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terça-feira, 20 de maio de 2014

10 alimentos que você nunca deve guardar na geladeira

Um dos alimentos mais discutidos no quesito “armazenamento” é a manteiga. Devemos mantê-la dentro ou fora da geladeira?

Tal como acontece com muitos debates culinários, não há uma resposta definitiva para este. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, você deve armazenar a manteiga em sua embalagem na geladeira e só mantê-la para fora por apenas 10 a 15 minutos antes de usá-la.

No entanto, alguns cozinheiros usam manteiga depois de deixá-la para fora da geladeira por uma semana. Os defensores da atitude dizem que, como a manteiga é feita de leite pasteurizado, as chances de contaminação são baixas.

Há sempre um risco, porém. Manteiga com sal, por causa de seu teor de sal e de dispersão de água, tem um risco menor de estragar. O sal também ajuda a manter as bactérias longe. Qualquer coisa sem sal ou “light” tem um perigo maior de contaminação.

Em geral, enquanto não podemos recomendar que você mantenha sua manteiga para fora da geladeira toda a semana, você provavelmente não precisa se preocupar se a deixar para fora por algumas horas, desde que seja com sal.

Enquanto não existe uma maneira conclusivamente certa ou errada de armazenar manteiga, outros alimentos são muito mais simples. Se colocados na geladeira, mofam ou seu sabor é alterado, por exemplo. E por que correr esse risco quando tudo que você precisa fazer é armazenar seus alimentos corretamente?

Confira:

1. Tomate


Tomates perdem todo o seu sabor na geladeira. E o que é um crime maior do que isso? O ar frio no refrigerador para o processo de amadurecimento, e amadurecimento é o que dá aos tomates mais sabor. A geladeira também altera a textura do tomate. De acordo com Harold McGee no livro “On Food and Cooking” (“Sobre comida e cozinhar”, em tradução livre), a temperatura fria rompe as membranas no interior dos frutos, deixando-as “farinhentas”. Mantenha seus tomates em uma tigela ou cesta em cima do balcão da cozinha.

2. Manjericão


Manjericão murcha mais rápido se deixado na geladeira, e também absorve todos os cheiros das comidas em torno dele. É melhor mantê-lo para fora, em um copo de água fresca, como uma flor recém-cortada. Se você deseja armazenar manjericão por um longo tempo, Martha Stewart recomenda fervê-lo e congelá-lo.

3. Batata


Manter uma batata na temperatura fria da sua geladeira vai transformar seu amido em açúcar mais rapidamente, de modo que você vai ficar com uma batata doce e dura. Em vez de colocar as batatas na geladeira, guarde-as em um saco de papel em um local fresco, mas não frio. Supondo que você não tenha uma adega de raiz – o lugar ideal para guardar suas batatas -, armazene-as em um lugar escuro, como dentro de sua despensa. Sacos de papel funcionam melhor do que plástico porque deixam a batata respirar mais, de forma que ela não apodrece tão rápido. Tudo isso vale para a batata-doce também.

4. Cebola


Se você colocar cebolas na geladeira, a umidade acabará por deixá-las macias e mofadas. Mantenha suas cebolas em um lugar fresco e seco. Cebolinha pode ser deixada na geladeira, no entanto, devido ao seu maior teor de água. Vale mencionar que cebolas devem ser mantidas separadas das batatas; quando armazenadas em conjunto, ambas deterioram mais rapidamente.

5. Abacate


Se você quiser que seus abacates amadureçam, definitivamente não os coloque na geladeira. No entanto, se você comprou um abacate já maduro que não quer comer de imediato, ele pode ir na geladeira.

6. Alho


Eventualmente, o alho vai começar a brotar na geladeira. Também pode ficar borrachudo e mofado. O correto é mantê-lo em um local fresco e seco.

7. Pão


Sua geladeira vai secar o pão rapidamente. A menos que seja pão cortado de sanduíche que você pretende usar dentro de alguns dias, mantenha seu pão no balcão ou no congelador. Para fora, o pão que você pretende comer só deve ser mantido por quatro dias. Congele o resto. Pão no congelador deve ser envolto para manter sua umidade. Quando você removê-lo do freezer, deve deixá-lo descongelar lentamente e completamente antes de comê-lo ou usá-lo.

8. Azeite


Você deve armazenar seu azeite em um local fresco e escuro, mas não na geladeira, onde ele irá condensar e adquirir uma consistência dura, quase como a da manteiga.

9. Café


Se você deixar café na geladeira, ele vai perder seu sabor e assumir alguns dos odores de outros alimentos no local. Você deve armazenar café em um local fresco e escuro, onde ele irá manter seu sabor e frescura. Grandes quantidades de café podem ser armazenadas no congelador, no entanto.

10. Mel


Não há necessidade de armazenar mel na geladeira. Mel fica bom basicamente para sempre se você simplesmente mantê-lo hermeticamente fechado. Colocá-lo na geladeira pode fazer com que cristalize.

Fonte: Hypescience.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

10 fatos profundamente deprimentes sobre bullying

Você já se sentiu intimidado na escola? Nos Estados Unidos, as chances são de que quase todos os adultos tenham experimentado isso em algum momento da vida: cerca de 80% de todas as crianças norte-americanas contam terem sido assediadas por seus pares. Já no caso do Brasil, os números não são tão alarmantes, mas ainda são dignos de atenção.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) 2012, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 7,2% dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental afirmaram que sempre ou quase sempre se sentiram humilhados por provocações dentro da escola, e 20,8% praticaram algum tipo de bullying contra os colegas nos 30 dias anteriores a pesquisa. A grande diferença entre os números aponta que este tipo de ação é normalmente realizada em grupo, geralmente contra uma única pessoa.

Porém, o bullying moderno vai muito além de ficar chateado na escola:

10. Ele destrói suas futuras perspectivas de emprego


A velha visão da escola padrão diz que o bullying é uma “parte natural do crescimento”, algo que deixamos para trás quando nós chegamos à vida adulta e ao mundo do trabalho. Contudo, uma pesquisa sugere que não só isto é falso, mas também que sofrer bullying pode garantir que a vítima nunca sequer comece a trabalhar.

Em 2013, um grupo de pesquisadores decidiu conferir o que alguns jovens adultos que tinham sido incluídos em um estudo de bullying uma década e meia atrás estavam fazendo da vida. Em seus vinte e poucos anos, o grupo cresceu e aparentemente mudou. Entretanto, quando os médicos responsáveis pelo estudo foram um pouco mais fundo, encontraram alguns resultados chocantes. Aqueles que tinham sido vítimas de bullying no Ensino Médio eram quase duas vezes menos propensos a manter um emprego do que aqueles que não foram intimidados.

Sem nenhuma surpresa, isso teve um efeito dominó sobre as finanças das vítimas. Os indivíduos que tinham sofrido bullying eram muito mais propensos a viver em situação de pobreza e fazer más decisões financeiras. A cereja desse bolo deprimente é que eles também tendem a sofrer de problemas de saúde, levando a dívidas crescentes.

9. Danifica a sua saúde mental


Quantos de vocês ainda lembram dos piores momentos de sua infância? Aquele vez em que você molhou as calças quando estava velho demais ou quando foi completamente humilhado por um professor arrogante? Agora imagine ter esse sentimento em relação a toda a sua infância. Seria destruidor, certo?

Se levarmos em conta pesquisas recentes, a resposta é um sonoro “sim”. Como outra etapa do estudo que citamos anteriormente, os pesquisadores observaram os efeitos em saúde mental a longo prazo do bullying na infância. Adultos que foram intimidados na escola sofreram níveis incapacitantes de ansiedade e agorafobia, além de serem propensos a graves ataques de pânico. Enquanto isso, aqueles que responderam ao bullying tornando-se bullies também eram propensos a depressões terríveis e sentimentos de pânico. Em suma, a crueldade que tinha acontecido até 15 anos antes ainda estava causando estragos na vida das suas vítimas.

8. Pode colocar você em problemas com a lei


Não é nenhum segredo que o bullying às vezes foge tanto ao controle que as autoridades são chamadas para lidar com o caso. Contudo, embora possamos esperar que os valentões passem por encontros negativos com a lei, surpreendentemente, suas vítimas muitas vezes experimentam a mesma coisa.

De acordo com vários estudos, ser intimidado a longo prazo quando criança aumenta suas chances de ser preso. Um estudo estimou que quase um quarto de todas as crianças que sofrem bullying vão acabar em uma cela em algum momento.

O problema é que a infância tardia e início da adolescência são os momentos em que estamos destinados a aprender habilidades sociais e como ser parte da sociedade. Se gastarmos todo esse tempo apanhando e ouvindo ofensas, se juntar à sociedade já não parece uma conquista desejável. Crianças que são maltratadas a longo prazo se fecham. Elas se desconectam do mundo à sua volta e se tornam tristes, irritadas e amargas. Toda essa a raiva e amargura tendem a sair quando chegam à idade adulta, resultando em brigas, pequenos crimes e até mesmo algum tempo na prisão.

7. Afeta toda a economia


Não são apenas aqueles que foram vítimas deste tipo de intimidação que têm de viver com as consequências dela. De acordo com pesquisas recentes, o bullying afeta a todos nós, quer estejamos envolvidos ou não. Nos EUA, a violência juvenil custa à economia US$ 158 bilhões dólares a cada ano.

Este valor foi encontrado pela Plan International, uma instituição de caridade dedicada aos direitos das crianças. Eles calcularam o dinheiro público desperdiçado por crianças assustadas não indo à escola e ganhos futuros perdidos para aqueles que abandonam os estudos para escapar de seus agressores. A instituição ainda ressalta que esta é apenas uma estimativa: o número real é provavelmente muito maior. Isso significa que os Estados Unidos perdem quase o dobro do orçamento da educação federal, anualmente, para o bullying.

6. Aumenta a violência sexual


A maioria de nós consideraria o bullying na infância e a violência sexual na adolescência coisas completamente diferentes. Contudo, um estudo conjunto entre o Centro de Controle de Doenças e a Universidade de Illinois (ambos dos EUA) diz o contrário. De acordo com a pesquisa, há uma diversas evidências de uma relação entre violência sexual e bullying.

No estudo, foram considerados “violência sexual” atos como puxar roupas tentando expor alguma parte do corpo, assim como apalpar ou segurar genitais. Felizmente, apenas uma pequena minoria das crianças parecia sair do bullying para avançar para qualquer uma dessas coisas. Mas os pesquisadores também observaram que os problemas pioram à medida que as crianças ficam mais velhas, culminando em coisas bem mais sérias. Os valentões às vezes “transplantam” seus impulsos sexuais em suas vítimas, enquanto alguns meninos (desta vez, que foram vítimas do bullying) ficam tão assustados com a ideia de serem gays que assediam sexualmente meninas para provar sua heterossexualidade.

5. Nos torna suscetíveis ao suicídio


Estudos afirmam que adolescentes que sofrem com gozações são cerca de 2,5 vezes mais propensos a tentar se matar. Entretanto, o que é menos conhecido é que este risco permanece com você ao longo da vida. Em 2007, um estudo britânico descobriu que adultos que tinham sido vítimas de bullying na escola eram duas vezes mais propensos a tentar o suicídio na vida adulta.

O estudo incluiu mais de 7 mil pessoas, indo desde jovens adultos até idosos. A pesquisa foi especificamente controlada para outros fatores, como abuso sexual na infância, pais violentos e adolescentes que fugiram de casa. No entanto, os autores concluíram que o bullying por si só poderia causar um aumento significativo no risco de suicídio enquanto adultos.

Em essência, o bullying fica com você. E o que parece ser um pouco de diversão inofensiva na escola poderia, na realidade, ser uma sentença de morte a longo prazo.

4. Prejudica todos os envolvidos


Até agora, focamos principalmente na bagagem à qual as vítimas ficam presas ao longo da vida, porém os próprios bullies também podem sofrer.

Em quase todos os índices importantes, os valentões se saem tão mal quanto ou ainda pior do que suas vítimas. Eles são mais propensos a se envolver em comportamentos de risco, ter resultados financeiros negativos e sofrer com problemas sociais quando adultos. O único ponto em que eles vão melhor do que as suas vítimas é na saúde e, mesmo assim, o resultado é pior do que aqueles que nunca se envolveram com bullying.

Então, o que está acontecendo? Este é apenas um sintoma do clássico caso do valentão sofredor, no qual uma criança desconta sua dor interior violentando outras? Talvez. Mas estudos têm mostrado que muitas crianças normais, sem problemas sérios, também se tornam bullies. Inacreditavelmente, pode ser que o simples ato de praticar o bullying mexe com o autor da violência, tanto quanto com a vítima.

3. Nós não podemos resolvê-lo


Nesse momento, você deve estar se sentindo um pouco deprimido. No entanto, pelo menos há um raio de luz no final do túnel. É só colocar dinheiro suficiente em campanhas anti-bullying e tudo vai ser resolvido, certo? Bem, desculpe desapontá-lo ainda mais, mas a Universidade de Arlington (EUA) diz o contrário.

Em um estudo publicado no “Journal of Criminology”, os pesquisadores examinaram mais de 7 mil crianças em 195 escolas diferentes, com e sem programas anti-bullying. As escolas com procedimentos de prevenção ao bullying apresentavam maiores taxas de bullying do que aquelas sem. De acordo com os autores do estudo, coisas como “semana anti-bullying” não apenas despertam as crianças para o conceito de implicar com os outros, mas também involuntariamente lhes dão informações sobre como se esquivar do castigo depois.

Porém, nem toda a esperança está perdida. Os pesquisadores sugerem que programas mais sofisticados poderiam ajudar a identificar a dinâmica valentão-vítima e criar políticas de prevenção sob medida. Contudo, a não ser que um monte de pessoas estejam dispostas a dar muito dinheiro para estes projetos, eles provavelmente nunca sairão do papel.

  

2. Crianças recompensam os seus agressores


Se nós, adultos, somos impotentes para ajudar as crianças vítimas de bullying, é tentador pensar que talvez os nossos próprios filhos possam fazer a diferença. Só espere sentado: um estudo recente da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA) revelou que, quanto mais praticam bullying, mais populares as crianças do ensino fundamental ficam.

Isso cria um problema enorme para os ativistas. Se as crianças associam ser um valentão a ser o mais legal da sala e resistir ao bullying com apanhar e perder seu lanche, então elas sempre vão ficar do lado dos valentões. Na verdade, apenas 2% das crianças universalmente adoradas em qualquer série e 2% de crianças universalmente desprezadas parecem imunes à necessidade de intimidar, de acordo com o estudo. Para todos os outros, agir como um idiota total é uma fórmula garantida de escada social.

1. É da natureza humana


Toda sociedade na história da humanidade teve valentões, de uma forma ou de outra. Se você quer colocar a culpa em algo, não precisa ir além da evolução.

O bullying existe em todo o reino animal e, em primatas, tem uma função muito específica. Os chimpanzés ou macacos que não conseguem obedecer a uma dinâmica de grupo podem colocar em perigo todos à sua volta – ou pelo menos tornar o grupo menos eficaz em sobreviver. Então, um pouco de bullying pode manter os primatas rebeldes na linha.

Os seres humanos não precisam mais da estrita conformidade e total cooperação para sobreviver, mas a nossa vontade de zoar os outros permanece. A coisa toda é nada mais do que um retrocesso, um apêndice séptico envenenando todo o corpo da humanidade. E nós estamos presos a ele.

terça-feira, 29 de abril de 2014

7 bizarros conceitos da física que todos devem conhecer

No dia-a-dia, conceitos básicos de física (como força, aceleração e pressão) não causam tanto espanto, nem soam absurdos. Quando mudamos para outros cenários, porém, as regras mudam: no mundo subatômico, por exemplo, partículas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, e só o fato de observá-las já altera seu estado; buracos negros podem conter a massa de uma estrela condensada em um único ponto; e para um objeto viajando à velocidade da luz, o tempo passa mais devagar.

Confira a seguir estas e outras ideias que fogem do que nós consideramos “normal” – mas que não causam tanto espanto em cientistas da área.

1 – Relatividade


O termo se refere a duas das mais famosas teorias da física, ambas propostas por Albert Einstein. Na primeira, divulgada em 1906, o físico demonstrou, por meio de uma série de cálculos, que a velocidade da luz é a maior que pode ser atingida por um corpo. Outra ideia defendida por Einstein foi a de que o tempo pode passar mais devagar (ou mais rápido) conforme a velocidade do observador.

Em 1916, ele publicou uma versão expandida dessas ideias, chamada de Teoria Geral da Relatividade. Desta vez, ele abordou também a questão da gravidade, que, segundo ele, seria uma distorção do espaço-tempo causada por objetos massivos. Essa teoria também prevê a existência dos estranhos buracos negros e ajuda a compreender a distorção sofrida pela luz ao atravessar galáxias (causada pela grande força gravitacional desses objetos).

2 – Mecânica Quântica


Átomos, todo mundo sabe, são extremamente pequenos. Partículas como prótons e elétrons, por sua vez, são ainda menores, tão pequenas que, em seu “mundo”, prevalece a Mecânica Quântica – proposta no começo do século 20.

Na escala subatômica, as partículas podem se comportar como ondas e podem estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. É na Mecânica Quântica que estão outros conceitos curiosos, como “emaranhamento” e o “Princípio da Incerteza”.

3 – Teoria das Cordas


Essa teoria (que, por sinal, é estudada pelo personagem Sheldon Cooper, do seriado The Big Bang Theory) sugere que partículas não são pequenos pontos, mas dobras em objetos unidimensionais similares a cordas. A diferença entre as partículas seria a frequência com que as cordas vibram.

A Teoria das Cordas é uma tentativa de conciliar a Física Quântica e a Teoria Geral da Relatividade, além de uma possível base para a hipotética “Teoria do Tudo”, que, supostamente, será capaz de unir todos os conceitos físicos e explicar o universo.

4 – Singularidade


Na física, o termo se refere a um ponto em que tempo e espaço estão infinitamente curvados. Acredita-se que existem singularidades no centro de buracos negros (dentro dos quais, por exemplo, a massa de uma estrela pode estar condensada em uma região minúscula, ou mesmo em um único ponto) e, ainda, que o próprio Big Bang teria começado a partir de uma.


5 – Princípio da Incerteza


Formulado em 1927 pelo físico alemão Werner Heisenberg, o princípio seria uma das consequências da Mecânica Quântica e se refere à precisão máxima em que seria possível medir a localização e a velocidade de uma partícula subatômica.

Há dois fatores por trás da incerteza apontada pelo princípio: o primeiro é o de que a simples medição de algo (no caso, uma partícula) já afeta este objeto; o segundo é o fato de que o mundo quântico não é “concreto”, mas baseado em probabilidades, dificultando a medição do estado de uma partícula.

6 – Gato de Schrödinger


Esse termo se refere a uma experiência teórica imaginada pelo físico austríaco Erwin Schrödinger em 1935, que demonstraria o quão estranha era a incerteza por trás da Mecânica Quântica.

Schrödinger propôs que se imaginasse um gato, preso em uma caixa junto com material radioativo. No experimento, haveria 50% de chance de que o material se deteriorasse, emitindo radiação e matando o gato, e 50% de chance de que o material não emitisse radiação e que o gato sobrevivesse.

De acordo com a física clássica, um desses cenários obrigatoriamente se tornaria realidade e poderia ser observado quando alguém abrisse a caixa. De acordo com a Mecânica Quântica, contudo, o gato não estaria nem vivo nem morto até que alguém abrisse a caixa e observasse (medindo e, portanto, afetando a situação).

7 – Emaranhamento


É um dos fenômenos mais conhecidos da Mecânica Quântica, no qual duas partículas, mesmo quando separadas por uma enorme distância, são afetadas mutuamente – ou seja, se uma se move, a outra se move na mesma direção.

O conceito perturbou o próprio Albert Einstein, que o chamou de “assombrosa ação a distância”. O emaranhamento já foi induzido em experimentos e cientistas esperam, algum dia, poder aproveitá-lo para criar computadores supervelozes.

Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Os 30 lugares mais surreais da Terra

Muitos lugares deslumbrantes e desconhecidos permeiam o nosso planeta. Aqui vão alguns dos mais surreais:

1. Fly Geyser, Nevada, EUA


O Fly Geyser foi acidentalmente criado quando um poço foi perfurado e ficou desprotegida. Minerais e algas começaram a subir a partir do gêiser e se acumularam para formar um monte com aparência alienígena.

22. Cachoeira subaquática, Ilhas Maurício


Fortes correntes oceânicas conduzem continuamente areia das margens do Maurício para o abismo abaixo, criando a ilusão de uma cachoeira submarina.

23. Monte Roraima, América do Sul


Localizada na na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, esta montanha é uma das mais antigas da Terra, remontando a 2 bilhões de anos,   quando a terra foi erguida acima do solo pela atividade tectônica. Os lados da montanha são penhascos verticais com várias cachoeiras, tornando-a quase impossível de escalar.


24. Aogashima, Japão


Aogashima é uma ilha vulcânica localizada a 200 quilômetros da costa de Tóquio. Ainda mais surpreendente do que a vista é a geografia – há um vulcão menor dentro da ilha do vulcão.

25. Gruta de Fingal, Escócia


Como a Calçada dos Gigantes, esta caverna foi formada pelo resfriamento de lava e fraturamento ao longo de milhões de anos. As formações irregulares no exterior são inteiramente obra de natureza.




26. Rio subaquático, Cenote Angelita, México


Debaixo da água do Cenote Angelita está um outro fluxo de água. O rio está cheio de sulfato de hidrogênio, que é muito mais pesado do que a água normal salgada. Quando se deposita no fundo, ela forma um fluxo próprio.




27. Mina Naica, México


Esta mina de prata é revestida em grandes cristais de 15 metros de comprimento e 1 metro de largura. Eles foram formados por fluidos hidrotermais  das câmaras de magma abaixo.





28. Praia escondida, México


Esta magnífica praia escondida foi criada por um teste de explosão militar no início de 1900. As ilhas vizinhas foram consideradas um parque natural, com a praia escondida acessível apenas nadando através de um túnel de 50 metros.

Localizada no meio do deserto do Saara, essa estrutura geológica tem mais 24 quilômetros de diâmetro. A formação natural é tão impressionante que, durante muito tempo, os cientistas acreditavam que era o local de um impacto de um asteróide.

Lagos Plitvice, Croácia





O Parque Nacional de Plitvice é o maior de seu tipo na Croácia e o mais velho no Sudeste da Europa. Ao longo de milhares de anos, a água que flui sobre calcário e barragens naturais criou belos lagos, grutas e cachoeiras.


Fonte: Mistérios do mundo

sexta-feira, 25 de abril de 2014

6 mitos sobre alergias

De pessoas que tiram o glúten da dieta e que podem não precisar fazer isso até aqueles que equivocadamente não tomam a vacina contra a gripe por serem alérgicas a ovo, mitos sobre alergias são comuns. Às vezes, até mesmo médicos acreditam nessas lendas urbanas. Por isso mesmo, depois de ouvir informações incorretas por várias vezes, o Dr. David Stukus, um alergologista pediátrico do Hospital Infantil Nationwide, de Columbus, no estado norte-americano de Ohio, contou que decidiu investigar a origem destes boatos e por que eles são tão corriqueiros.

“Esses equívocos são bastante comuns no público em geral, bem como entre os clínicos gerais”, relata Stukus. Ele descobriu que havia falta de evidência científica para muitas ideias a respeito de alergias e atestou que existe muita desinformação circulando pela internet. “Se alguém está pesquisando por conta própria, esta pessoa pode ser levada na direção errada mesmo naqueles que parecem ser sites confiáveis”, explica.

Outra razão para estes mitos persistirem é que, embora certas crenças tenham sido refutadas pela ciência, a informação correta ainda não permeou nossa cultura.

Abaixo relatamos alguns dos mitos mais comuns sobre alergias e a verdade por trás deles.

6. Alergia a corantes artificiais


As pessoas atribuem muitos sintomas como urticária crônica ou até mesmo asma como uma consequência a ser alérgico a corantes artificiais utilizados em alimentos. Stukus ressalta que é muito comum culpar essas substâncias até mesmo em casos de problemas comportamentais e de TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

No entanto, não há nenhuma evidência científica de que os corantes artificiais causem estes sintomas. “Um monte de gente realmente lista isso como uma alergia em seu registro médico oficial, o que torna muito difícil prescrever determinados medicamentos, e altera o efeito de terapias que poderiam receber, causando gastos desnecessários”, explica.

5. Alergia ao ovo e vacinas contra a gripe


As pessoas que são alérgicas a ovo podem pensar que não podem tomar a vacina sazonal contra a gripe. Entretanto, a verdade é que, embora elas possam conter quantidades muito baixas de proteína do ovo – porque o vírus é frequentemente cultivado em ovos de galinha – as vacinas são seguras para as pessoas com alergia ao alimento.

A segurança das vacinas contra a gripe para pessoas alérgicas tornou-se uma questão importante durante a pandemia de gripe suína de 2009.

“Desde então, pelo menos 25 ensaios clínicos bem conduzidos têm mostrado que as vacinas não contêm uma quantidade significativa de proteína de ovo e que são extremamente seguras, mesmo para as pessoas alérgicas”, disse Stukus.

4. Alergia a frutos do mar e tomografia computadorizada


Há um equívoco que as pessoas com alergias a frutos do mar estão em maior risco de reações negativas ao iodo que às vezes é usado como um “agente de contraste radiológico” durante tomografias para obter uma melhor imagem. “Este foi criado pelos próprios médicos, cerca de 40 anos atrás”, revelou o alergologista, se referindo a quando o rumor começou a se espalhar.

Em um estudo de 1975, os pesquisadores observaram que 15% dos pacientes que apresentaram reações adversas a um agente de contraste radiológico também relataram serem alérgicas a mariscos. Por este motivo, os pesquisadores supuseram que o iodo, presente tanto marisco quanto no agente, poderia ser o culpado.

Porém, quase o mesmo número de pacientes no estudo tinham relatado alergias a outros alimentos, tais como leite e ovos. “O iodo não pode causar alergia, ele está presente em nossos corpos e no sal de cozinha”, garantiu Stukus. As pessoas alérgicas ao marisco são alérgicas a uma proteína específica, que não está presente nos agentes radiológicos.

E os médicos ainda podem ainda estar propagando o mito. Um estudo de 2008 do American Journal of Medicine descobriu que quase 70% dos radiologistas e cardiologistas perguntou a seus pacientes sobre alergias a frutos do mar antes de administrar agentes radiológicos e muitos deles alteraram o procedimento nos casos de pessoas alérgicas ao marisco.

3. Alimentos alergênicos e bebês


É comum pensar que alimentos como nozes e peixe não devem ser administrados a crianças até aos 12 meses de idade, com base nas orientações emitidas em 2000 pela Academia Americana de Pediatria. No entanto, a organização mudou suas diretrizes em 2008 devido à falta de provas, e declarou que as crianças podem comer esses alimentos a partir de 6 meses de idade (desde que não representem um perigo de asfixia).

“Mas a orientação que foi criada há 13 anos ainda está sendo seguida hoje em dia por clínicos gerais, bem como pelo povo”, relata Stukus.

Na verdade, estão surgindo evidências que sugerem que a introdução precoce de alimentos potencialmente alergênicos pode ser boa para as crianças e podem promover uma maior tolerância no organismo delas. “Os estudos em andamento estão tentando provar isso. Nós também não temos grandes evidências a respeito disso, mas [as informações] estão se acumulando”, acrescenta.

No entanto, o especialista observou que as novas diretrizes podem não se aplicar a crianças que vêm de famílias com um forte histórico de alergias alimentares.

2. Ser “alérgico” ao glúten


“Alergias” ao glúten, na verdade, não existem. O Dr. Stukus explica que é uma outra proteína do trigo dos pães a qual algumas pessoas podem ser alérgicas. Porém, as pessoas podem ter intolerância ao glúten ou doença celíaca, uma condição autoimune em que comer alguns alimentos causa inflamação e vários sintomas.

Outro problema relacionado ao glúten é chamada de sensibilidade ao glúten não celíaca. “As pessoas relatam sintomas e têm queixas vagas, mas não há nenhum sinal objetivo ou uma ferramenta de diagnóstico para confirmar [a sensibilidade não celíaca]“, conta Stukus.


1. Animais de estimação hipoalergênicos


Infelizmente, não existe tal coisa como um cão ou gato verdadeiramente hipoalergênicos, afirmou o médico. Na realidade, todos os animais secretam alguns alérgenos na sua saliva, glândulas sebáceas e glândulas perianais – não são os pelos que provocam alergias.

No entanto, algumas raças são menos incômodas para quem sofre de alergias do que outras.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

5 experimentos psicológicos que pareciam divertidos (até começarem)

Digamos que você veja um anúncio no jornal sobre um laboratório que está em busca de cobaias para um teste. Ele diz que vai pagar você para estudar os efeitos de ficar chapado, ou comer demais, ou ter relações sexuais.

Absurdo, não é? Só pode ser algum tipo de pegadinha muito bem elaborada. Porém, essas experiências são reais, e existiram. E, ah, todas elas provaram cientificamente que é terrivelmente possível exagerar em uma coisa que parece boa.

5. O experimento de fazer sexo por dinheiro


Procura-se um homem sexualmente funcional saudável para ter relações sexuais com uma mulher. Você será pago. Nós vamos assistir.

Sim, esse anúncio existiu. Nos anos 1950 e 1960, o pesquisador do sexo William Masters estava determinado a descobrir tudo o que havia para se saber sobre transar. Até esse ponto, a pesquisa havia sido realizada por meio de questionários, que foram contaminados pelo fato de que as pessoas mentiam sem parar (o que pode explicar porque na época acreditava-se que o comprimento médio do pênis era em torno de 30 centímetros).

Masters precisava estudar o ato sexual em primeira mão. Ele contratou Virginia Johnson, uma atraente assistente, e começou a pagar as pessoas para fazer sexo com estranhos.

Para os indivíduos, ofereceu todos os benefícios da prostituição sem a ameaça constante de feridas genitais ou de ser trancado em um calabouço e estuprado. Não poderia existir uma desvantagem para isso, certo?

A dura realidade

Em primeiro lugar, Masters e Johnson iriam assistir. Claro, só observar não era suficiente. Ciência também exige sensores ligados a você e seu parceiro que iriam medir a resposta sexual, monitorando seu sex appeal da mesma forma que um teste do polígrafo detecta quando você está mentindo. Só que em vez de medir as suas mentiras, eles medem o quão ruim você está se saindo em excitar um estranho completo.

Para garantir que o sexo fosse mesmo com um total desconhecido, os parceiros foram combinados de forma aleatória (se você ainda acha que isso soa incrível, a próxima vez que estiver na fila do Burger King, imagine ser combinado aleatoriamente para fazer sexo com qualquer uma das pessoas ao seu redor). Ah, a propósito, os participantes tinham idades de 18 a 89 anos.

Vamos deixar você absorver essa informação.

Voltando, nós não estamos criticando o trabalho de Masters e Johnson. Ele era absolutamente revolucionário e mudou totalmente a forma como o mundo moderno pensa em sexo. Estamos apenas dizendo que não era o carnaval erótico da carne que os participantes provavelmente tinham em mente ao entrar em um laboratório de sexo. E caso não seja óbvio o bastante que esta era uma situação ainda pior para as mulheres envolvidas, elas tinham o adendo de ter seus orgasmos estudados através de uma prótese de pênis com uma câmera de vídeo acoplada.

4. O estudo da NASA sobre o descanso


Se você pudesse criar o seu emprego perfeito, o que seria? Ficar na cama o dia todo, navegar na web e jogar videogame em um laptop? Você é a maioria das pessoas em nosso público-alvo. Você também está atrasado em alguns anos.

Em 2008, a NASA estava recrutando pessoas comuns usando anúncios de rádio e TV para um estudo de 90 dias, que envolveu ganhar US$ 17 mil (cerca de R$ 34 mil) para fazer pouco mais do que ficar confinado a uma cama (sim, você poderia jogar World of Warcraft se quisesse). O único porém é que você tinha que ficar na instalação de testes deles e ser retirado da cama de vez em quando para testes simples. Os US$ 17 mil mais fáceis do mundo, certo?

A dura realidade

A menos que você esteja planejando comprar coisas na internet, pode demorar um pouco para que você possa realmente sair e gastar algum dos seus US$ 17 mil. O propósito do estudo era determinar os efeitos da exposição prolongada a ambientes de gravidade zero sobre o corpo. Mais especificamente, eles queriam saber quão molenga ficariam as pernas de um astronauta depois de completar um voo de seis meses a Marte. Os cientistas sabem que pelo que vimos de caras que passam muito tempo no espaço, os resultados não são muito bonitos.

Depois de um tempo muito curto em baixa ou nenhuma gravidade (situação replicada no estudo com camas que deixavam sua cabeça ligeiramente mais baixa do que seus pés) seus músculos começam a atrofiar. Pior ainda, sua massa óssea cai e pode levar anos para voltar ao normal, mesmo em gravidade regular, lhe deixando aproximadamente tão resistente quanto um octogenário intolerante à lactose. Sua pressão arterial também fica completamente estragada, chegando ao ponto em que é maior em seus pés do que na sua cabeça.

O estudo incluiu um período de 14 dias após o teste onde você teria que fazer reabilitação para se tornar forte o suficiente apenas para fazer as tarefas diárias novamente. Além disso, a descrição do estudo evita firmemente mencionar se você tem ou não de fazer cocô na cama.

3. O experimento de comer tanto quanto você conseguir


Já imaginou se você pudesse engordar pela ciência? E melhor ainda, se os cientistas prometessem tirá-lo da prisão mais cedo para isso? Este seria um bom momento para mencionar que, neste cenário, você está na prisão. Provavelmente por um crime hediondo.

Na década de 1970, pesquisadores combinaram dois pilares da sociedade norte-americana, a obesidade e as prisões superlotadas, em um estudo fantástico. Um seleto grupo de presidiários receberiam libertação antecipada sob a alegação de terem concordado adquirir 25% do seu peso corporal.

Não dá para ficar melhor do isso! Ganhe alguns quilos extras e antes que você perceba você vai estar em casa a tempo de pegar o seu melhor amigo criando seus filhos e morando com a sua namorada!

A dura realidade


Alguma vez você já tentou comer 10 mil calorias em um dia? Claro que não. Esses são números do Michael Phelps e ele só faz isso porque se exercita o dia todo. Mas é isso que esses prisioneiros estavam fazendo todos os dias, e os efeitos colaterais quase fazem prisão soar como a opção mais agradável. Além disso, eles tinham que ganhar peso comendo a comida da prisão, que não é, nem de longe, uma seleta de pratos franceses.

As consequências não foram nada bonitas: houve vômito, depressão, dificuldades de movimento do intestino e uma infinidade de outros problemas de saúde que vêm quando você come tantas calorias por dia. Existe também um entorpecimento que vem com a ingestão de tantos alimentos que pode levar ao vício e, eventualmente, a sintomas de abstinência. Ah, e você também fica muito gordo.

Ainda pior é o que aconteceu com 33% dos participantes. O que os cientistas estavam realmente estudando foi se havia genes que fazem com que algumas pessoas não engordem. Acontece que eles existem. Três entre nove presos literalmente não conseguiam comer o suficiente para ganhar o peso necessário para a liberação antecipada. Como se estar na prisão não fizesse você se sentir como um fracassado o suficiente, agora você descobre que não pode nem ficar gordo quando sua própria liberdade está contando com isso.

2. O experimento do diga “sim” às drogas


No passado, drogas como o LSD eram novas, excitantes e aparentemente cheias de potencial. Os exércitos norte-americano e britânico achavam que essas novas drogas poderiam ser úteis na guerra (presumivelmente nos inimigos, uma vez que a precisão de um homem com uma metralhadora tende a cair bastante quando ele está chapado).

Então, eles recrutaram seus próprios soldados para usar grandes quantidades de ácido e de maconha, a fim de monitorar os efeitos.

A dura realidade

Um conselho: se alguém chega até você e diz, “ei, se importa se eu testar isso em você para ver se daria uma boa arma?”, corra como nunca. Não importa se eles estão segurando um punhado de marshmallows. Dê no pé imediatamente, pois algo terrível está para acontecer.

Neste caso, uma das teorias que os militares queriam testar era se poderiam dar a seus próprios recrutas drogas suficientes para levá-los ao suicídio. E eles não estavam lhes dando substâncias recreativas; estamos falando de alucinógenos usados como armas militares.

O exército insiste que ninguém sofreu danos a longo prazo devido à experiência, embora seus arquivos indiquem que um cara conversou com amigos imaginários por dias e outro ficou brincando com gatinhos invisíveis por horas. A principal coisa que os militares queriam saber era se os soldados ainda poderiam lutar sob a influência do LSD e determinou que, sim, os soldados dopados ainda eram capazes de violência.

Além disso, alguns soldados processaram os militares anos mais tarde, alegando que o experimento com LSD do governo lhes causou perda de memória, alucinações e “impulsos homicidas”. Os tribunais decidiram contra eles, com base em que, se alguém lhe pede para ingerir um monte de ácido para que eles possam ver o que acontece e você diz sim, você merece o que acontece.

1. O experimento da riqueza súbita


E se alguém lhe dá US$ 100 mil (mais de R$ 200 mil), com a condição de que eles possam filmar o que acontece em seguida? E se você estivesse vivendo debaixo de uma ponte naquele momento?

A equipe do documentário “Reversal of Fortune” plantou uma mala com US$ 100 mil para o sem-teto Ted Rodrigue encontrar e o seguiu com uma câmera para documentar os resultados. Inicialmente, Ted fez exatamente o que o resto de nós faria se alguém nos desse US$ 100 mil. Ele comprou uma bicicleta nova, pegou seu amigo Mike em uma usina de reciclagem local e foi para o parque de diversões.

Ah, ele também encontrou um lugar para viver, voltou a ter contato com sua família e arrumou uma namorada. Nós provavelmente faríamos essas coisas também, mas depois do parque de diversões.

A dura realidade

As pessoas que foram pobres durante anos ficam muito boas no que fazem. Se você ganha um salário mínimo, você aprende a viver com um salário mínimo. Se você é sem-teto, você se adapta à vida na rua.

Mas dê a um mendigo uma tonelada de dinheiro e ele não vai continuar a viver como um mendigo. Porém, ele também não vive como um cara com US$ 100 mil. Ele tenta viver como um milionário, porque ele não tem ideia de como é viver com US$ 100 mil.

As pessoas que estão acostumadas a ter tanto dinheiro não compram carros para os seus amigos e novas namoradas, nem gastam todo o seu tempo livre enchendo a cara em bares locais. Entretanto, isso é exatamente o que Ted fez. E eles tendem a manter seus empregos, o que Ted se recusou a fazer, apesar de ser aconselhado a encontrar um por amigos, família, um defensor dos sem-teto e um planejador financeiro. Nas palavras de Ted, ele estava “feito por toda a vida”.

Depois de comprar para si mesmo um caminhão de US$ 35 mil, comprar carros adicionais para sua nova namorada e Mike da usina de reciclagem (você provavelmente pensou que nós inventamos aquele cara) e gastar cerca de US$ 10 mil por semana no bar, Ted tinha menos de US$ 5 mil depois de apenas seis meses.

É claro que este foi apenas o caso de um mendigo. Você, obviamente, lidaria com essa oportunidade de forma mais responsável, certo? Não, provavelmente não. Acontece que mesmo vencedores da loterias de classe média e bem ajustados passam exatamente pela mesma coisa antes de finalmente perderem tudo e acabarem pior do que antes.

Ainda assim, eles conseguiram um grande documentário. E presumimos que Ted conseguiu ficar com a bicicleta. O resto de nós, no entanto, aprendeu a lição valiosa que nos dar um pouco de riqueza súbita é semelhante a dar um helicóptero a um cachorro: é incrível por alguns minutos até que tudo vira um inferno.

Fonte: Hypescience.