunceiro é considerado quase um pecado mortal, principalmente porque as pessoas acham que os bagunceiros são improdutivos e indisciplinados. Isso é um mito. Na verdade, pesquisas mostraram que trabalhadores que possuem mesas desorganizadas são mais propensos a serem criativos, além de correrem mais riscos. Então, a bagunça pode ser inspiradora, mas não vamos nos esquecer da higiene, ok?

9. Ser egoísta


Claro, ninguém vai ganhar um troféu se for um idiota e só pensar em si mesmo. No entanto, de quando em quando, muitos de nós poderiam se beneficiar de ser um pouco egoístas e aprender a dizer não. Querer agradar a todos não só é impossível, como vai consumir todo seu tempo, seu humor e sua energia. Ou seja, mesmo que apenas às vezes, dedique-se mais a seus projetos pessoais e às coisas e pessoas que realmente importam para você. Você tem que ajudar a si mesmo a fim de poder ajudar os outros.

8. Ser muito confiante


Ter um grande ego é muitas vezes visto como algo indesejável e entojante. No entanto, ser confiante é diferente de ser arrogante. Arrogância é ruim: pessoas arrogantes diminuem os outros para se sentirem melhores. A autoconfiança, por outro lado, é a satisfação consigo mesmo, o que é ótimo. Pode te ajudar no trabalho, no amor e em tudo o que você quiser alcançar, sem colocar os outros para baixo.

7. Ser tímido


Muitas pessoas veem a timidez como uma fraqueza. Claro, ser excessivamente tímido pode fazer com que você perca algumas oportunidades, mas esse traço vem com suas próprias vantagens, também: pessoas tímidas tendem a ser mais reflexivas e atentas, além de serem melhores ouvintes que as menos tímidas.

6. Ser distraído


Ser distraído não significa que a pessoa nunca é capaz de se concentrar. Claro, pode atrapalhar seu foco de vez em quando, mas também pode ajudá-lo a ser mais criativo. Quando não estão focados, os distraídos consideram uma ampla gama de informações e pensam mais “fora da caixinha” que os superconcentrados. Foco e distração ambos desempenham papéis importantes na nossa vida, e uma coisa sem a outra pode limitar muito nossas possibilidades.

5. Ser cínico


Há uma diferença entre ser cínico e ser um idiota cínico. Na verdade, muitas pessoas não só poderiam como deveriam ser mais críticas do mundo ao seu redor, desconfiar do que ouvem falar, considerar melhor suas opções etc. Se desapegar pode te ajudar a ser mais racional, e ser cético pode ajudar a evitar fraudes e outras falsidades. Contanto que você não seja arrogante ou mal educado, pequenas doses de cinismo podem ser extremamente benéficas.

4. Ser neuroticista


Neuroticismo refere-se a tendência das pessoas de responder com emoções negativas a ameaça, frustração ou perda. Claro, isso pode prejudicar sua saúde, mas alguns estudos mostram que é possível equilibrar essa ansiedade com um pouco de consciência. Ser consciente é um traço comum em pessoas bem sucedidas. E fingir estar bem o tempo todo é impossível, de maneira que é melhor saber lidar com as emoções negativas do que tentar não tê-las.

3. Ser insensível


É difícil escutar críticas. E, com certeza, até certo ponto, ser insensível é bom. Lógico, não ignore as críticas inteiramente; isso não vai te levar a lugar nenhum. Mas um pouco de insensibilidade pode ajudá-lo a aprender a aceitar críticas sem levar para o lado pessoal. Com isso, você pode de fato melhorar.

2. Ser pessimista


Ninguém gosta de uma nuvem negra por perto o tempo todo, mas uma boa dose de pessimismo pode ser boa. Pensar em tudo o que poderia dar errado ajuda você a se planejar melhor para essas situações e, finalmente, evitá-las. Há também quem pense que o pessimismo ajuda as pessoas a lidar com a perda, se isso chega a acontecer – pois os pessimistas já estão esperando o pior. No entanto, é melhor não ser fatalista, e sim saber dosar as coisas.

1. Ser preguiçoso


Para cada 10 trabalhadores esforçados lá fora, há um preguiçoso que não quer fazer o trabalho. Então, ele encontra uma maneira de automatizar o processo e torná-lo mais fácil. A preguiça pode ser a mãe da engenhosidade, se usada corretamente. Só não deixe que ela fique com o melhor de você, ou nunca sairá da cama.

Fonte: Hypescience.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Parar de fumar: 8 mitos que todo mundo acredita

Parar de fumar é um dos maiores desafios da humanidade. De acordo com o famoso Dr. Drauzio Varella, de todas as drogas conhecidas, o tabaco é a que provoca a maior dependência química. Sem ela, o usuário entra em um estado de ansiedade crescente que só passa com uma tragada lenta e profunda.

E por mais que todo mundo saiba que existe uma quantidade ridícula de benefícios associados a parar de fumar, a gente também tem plena consciência de que há uma outra tonelada de equívocos quando se trata de realmente largar desse vício. Então, se você ou alguém que você conhece está preso a um desses mitos, leia esse artigo até o final para acabar de uma vez por todas com essas crenças (e, principalmente, com o hábito de fumar).

Mito 1: cigarros eletrônicos ajudam a parar de fumar


Um novo estudo da Universidade da Califórnia, em San Francisco (Estados Unidos), descobriu que os cigarros eletrônicos não são tão eficazes em ajudar na luta para parar de fumar, como muitos de nós acreditam que são. A revisão de 82 estudos analisou o impacto que os cigarros eletrônicos tiveram sobre os usuários e descobriu que as pessoas que fumaram os “e-cigarros” foram, na verdade, menos propensas a parar de fumar do que pessoas que nunca usaram. Louco, né?

Mito 2: parar de fumar não engorda. Aliás, é bem pelo contrário


Se você não quer parar de fumar porque acha que é o cigarro que está mantendo seu peso, pode se desapegar dessa ideia. Um estudo recente provou que, na verdade, fumar faz com que você ganhe peso. Ou seja: está aí mais um motivo para parar de fumar para sempre. O mito que persiste em rondar nossas cabeças só é verdade se você compensar a falta do cigarro com alimentos não saudáveis​​; daí, as calças vão naturalmente ficar mais apertadas mesmo. Mas esse não tem que necessariamente ser o seu caso. Basta seguir uma dieta balanceada e saudável e parar de procurar desculpas para voltar a fumar, que não tem erro.

Mito 3: parar de fumar custa caro


Não caia nessa ladainha. Tudo bem que investir em adesivos caros e medicamentos para ajudar a acabar com a dependência de nicotina pode sair um pouco caro. Mas se você fizer as contas, verá que eles acabarão se pagando com o dinheiro que você deixará de gastar com cigarros. É como substituir um gasto por outro. Com a diferença de que o gasto do tratamento é finito, ao passo que o gasto com cigarros pode ser tão longo quanto sua não vontade de parar permita.

Mito 4: Narguilé é uma alternativa saudável para cigarros


Pffff. Não vai me dizer que você acredita mesmo nisso? Ou, pior: usa de desculpa para fumar alguma coisa?

Se você é só um “fumante social”, que procura fumar quando está fora da cidade, por exemplo, você pode pensar que o narguilé é uma alternativa saudável para sentir efeitos semelhantes ao do cigarro. Mas não é. Um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos descobriu que fumar narguilé é pelo menos tão tóxico quanto o consumo de cigarros. E, para acabar de uma vez por todas com esse mito, um estudo mais recente da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA), também descobriu que uma noite de narguilé aumenta significativamente a sua exposição a agentes cancerígenos. Caramba. Melhor não, né?

Mito 5: parar de fumar depois de anos não vai melhorar sua saúde


Na verdade, é exatamente o contrário. Nunca é tarde demais para obter os benefícios de não fumar. Depois de apenas um ano sem cigarros, uma pessoa pode reduzir o risco de doenças do coração pela metade. Mas você não precisa esperar todo esse tempo para sentir as melhorias na sua saúde. Aproximadamente 20 minutos após parar de fumar, sua frequência cardíaca e pressão arterial já sofrem uma queda. E apenas 12 horas depois do seu último cigarro, os níveis de monóxido de carbono em seu sangue tendem a se normalizar. Dois a três meses após parar de fumar você também pode aproveitar melhorias em sua função pulmonar e circulação de uma maneira geral.

Mito 6: Você não será capaz de lidar com o estresse sem fumar


Mentira das grandes. Embora muitas pessoas fumem quando estão estressadas​​, estudos mostraram que os não fumantes são menos ansiosos do que os fumantes e fumantes que param são menos ansiosos do que os atuais. Então como esse mito começou? Para Marc L. Steinberg, psiquiatra do vício, quando as pessoas estão acostumadas a lidar com o estresse pelo tabagismo, elas podem se sentir mais ansiosas quando param porque não têm certeza de como lidar com os seus níveis de estresse. Mas veja só: como a nicotina é um estimulante, ela não traz nenhum benefício no sentido de reduzir o estresse. O que pode realmente ser anti-estresse para um fumante durante uma pausa é simplesmente ficar longe de sua mesa ou de uma situação estressante, tendo tempo para limpar sua cabeça.

Mito 7: Você vai perder a criatividade no trabalho


Desde quando o cigarro é sinônimo de criatividade? Bem, não é. Se você fuma para sentir alguma sensação levemente entorpecente antes de começar a trabalhar na parte da manhã, você pode não estar fazendo nenhum favor a si mesmo. Mesmo que você pode sentir (e ter certeza de) que o fumo lhe dá uma vantagem criativa, a verdade é que o tabagismo pode realmente impedir você de trabalhar com o melhor de suas habilidades. De acordo com Steinberg, os fumantes são mais propensos a ficarem doentes com mais frequência, o que reduz a sua produtividade por motivos óbvios. Outra chatice: seu chefe e seus colegas de trabalho podem acabar ficando irritados com a quantidade de pausas que você faz ao longo do dia só para fumar.

Mito 8: Você vai perder seus amigos


Absurdo. Até porque, convenhamos, amigo de verdade é aquele que quer o melhor para você. E todo mundo sabe que o melhor é parar de fumar, seja quais forem as variáveis inclusas. Obviamente você não vai querer ficar a noite inteira de uma saída com seus amigos na área de fumantes, mas, segundo Stenberg, ele nunca teve sequer um paciente que disse ter perdido amigos junto com o hábito de fumar. O que realmente acontece é que tentar parar de fumar quanto você está com amigos que não compartilham da sua vontade é muito mais difícil. Mas, como eu disse, amigo que é amigo sempre dá um jeito de fazer as coisas funcionarem. Tentar evitar situações onde seus amigos vão estar fumando e marcar algum programa que não deixe espaços para cigarros são opções. Não é a tarefa mais fácil do mundo, mas costuma dar certo.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Antártida pode estar repleta de diamantes

Geólogos australianos abriram uma perspectiva tentadora, mas controversa, que a Antártida poderia ser rica em diamantes.


Em um artigo científico publicado na revista Nature Communications, uma equipe disse ter encontrado uma rocha reveladora chamada quimberlita nas Montanhas Príncipe Charles, na Antártida Oriental.

Embora nenhum diamante tenha sido encontrada nas amostras, a assinatura do mineral é idêntica à de diamantes encontrados em outros locais do mundo, o que sugere que as montanhas gelo do Pólo Sul podem estar escondendo grandes depósitos de diamantes.

“As amostras são típicas em textura, mineralogia e geoquímica às quimberlitas do Grupo 1 de localidades mais clássicas”, destacou o estudo chefiado por Greg Yaxley, da Universidade Nacional Australiana, em Canberra.

Quimberlita, uma rocha que raramente é encontrada perto da superfície da Terra, provavelmente se forma em grandes profundidades no manto terrestre, onde as condições são adequadas para a formação de diamantes – átomos de carbono que são espremidos em formas de treliça sob extremas pressão e temperatura.

O estudo sugeriu que a quimberlita foi empurrada para a superfície cerca de 120 milhões de anos, quando África atual, a península Arábica, a América do Sul, o sub-continente indiano, a Austrália e a Antártida formavam um super-continente chamado Gondwana.


Os continentes então se separaram, o que explica por que os diamantes são encontrados em locais tão diversos e distantes, desde o Brasil até a África do Sul e Índia.
No entanto, mesmo se a descoberta for confirmada, não haverá mineração no local, não antes de 2041. Um tratado internacional proíbe qualquer extração de fontes minerais, a não ser em casos de pesquisas científicas. Todavia, o tratado será revisto no começo da década de 2040, e pode mudar esse cenário.


Fonte: Mistérios do mundo.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

10 fatos curiosos sobre a água da Terra


Se alguém pergunta: “qual é a substância mais importante que existe?”, a resposta mais óbvia é “a água”. Não só ela é diretamente responsável pela nossa existência, como perfaz a maior parte do corpo humano – precisamos dela para sobreviver.

Com base em quão abundante parece ser, é fácil esquecer que na maioria das vezes é um dos recursos mais escassos (pelo menos quando se trata de água potável), ainda mais quando deixamos a atmosfera da Terra rumo a imensidão do espaço.

Confira uma lista com alguns dos fatos mais interessantes sobre esse líquido e o papel que desempenha em nosso planeta:

10. A Terra não tem tanta água quanto provavelmente você acha que tem


É fato que mais de 70% da superfície da Terra é coberta por água; o Oceano Pacífico, sozinho, cobre metade do globo. No entanto, na maior parte da superfície, ela não passa de uma película relativamente fina.

Um estudo recente publicado pela U.S. Geological Survey (Serviço Geológico dos EUA) mostra que se reuníssemos toda a água da Terra (oceanos, rios, lagos, lenções freáticos e calotas de gelo) em uma única esfera, ela teria um diâmetro de 1.384 km, um pouco mais que a distância do Rio de Janeiro – RJ a Salvador – BA, ou o tamanho de um planeta anão como o Sedna (um dos muitos objetos trans-netunianos), e teria um volume de 1,386 bilhão de quilômetros cúbicos.

Além disso, a quantidade de água doce é muito menor: sua esfera teria um diâmetro de 272,8 km – 4 vezes menor em diâmetro e 50 vezes menor em volume. Essa segunda esfera inclui as geleiras. A terceira esfera, com apenas lagos de água doce e rios, teria uns 90 km de diâmetro.

9. A lua Europa tem mais água que a Terra


Antigamente, os astrobiólogos achavam que a Terra era a maior fonte de água do sistema solar, algo hoje reconhecido como falso.

Quando na década de 90 a sonda Galileu investigou o sistema de luas de Júpiter, descobriu que uma delas tinha uma massa de água maior que o esperado. A notícia repercutiu pelo mundo e, de uma gélida lua, Europa se tornou uma sensação no mundo dos astrobiólogos como potencial morada para a vida extraterrestre.

Sua água está na forma de uma espessa crosta de gelo rachada, onde podem se formar lagos subglaciais perto da superfície, parecidos com o famoso lago Vostok, explorado na Antártida. E os estudos indicam também um oceano colossal de água líquida abaixo da crosta de gelo.

Mesmo sendo menor que a lua e umas 50 vezes menor que a Terra, toda a água de Europa daria uma esfera de 1.754 km, duas a três vezes maior que toda a massa líquida da Terra.

Outros mundos parecem ter ainda mais. Titã, lua de Saturno, teria uma massa maior de água que a Terra e Europa, enquanto o planeta Netuno poderia ter em seu manto uma massa colossal de vários planetas Terras em forma de água, segundo modelos teóricos para a estrutura dos gigantes gasosos distantes.

No sistema solar exterior, a presença de água em mundos como luas e planetas anões não é uma pequena fração como na Terra, mas tão ou mais substancial que a própria rocha.

8. Nosso abastecimento de água veio provavelmente de cometas e asteroides


Não temos uma resposta exata sobre a origem da água na Terra, mas o modelo científico mais aceito indica que ela veio por um bombardeio de cometas.

Neste cenário, a primeira parte da história é que muito de nosso abastecimento de água existiu no período de formação dos planetas, quando o material que os compõe começou a se fundir no disco protoplanetário do sistema solar em formação ao redor do jovem sol.

Enquanto planetas rochosos se formavam no sistema solar interior, o calor das rochas fundidas teria feito todas as massas de água evaporarem e escaparem da gravidade para o espaço, se aglutinando na forma de cometas e asteroides – no fim, a gravidade dos planetas se encarregou de arremessá-los para longe do espaço planetário, onde permaneceram inertes por bilhões de anos.

A segunda parte vem no Intenso Bombardeamento Tardio, quando um fenômeno gravitacional iniciou um processo de envio de muitos desses objetos gelados na direção do sistema solar interior, tendo muitos deles caído na Terra. Com isso, uma massa imensa de água se formou em nosso planeta, com a ajuda da pressão atmosférica da Terra.

Boa parte dos materiais orgânicos daqui provavelmente vieram para a Terra da mesma maneira, dando origem à vida.

7. Micrometeoritos caem na Terra sobre a forma de chuva


Estima-se que em torno de 10 mil toneladas de micrometeoritos caem na Terra todos os dias, sendo muitos deles pequenos pedaços de rocha por vezes com pequenas frações de ferro, que cruzam nosso caminho.

Acredita-se que a maioria desses pequenos viajantes, que consiga sobreviver ao atrito com a atmosfera que incinera objetos entrantes, acaba ficando presos na atmosfera superior e passe realmente a fazer parte dela. Em um dado momento, eles se misturam com o vapor de água, aglomerando-se e depois caindo sobre a superfície na forma de chuva.

Então, na próxima vez que molhar-se numa chuva de verão, saiba que pode estar em contato com bilhões de pequenas partículas de poeira estelar, restos da formação planetária, talvez pedacinhos de Marte ou da lua.

6. Há mais de 10^30 vírus nos oceanos do mundo


Através de sua pesquisa, Curtis Suttle (da Universidade de British Columbia) passou um tempo significativo a contar fisicamente o número de vírus localizados em várias partes do oceano. Em última análise, ele concluiu que cada litro de água do mar contém cerca de 3 bilhões de vírus. Considerando o fato de que os geólogos estimam que o oceano contém cerca de 1,3×1021 litros de água, devemos ter cerca de 4 E 30 (4 seguido de 30 zeros) vírus ao todo.

Uma curiosidade é que se pudéssemos empilhar esse número colossal de seres microscópicos, cobriríamos algo como 10 milhões de anos-luz – uma medida mais que astronômica, galáctica. Uma ano-luz equivale a 9,46 trilhões de km. A nossa galáxia, a Via Láctea, tem 100.000 anos-luz de diâmetro. 10 milhões de anos-luz daria o diâmetro do Grupo Local de Galáxias, que abrange 35 galáxias, entre elas a nossa.

5. A vida pode sobreviver em regiões “inabitáveis” do fundo do mar


A maioria de nós mantém uma boa ideia das variáveis necessárias para nossa sobrevivência – água, alimentos, oxigênio, luz solar… – tudo isso geralmente considerado imperativo para a nossa forma de vida.

Imagine a surpresa dos biólogos quando vida foi descoberta ao explorarem alguns dos mais profundos lugares de nosso planeta, onde as condições são mais adversas que quaisquer outras localidades já vistas.

As formas de vida encontradas são comparáveis a potenciais formas alienígenas. Algumas delas, como os vermes-tubo, são criaturas de três metros de comprimento, sem olhos, bocas ou intestinos. Outros, como bactérias que forma encontradas dentro de fontes hidrotermais, vivem a mais de 2.000 metros abaixo do nível do mar – onde não só há ausência de luz solar, como a pressão é substancialmente maior do que se poderia experimentar na superfície, e as temperaturas podem exceder os 400 graus Celsius. Para sobreviver, algumas formas de vida extraem energia a partir do sulfeto de hidrogênio proveniente das fontes hidrotermais, num processo chamado “síntese química”.

Na parte mais profunda do oceano, na Fossa das Marianas, além de outros seres foi encontrada uma peculiar ameba gigante, com 10 centímetros. Esses seres vivem a quase 11 quilômetros de profundidade com uma pressão 1.100 vezes maior que a da atmosfera ao nível do mar.

A vida nesses estremos obscuros tem sido uma grande esperança para a procura por formas de vida extraterrestre em mundos com oceanos obscuros como Europa, a lua de Júpiter citada no item 9.

4. Há mais moléculas em um litro de água que litros de água no oceano


Se você despejasse uma garrafa de água no oceano, e viajasse para o outro lado do mundo para pegar água do oceano com essa mesma garrafa, qual a chance de pegar ao menos uma molécula da mesma água que despejou anteriormente? Provavelmente nula, dada a imensa quantidade de água em um oceano.

Na verdade, as chances são muito boas (na casa dos dígitos quádruplos) de que você não só 
encontre uma molécula idêntica de água: cerca de 8.000 exatamente. Mas como?


Um litro de água tem um monte de moléculas nele. Na verdade, há mais moléculas em um litro de água do que litros de água em todos os oceanos da Terra. Por conta disso, as chances são boas de encontrar não apenas uma, mas dígitos quádruplos de moléculas idênticas (cerca de 8.000). Esses números são discriminados aqui.

Importante lembrar que isso é apenas um teste de lógica numérica, que não deve ser levado ao pé da letra.

3. Algumas das moléculas de água que consumimos já foram bebidas por dinossauros



Como vimos desde as séries fundamentais, a água tem um ciclo bastante complexo: é consumida por seres vivos, devolvida a terra, evaporada, forma nuvens, precipita nas chuvas – obviamente, isso não é tudo, mas é um bom resumo do que acontece.

Isso essencialmente significa que a água é constantemente reciclada. No entanto, as moléculas por si próprias mudam de estado (sólido, líquido e gasoso) o tempo todo. Embora, como na fotossíntese ou na radiação, elas possam ser separadas em suas partes constituintes – hidrogênio e oxigênio, na maior parte das fases dos ciclos, elas permanecem as mesmas, e já encontramos vários leitos de rios antigos que contém moléculas de água com milhões de anos de idade, quando dinossauros ainda andavam por aí.

Uma vez sabido que moléculas são pequenas e numerosas, passam por vários ciclos e processos na natureza, podemos calcular a quantidade de água que herdamos da época dos dinossauros. Segundo os cientistas, as plantas consomem 12 trilhões de quilos de água por ano, de uma quantidade de 1.400 bilhões de bilhões de quilos; assim, a maioria das moléculas de água é separada a cada 100 milhões de anos. 

Considerando que a distância entre nós e os dinossauros é 65 milhões de anos, as estimativas dizem que mais da metade das moléculas de nossa água (uns 57%) eram ingeridas por eles. Ou, para quem preferir, algumas das moléculas mais recentes em seu copo d’água passaram através da bexiga de Einstein, Shakespeare, Cleópatra, Issac Newton e talvez até Confúcio.

2. Se a Terra parasse de girar, toda a nossa água iria para os pólos



Entre outras coisas terríveis que aconteceriam se a Terra parasse de girar, toda a água se acumularia nos pólos. Isso aconteceria porque a migração oceânica cessaria, e toda a água se deslocaria da parte equatorial para as polares. 

A rotação é um elemento fundamental da formação planetária, pois equilibra o campo magnético e dá movimento as massas oceânicas e atmosféricas. Dois super oceanos nos pólos gélidos e sem chão pra pisar, e equador seco de um lado pelo calor solar, e congelado do outro por uma noite de meio ano é o que uma Terra sem giro causaria.

1. Super Barragens podem frear a rotação da Terra


Talvez alguns não achem o assunto mais interessante dessa lista, mas certamente é de grande importância. É necessário uma discussão em torno dos impactos ambientais de algumas tecnologias modernas.

Durante os últimos 40 ou 50 anos, temos visto uma concentração significativa em formas de geração de energia. Um avanço que tem sido massivo está na forma de barragens hidrelétricas, que apesar de geralmente caras, são uma fonte de energia limpa. A princípio, parece um bom investimento, mas logo surgem preocupações surpreendentes, como o fato de que elas podem alterar a rotação orbital do planeta.

O maior exemplo é a Three Gorges Dam, Barreira das Três Gargantas, na China. É uma barreira peso-pesado que, quando cheia, contém 42 bilhões de toneladas de água – um volume de 39 km³, na capacidade total.

Esta grande mudança na distribuição de massa em relação à rotação da Terra tem aumentado o tempo de um dia em 0,06 microsegundos. Isso com apenas essa barreira, sem contar as outras superbarragens que existem no globo.

Certamente, 60% de um microsegundo não parece muito, mas a soma futura de várias barragens operantes simultaneamente pode trazer consequências maiores. Associadas a outros fenômenos naturais responsáveis pela gradual freagem da rotação, como o afastamento da lua, esses números podem passar a ser significativos.

Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

9 fatos interessantes sobre o efeito placebo



O efeito placebo é um dos fenômenos mais estranhos e menos compreendidos da fisiologia e psicologia humanas. A maioria de nós já experimentou ou ouviu falar nele: é a ideia de que podemos, essencialmente, nos curar de doenças simplesmente porque acreditamos que estamos sendo curados.

A ideia de nós mesmos nos enganarmos a ter saúde prova que o cérebro é realmente uma entidade extremamente poderosa. Embora faça sentido, de uma forma estranha, que sejamos capazes de fazer isso, há certos aspectos do efeito placebo que até mesmo cientistas e médicos não conseguem explicar. Veja 10 exemplos notáveis do efeito placebo:



9. Efeito placebo também ocorre entre cães e outros animais





Empresas farmacêuticas empregam os mesmos procedimentos (testes duplos e cegos) em cães ao testar medicamentos para animais, como para humanos. Em um estudo em particular, cães com epilepsia receberam ou uma medicação, ou um placebo. O grupo do placebo reagiu de forma extremamente positiva.

Novos estudos com hamsters também revelam que a maioria dos animais tem algo semelhante ao efeito placebo, que entra em ação dependendo do ambiente e da energia corporal disponível. Quando hamsters foram levados a acreditar que era inverno, seu sistema imunológico entrou em um estado mais dormente para preservar energia. Esse mecanismo ajuda a explicar por que não podemos simplesmente nos recuperar, mas precisamos tomar uma pílula, seja qual for. Em essência, nós precisamos de algum tipo de influência externa para iniciar a sequência de eventos que levam ao efeito placebo.

8. Embriaguez placebo



Mulheres geralmente ficam bêbadas mais facilmente que os homens, requerendo menos álcool. Na verdade, para ficar embriagado não é necessário nenhum álcool. Isso porque podemos simplesmente enganar-nos a pensar que estamos bêbados. Pesquisas diferentes já descobriram que aqueles que acreditam ter bebido álcool (mesmo que a bebida fosse não alcoólica) se sentem bêbados e têm realmente o julgamento prejudicado. Ou seja, se saem pior em testes simples e seu QI torna-se menor, como se estivessem realmente embriagados.

7. Onde você mora afeta o efeito placebo




Americanos tendem a exibir hipocondria mais do que qualquer outra cultura na Terra, já que a propaganda de saúde e medicamentos lá é extensa. Por alguma razão, tendem a atribuir muito poder aos medicamentos que podem ser injetados na veia (provavelmente porque foram condicionados a respeitar o poder de injeções desde o nascimento). Europeus, por outro lado, reagem de forma mais positiva a comprimidos de placebo do que injeções.

Ou seja, fatores culturais influenciam fortemente a maneira pela qual o efeito placebo se manifesta. Drogas de placebo utilizadas em um estudo para o tratamento de úlceras funcionaram muito melhor na Alemanha do que no Brasil. Um teste de drogas para hipertensão foi o menos reativo para as pílulas de placebo na Alemanha. Esses fatores culturais são poderosos na formação das nossas esperanças, medos e expectativas, de maneira que o efeito placebo se transforma quando atravessa fronteiras.

6. Placebo ainda funciona mesmo que você saiba que é placebo




Toda a premissa do efeito placebo é que os pacientes acreditam que estão recebendo medicamento verdadeiro e são curados. Mas, mesmo quando os pacientes descobrem que estão recebendo uma droga falsa, ela ainda funciona de forma eficaz, o que não faz nenhum sentido.

Em testes nos quais os doentes recebem medicamentos simulados, eles são eventualmente informados de que tomaram placebo. Depois de saber disso, cientistas esperam que os benefícios positivos do remédio diminuam ou pelo menos enfraqueçam nos pacientes. Mas, pelo contrário, os efeitos positivos permanecem e muitos querem continuar a tomar a droga. No futuro, isso poderia significar que médicos prescreverão pílulas de açúcar para pacientes com pleno conhecimento que estão tomando placebo.


5. É possível derivar efeito placebo através de infecções falsas de doenças não relacionadas




Um grupo de médicos queria ver se as pessoas que sofriam de asma que fossem infectadas com amarelão iriam sentir alívio nos seus sintomas. Eles dividiram o grupo de doentes asmáticos em dois, infectaram um com ancilóstomo, e fizeram o segundo pensar que também tinha sido infectado.

O grupo que tinha realmente sido infectado viu uma melhora. O segundo grupo, incrivelmente, também. Isso demonstrou que as melhorias de ambos os grupos foram resultado do efeito placebo. A maior parte do grupo que tinha sido infectado escolheu manter as infecções após terminar o estudo, por causa das vantagens percebidas.

4. Placebo tem um gêmeo malvado chamado de “nocebo”




Assim como as nossas expectativas sobre a eficácia de uma droga podem influenciar a nossa reação a um placebo, uma expectativa de efeitos colaterais pode levar-nos a experimentá-los também. Isso tem se manifestado em uma infinidade de formas, às vezes extremas, e ficou conhecido como “nocebo”.

Um estudo notável documentou os efeitos do nocebo na Itália, onde pessoas com ou sem intolerância à lactose tomaram o que pensaram ser lactose (não era). 44% das pessoas com intolerância e 26% sem intolerância desenvolveram sintomas de desconforto gastrointestinal.

Como se ter diarreia e estômago sem motivo algum não fosse ruim o suficiente, imagine perder a fé em seu pênis normal por causa do que o seu médico lhe disse. O efeito nocebo lamentavelmente funciona em pessoas que tomam medicamentos reais, como foi revelado por um estudo realizado em homens que tomaram a droga finasterida para próstatas aumentadas. Metade foi informada pelo médico que disfunção erétil era um possível efeito colateral, e a outra metade não. Do grupo que ouviu sobre o efeito, 44% relataram disfunção erétil, em comparação com apenas 15% do grupo que não tinha sido informado.

Em outro estudo, um paciente participando de um teste para medicação antidepressiva engoliu 26 pílulas de placebo em uma tentativa de suicídio. Mesmo sendo completamente inofensivas, sua pressão arterial de alguma forma caiu perigosamente.

3. Cor e tamanho afetam o efeito placebo




Nossa percepção de quão bem funciona uma pílula muitas vezes determina o quão bem ela realmente acaba funcionando. Esta eficácia percebida é baseada em grande parte no tamanho, forma e cor da pílula.

Pesquisadores descobriram que pílulas de placebo amarelas são as mais eficazes no tratamento da depressão, enquanto pílulas vermelhas levam o paciente a ficar mais alerta e acordado. Comprimidos verdes ajudam a aliviar a ansiedade, enquanto pílulas brancas aliviam problemas estomacais, como úlceras. Quanto mais pílulas de placebo as pessoas tomam, melhor, com as tomadas quatro vezes por dia sendo mais eficazes do que as tomadas duas vezes por dia.

Comprimidos que têm uma “marca” carimbada sobre eles também funcionam melhor do que pílulas que não têm nada escrito sobre elas. Parece que nós somos superficiais até quando se trata de medicamentos falsos.

2. Cirurgias placebo também são eficazes




Imagine sofrer uma lesão que exige cirurgia e ser submetido ao procedimento, o que resulta em um membro sem dor. Agora imagine o médico lhe dizendo, um mês depois, que não reparou nada durante a cirurgia, apenas lhe cortou e lhe fez acreditar que um procedimento tinha ocorrido.

Isso é essencialmente o que vem acontecendo em testes médicos, e os resultados mostram que as cirurgias falsas podem ser tão eficazes quanto as reais. A melhor parte é, obviamente, que a cirurgia falsa é bem mais barata.

1. O efeito placebo ficou mais poderoso ao longo dos anos




O efeito placebo foi observado pela primeira vez no final de 1700, mas suas verdadeiras implicações fisiológicas não foram realmente compreendias até a década de 1970. Ainda assim, parece que, quanto mais os médicos conduzem testes, mais poderoso o efeito placebo se torna.

Isso pode ser resultado de nosso condicionamento social. Humanos colocam muita fé em profissionais médicos. Conforme a tecnologia médica melhora, a mortalidade diminui e a nossa fé na medicina se torna mais forte. Tomamos conforto na rotina de ir ao médico, ser examinado, ir à farmácia e começar a tomar pílulas. Esperamos nos curar e, ao longo do tempo, essa expectativa tornou-se ainda mais pronunciada, conforme nossa fé na ciência se fortaleceu. Na Idade Média, teria havido pouca razão para ter fé nos procedimentos médicos, já que a maioria das pessoas morria. Hoje, nossa confiança nas drogas só deve crescer. Com isto, o efeito placebo cresce também.

Fonte: Hypescience.