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sexta-feira, 7 de março de 2014

10 hábitos comuns que fazem muito mal a você

Algumas coisas são tão comuns em nosso dia a dia que nunca paramos para pensar se elas realmente deveriam estar ali. Aposto que pelo menos 9 dos 10 hábitos da lista se encaixam nesse quadro. Veja:

10. Acordar com despertador


Tudo bem. Esse todo mundo sempre desconfiou. Afinal, uma coisa que faz você perder o final de um sonho épico não pode fazer bem a ninguém mesmo. Mas o fato é que existem evidências científicas de que tanto colocar o despertador para acordar durante a semana quanto compensar o sono perdido durante o fim de semana podem ser hábitos terríveis para você. Essa discrepância entre a quantidade de sono faz com que o metabolismo trabalhe mais devagar do que deveria e, consequentemente, aumenta o risco de obesidade.

E não para por aí!

Um estudo feito no Japão mostrou que o simples fato de acordar abruptamente, no susto, com o barulho do despertador, faz mal para o coração. A equipe que trabalhou nesse estudo reportou que esse susto matinal aumenta a pressão sanguínea e coloca o seu corpo em situação de alerta, o que não faz bem.

Mas e se eu preciso acordar cedo e não consigo ir dormir mais cedo?

Acontece com todo mundo. Seja por ansiedade, falta de sono, ou muitas coisas para fazer, às vezes apenas não é possível fazer com que o corpo pratique oito horas de sono por noite. Nesse caso, os pesquisadores japoneses aconselham: a melhor forma de acordar é usando métodos que façam você despertar gradualmente.

9. Cortar a grama


Quem diria que cortar a grama, uma atividade ao ar puro e livre, poderia dar as caras por aqui. Mas o problema não está exatamente em cortar a grama. Está no cortador de grama. Se você tem um lindo gramado em casa e corta sua grama regularmente com uma tesoura de jardim, bom… Isso provavelmente não fará muito bem a você por conta das bolhas que vão ficar em suas mãos. E se o dia estiver muito ensolarado, não fará bem também porque você provavelmente vai ficar horas e horas embaixo do sol. E se você cortar a grama com um cortador de grama, aí sim ficará em mais lençóis.

Isso porque os cortadores de grama são grandes poluidores de ar. Quão grandes? Mais que um carro.

Um estudo feito na Suécia mostrou que um carro teria que percorrer uma distância de aproximadamente 160 km para produzir a poluição que um cortador de grama produz em 1 hora. E como eles não contém catalisadores de ar, você fica ali inalando toda aquela poluição pelo tempo que estiver usando o equipamento.

8. Usar chinelos


Bonitinhos para os olhos, mas ordinários para os pés. Pesquisadores descobriram que o uso intensivo de chinelos muda a nossa maneira de andar e isso pode levar a severos problemas nas solas dos pés, tornozelos e calcanhares.

7. Ficar a maior parte do tempo sentado


Um estudo recente descobriu que homens que ficam mais de 23 horas por semana sentados têm muito mais chance de desenvolver algum tipo de doença cardíaca. Outras pesquisas também mostraram que não é só o fato de ficar sentado que aumenta esse risco, mas sim todo tipo de comportamento sedentário. É fundamental ter isso em mente: todas as partes do corpo precisam ser usadas constantemente para manterem uma boa forma. Quanto mais você se manter inativo, pior para o seu coração.

Se você obrigatoriamente trabalha sentado o dia todo, a dica é levantar, sacudir a poeira e fazer alguns alongamentos de tempos em tempos. Esticar as pernas e os braços é sempre bom.

6. Tomar muitos banhos


Sim, tomar banho é importante. Mas tomar MUITOS banhos pode não ser uma boa ideia. Pesquisas recentes mostraram que se lavar constantemente com água e sabão elimina as bactérias ruins, claro, mas também leva embora uma série de bactérias boas e óleos naturais que o corpo precisa. Inclusive, a desidratação causada por banhos constantes pode levar a doenças de pelo como eczema.

5. Usar mochila nas costas


Esse é um hábito típico de crianças em idade escolar, que precisam carregar livros e outros materiais que acabam pesando, e muito. E o problema que sai daí são dores nas costas, quando não problemas crônicos mais sérios. Anualmente, milhares de lesões são relatadas e a solução mais simples seria apenas não carregar tanto peso. Mas, como em muitos casos essa opção é impossível, a dica para amenizar dores é usar a mochila na posição correta. Seja em você, ou em crianças da família, fique atento: a posição ideal da mochila é a dois centímetros acima da cintura e todas as tiras devem ser devidamente apertadas.

4. Segurar espirro


Segundo o professor de otorrinolaringologia da Universidade Saint Louis, nos Estados Unidos, segurar o espirro não faz nada bem a saúde. De acordo com o Dr. Drauzio Varella, o ar expelido pelo espirro por chiar a até 160 km/h, e segurar esse impulso pode:

    Machucar o diafragma;
    Romper um vaso de sangue na córnea, machucando seus olhos;
    Romper seu tímpano, perdendo a audição ou, em casos menos graves, ficar com tontura;
    Enfraquecer um vaso sanguíneo do cérebro, fazendo com que ele se rompa posteriormente, quando a pressão sanguínea sofrer alguma elevação.

Viu só? Da próxima vez que você tiver vontade de espirrar, já sabe: o melhor a fazer é deixar acontecer naturalmente.

3. Deixar velas acesas


Durante muito tempo, as velas eram populares porque eram praticamente a única maneira de iluminar as coisas quando o sol não estava por perto. No entanto, desde a invenção da lâmpada, elas continuaram fazendo sucesso por conta de seus aromas agradáveis e efeito romântico. Infelizmente, elas não são só maravilhas. Velas podem facilmente causar um incêndio em casa e são responsáveis ​​por centenas de milhões em danos materiais a cada ano. E como se isso não bastasse, uma pesquisa recente descobriu que muitas velas à base de parafina estão realmente emitindo gases tóxicos, como benzeno.

Claro que uma vela perfumada de vez em quando não vai matar ninguém, mas os pesquisadores sugerem uso de ventilação adequada quando acendê-las.

2. Comer arroz


O arroz é um dos alimentos mais consumidos no mundo. No Brasil então, nem se fala. Por isso a ideia de que uma das bases da nossa alimentação faz mal para a gente pode soar um tanto absurda. Mas a verdade é que não é o arroz em si que nos faz mal, e sim os pesticidas e fertilizantes que são usados durante seu cultivo.

Alguns anos atrás, a Consumer Reports fez um estudo para verificar se havia arsênico nesse grão e descobriram que os produtos de arroz continham altos níveis de arsênico inorgânico, que é a variedade mais tóxica, assim como o arsênico orgânico. E para você que preza por uma alimentação mais saudável, os resultados são ainda mais preocupantes. Acontece que o arroz integral armazena mais arsênico do que o arroz branco.

Para piorar a situação, um estudo feito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul, detectou o uso de agrotóxicos não autorizados em lavouras de arroz no estado.

Para ficar longe desse mal, os pesquisadores que realizaram o estudo sugerem ​​limitar a ingestão de arroz para apenas cerca de uma xícara de arroz cozido por semana.

1. Ficar em gravidade zero


Isso pode não fazer parte do nosso dia a dia, mas fica a dica para se um dia você for convocado para uma missão espacial ou queira comprar um passeio pelo espaço, já que voos espaciais são uma tendência para o futuro. Além dos riscos óbvios, é importante saber que ficar em gravidade zero pode trazer algumas complicações para saúde que a ciência está apenas começando a entender.

Alguns astronautas voltam para casa com queixas de serem incapazes de se concentrar corretamente, e para alguns deles o problema nunca vai embora. Os médicos acreditam que a gravidade zero faz com que o sangue flua de forma inadequada, o que eleva a pressão na cabeça e pode acabar danificando permanentemente a visão.

E isso é só o começo dos potenciais problemas. Por isso, a melhor opção nesse caso é manter os pés no chão.

Fonte: Hypescience.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

10 manobras mais insanas e perigosas realizadas já concluídas


A idiotice loucura humana é culpada de agir de uma forma que é prejudicial para a saúde, sempre fez parte da sociedade. Independentemente da idiotice motivação, as pessoas continuarão a agir dessa maneira. Veja os 10 fatos mais insanos e perigosos concluídos.

1-) Pára-Quedismo do inferno ( ou paraíso ) what ever -.-


Joseph William Kittinger voou 483 missões, e passou 11 meses em uma prisão norte-vietnamita. No dia 16 de Agosto de 1960, ele realizou o salto a 31.300 m (102.800 pés). Ele ficou em queda livre por 4 minutos e 36 segundos e alcançou a velocidade máxima de 988 km/h. Ele bateu os recordes para a maior altitude alcançada por um balão, maior altitude de um salto de pára-quedas, maior queda livre e maior velocidade atingida por um homem através da atmosfera. O tempo total do salto durou 13 minutos e 45 segundos e Kittinger foi exposto a temperaturas de até -70 Celsius. De acordo com Kittinger, ele quebrou a barreira do som chegando a 1.148 km/h (714 milhas por hora) durante seu famoso salto. Isto pode ser discutível, já que outras referências dão como a velocidade máxima de 988 km/h ou mach 0.9.

2-) Corda bamba no World Trade Center


Philippe Petit depois de ver um artigo sobre a construção das torres do World Trade Center em Nova York, Petit ficou obcecado. Depois de muito planejamento e pesquisar, Petit decidiu o momento certo para uma seqüência de 140 metros de cabo de aço entre as "Torre Gemeas". Com apenas 24 anos de idade, Petit atravessou oito vezes as inacabadas torres, a um quarto de milha acima da Terra. Foi levado em custódia e o incidente ainda é referido como o "crime artístico do século".

3-) Recorde de velocidade em terra


Darren Taylor quebrou o recorde mundial de mergulho em piscina rasa. De uma altura de 10,6 metros (o equivalente a um prédio de três andares). Splash usa uma técnica de aterrissagem com a barriga que alivia o impacto da queda. E sai inteirinho do salto!

Velocidade sempre foi uma obsessão do homem, poucos como Andy Green detém o record de maior velocidade em terra. Ele atualmente detém o recorde de velocidade em terra a 766 mph (1,228 km/h). Até mesmo uma pedra fora do lugar poderia facilmente transformar o foguete em uma bola de fogo.

4-) Recorde de velocidade no Ar.


4,534 mph (7,274 km/h). É o atual recorde de velocidade, definida pelo Pete Knight. Nessa velocidade, você poderia ir da Terra à Lua em 52 horas. Menos tempo do que levou a Apollo 11 para chegar à lua, e sem o benefício do vácuo. Andy Green poderia ter dado a volta ao mundo em menos de 6 horas a essa velocidade.

5-) Salto de Moto


Robbie Maddison viveu sua vida no limite, normalmente no assento de uma motocicleta. Mais recentemente, estabelecendo um novo recorde para o maior salto da motocicleta com 346 metros.

6-) O homem Jato


Yves Rossy decidiu um dia atravessar o Canal Inglês. Mas, ele não queria atravessar as 22 milhas de natação, condução, ou correndo. Ele queria voar, o que soa completamente normal. A menos que você salte de um avião a 8.800 pés (2 685 metros) e rezar para que o jet pack em sua costas funcione e o leve atraves das 22 milhas. Felizmente, Yves sabia o que estava fazendo, e fez a travessia em menos de 10 minutos, atingindo uma velocidade de 125 mph.

7-) O nadador incansável doente


Martin Strel nadou durante 84 horas e 10 minutos em linha reta até o rio Danúbio, sem uma pausa.

8-) Escalada ao topo do mundo.


Reinhold Messner completou a escalada sozinho sem oxigênio suplementar. Também foi o primeiro a conseguir escalar todas as catorze montanhas com mais de 8000 metros e o segundo a escalar os sete cumes mais altos dos sete continentes.

9-) Bungee Jumping


O salto mais perigoso registrado pertence a David Barlia, que pulou de um helicóptero pairando em 10.000 pés, com 1.800 metros de corda elástica amarrada a si mesmo. Quando o cabo finalmente alcançou o ponto máximo de alongamento Dave Barlia tinha caído cerca de 6.000 pés.

10-) Professor Splash

 

Professor Splash (nascido em 1960) é o nome do show de Darren Taylor. Taylor é um americano show de mergulhador de Denver, Colorado. Ele é bem conhecido por quebrar recordes altos de mergulho utilizando pequenas piscinas. Ele detém os recordes mundiais do Guinness para maior mergulho em águas rasas . Taylor foi em The History Channel de Stan Lee e explicou a forma de seu famoso mergulho. Ele também apareceu no Discovery Channel onde estabeleceu um recorde mundial de mergulho capturado em câmera lenta.

Fonte: Minilua.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Você come mais quando está ansioso?

Usamos comida para nos confortar. Comer não tem a ver apenas com se alimentar, mas com nos confortar emocionalmente.  Nós comemos muito e muito rapidamente para nos sentirmos melhor a respeito do que estamos comendo. Porém, alcançamos um pico de bem estar e depois caímos.

 Você esta comendo porque está entediado, solitário, triste, ansioso, estressado? Porque você anda doando tanto de si mesmo para os outros que sente que precisa dar um pouco de comida para si mesmo?







Nós achamos que estamos dando algo para nós mesmos. Quando você não mais acreditar que comer vai salvá-lo quando estiver solitário e triste, você vai parar. Quando o formato do seu corpo não for mais o mesmo que o formato das suas crenças, seu peso vai diminuir.

Antes de você comer, pare um instante para se conectar com seu corpo e pergunte a si mesmo o que está sentindo. Às vezes, podem aparecer camadas de emoções ou sensações como o estresse, mas você pode descobrir que no fundo é um sentimento de solidão ou tristeza.



Comer satisfaz uma necessidade. Mantenha a mente aberta para o que pode estar acontecendo. E quando as emoções aparecerem, fique com elas. Não tenha medo. Existe uma forma de lidar com as emoções, sentimentos e sensações sem que elas tomem conta de você.

E você não está só. Estamos aqui para acompanhá-lo na sua caminhada rumo a vida que deseja para si. Para lidar com as emoçoes que podem surgir quando decidimos olhar para dentro e cuidar mais de nós.

Fonte: Biopsico Saúde.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Enxaguantes bucais realmente funcionam?

As promessas de horas prolongadas de hálito fresco podem levantar dúvidas: os antissépticos bucais conseguem, de fato, combater o mau hálito? De acordo com estudo recente, a resposta é “sim”.


Para entender como esses produtos podem ajudar, é importante conhecer o que está por trás do mau hálito, formalmente conhecido como halitose. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Halitose, o problema atinge cerca de 30% da população brasileira e, embora não seja uma doença propriamente dita, pode ser sinal de algum problema de saúde (como gengivite).

O odor desagradável é produzido por bactérias que se alimentam de restos de alimento presos na língua e entre os dentes. Elas liberam, entre outras substâncias, sulfureto de hidrogênio, o mesmo que está por trás do mau cheiro de ovos podres.

Embora escovar bem os dentes e usar fio dental ajude, nem sempre é o bastante, em especial porque é a língua o principal “reservatório” de bactérias. E estudos anteriores mostraram que escovar a língua tem um efeito bastante limitado no combate à halitose.

Os enxaguantes bucais podem combater o problema por duas vias: matando as bactérias ou camuflando/neutralizando o odor. “Nós vimos que antissépticos bucais, bem como aqueles que neutralizam odores, são de fato muito bons para controlar mau hálito”, destaca o pesquisador Zbys Fedorowicz.

Contudo, ele também fez uma pequena ressalva: produtos que contêm gluconato de clorexidina podem manchar (temporariamente, mas de modo visível) a língua e os dentes. “Você pode remover um pouco com escovação, mas entre os dentes, onde a escova não alcança, é bastante aderente”, diz. O efeito é parecido com o amarelamento causado por tabaco.

Agora, se os enxaguantes têm efeitos que duram doze horas ou mais, já é outra história.

Fonte: Hypescience.

sábado, 12 de outubro de 2013

Dicas para uma vida mais calma

Estamos freneticamente ocupados em lidar com as coisas que nos fazem sentir freneticamente ocupados; a vida moderna resulta em tarefas que nos sobrecarregam, bagunça que consome nossos lares, detalhes pessoais e profissionais que preocupam nossas mentes. Para resolver tudo isto, a receita é simples: procurar solucionar os pequenos problemas que podemos, e deixar os outros seguirem seu curso.

Limpe sua agenda


Todos temos a tendência de abraçar o mundo, achando que podemos dar conta de tudo. Confundimos um excesso de tarefas com produtividade.

Mas não somos tão bons como pensamos. A capacidade das mulheres de lidar com múltiplas tarefas (embora elas sejam melhores que os homens nisso), por exemplo, cai durante a ovulação, período em que os níveis de estrogênio são mais altos.

E a tecnologia nem sempre nos ajuda a ser mais produtivos, já que temos uma tendência a ficar mais tempo do que o necessário fazendo coisas como trocar e-mails em nossos smartphones — mesmo que não sejam importantes, ou que isso pudesse ser feito mais tarde, ou até mesmo ignorado.

Para fazer a limpeza nos seus compromissos, você só precisa tomar algumas atitudes simples.

Determine o que está consumindo o seu tempo


Durante um dia, a cada duas horas, anote exatamente o que você acabou de fazer, incluindo coisas como “ler as atualizações do Facebook durante meia hora” ou “digitalizar catálogos por 15 minutos depois de abrir o e-mail”. Você vai começar a ver que tem períodos de tempo que você não está aproveitando como poderia.

Pare de aceitar todas as tarefas


Normalmente, achamos que se aceitarmos novas tarefas, encontraremos tempo para elas, mas isto é autoengano. Experimente, em vez de aceitar de cara, dizer “deixe-me pensar como eu poderia fazer isso”, e então analise se você realmente pode fazer o que estão solicitando.

Tenha um plano



A maior parte das listas de “tarefas a fazer” não esclarecem, exatamente, como elas serão executadas, e as tarefas acabam parecendo maiores que são. Experimente anotar a maneira de fazê-las.

Vá e faça


Siga a regra dos dois minutos: se algo pode ser feito em dois minutos, vá em frente e faça-o. Você vai perder mais tempo pensando duas vezes nesta tarefa do que fazendo-a da primeira vez que pensa nela.

Considere as recompensas


Dentre os teus compromissos, devem haver alguns que te deixam mais disposto, e outros que te esgotam. Para todas as tarefas e compromissos que te esgotam, descubra quais recompensas você pode tirar deles e como aproveitá-las.

Limpe sua bagunça


As coisas vão se acumulando com o passar do tempo, normalmente por que não temos certeza se é a hora certa de nos livrarmos delas. E isso cria ansiedade, principalmente nas mulheres.

Quando você se livra do acúmulo de coisas e limpa o seu ambiente, também fica propenso a se livrar do acúmulo no seu próprio corpo, e a se remodelar.
Os passos para se livrar do acúmulo de coisas também são simples.

Pense pequeno


Pequenos atos de limpeza acabam desembocando em grandes atos de organização. Não pense em organizar toda a cozinha, por exemplo; se concentre em uma coisa de cada vez, como as caixas plásticas que estão começando a tomar conta dos armários.

Seja regular


Dedique-se a uma tarefa. Tenha um compromisso de, por exemplo, 10 minutos por dia, ou algumas horas durante vários fins de semana, e seja consistente e atento: desligue o celular e outras fontes de distração.

Decida o que é importante e o que pode ser descartado


Antes de começar a colecionar qualquer coisa, pergunte-se “se tudo fosse roubado, o que eu vou sair para comprar no dia seguinte?”.

Programe a coleta


40% das pessoas que fazem limpezas acabam nunca retirando as coisas de suas casas. Agende uma coleta de doações de roupas usadas ou de móveis usados antes mesmo de começar a selecionar o que você não precisa mais. 
  
Limpe sua mente


Não só as pessoas tem muita coisa para pensar no presente, como estão preocupadas com o futuro. Novamente, isso é especialmente verdade para as mulheres.

As preocupações atrapalham a concentração e a memória. Limpar sua mente é fundamental.

Elimine os pensamentos que incomodam


Os psicólogos falam do efeito Zeigarnik, que leva o nome de sua descobridora, a psicóloga Bluma Zeigarnik, que notou que os garçons conseguiam lembrar mais facilmente os pedidos incompletos que os que já foram servidos. O estudo que se seguiu mostrou que as pessoas têm 90% mais probabilidade de lembrar tarefas incompletas que as que já foram terminadas. 

Para parar de se preocupar com uma tarefa, basta dizer a seu cérebro que ela está completa.

Controle o que for possível


Quando tiver uma tarefa complexa, dedique-se ao que pode ser completado primeiro, como, por exemplo, terminar a introdução da apresentação em vez de ficar ruminando a formação da apresentação inteira. Isto vai ajudar a diminuir a ansiedade, e dar uma sensação de bem-estar em relação ao presente.

Faça alguma coisa prática


Seja limpar o jardim, amassar pão ou fazer algum artesanato, sempre que nos concentramos em algo tangível, paramos de pensar em coisas hipotéticas ou teóricas.

Gradue a perfeição em uma curva


Para todo, mundo chega o ponto em que a perfeição não é mais o que costumava ser. Adapte-se a isto. Aprenda a dividir responsabilidades, decida qual o esforço que você pode dedicar às suas tarefas (e então as execute). Você vai ver que tudo vai ficar bem.

Fonte: Hypescience.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

5 provas científicas de que video-games fazem bem a saúde

Vídeo games já levaram a culpa por vários problemas, desde a obesidade até a agressividade, mas várias pesquisas relevam que alguns jogos podem, na realidade, fazer bem à sua saúde. Confira cinco características que podem ser melhoradas e se tornarem mais saudáveis com a ajuda dos vídeo games e ganhe mais pretextos para seus pais deixarem você ficar colado na poltrona.

5. Visão


Jogos de ação podem ajudar a aguçar a visão e até mesmo curar a ambilopia, conhecida como “olho preguiçoso”. Nesta condição, a visão de um olho é pior que a do outro, e o tratamento é muitas vezes feito com o uso de um tapa-olho. Entretanto, pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, descobriram que uma hora de vídeo game pode melhorar a visão tanto quanto 400 horas do uso de tapa-olhos. Além disso, um estudo da Universidade de Rochester (EUA) descobriu que jogos de tiro em primeira pessoa melhoram a visão ao aumentar a capacidade do cérebro de prestar atenção em vários eventos ao mesmo tempo.

4. Cérebro


Jogar Tetris, um dos mais antigos e mais populares vídeo games, pode aumentar a eficiência do cérebro. Pesquisadores de Albuquerque (EUA) realizaram os testes com 26 garotas adolescentes que jogaram Tetris durante 30 minutos diários durante três meses. O estudo descobriu que as jogadoras desenvolveram um córtex mais espesso que aquelas que não jogaram. Além disso, as áreas que ficaram mais grossas são aquelas que os cientistas acreditam estar ligadas à coordenação de informações visuais, táteis e auditivas. Jogue Tetris aqui.

3. Equilíbrio


Pesquisadores da Universidade de Ottawa, no Canadá, testaram o vídeo game Wii em pacientes com doença de Parkinson. Depois de seis semanas de treinamento diário por 30 minutos com o Wii Fit, de exercícios físicos, e 15 minutos de Wii Sports, com esportes, os participantes do estudo melhoraram significativamente o equilíbrio. Os pesquisadores acreditam que treinamentos deste tipo podem ajudar a diminuir o declínio das funções corporais em pacientes com este problema.

2. Boa forma


Jogos como “Dance Dance Revolution” e “In The Groove” faziam a alegria de muitos adolescentes em shopping centers e em casa, sobre os tapetes apropriados para a dança. Agora, o Wii Fit permite que os jogadores realizem várias atividades físicas, como surf, boxe e danças sem nem sair de casa. Algumas academias já até integraram os vídeo games para as atividades físicas.

1. Coordenação motora


Pesquisas mostram que vídeo games podem aumentar a coordenação motora e a coordenação entre o olho e a mão. Um estudo realizado na Universidade de Iowa (EUA) mostra que jogar três horas semanais de vídeo games ajuda a cirurgiões terem menos erros em procedimentos pouco invasivos. Os jogos também ajudaram os médicos a realizar os procedimentos mais rapidamente.

Fonte: Hypescience.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O lado bom dos sentimentos ruins

A mulher mais rica do Reino Unido ganhou sua fortuna escrevendo um livro juvenil durante uma crise de depressão, enquanto sustentava sua filha com ajuda do governo. Tinha acabado de perder o emprego e de se divorciar. O maior filósofo do século 20 não passou no vestibulinho do colegial e sofreu bullying na escola por escrever errado, ter péssima memória e não fazer amizades - não se interessava em conviver com pessoas. Humanos também não eram os seres prediletos do mais conhecido intérprete de J. S. Bach, que não tocava para plateias nem deixava que pessoas encostassem nele. E o inventor da lâmpada era tão avoado que foi expulso da escola aos 8 anos e precisou estudar em casa.

J. K. Rowling, Ludwig Wittgenstein, Glenn Gould e Thomas Edison. Essas pessoas atingiram o sucesso não apesar de suas falhas, mas por causa delas. Certos padrões de personalidade e de ânimo considerados até mesmo transtornos mentais foram selecionados ao longo da evolução. Talvez essas adaptações não sejam tão vantajosas hoje quanto na época em que vivíamos fugindo de predadores, lutando com rivais e caçando presas. Mas tais peculiaridades preenchem os buracos criados pela normalidade da maioria das pessoas.

Desatentos conseguem captar ao mesmo tempo vários estímulos do ambiente e, com isso, fazer associações inesperadas, criativas. Outras pessoas não conseguem se interessar pelo que há à sua volta, mas exatamente por isso concentram-se dias a fio num só raciocínio e chegam a conclusões geniais. A ansiedade nos protege de pagar para ver uma ameaça, e a tristeza e o pessimismo nos fazem desistir de ilusões.

Portanto, se você tem amigos esquisitos, sinta-se sortudo. Você se acha meio diferente? Saiba por que isso pode ser bom.

DEPRESSÃO


Do ponto de vista clínico, não há nada de bom na depressão. Ela aprisiona no sofrimento pessoas que, paralisadas, não conseguem tomar atitudes que melhorariam sua vida. Isolam-se socialmente e tendem a remoer um problema. Às vezes, até a morte. Mas não. Até ela tem seu lado positivo. Para começar a entender qual é esse lado, temos que responder a uma pergunta: por quê, afinal, a depressão existe? Uma hipótese é a de que, conforme a civilização se desenvolveu, o homem alterou seu ambiente numa velocidade maior do que sua capacidade de adaptar-se a ele. Evoluímos para viver em grupos de 50 a 70 membros seguindo o ciclo do Sol, com a preocupação de obter alimento e procriar. Agora as coisas mudaram um pouco: temos de nos preocupar com contas, imagem, carreira... E muitos planos acabam frustrados - talvez mais do que a cabeça foi feita para aguentar. Pior: temos hábitos sedentários e, graças à luz artificial, fazemos nosso corpo funcionar no tempo do relógio, e não no do Sol. Tudo isso explicaria por que a prevalência da depressão tem aumentado. "É o mesmo que ocorre com nosso sistema cardiovascular, que não evoluiu para dar conta de alimentos gordurosos e pouco exercício", afirma Paul Gilbert, da Universidade de Derby, no Reino Unido.

Mas não é só isso. Outra corrente defende que a depressão existe porque foi talhada pela seleção natural, ou seja: porque oferece vantagens a seus portadores. Segundo o médico Randolph Nesse, da Universidade de Michigan, ela teria a mesma função da dor: garantir nossa sobrevivência diante de um risco. Quando um tecido está prestes a ser lesionado durante alguma atividade física, nossos neurônios transmitem um estímulo que nos impede de seguir além de nossos limites. A depressão funciona da mesma forma - mas, em vez de impedir fisicamente que você assuma um risco, ela atua no ânimo. A euforia e a depressão serviriam para regular nossas ações na busca por um objetivo. Um dos primeiros cientistas a pensar isso como uma adaptação foi o psicólogo americano Eric Klinger. Num artigo de 1975, ele analisou como o humor melhora conforme o progresso na busca de um objetivo. Isso motiva a pessoa a continuar a se esforçar e assumir riscos cada vez maiores. Quando esses esforços começam a falhar, uma piora no ânimo a faz voltar atrás, preservar suas reservas e reconsiderar opções. Essa piora, essa depressão leve, abre espaço para a introspecção e o autoexame necessários para tomar decisões difíceis, como desistir de objetivos inalcançáveis e buscar novas metas. Foi justamente o que observaram pesquisadores da Univerdidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. Por 19 meses, eles acompanharam 97 adolescentes, analisando sua capacidade de deixar de lado objetivos muito difíceis (ou inalcançáveis), como virar um músico famoso, e abraçar outras metas, como dar duro para entrar numa boa faculdade. Enquanto isso, os pesquisadores também observaram sintomas de depressão nos voluntários. Conclusão: as pessoas com sintomas de depressão leve conseguiam abrir mão com mais facilidade de objetivos irrealistas. Elas davam menos murro em ponta de faca. E tendiam a sair da adolescência menos machucados, mais felizes, do que os esmurradores de lâminas. 

ANSIEDADE


Você está perdido no meio do nada. E ouve um ruído longínquo de animal. O bicho pode ser um tatu ou uma onça. Se você ficar apavorado e sair correndo até um lugar seguro antes que uma possível onça se aproxime, vai ter gasto 200 calorias em 10 minutos. Se não correr e depois for surpreendido por um leão, perderá seu corpinho inteiro - isto é, 200 mil calorias. Por esse raciocínio frio e puramente matemático, valeria a pena ter um ataque de pânico se a probabilidade de o ruído ser de um leão for maior que 1 em 1 000, conclui Randolph Nesse em sua empreitada em busca das causas evolutivas de transtornos mentais. Isso justifica por que é bom sentir medo mesmo quando a ameaça é pequena. E ansiedade é isto: medo de algo que não é necessariamente real. Mais: tal como o amor, ela é uma emoção. E uma emoção é um padrão de resposta diante de situações que podem trazer riscos ou oportunidades. A paixão ajuda a cortejar um parceiro, a raiva nos afasta de alguém quando desconfiamos que fomos traídos, e a ansiedade nos faz fugir ou lutar quando sentimos ameaçados. E isso acontece sem que pensemos. Quando bate a ansiedade, o fígado começa a liberar glicose, a frequência cardíaca aumenta, menos sangue circula pela pele e mais vai para os músculos. Assim, o corpo fica preparado para reagir - a animais, à altura, a trovões, à escuridão ou ao escrutínio público. E também a coisas mais sutis, como um trabalho insuportável ou um relacionamento falido. Ou seja: a ansiedade também pode funcionar como um alarme para que você mude de vida quando necessário. Um alarme que não temos como fingir não escutar.

PESSIMISMO


Para começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o psicólogo americano Martin Seligman: "Os visionários, os planejadores, os desenvolvedores, todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não existem, explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será um desastre", afirma. Qualquer empresa precisa de figuras que joguem a dura realidade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes financeiros, engenheiros de segurança...

Esse realismo é coisa pequena se comparado com o pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para ele, o otimismo é a causa de todo sofrimento existencial. Somos movidos pela vontade - um sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma parte de um ciclo inescapável de desilusões: dela vamos ao sucesso, então à frustração - e a uma nova vontade.

Mas qual é o remédio, então? Se livrar das vontades e passar o resto da vida na cama sem produzir mais nada? Claro que não. A filosofia do alemão não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso de otimismo - propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de ansiedade. É o que concluíram os psicólogos John Lee e Joane Wood, da Universidade de Waterloo, no Canadá. Um estudo deles mostrou que pacientes com autoestima baixa tendem a piorar mais ainda quando são obrigados a pensar positivamente.

Na prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai conseguir uma promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o quanto você está distante disso. A conclusão dos pesquisadores é que o melhor caminho é entender as razões do seu pessimismo e aí sim tomar providências. E que o pior é enterrar os pensamentos negativos sob uma camada de otimismo artificial. O filósofo britânico Roger Scruton vai além disso. Para ele, há algo pior do que o otimismo puro e simples: o "otimismo inescrupuloso". Aquelas utopias que levam populações inteiras a aceitar falácias e resistir à razão. O maior exemplo disso foi a ascensão do nazismo - um regime terrível, mas essencialmente otimista, tanto que deu origem à Segunda Guerra com a certeza inabalável da vitória. E qual a resposta de Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O pessimismo, que, segundo ele, cria leis preparadas para os piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim, é antever o pior.

TIMIDEZ


Escolas valorizam trabalho em grupo. Processos seletivos jogam candidatos em dinâmicas para identificar líderes natos. Empresas colocam seus funcionários em amplos escritórios sem divisórias e colhem ideias em brainstorms com uma dezena de pessoas - vale tudo, menos ter vergonha de falar besteira. Vivemos no mundo dos extrovertidos. Mas há pesquisadores que veem essa valorização do trabalho coletivo e da extroversão como um tiro no pé. "O mundo está desperdiçando o talento das pessoas tímidas", defende Susan Cain em seu livro Quiet (Quieto, sem versão brasileira), que compila estudos sobre o assunto.

Mas como a timidez pode ser positiva, afinal? Para responder a isso, precisamos esclarecer uma coisa - ser introvertido não significa ser fechado ao exterior. Muito pelo contrário. É ser sensível demais a ele. É o que tem demonstrado desde a década de 1960 o psicólogo Jerome Kagan. Em seu estudo mais importante, ele juntou 500 bebês de 4 meses em seu laboratório em Harvard para observar como reagiam quando estimulados com sons, imagens coloridas em movimento e cheiros. Então separou o grupo dos que reagiam muito - 20% deles - e o dos que reagiam pouco - 40%. Suas pesquisas anteriores lhe permitiram predizer o contrário do que a intuição sugere: os muito reativos se tornariam os futuros introvertidos. Aos 2, 4, 7 e 11 anos de idade, essas crianças voltaram ao laboratório de Kagan. As que haviam sido classificadas como muito reativas desenvolveram personalidades sérias, cuidadosas, enquanto as pouco reativas se tornaram mais relaxadas e autoconfiantes - a futura turma do fundão. Isso porque a amídala (estrutura do sistema límbico, responsável por reações instintivas, como apetite, libido e medo) é mais facilmente estimulada em crianças muito reativas. Ou seja, são mais alertas, mais sensíveis a estímulos novos. Suas pupilas se dilatam mais, suas cordas vocais ficam mais tensas, sua saliva tem mais cortisol - um hormônio do estresse - e seu batimento cardíaco se acelera mais. Um pouco de novidade já implica em vontade de se proteger. O lado negativo é que são mais vulneráveis à depressão e à ansiedade. Mas, ao mesmo tempo, podem ser mais empáticas, cuidadosas e cooperativas, desde que se sintam em sua zona de conforto. "Crianças muito reativas podem ter maior probabilidade para se tornar artistas, escritores, cientistas e pensadores, pois sua aversão a estímulos novos as faz passar mais tempo no ambiente familiar - e intelectualmente fértil - de sua própria cabeça", diz Cain. Um introvertido concentra a mente numa só atividade, em vez de dissipar energia em assuntos não relacionados ao trabalho - estudos do programador americano Tom DeMarco com 600 colegas mostram que o que define a produtividade no setor de TI não é o salário nem a experiência, mas o quão isolado é o ambiente de trabalho. A solidão também permite focar-se nas próprias falhas e treinar até chegar à perfeição. É esse tipo de prática que cria grandes atletas e virtuoses musicais.

AUTISMO


Ludwig Wittgeinstein, gênio da filosofia, começou a falar só aos 4 anos. Estudou com tutores particulares em sua casa, em Viena, até os 14 anos. Sem conseguir passar no vestibulinho do colegial, foi parar em 1903 na escola técnica de Linz (a mesma de Adolf Hitler, de quem não foi colega, pois o futuro ditador estava dois anos atrasado nos estudos). Mas ele simplesmente não se interessava pelos colegas. A solidão e a dislexia fizeram dele um perfeito alvo de bullying. "Nunca consegui expressar metade do que queria. Na verdade, não mais que um décimo", contou em suas memórias. 

Assim foi o jovem Wittgenstein. Mas sua excentricidade e o fato de ter revolucionado a filosofia no século 20 não são uma contradição, segundo o professor Michael Fitzgerald, do Trinity College, em Dublin. O psiquiatra vê em sua biografia sintomas que caracterizam a síndrome de Asperger - um tipo de autismo que, aliado a um intelecto avantajado, pode ser a base da genialidade.

Todo autista se foca obsessivamente em interesses muito específicos, tem comportamentos repetitivos e não se interessa em interagir com outras pessoas. Mas, enquanto a imagem mais comum é a da criança ensimesmada balançando para a frente e para trás, o espectro do autismo vai desde o atraso mental até o desenvolvimento linguístico e cognitivo completo - caso da síndrome de Asperger. Quem tem essa síndrome não se interessa em dividir experiências e emoções, tem padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento e de interesses e não abre mão de sua rotina. Isso torna o convívio difícil - mas pode ter um efeito colateral inesperado. 

"Muitas características da síndrome de Asperger aumentam a criatividade", escreve Fitzgerald em Autism and Creativity (Autismo e Criatividade). "Pessoas assim têm uma capacidade extraordinária para focar-se em um tópico por um longo período - dias, sem interrupção nem mesmo para as refeições. Não desistem diante de obstáculos." E não é apenas a concentração. A forma como entendem o mundo é diferente. Quando veem uma coisa, apreendem o detalhe para então sistematizar como funciona o geral - enquanto a maioria das pessoas apreende o geral para depois se afunilar em detalhes. Isso é um enorme ponto positivo para engenheiros, físicos, matemáticos, músicos.

Não que não haja um lado negativo. Portadores da síndrome de Asperger também têm dificuldade em aceitar e adotar regras sociais. Por isso, muitas vezes parecem ter personalidade infantil. Quando entrou para a faculdade de engenharia, Wittgenstein se fascinou pela obra Os Princípios da Matemática, de Bertrand Russell. Em 1911, mudou-se para a Universidade de Cambridge para estudar com Russell. Nos primeiros dias, chegava à sala do mestre à noite e seguia até a manhãzinha desdobrando suas ideias como que em um monólogo. Em 1926, quando terminou a defesa oral de sua tese de doutorado, deu um tapinha nos ombros dos examinadores. "Não se preocupem. Eu sei que vocês nunca conseguirão entender", disse. Wittgenstein começou então a dar aulas. Em seus seminários, era como se não houvesse uma audiência. Lutava com seus pensamentos e volta e meia caía em silêncios que nenhum estudante ousava interromper. Qualquer comentário que considerasse estúpido era retrucado brutalmente.

Para escrever Investigações Filosóficas, sua maior obra, ficou isolado numa cabana na Irlanda. Certa vez, o caseiro, que o havia visto conversando, perguntou-lhe se tivera uma boa companhia. A resposta foi: "Sim, falei muito com um ótimo amigo - eu mesmo". Numa carta a Bertrand Russell, escreveu: "Estar sozinho me faz um bem infinito, e não acho que agora poderia suportar a vida entre pessoas". O único grande prazer social do filósofo era discutir seus interesses - lógica, linguística e música. O mundo real pouco lhe importava.
O gene da engenharia


Todo engenheiro é um pouco autista. Essa é a conclusão, polêmica, do psiquiatra Simon Baron-Cohen, de Cambridge. Simon buscava identificar se estudantes com sintomas da síndrome de Asperger tinham predisposição a escolher alguma área específica de conhecimento. Fez um levantamento com graduandos de Cambridge e viu que alunos de exatas eram os mais propensos a ter os sintomas. O estudo fez barulho suficiente para que os pais de alunos de Eindhoven, na Holanda, entrassem em contato com ele depois de identificarem uma epidemia de autismo na cidade, conhecida pela concentração de empresas tecnológicas. Baron-Cohen comparou Eindhoven com Haarlem e Utrecht - que têm número semelhante de habitantes - e levantou a porcentagem de pessoas empregadas em tecnologia: 30, 16 e 17%, respectivamente. Depois, pesquisou a prevalência de autismo diagnosticado nas cidades: 229 por 10 mil crianças em Eindhoven, contra 84 e 57 nas outras. Para Baron-Cohen, isso é indício de que regiões onde pais têm empregos relacionados à "sistematização", como o da tecnologia da informação, terão uma taxa de autismo maior em suas crianças. É um resultado polêmico: indica que as pessoas naturalmente mais aptas para as ciências exatas carregam mais genes ligados ao autismo do que a média da população. E mais: é uma evidência de que essa aptidão seja, por si só, uma forma leve de autismo.

Einstein, o autista
O psiquiatra Michael Fitzgerald identificou traços da síndrome de Asperguer, uma forma moderada de autismo, em 42 personalidades históricas. Conheça algumas delas.

ALBERT EINSTEIN
"Meu senso de justiça e de responsabilidade social sempre se contrastou com minha falta de necessidade de contato direto com outras pessoas ou comunidades. Sou de fato um viajante solitário e nunca pertenci a meu país, à minha casa, aos meus amigos ou mesmo à minha família", escreveu o físico nos ensaios Como Vejo o Mundo.

GLENN GOULD
Um dos maiores pianistas do século 20 não deixava ninguém tocá-lo e, quando mais velho, só se comunicava com o resto do mundo por telefone ou por cartas. Aos 32 anos parou de tocar em público e se fechou no estúdio. Afinal, para ele tocar música era um ato tão íntimo que não dava para conciliá-lo com a audiência.

LEWIS CARROLL
O escritor americano Mark Twain chegou a dizer que Carroll, matemático autor de Alice no País das Maravilhas, era interessante "somente para olhar." Era o homem "mais estiloso e mais tímido" que já tinha visto. Não dava autógrafos nem deixava ser retratado - mesmo sendo ele mesmo um fotógrafo amador. "Minha aparência e minha escrita pertencem somente a mim", escreveu em uma carta.

FRACASSO


Quando destruímos um relacionamento, somos demitidos ou vivemos qualquer outra grande frustração nessa linha, não tem muito jeito: sentimos não só que um plano deu errado, mas que falhamos como pessoa.

Nossa mente, porém, evoluiu com uma defesa contra isso: ela ignora o que não quer saber. Uma área do cérebro chamada córtex cingulado anterior é ativada quando percebemos que alguma coisa deu errado. É como se fosse o mecanismo do "putz!". Com ele, excitamos mais uma região - o córtex pré-frontral dorso-lateral. Ele é o "censor" da mente, responsável por apagar determinado pensamento.

Esse mecanismo duplo - primeiro o "putz" e depois o "esquece" - permite editar nossa consciência conforme nossa vontade. Assim, conseguimos deixar para trás nossos fracassos.

Isso também acontece com cientistas. No início da década de 1990, Kevin Dunbar começou a observar os laboratórios de bioquímica da Universidade de Stanford. Descobriu que a metade dos dados obtidos nas pesquisas não batia com o que suas respectivas teorias previam. Os resultados às vezes simplesmente não faziam sentido. A reação então era típica: primeiro, os pesquisadores procuravam um bode espiatório - alguma enzima ou máquina devia não ter funcionado direito. Então repetia-se o experimento. Quando o resultado inesperado acontecia de novo, o experimento inteiro era considerado um fracasso e acabava arquivado. O que os pesquisadores não percebiam é que o mecanismo "putz, esquece" de sua mente os cegava. Dunbar então observou grupos de estudo com pesquisadores de diferentes áreas - biólogos, químicos e médicos. O fato de ter pessoas com um olhar de fora fez com que os bioquímicos, em vez de jogar fora o experimento, abrissem os olhos e repensassem suas teorias. Assim puderam reavaliar suas convicções e muitas vezes encontrar o caminho que funcionava. Moral da história: entender o porquê de um fracasso pode ser o melhor atalho para o sucesso.

É mais ou menos o que aconteceu com a britânica Joanne Rowling. Quando era adolescente, tudo o que seus pais esperavam dela era que não fosse pobre como eles. E tudo o que ela queria era ser escritora. Para arranjar um meio-termo entre seu desejo e o dos pais, fez faculdade de letras. Terminados os estudos, sua vida virou uma sucessão de fracassos. Tentou agradar os pais trabalhando num escritório, mas não suportava a chatice do dia a dia. Quando a mãe morreu, mudou-se para Portugal para dar aula de inglês. Em 3 anos, casou-se, teve uma filha e se divorciou. Desempregada e descasada, mudou-se para a Escócia, onde, deprimida, foi viver da ajuda financeira do Estado. Quando Joanne estava no ponto mais fundo de seu fracasso, começou a escrever um livro. Levou um "não" de 8 editoras - até conseguir uma que publicasse seu Harry Potter e a Pedra Filosofal. Adotou o nome artístico de J. K. Rowling e, em 3 anos, se tornaria a mulher mais rica do Reino Unido. E, para ela, o ingrediente de seu sucesso foi o fracasso. "O fracasso significa eliminar tudo o que não for essencial. Parei de fazer de conta para mim mesma que era uma pessoa diferente e comecei a direcionar toda minha energia em terminar o único trabalho que importava para mim", disse a uma plateia de graduandos de Harvard durante uma conferência do TED (instituição que organiza conferências sobre novas ideias). E arrematou: "Me senti liberta, porque meu maior medo já tinha acontecido. E ainda assim eu continuava viva".

DÉFICIT DE ATENÇÃO


De 3 a 5% das crianças em idade escolar são daquelas distraídas e agitadas, que perdem tudo, não conseguem fazer a lição, não esperam sua vez e agem sem pensar. Têm o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Quando crescem, os sintomas diminuem, mas os problemas, não. Podem até piorar - afinal, as responsabilidades são outras. O que se esquece não é mais a lição de casa, mas prazos e reuniões. Trabalhos são abandonados pela metade, ordens são ignoradas. A impulsividade pode custar o emprego ou o relacionamento. Por que isso é tão comum? A resposta é semelhante à da ansiedade e da depressão - essa característica já foi uma vantagem adaptativa, até que a cultura e o ambiente mudaram. Em sociedades nômades, quem tem foco de atenção disperso é capaz de cuidar melhor de seu gado, explorar áreas desconhecidas e ficar alerta para ameaças. Dan Eisenberg, da Northwestern University, EUA, observou em tribos africanas nômades e sedentárias. Entre os nômades, os que tinham o alelo 7R (ligado ao TDAH) eram mais bem nutridos do que os sem. Já nas sedentárias, acontecia o contrário. Em outras palavras, conforme o homem se estabeleceu num só lugar e começou a viver de atividades que exigem mais foco, a atenção dispersa virou desvantagem. Mas não tanto. Os mesmos genes que hoje estão associados ao risco são responsáveis por revoluções nas artes, ciência e exploração, acredita o psiquiatra Michael Fitzgerald, do Trinity College. Michael, que já tinha procurado traços de autismo na biografia de personalidades, não demorou para fazer o mesmo com o TDAH. Segundo ele, sintomas de déficit de atenção estão presentes em Thomas Edison, Oscar Wilde, Kurt Cobain (que foi diagnosticado quando criança) e até em Che Guevara. Quem tem a cabeça na Lua pode encontrar lá em cima coisas que pessoas com o pé no chão não veem.
Superávit de criatividade

Fonte: Super Interessante

Quem tem TDAH é ótimo em brainstorms, pois não se sente inibido para dar ideias aparentemente estranhas. As psicólogas americanas Holly White e Priti Shah testaram um grupo de 90 universitários divididos entre os com e os sem TDAH. Elas pediram para que cada grupo propusesse usos para um tijolo e para um balde em 2 minutos. Resultado: os desatentos se deram melhor no número de usos, na diversidade dele e, principalmente, na originalidade. Entre as soluções do grupo com TDAH estavam usar o tijolo para escrever em superfícies como concreto ou o balde como guitarra - se você adicionar cordas e um pau ali. Só faltava verificar isso no mundo real. As pesquisadoras, então, fizeram isso num segundo estudo, de 2011. Deram a 60 universitários um questionário sobre quais seus êxitos em 10 áreas criativas: artes cênicas, humor, música... Os desatentos tiveram níveis mais altos em todas as categorias.