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terça-feira, 16 de junho de 2015

As 10 piores maneiras de morrer na natureza

O risco é o que nos atrai às aventuras, mas qualquer um que resolva ir para algum lugar selvagem deve estar preparado: na natureza, existem incontáveis formas de morrer. Confira as mais desagradáveis, ignominiosas, e terríveis delas:

10. Morrer em uma queda

 


Você não tem tempo para sentir medo. Centésimos de segundos depois de perder o apoio, o reflexo do susto entra em ação, e seus braços se esticam para agarrar alguma coisa. Mas não há nada para se agarrar. Você está em queda livre, sem corda e sem um colega para te segurar. Você se pergunta no que estava pensando, mas é muito tarde. A gravidade acelera o seu corpo e você cai 9 metros – a altura de um prédio de 3 andares – em 1,4 segundos.

Você ouve um “crack”, sua perna direita atingiu uma projeção da parede e você rodopia por mais 6 metros antes de cair numa laje de granito, com o vale a 30 metros abaixo.

Você tenta respirar, mas a força da queda comprimiu seu diafragma, expulsando o ar dos pulmões. Você consegue arquejar espasmodicamente uma, duas vezes, então uma onda de náusea cresce e você vomita seu lanche. O corpo instintivamente sabe que vai precisar de toda energia possível, e a digestão do café-da-manhã vai consumir muita energia.

Você então nota algo, parece um galho, destacando-se do nylon da sua calça. Uma segunda olhada e você percebe que é seu fêmur direito, despedaçado em uma fratura exposta, com sangue fluindo do ferimento na cintura. Mas você não sente dor, pelo menos não muita, ou melhor, ainda não. O bloqueio da dor é obtido através de muita endorfina nos terminais nervosos.

Ao mesmo tempo, você experimenta o que os médicos de emergência chamam de “hora dourada”, quando, logo após um trauma, seu corpo pode manter a pressão sanguínea apesar da hemorragia. Você sente uma dor surda no torso quando atinge o chão; não só quebrou as costelas da nona até a décima-segunda, mas também rompeu o baço, um órgão do tamanho de um pulso, no lado esquerdo do abdômen, responsável por filtrar o sangue. O sangue está fluindo lentamente para a cavidade abdominal.

Você chama o número de socorro no celular, mas o sinal está bloqueado pelas paredes do cânion. Quando um caçador vê seu corpo vários anos mais tarde, os ossos dos seus dedos ainda estão em torno do plástico desgastado do seu celular.

9. Morto por um Casuar

 


Imagine-se em um acampamento, em algum ponto da região nordeste da Austrália. Você se afasta da fogueira, percebe um risco azul e ouve um som muito baixo para ser um pássaro e muito alto para ser um trovão.

Você resolve investigar, caminhando com cuidado, até dar de cara com uma ave de 1,80 m de altura e 58 kg. Você a examina, mas não percebe sua garra de 12 cm do dedo do meio. A ave parece mansa, só que já foi alimentada várias vezes por outras pessoas, e agora espera que você a alimente também.

Você sabe que não se deve alimentar animais selvagens, mas joga a latinha de cerveja na direção dela. A ave não se move e você resolve ser um pouco mais valente, e avança em direção à ela, fazendo um falso ataque. Ela move a cabeça e você acha que ela vai atrás da cerveja, mas, em vez disso, ela te ataca.

Repentinamente, você se torna uma das 221 vítimas de ataque de casuares. Você ri e se vira para correr, achando que o velociraptor moderno é fácil de deixar para trás. Você está errado. A ave é capaz de correr até 50 km/h, acompanhando você facilmente.

O pássaro chuta e você tropeça em um tronco. Em uma fração de segundos, ele salta cerca de 1,5 m no ar, caindo ao lado do seu pescoço. Você cobre a cabeça com medo enquanto o casuar se aproxima. Com um chute poderoso, ele abre uma ferida de 1,5 cm na sua carótida.

Um vizinho ouve teus gritos e afasta o casuar. Oito minutos depois do corte, você fica inconsciente. O campista tenta estancar a hemorragia, mas não consegue. Você se torna a segunda pessoa, desde 1926, a ser morta por um casuar.

8. Insolação

 



Temperatura do corpo: 38,33°C. Você ignora o fato que a temperatura do ar é quente demais para uma competição de bicicleta, afinal de contas, se chegar ao topo, você ganha!

38,89°C, a cada pedalada, a temperatura do corpo aumenta um pouquinho. Você está na zona da “febre de exercício”, que atletas treinados conseguem suportar sem problema.

39,44°C. A cada 9 segundos, cada uma das duas milhões de glândulas sudoríparas expele uma gota de umidade por um poro, e então se recarrega. Sem o mecanismo de resfriamento do suor, o esforço aumentaria 1°C a cada minuto, e você sofreria uma insolação em 12 minutos.

40°C, a subida fica mais íngreme e você fica em pé sobre os pedais. Você sente dores nos bíceps, batata da perna e músculos abdominais – são as cãibras de calor, que se acredita serem o resultado de perder muito sódio pelo suor. O coração bate, mas não consegue manter as veias e artérias cheias. Elas estão dilatadas ao máximo para eliminar o calor do interior do corpo. A pressão baixa, o cérebro começa a perder oxigenação, e a visão fica turva.

40,56°C, você começa a alucinar. As dores passam, a linha do final está à frente. Você sabe que venceu, mas por algum motivo não tem ninguém esperando. Você sai da estrada e cai em um barranco. Tudo fica preto.

41,11°C, deitado inconsciente, você sofre uma insolação. A taxa metabólica celular – a velocidade com que as células transformam combustível em energia – acelera. Teu corpo está cozinhando por dentro.

41,67°C Você vomita repetidamente, e seu esfíncter afrouxa.

42,78°C, todos os teus músculos estão em convulsão.

43,33°C a 45°C, as mitocôndrias e proteínas celulares dissolvem. O coração e pulmão começam a sofrer hemorragias. O sangue coagula nas veias. O calor danifica o fígado, rins, cérebro, e perfura a parede intestinal. As toxinas das bactérias intestinais entram na corrente sanguínea, o que poderia causar um choque séptico. O coração para.

Você é encontrado no fim da tarde, bem depois do fim da corrida. Não tem mais pulso, mas o corpo ainda está quente.

7. Morto por um urso

 


Em uma tarde serena na Sierra Nevada, você admira o pôr do sol da varanda da cabana. Um barulho que parece uma trovoada atrai a sua atenção e você vê, à esquerda, um enorme urso negro em disparada na tua direção, a boca cheia de baba.

Você sabe que ataques fatais de ursos são extremamente raros, algo como duas pessoas por ano, e hesita. Mas este macho solitário e faminto sentiu o cheiro do seu lixo e agora está caçando você.

Você salta e corre para dentro da cabana, achando que está seguro. Um minuto mais tarde o animal arrebenta uma janela e entra. Você bate latas e panelas, sem resultado, e então corre para o quarto. Normalmente, o urso fugiria, mas, hoje, ele te segue.

Ele te acerta no ombro, te derrubando. Te segurando com as patas, ele arranca teu escalpo com os dentes. Você o ouve arranhar teu crânio enquanto sente dores terríveis. Em uma tentativa desesperada de se defender, você rola, e acaba expondo a garganta. O urso morde.

No dia seguinte, guardas florestais abatem o urso quando ele tenta invadir outra casa. Eles encontram restos humanos no estômago do mesmo.

6. Afogamento

 


3 segundos. Você acabou de virar o caiaque em um buraco no meio do rio, e consegue engolir 5 litros de ar para dentro dos pulmões antes de cair de cabeça nele. Como o ar tem 20% de oxigênio, isto significa que você tem 1 litro de oxigênio nos pulmões. A água fria dispara a “resposta de mergulho” no seu corpo: sua taxa de batimentos cai, e as veias e artérias se contraem, canalizando o sangue oxigenado para o cérebro e órgãos, em vez dos membros.

12 segundos, você tem 825 ml de oxigênio. Um ser humano normal pode prender a respiração por 90 segundos antes de desmaiar. Você começa a sentir o estresse nos pulmões, e sensores no cérebro estão percebendo o aumento de dióxido de carbono no sangue, sinalizando aos pulmões que devem exalar.

37 segundos, e seu sangue que é normalmente vermelho pela oxigenação está ficando azul. Você sente o aumento de ácido lático nos braços e pernas devido à falta de oxigenação. Você coloca a cabeça para fora da água, e consegue liberar dióxido de carbono, mas quando começa a inspirar, o buraco te puxa para dentro. Você engasga, e sua laringe começa a sofrer espasmos devido ao reflexo de fechar para manter os pulmões sem água.

1min23s, 220 ml de oxigênio sobrando. Você perde a consciência. A água que foi inalada lava o surfactante, uma cobertura proteica que impede o colapso dos pulmões. Se for salvo agora, você pode morrer algumas horas depois devido a um “afogamento secundário”, à medida que os pulmões se enchem de fluido.

4min21s, o fraco batimento cardíaco joga algum oxigênio residual ao cérebro. Em terra firme, os danos cerebrais começam cerca de quatro minutos depois que a respiração para. Depois de dez minutos, as chances de recuperação são quase zero. Estes tempos são menores para vítimas na água, principalmente água fria.

19min36s. Exceto pelos impulsos elétricos fraquíssimos, seu cérebro parou de funcionar. O corpo normalmente afunda, e depois volta a flutuar quando se enche de gases resultantes da decomposição. Ainda vestindo o colete salva-vidas, ele gentilmente gira em uma corrente 800 metros adiante.

5. Paralisado por polvo de anéis azuis

 



Você tirou o polvo da água por poucos segundos. Ele mudou de cor, mostrando anéis azuis. Quando você o devolve ao oceano, percebe uma gota de sangue na sua mão. Você nem mesmo sentiu a mordida.

Não há presas, nem ferrão. Você foi mordido por um polvo de anéis azuis, e a neurotoxina tetradotoxina, 10.000 vezes mais tóxica que o cianeto, foi injetada 5mm dentro da sua pele, e agora viaja pelo seu corpo. Em alguns minutos, sua boca fica seca. Logo depois, a face e a língua ficam entorpecidas, até que você perde a capacidade de falar e caminhar se torna impossível.

Sua namorada chama por uma ambulância depois que você colapsa, mas você fica consciente enquanto a neurotoxina paralisa o seu corpo. Os paramédicos lhe colocam de lado para que você não sufoque no próprio vômito, mas eles não sabem mais o que fazer, e você não consegue falar a eles das suspeitas que tem do polvo.

Quinze minutos depois da mordida, seus músculos responsáveis pela respiração estão paralisados. Você fica inconsciente, e o coração continua batendo – até a asfixia.

4. Morto por uma lesma marinha

 



A praia está coberta de conchas, mas uma lesma em forma de cone, com tons de bege e ferrugem, chama a sua atenção. Você se abaixa e a pega, colocando-a no bolso. Imediatamente, você sente uma dor intensa na perna direita e dificuldade de respirar.

Você suspeita que uma das conchas deve ser a culpada, então joga todas fora e continua caminhando em direção ao acampamento. O andar vai ficando mais difícil. A perna direita está amortecida. Você fica preocupado e tira o shorts, e percebe uma pequena marca parecida com uma ferroada.

Quinze minutos depois da lesma ter lhe arpoado, com uma mistura letal de mais de seis peptídeos, você sente uma forte dor de cabeça. A perna direita continua a inchar, e você engole uma aspirina para a dor e vai em direção à fogueira. Em seguida, você começa a vomitar. Sem apetite, você manca de volta para a tenda.

A fala fica enrolada – não que tenha alguém para lhe ouvir – e você vai ficando paralisado. O veneno da lesma bloqueia os canais de cálcio e sódio no sistema nervoso central, causando paralisia.

Quando um amigo preocupado vai checar a sua barraca de manhã, encontra você coberto de vômito – e sem pulso.

3. Morto por abelhas

 


Você ouve primeiro um zumbido indistinto. Você chega ao próximo ponto de apoio, ignorando o zumbido, quando sente uma ferroada no polegar direito. Confuso e alarmado, você olha para cima e vê uma colmeia.

As primeiras ferroadas não te colocam em perigo, você não é alérgico. Mas seu destino foi selado por elas. Cada ferroada é acompanhada de um ferormônio de alarme, com cheiro parecido com banana, e coloca o resto da colmeia em um frenesi de defesa.

As abelhas começam a chover da colmeia. Cada polegada do teu corpo é ferroada, mas elas parecem ter preferência pela cabeça e pescoço, áreas bastante vascularizadas. Tentando afastá-las, você acaba engolindo um punhado de abelhas, que ferroam sua garganta.

Seus amigos lhe salvam, mas você está coberto com mais de mil ferroadas. A dose letal em humanos é estimada entre 500 e 1.200 ferroadas. Mas você ainda pode receber medicação. No penhasco, você começa a vomitar e a sofrer de diarreia e incontinência, mas seus amigos ainda estão lhe ajudando a percorrer a trilha até os paramédicos e lhe levam ao hospital.

Um dia depois, você sai do hospital, com boa saúde. O que você e os médicos inexperientes não sabem é que você estará morto em uma semana. As proteínas do veneno estão dissolvendo células sanguíneas e tecido muscular, liberando detritos. À medida que se acumulam, os rins entopem e você começa a sofrer de falência renal. Dois
dias depois, você volta ao hospital e morre antes que os médicos consigam iniciar uma diálise.

2. Morto por uma pinha

 


Sem que você saiba, algo sinistro se esconde nos galhos acima da sua cabeça. Uma bala de canhão de 10 kg solta-se do galho e cai na direção da sua cabeça enquanto você passeia sob o antigo pinheiro.

A pinha gigante cai de 27 metros de altura, acelerando até uma velocidade de mais de 9 metros por segundo, caindo com a força de uma bola de boliche de um prédio de nove andares.

Você ouve algo se quebrando e olha para cima a tempo de ver um objeto espinhoso, verde e aerodinâmico caindo em direção ao seu rosto. Se você não estiver usando um capacete, é o fim.

1. Morto por um castor

 


A piscina dos castores é convidativa. Com temperaturas em torno dos 32°C, você decide fazer um mergulho após uma caminhada.

Você está nadando de volta à beirada quando sente uma dor do tornozelo à coxa. A perna direita balança inútil enquanto você se bate na água rasa. Agarrando-se a algumas algas, você consegue chegar à beirada.

Você se arrasta pra fora da água, e vê uma grossa faixa vermelha na piscina. O sangue corre de sua perna enquanto você chama por socorro, com os dedos trêmulos no celular.

Você nunca chegou a ver o culpado aquático, um roedor ferozmente territorial com mandíbulas poderosas, capazes de derrubar uma árvore de 90 cm de diâmetro. Quando o socorro chega, você já morreu de hemorragia por causa de uma artéria cortada, e um tendão de aquiles rompido.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

7 coisas que podem te fazer morrer mais cedo

Não estamos falando de dirigir bêbado, aceitar aquele desafio idiota do seu amigo de pular de uma ponte ou comer aquela carne estragada na sua geladeira há meses. Tem coisas que te matam silenciosa e misteriosamente, e você jamais vai perceber o perigo vindo.
Confira sete coisas que podem te fazer morrer mais cedo:

1. Não ter amigos


A falta de amigos pode literalmente encurtar a vida humana, tanto quanto assassinos seriais, tabagismo e consumo de álcool. Na verdade, os efeitos do isolamento social até superam alguns dos fatores de risco conhecidos da mortalidade precoce, como obesidade e falta de exercício.

Estudos anteriores culparam este fenômeno de morte prematura na solidão. Estar sozinho é muito ruim e não é segredo que afeta a saúde. Porém, pesquisas mais recentes sugerem que, independente de seus sentimentos sobre isso, o isolamento por si só pode te matar. 
Um estudo com idosos no Reino Unido feito em 2013 constatou que, embora simplesmente relatar sentimentos de solidão não teve efeito sobre a probabilidade de morrer mais cedo, o isolamento social levou a maior probabilidade de morrer: um aumento de 26% quando comparado com outros idosos da mesma faixa etária mais sociais.

Parte disso é óbvio: se você evita outros seres humanos, ninguém vai te avisar de uma protuberância crescendo na parte de trás do seu pescoço ou chamar uma ambulância se você estiver sufocando.

Mas também existem causas físicas por trás da morte associada com a solidão. O contato físico entre os seres humanos reduz o estresse e a inflamação, melhorando a saúde. Além disso, a maioria tende a cuidar melhor de si mesma quando vive com outras pessoas por perto.

2. Depressão


Claro, depressão leva a um maior risco de suicídio, mas a doença por si só pode ser tão ruim a ponto de aumentar suas chances de morrer mais cedo. Depressão recorrente pode diminuir sua expectativa de vida em até 11 anos – mais ou menos a mesma quantidade de vida que você perderia por fumar 20 ou mais cigarros por dia.

Cientistas analisaram os efeitos da condição sobre o corpo humano em um nível celular, medindo os telômeros (a parte dos seus cromossomos que reduz com a idade celular, ou seja, fica menor conforme a célula fica mais velha e desgastada) de três grupos de pessoas: um que nunca tinha ficado depressivo, um que tinha tido transtorno depressivo grave no passado, e um que estava depressivo naquele momento.

Quanto mais grave a depressão de uma pessoa era, mais curtos eram seus telômetros. Quanto mais curtos os telômeros são, mais a pessoa está em risco de uma morte prematura devido a doenças relacionadas com a idade, como doenças cardíacas e câncer.
Seja mais feliz para viver mais

A culpa aqui parece ser do efeito que a depressão tem sobre o sistema imunológico, bem como a inflamação que causa.

3. Não escovar os dentes


Metade dos adultos dos EUA possui doença periodontal, que afeta os tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso) dos dentes. Também, um estudo brasileiro de 1993 mostrou, através de uma revisão da literatura dos levantamentos epidemiológicos até então realizados, que 86,7% do total de indivíduos examinados apresentavam atividade de doença periodontal.

Agora vem a pior parte: há muito tempo os cientistas sabem que há uma ligação entre doença periodontal e doença cardíaca, também conhecida como a maior assassina de pessoas do mundo.

Antes, no entanto, não sabíamos se essa ligação era realmente causal, ou se apenas as mesmas atividades colocam as pessoas em risco para doenças da gengiva e do coração, como má alimentação.

Agora, há pelo menos alguma evidência de que negligenciar as suas gengivas pode estragar seu coração diretamente. Esse ano, pesquisadores infectaram camundongos com vários tipos de bactérias que causam a doença periodontal, e acompanharam a propagação das bactérias – que chegou a seus corações. Os camundongos começaram a mostrar um aumento nos fatores de risco para doenças cardíacas, como inflamação e colesterol. Estes ratos não estavam fazendo qualquer outra coisa para colocá-los em risco de doenças cardíacas, como má alimentação ou estresse. Isto sugere que as bactérias por si só podem ser suficientes para afetar a saúde de seu coração. Conclusão: use fio dental.

4. Nascer no mês errado


De acordo com um estudo feito pela Universidade de Chicago (EUA), pessoas que vivem até os 100 anos são mais propensas a ter nascido no outono (em setembro ou outubro, no caso dos EUA). Outros estudos feitos na Áustria e Dinamarca também encontraram o mesmo pequeno aumento na expectativa de vida para bebês nascidos nos meses de outono, enquanto no hemisfério sul (como aqui no Brasil) é mais provável que você viva mais tempo se tiver nascido em março, abril ou maio.

Bebês que nascem no outono não só vivem mais como parecem se sair melhor no geral. Bebês nascidos na primavera são mais propensos a sofrer de transtornos alimentares, diabetes tipo 1 e esquizofrenia que bebês do outono, por exemplo.

Ninguém sabe ao certo por que isso ocorre, mas uma teoria é que os níveis de vitamina D durante a gravidez afetam a saúde dos bebês. As pessoas costumam obter a maior parte de sua vitamina D através da luz solar, o que significa que, no momento de dar à luz, mães de bebês que nasceram no outono passaram os últimos seis meses tomando sol. Bebês da primavera passaram a maior parte de sua gestação durante os meses mais escuros, ou seja, suas mães não tomaram tanto sol e tiveram tanta vitamina D, o que de alguma forma afetou o seu desenvolvimento e saúde a longo prazo.

Outro possível fator é a dieta. Nos estudos feitos, as pessoas que “viveram mais de 100 anos” eram em sua maioria nascidas na década de 1890, quando coisas como refrigeração e transporte de alimentos não eram tão comuns. Assim, bebês gestados durante os meses mais quentes, quando as frutas e legumes eram mais facilmente disponíveis, foram melhor nutridos do que os bebês cujas mães dependiam de uma dieta mais limitada de inverno. Nesse caso, o mês de nascimento não é exatamente o fator chave. Mas ainda assim há uma lição importante aqui: se sua mãe não se alimentar direito durante sua gestação, você não vai viver tanto.

5. Ficar muito tempo sentado


Um estudo que pesquisou a rotina de mais de 222 mil cidadãos australianos ao longo de três anos descobriu que pessoas que passam muito tempo do seu dia sobre uma cadeira são até 40% mais propensas a encurtar a própria vida.

Segundo os cientistas, isso se aplica àqueles que realmente abusam do ato de sentar, passando mais de 11 horas por dia nesta posição. Entre oito e onze horas, a mesma taxa cai para 15%.

As principais evidências para explicar por que isso acontece são as mesmas que se verificam no sedentarismo: exercícios físicos regulares têm efeitos positivos quanto aos triglicerídeos e a pressão sanguínea. Ou seja, o principal prejuízo não é o fato de estar sentado em si, mas o de não se mover.

Não tem jeito: se você está procurando uma desculpa para não se exercitar, provavelmente não vai encontrar nenhuma.

6. Ver muita TV


Esse é um item muito similar ao acima. Dados de oito estudos recentes com mais de 175 mil pessoas em todo o mundo sugerem que, quanto mais você assiste TV, mais propenso fica a desenvolver uma série de problemas de saúde, e mais chances têm de morrer mais cedo.

Segundo os pesquisadores, para cada duas horas adicionais que as pessoas passam coladas na TV em um dia típico, o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta em 20%, e o risco de doença cardíaca aumenta em 15%. E para cada três horas adicionais, o risco de morrer por qualquer causa vai para 13%, em média.

O aumento do risco de doenças ligadas a assistir televisão é semelhante ao aumento de risco que vemos com colesterol alto, pressão arterial alta ou tabagismo.

A conexão entre a TV e doenças não é um mistério: assistir TV consome tempo de lazer que poderia ser gasto andando, fazendo exercícios, ou mesmo apenas se movimentando. Também tem sido associado a dietas pouco saudáveis, como muito açúcar, refrigerantes, alimentos processados e petiscos (que, talvez não por coincidência, são alimentos frequentemente encontrados em comerciais de televisão).

Além disso, alguns estudos sugerem que a postura sentada prolongada, além de seu impacto sobre os hábitos alimentares e exercício físico, pode causar mudanças no metabolismo que contribuem para níveis de mau colesterol e obesidade. Em resumo: saia do sofá!

7. Tomar refrigerante


Normal, diet, light ou zero, todos os refrigerantes de cola contêm fosfato, ou ácido fosfórico, um ácido que dá ao refrigerante seu sabor típico e aumenta seu tempo de validade. Embora exista em muitos alimentos integrais, tais como carne, leite e nozes, ácido fosfórico em excesso pode levar a problemas cardíacos e renais, perda muscular e osteoporose, e um estudo sugere que poderia até provocar envelhecimento acelerado.

O estudo, publicado em 2010, descobriu que os níveis de fosfato encontrados em refrigerantes fizeram com que ratos de laboratório morressem cinco semanas mais cedo do que os ratos cujas dietas tinham níveis normais de fosfato.

Pior: houve uma tendência preocupante dos fabricantes de refrigerantes de aumentar os níveis de ácido fosfórico em seus produtos ao longo das últimas décadas.

Esqueça obesidade e outros problemas de saúde que os refrigerantes causam. Se você quer mesmo um bom motivo para parar de tomá-lo, está aqui: ele pode te fazer morrer mais cedo! 

Fonte: Hypescience.