Subir escadas quando o elevador não funciona costuma ser o auge do esforço de muita gente. Mas você também pode ter superpoderes em uma situação de vida ou morte.
Força e resistência
Mesmo que por um curto período, nossos músculos são capazes de se contrair todos de uma vez, gerando uma força incomum. Com endorfina, é possível não sentir dor, e os ossos modificam sua estrutura para suportar grandes pressões.
Músculos
1. OXIGENADO
Com a adrenalina no corpo, o sangue circula com mais facilidade e intensidade, levando mais oxigênio aos músculos, que passam a trabalhar mais contraídos.
2. PODER DA MENTE
Por isso, quando o sistema nervoso envia os impulsos elétricos para estimular os músculos, as fibras de contração rápida são ativadas todas simultaneamente.
3. RICOS EM FIBRAS
Tudo ocorre a um nível microscópico: cada músculo tem milhares de fibras, que contêm centenas de miofibras.
4. CONTRAIR E COÇAR
Compostas de proteínas, as miofibras são formadas por filamentos menores ainda. Esse conjunto provoca a contração muscular depois de receber o impulso elétrico.
5. ENCAIXE PODEROSO
Os filamentos são dispostos em fileiras. Na contração muscular, um desliza sobre o outro e eles se encaixam - é dessa sincronia que vem a explosão de força.
Ossos
1. DURO DE ROER
O tecido compacto que reveste o osso funciona como uma capa rígida, composta de cálcio e fósforo. Nervos e vasos sanguíneos passam por orifícios em sua superfície.
2. FESTA DO INTERIOR
Por dentro, os ossos têm uma parte mole e viva, composta de fibras de colágeno.
3. MANIA MOLE
Graças ao interior maleável, o osso é capaz de mudar e se rearranjar para aliviar grandes tensões.
Dor
1. O CAMINHO DA DOR
No segundo em que nos ferimos, o estímulo da dor chega até o cérebro.
2. ALÍVIO IMEDIATO
Quando o cérebro entende que a dor é muito grande, ele nos poupa da notícia ruim: envia sinais para a hipófise, que libera no sangue a endorfina. Esse analgésico natural obstrui a comunicação entre os nervos, impedindo que os estímulos de dor passem.
Energia
De homem a super-homem: com adrenalina, os sentidos ficam mais aguçados.
1. O PERIGO
Ao sentir medo ou se deparar com uma situação de risco, o corpo sofre uma mudança radical. O hipotálamo (responsável por manter o equilíbrio entre o estresse e o relaxamento) é acionado e envia uma mensagem para que o organismo fique alerta.
2. ROLA UMA QUÍMICA
A glândula hipófise recebe a mensagem do hipotálamo e envia, pelo sangue, sinais que ativam as glândulas suprarrenais (acima dos rins), que produzem adrenalina
3. HORMÔNIO DO "FICA ESPERTO"
A adrenalina é responsável por criar um estado de prontidão. Ajuda a pessoa a enfrentar o perigo e o organismo a lidar com o estresse.
4. NO SANGUE
Ao cair no sangue, a adrenalina contrai os vasos sanguíneos. Assim, o sangue corre mais rápido, o que aumenta os batimentos cardíacos e o fluxo de oxigênio no corpo. O cérebro fica mais apto a tomar decisões rápidas e os músculos, mais flexíveis. As pupilas dilatam-se para melhorar a eficiência visual e o fígado chega a produzir mais glicose, gerando mais energia.
Num caso de vida ou morte um sedentário pode correr até 5 km queimando glicose e segurar mais 7 km com gordura.
TANQUE RESERVA
Graças à adrenalina despertada pelo perigo, uma pessoa é capaz de correr mais do que o normal. Assim que acaba nosso combustível comum, a glicose, a adrenalina libera o uso de uma fonte alternativa de energia.
VEÍCULO FLEX
Esse combustível extra é a gordura. Geralmente abundante, quando ela entra em ação, você ganha mais um pique para fugir do perigo - e ainda sai um pouco mais magro do processo.
Amortecedor
O joelho, nossa maior articulação, é capaz de suportar 20 vezes o peso do corpo.
1. DIVISÃO DE TAREFAS
Para aliviar as tensões, os joelhos contam com dois meniscos (o medial e o lateral). São cartilagens responsáveis por controlar o peso, estabilizando a articulação.
2. LIGAÇÕES DESEJOSAS
Os tendões e ligamentos conectam o joelho com músculos e ossos, trazendo a força da perna inteira para aquele ponto.
3. REVESTE E LUBRIFICA
Movimentos intensos no joelho? É um trabalho para a membrana sinovial. Além de revestir o joelho, ela produz um lubrificante que reduz atritos.
4. EMBORRACHADO
O amortecedor fica completo com a cartilagem, cuja principal função é absorver impactos. Sua espessura pode chegar até 0,6 cm.
Fonte: Super Interessante.
terça-feira, 20 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
7 cientistas que morreram devido a suas pesquisas
Embora ninguém pudesse questionar sua dedicação à ciência, cientistas como Marie Curie e Carl Scheele, que morreram por conta de seus estudos, provavelmente não chegariam ao ponto de sacrificar conscientemente suas vidas em prol do avanço científico, mas acabaram vítimas de descuido na hora de lidar com elementos químicos e bactérias.
Conheça a seguir um pouco da história destes e de outros “mártires científicos”.
7. Carl Scheele (1742 – 1786)
Diversos elementos químicos devem a Scheele seu lugar na tabela periódica: oxigênio, molibdênio, tungstênio, manganês e cloro foram descobertos por esse conhecido químico e farmacêutico.
Infelizmente, Scheele (e boa parte da sociedade na época) não tinha pleno conhecimento sobre o perigo dos elementos químicos que estudava – tanto que usava o olfato e até mesmo o paladar em seus experimentos. Morreu de intoxicação por metais pesados aos 44 anos, por conta de exposição cumulativa a mercúrio, chumbo e outros elementos.
6. Elizabeth Fleischman Ascheim (1859 – 1905)
Encantada com a recente descoberta dos raios-X, Ascheim largou o trabalho de contadora, estudou engenharia elétrica e abriu um dos primeiros laboratórios de raios-X dos Estados Unidos. Atendeu diversos pacientes feridos na Guerra Hispano-Americana (1898) e se tornou uma renomada radiologista.
Por conta de experimentos excessivos com raios-X e de falta de proteção na hora de realizar tratamentos (para não deixar os pacientes desconfortáveis), contudo, sua carreira foi abreviada: morreu aos 46 anos, vítima de exposição excessiva a radiação.
5. Alexander Bogdanov (1873 – 1928)
Médico, economista, filósofo, cientista natural, escritor de ficção científica, poeta, professor, político e pioneiro na área de cibernética, Bogdanov foi, também, fundador da primeira instituição do mundo dedicada exclusivamente a transfusões sanguíneas.
Fez com sucesso 11 transfusões em si mesmo, porém a última amostra que usou estava contaminada com malária e tuberculose.
4. Marie Curie (1867 – 1934)
Junto com seu marido, Pierre, Marie Curie foi uma das mais célebres pesquisadoras da radioatividade da história, e seus estudos culminaram no isolamento do polônio e do rádio. Anos de pesquisa (e de exposição direta a elementos radioativos), porém, cobraram um alto preço: leucemia, que levou a sua morte em 1934.
Curiosidade: Marie Curie foi a única pessoa até hoje a receber o prêmio Nobel de duas áreas diferentes (química e física).
3. Haroutune (Harry) K. Daghlian Jr. (1921 – 1945)
Mais uma vítima da radioatividade: durante um experimento para o Projeto Manhattan em 1945, Harry Daghlian derrubou um material dentro de um compartimento com plutônio e o removeu manualmente, se expondo a altíssimos níveis de radiação. Morreu em menos de um mês.
2. Malcolm Casadaban (1949 – 2009)
Professor de genética molecular, biologia celular e microbiologia na Universidade de Chicago (EUA), Casadaban morreu por causa de uma doença que ele mesmo estava estudando: peste bubônica.
1. Richard Din (1987 – 2012)
Focado em criar uma vacina contra a Neisseria meningitidis, uma bactéria capaz de causar meningite, Din também foi vítima da doença que estudava, morrendo 17 horas depois que os primeiros sintomas começaram a aparecer.
Os estragos só não foram maiores porque boa parte das pessoas que haviam entrado em contato com o pesquisador naquele período receberam tratamento preventivo com antibióticos e não foram vitimadas.
Fonte: Hypescience.
sábado, 17 de agosto de 2013
Três níveis de Trava-língua - Especial de humor para o final de semana
Para descontrair um pouco e sair da rotina, durante os finais de semana postarei alguns conteúdos de humor, que não devem ser levados a sério como os outros posts sobre ciência. Espero que aproveitem!
Fácil
1 - Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala.
2 - O rato roeu a roupa do Rei de roma a rainha com raiva resolveu remendar.
3 - Três pratos de trigo para três tigres tristes.
4 - O original nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará.
5 - Qual é o doce que é mais doce que o doce de bata doce? Respondi que o doce que é mais doce que o doce de batata doce é o doce que é feito com o doce do doce de batata doce.
Médio
1 - Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.
2 - O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que não tem tempo pra dizer pro tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem.
3 - Embaixo da pia tem um pinto que pia,quanto mais a pia pinga mais o pinto pia!
4 - A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia que o sabiá não sabia que a sábia não sabia que o sabiá sabia assobiar.
Difícil
1 - Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizá-los, um bom desmafagafizador será.
2 - O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas.
3 - Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretárita perfeitíssima.
4 - Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco, é ornitorrinco, ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.
5 - Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia?
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
7 tipos de inteligência
No entanto, com o tempo, o teste de QI foi caindo em descrédito pois pouco a pouco foi se notando que nem sempre as pessoas mais inteligentes e bem sucedidas obtinham os melhores resultados.
Os psicólogos e pesquisadores começaram a notar que havia alguns casos de pessoas que obtinham resultados medíocres nos testes de QI, mas que se davam bem na vida pois eram pessoas determinadas, disciplinadas, persistentes e carismáticas. Mas como pessoas consideradas “burras” pelo teste de QI poderiam ter tanto sucesso?
A resposta é simples: existem vários tipos de inteligência!!
Segundo Howard Gardner, psicólogo autor desta teoria, existem ao todo 7 tipos de inteligência e todas as pessoas tem um pouco das 7 combinados dentro de si. No entanto cada pessoa tem um deles desenvolvido de modo mais forte e que se sobrepõe sobre os outros.
Os 7 tipos de inteligência identificados no trabalho de Howard Gardner são:
Inteligência Linguística
As pessoas que possuem este tipo de inteligência tem grande facilidade de se expressar tanto oralmente quanto na forma escrita. Elas além de terem uma grande expressividade, também tem um alto grau de atenção e uma alta sensibilidade para entender pontos de vista alheios. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado esquerdo do cérebro é uma das inteligências mais comuns.
Inteligência Lógica
Pessoas com esse perfil de inteligência tem uma alta capacidade de memória e um grande talento para lidar com matemática e lógica em geral. Elas tem facilidade para encontrar solução de problemas complexos, tendo a capacidade de dividir estes problemas em problemas menores e ir os resolvendo até chegar a resposta final. São pessoas organizadas e disciplinadas. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado direito do cérebro.
Inteligência Motora
Pessoas com este tipo de inteligência possuem um grande talento em expressão corporal e tem uma noção espantosa de espaço, distância e profundidade. Tem um controle sobre o corpo maior que o normal, sendo capazes de realizar movimentos complexos, graciosos ou então fortes com enorme precisão e facilidade. É uma inteligência relacionada ao cerebelo que é a porção do cérebro que controla os movimentos voluntários do corpo. Presente em esportistas olímpicos e de alta performance. É um dos tipos de inteligência diretamente relacionado a coordenação e capacidade motora.
Inteligência Espacial
Pessoas com este perfil de inteligência, tem uma enorme facilidade para criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Elas tem uma grande capacidade de criação em geral mas principalmente tem um enorme talento para a arte gráfica. Pessoas com este perfil de inteligência tem como principais características a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar, criar e enxergar coisas que quem não tem este tipo de inteligência desenvolvido, em geral, não consegue.
Inteligência Musical
É um dos tipo raros de inteligência. Pessoas com este perfil tem uma grande facilidade para escutar músicas ou sons em geral e identificar diferentes padrões e notas musicais. Eles conseguem ouvir e processar sons além do que a maioria das pessoas consegue, sendo capazes também de criar novas músicas e harmonias inéditas. Pessoas com este perfil é como se conseguissem “enxergar” através dos sons. Algumas pessoas tem esta inteligência tão evoluída que são capazes de aprender a tocar instrumentos musicais sozinhas. Assim como a inteligência espacial, este é um dos tipos de inteligência fortemente relacionados a criatividade.
Inteligência Interpessoal
Inteligência interpessoal é um tipo de inteligência ligada a capacidade natural de liderança. Pessoas com este perfil de inteligência são extremamente ativas e em geral causam uma grande admiração nas outras pessoas. São os lideres práticos, aqueles que chamam a responsabilidade para si. Eles são calmos, diretos e tem uma enorme capacidade para convencer as pessoas a fazer tudo o que ele achar conveniente. São capazes também de identificar as qualidades das pessoas e extrair o melhor delas organizando equipes e coordenando trabalho em conjunto.
Inteligência Intrapessoal
Fonte: http://andremansur.com
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
10 belas formações de arco-irís
Em se tratando de arco-íris, a maioria das pessoas acha que já viu tudo que há para ver. Com certeza todo mundo já viu o arco-íris mais simples, mas existem vários tipos de arco-íris incomuns, alguns muito mais belos que o tipo mais frequente. Confira:
É o arco-íris que todos estão familiarizados. O arco-íris primário é um arco multicolorido simples que geralmente aparece após uma chuva. Eles são formados quando a luz refratada é refletida através de uma gota de água. A intensidade das cores depende do tamanho das gotas de água.
Se você ver um arco-íris primário, é possível que você veja um secundário. Eles são conhecidos com arco-íris duplos.
Um arco-íris secundário se forma quando a luz nas gotas de água é refletida duas vezes em vez de apenas uma. Ele geralmente tem o dobro do tamanho do arco-íris primário, mas tem apenas um décimo de sua intensidade. Além disso, as cores nele estão no sentido inverso.
Tecnicamente não é um arco-íris, mas está associado com o arco-íris primário e secundário. A faixa escura de Alexander é a área entre os arco-íris primário e secundário, e é notavelmente mais escura que o resto do céu.
A luz refletida no arco-íris primário clareia o céu dentro do arco, e a luz duplamente refletida do arco-íris secundário clareia o céu fora dele. Para nossos olhos, parece que o céu está mais escuro entre os dois arco-íris.
Os arco-íris supernumerários são também conhecidos como empilhados, e ocorrem raramente. Eles consistem em vários arco-íris mais fracos dentro do arco-íris primário e, mais raramente, fora do arco secundário. Eles são formados por gotas menores, mas de tamanho similar, e pela interferência da luz, que reflete apenas uma vez, mas viaja em caminhos diferentes dentro da gota de chuva.
Os arco-íris vermelhos, também chamados de monocromáticos, formam-se após uma chuva, durante o pôr do sol ou o nascer do sol.
As ondas mais curtas do espectro, como azul e verde, são espalhadas pela poeira e moléculas do ar, sobrando as cores mais compridas, vermelho e amarelo, para formar o arco-íris vermelho.
Os arco-íris nas nuvens formam-se nas gotículas de nuvens e ar úmido, em vez de gotas de chuva. Eles parecem brancos por que as gotas são muito pequenas (gotas maiores conseguem refletir mais o espectro das cores).
Os arco-íris nas nuvens são muito maiores que os normais, e se formam comumente sobre a água, mas podem se formar sobre a terra, desde que o nevoeiro seja fino o suficiente para que os raios de sol o atravessem.
Diferentes dos arco-íris duplos e muito mais raros, eles são formados de dois arcos que parecem sair da mesma base, e são causados por uma combinação de gotas grandes e pequenas. As gotas maiores são deformadas pela resistência do ar, enquanto as menores mantém sua forma devido à tensão superficial. Cada tipo de gota forma então seu próprio arco-íris, que pode surgir na forma de arco-íris gêmeos.
Arco-íris refletidos e de reflexão, que não são a mesma coisa, somente se formam sobre a água. Um arco-íris refletido é o tipo mais comum: ele surge quando a luz é refletida pelas gotas de chuva, e então refletida novamente pela água antes de chegar aos nossos olhos.
Um arco-íris de reflexão é o que surge quando a luz reflete-se na água antes de ser defletida pelas gotículas de água. Eles são bem menos visíveis que os arco-íris refletidos, por conta das condições específicas de sua formação.
Este tipo de arco-íris é formado quando nuvens mais escuras ou trechos mais densos de chuva impedem que a luz chegue aos nossos olhos. As gotas que estão na sombra não permitem que se veja as cores do arco-íris.
O resultado é um arco-íris que parece com uma roda com raios, com raios centrados em um determinado ponto. Se as nuvens estão se movendo rapidamente, o arco-íris parece estar girando.
Arco-íris lunares são formados à noite, pelo luar. Entretanto, o luar é muito fraco e arco-íris lunares são vistos muito raramente. A melhor hora para vê-los é, logicamente, em uma noite de lua cheia. O céu deve também estar bem escuro, o que significa que os arco-íris lunares parecem sem brilho e/ou brancos, por que as cores à noite não são brilhantes o suficiente para ativar os cones, os receptores de cor dos nossos olhos
1 – Arco-íris primário
É o arco-íris que todos estão familiarizados. O arco-íris primário é um arco multicolorido simples que geralmente aparece após uma chuva. Eles são formados quando a luz refratada é refletida através de uma gota de água. A intensidade das cores depende do tamanho das gotas de água.
2 – Arco-íris secundário
Se você ver um arco-íris primário, é possível que você veja um secundário. Eles são conhecidos com arco-íris duplos.
Um arco-íris secundário se forma quando a luz nas gotas de água é refletida duas vezes em vez de apenas uma. Ele geralmente tem o dobro do tamanho do arco-íris primário, mas tem apenas um décimo de sua intensidade. Além disso, as cores nele estão no sentido inverso.
3 – Faixa escura de Alexander
Tecnicamente não é um arco-íris, mas está associado com o arco-íris primário e secundário. A faixa escura de Alexander é a área entre os arco-íris primário e secundário, e é notavelmente mais escura que o resto do céu.
A luz refletida no arco-íris primário clareia o céu dentro do arco, e a luz duplamente refletida do arco-íris secundário clareia o céu fora dele. Para nossos olhos, parece que o céu está mais escuro entre os dois arco-íris.
4 – Arco-íris supernumerário
Os arco-íris supernumerários são também conhecidos como empilhados, e ocorrem raramente. Eles consistem em vários arco-íris mais fracos dentro do arco-íris primário e, mais raramente, fora do arco secundário. Eles são formados por gotas menores, mas de tamanho similar, e pela interferência da luz, que reflete apenas uma vez, mas viaja em caminhos diferentes dentro da gota de chuva.
5 – Arco-íris vermelho
Os arco-íris vermelhos, também chamados de monocromáticos, formam-se após uma chuva, durante o pôr do sol ou o nascer do sol.
As ondas mais curtas do espectro, como azul e verde, são espalhadas pela poeira e moléculas do ar, sobrando as cores mais compridas, vermelho e amarelo, para formar o arco-íris vermelho.
6 – Arco-íris nas nuvens
Os arco-íris nas nuvens formam-se nas gotículas de nuvens e ar úmido, em vez de gotas de chuva. Eles parecem brancos por que as gotas são muito pequenas (gotas maiores conseguem refletir mais o espectro das cores).
Os arco-íris nas nuvens são muito maiores que os normais, e se formam comumente sobre a água, mas podem se formar sobre a terra, desde que o nevoeiro seja fino o suficiente para que os raios de sol o atravessem.
7 – Arco-íris gêmeo
Diferentes dos arco-íris duplos e muito mais raros, eles são formados de dois arcos que parecem sair da mesma base, e são causados por uma combinação de gotas grandes e pequenas. As gotas maiores são deformadas pela resistência do ar, enquanto as menores mantém sua forma devido à tensão superficial. Cada tipo de gota forma então seu próprio arco-íris, que pode surgir na forma de arco-íris gêmeos.
8 – Arco-íris refletido e de reflexão
Arco-íris refletidos e de reflexão, que não são a mesma coisa, somente se formam sobre a água. Um arco-íris refletido é o tipo mais comum: ele surge quando a luz é refletida pelas gotas de chuva, e então refletida novamente pela água antes de chegar aos nossos olhos.
Um arco-íris de reflexão é o que surge quando a luz reflete-se na água antes de ser defletida pelas gotículas de água. Eles são bem menos visíveis que os arco-íris refletidos, por conta das condições específicas de sua formação.
9 – Arco-íris roda-com-raios
Este tipo de arco-íris é formado quando nuvens mais escuras ou trechos mais densos de chuva impedem que a luz chegue aos nossos olhos. As gotas que estão na sombra não permitem que se veja as cores do arco-íris.
O resultado é um arco-íris que parece com uma roda com raios, com raios centrados em um determinado ponto. Se as nuvens estão se movendo rapidamente, o arco-íris parece estar girando.
10 – Arco-íris lunar
Arco-íris lunares são formados à noite, pelo luar. Entretanto, o luar é muito fraco e arco-íris lunares são vistos muito raramente. A melhor hora para vê-los é, logicamente, em uma noite de lua cheia. O céu deve também estar bem escuro, o que significa que os arco-íris lunares parecem sem brilho e/ou brancos, por que as cores à noite não são brilhantes o suficiente para ativar os cones, os receptores de cor dos nossos olhos
terça-feira, 13 de agosto de 2013
12 sintomas que podem indicar um ataque cardíaco
Ao contrário do que normalmente é mostrado em filmes e seriados, um ataque cardíaco nem sempre é rápido e intenso: na verdade, a maioria começa devagar, e os sinais podem aparecer horas ou até mesmo dias antes do ataque propriamente dito.
Se você tem algum fator de risco para doenças cardíacas (colesterol ou pressão altos, obesidade, diabetes, uso de tabaco ou histórico familiar) é bom conhecer os possíveis indícios.
“As pessoas normalmente não querem admitir que estão velhas ou doentes o bastante para terem um problema no coração”, lamenta o cardiologista David Frid.
Dieta balanceada, rotina de exercícios, acompanhamento regular com um especialista e conhecimento de indícios são excelentes ferramentas para evitar (ou sobreviver a) um ataque cardíaco.
Nota: “cautela” não deve ser confundida com “paranoia”; é importante entender que esses sintomas podem surgir por conta de outras situações.
Um ataque cardíaco pode fazer com que a pessoa se sinta extremamente ansiosa.
Nem todo ataque cardíaco causa dor no tórax (e, claro, nem toda dor no tórax é causada por um problema no coração), mas esse é um sintoma possível. Além disso, a sensação pode não ser necessariamente de dor, mas também de pressão ou de “queimação” – mais comum em mulheres do que em homens.
O ataque cardíaco pode levar a um acúmulo de líquido no pulmão e, por consequência, causar tosse ou ruído.
Se o coração não bombear sangue suficiente para o organismo (um possível sintoma tanto de ataque cardíaco como de arritmia), a pessoa pode sentir vertigem e até mesmo perder a consciência.
Esse sintoma é mais comum entre mulheres e pode ocorrer tanto na hora do ataque como dias ou semanas antes. É normal se sentir cansado depois de fazer esforço físico, claro, mas no caso de um ataque cardíaco o cansaço é intenso, repentino e não tem motivo aparente.
Um dos sintomas de ataque cardíaco é o inchaço abdominal, que pode fazer com que a pessoa se sinta enjoada ou sem fome.
Além do tórax, outras regiões podem apresentar dor por conta de um ataque cardíaco: ombros, braços, mandíbula, pescoço e abdômen. Entre homens, é comum que a dor seja no braço esquerdo; entre mulheres, é comum que seja nos dois braços.
De vez em quando, é normal sentir o coração acelerar. Contudo, se a aceleração for acompanhada por fraqueza, tontura ou respiração curta, pode ser indício de um problema cardíaco (ataque, arritmia).
Comum entre pessoas com problemas pulmonares, como asma, pode ser um sintoma de um ataque do coração.
Começar a suar sem motivo é um possível indício de ataque cardíaco.
Problemas no coração podem causar retenção de líquido no organismo e, portanto, inchaço em algumas regiões do corpo (normalmente nos pés, nos tornozelos, nas pernas ou no abdômen).
Durante o ataque (ou mesmo dias antes), a pessoa pode sentir uma fraqueza intensa, repentina e sem motivo aparente.
Fonte: Hypescience.
Se você tem algum fator de risco para doenças cardíacas (colesterol ou pressão altos, obesidade, diabetes, uso de tabaco ou histórico familiar) é bom conhecer os possíveis indícios.
“As pessoas normalmente não querem admitir que estão velhas ou doentes o bastante para terem um problema no coração”, lamenta o cardiologista David Frid.
Dieta balanceada, rotina de exercícios, acompanhamento regular com um especialista e conhecimento de indícios são excelentes ferramentas para evitar (ou sobreviver a) um ataque cardíaco.
Nota: “cautela” não deve ser confundida com “paranoia”; é importante entender que esses sintomas podem surgir por conta de outras situações.
1. Ansiedade
Um ataque cardíaco pode fazer com que a pessoa se sinta extremamente ansiosa.
2. Desconforto no tórax
3. Tosse
4. Vertigem
5. Fadiga
Esse sintoma é mais comum entre mulheres e pode ocorrer tanto na hora do ataque como dias ou semanas antes. É normal se sentir cansado depois de fazer esforço físico, claro, mas no caso de um ataque cardíaco o cansaço é intenso, repentino e não tem motivo aparente.
6. Náusea ou falta de apetite
7. Dor em outras partes do corpo
Além do tórax, outras regiões podem apresentar dor por conta de um ataque cardíaco: ombros, braços, mandíbula, pescoço e abdômen. Entre homens, é comum que a dor seja no braço esquerdo; entre mulheres, é comum que seja nos dois braços.
8. Pulsação rápida ou irregular
9. Respiração curta
10. Suadouro
Começar a suar sem motivo é um possível indício de ataque cardíaco.
11. Inchaço
Problemas no coração podem causar retenção de líquido no organismo e, portanto, inchaço em algumas regiões do corpo (normalmente nos pés, nos tornozelos, nas pernas ou no abdômen).
12. Fraqueza
Fonte: Hypescience.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
A ciência por trás da aprendizagem
Toda vez que você aprende algo novo, seu cérebro se altera de uma forma bastante substancial. Porém, os benefícios da aprendizagem se estendem para além do cérebro. Já foi provado que aprender uma nova habilidade possui uma sorte de benefícios inesperados, incluindo a melhoria da memória e da inteligência verbal, além de aumentar as competências linguísticas da pessoa.
Da mesma forma, à medida que você vai aprendendo uma nova habilidade, essa habilidade realmente fica mais fácil para você. A pesquisadora Karene Booker, da Universidade de Cornell, localizada no estado de Nova York, EUA, explica o que acontece: “Em um experimento, observamos que o treinamento resulta em diminuição da atividade em regiões do cérebro envolvidas no controle de esforço e de atenção”, conta.
No entanto, ela relata que, após os exercícios, foi identificado um aumento da atividade em locais do cérebro responsáveis pela auto-reflexão, incluindo o planejamento futuro ou nossos sonhos cotidianos “Assim, a habilidade está associada com o aumento da atividade em áreas que não estão envolvidas no desempenho de habilidades, e essa mudança pode ser detectada em grande escala no cérebro”, diz.
Em outras palavras, quanto mais experiente você se torna em uma habilidade, menos trabalho seu cérebro tem que fazer. Com o tempo, a habilidade se torna automática e você não precisa pensar sobre o que você está fazendo. Isso ocorre porque seu cérebro realmente se reforça com o tempo para realizar da melhor forma possível tal habilidade. Foi assim quando você começou a falar, a dirigir e até nas primeiras aulas de inglês. Agora tudo parece mais fácil, não é mesmo?
Em um artigo na revista científica “Scientific American”, a neurocientista da Universidade de Oxford, no Reino Unido, Heidi Johansen-Berg, afirma que muitos eventos diferentes podem aumentar a força de uma sinapse ao aprender novas habilidades. “O processo que compreendemos melhor é chamado de potenciação de longa duração, que consiste em estimular repetidamente dois neurônios ao mesmo tempo a fim de fortalecer a ligação entre eles”, afirma. “Depois que essa forte ligação é estabelecida entre os neurônios, ao se estimular o primeiro neurônio, será mais provável que o segundo também se estimule automaticamente”.
Johansen-Berg também escreve que, além de fazer as sinapses existentes ficarem mais fortes, a aprendizagem provoca o crescimento do cérebro. Pesquisadores já foram capazes de visualizar esse crescimento em animais. “Por exemplo, poucos minutos após um rato aprender uma habilidade difícil, como conseguir passar através de um buraco para chegar numa porção de alimento, novas saliências, chamadas espinhas dendríticas, crescem sobre as sinapses em seu córtex motor, a região que permite a animais planejarem e executarem movimentos”, conta.
Quanto mais conexões entre os neurônios são formadas, mais aprendemos e mais informações somos capazes de reter. Conforme as conexão ficam mais fortes, menos precisamos pensar sobre o que estamos fazendo, abrindo tempo e espaço para a aprendizagem de uma nova habilidade.
A ciência ainda tem muito o que aprender sobre a aprendizagem. Enquanto já sabemos como as habilidades de aprendizagem afetam o cérebro, ainda estamos tentando decifrar exatamente por que isso acontece e todos os seus benefícios. Como diz o velho ditado, a prática leva à perfeição, mas a maneira como praticamos é tão importante quanto o fato de estarmos praticando.
Saber como o cérebro se adapta a novas habilidades é apenas parte do processo. Afinal, esse conhecimento é inútil se você não souber como aplicá-lo. Com isso em mente, vamos apresentar alguns dos métodos experimentados e verdadeiros de aprender novas habilidades o mais rápido possível. O segredo é sempre aumentar sua capacidade intelectual, de uma forma ou de outra. Felizmente, isso é surpreendentemente fácil.
Quando estamos aprendendo uma nova habilidade, é muito fácil confiar no YouTube, em tutoriais, orientações ou guias para nos ajudar a iniciar o processo. Isso é ótimo para aqueles que estão apenas começando, mas se continuar fazendo isso com o passar do tempo, nunca vai realmente aprender porque não estamos resolvendo problemas por conta própria.
A fim de aprender, temos de falhar. A jornalista e escritora Annie Murphy Paul chama isso de fracasso produtivo: “Temos ouvido muito ultimamente sobre os benefícios de viver e superar o fracasso. Uma maneira de obter esses benefícios é encarar as coisas de modo que você esteja certo de que vai falhar, ao enfrentar um problema difícil, sem qualquer instrução ou assistência”, propõe.
Manu Kapur, pesquisador do Laboratório de Aprendizagem de Ciências no Instituto Nacional de Educação de Cingapura, relata uma experiência em que as pessoas tentaram resolver problemas muito complexos de matemática. Eles não cconseguiram chegar até a resposta certa, porém foram capazes de bolar diversas ideias sobre a natureza dos problemas e as possíveis soluções de um exercício semelhante, dando-os a chance de executar melhor um desses problemas no futuro. Esse é o chamado “fracasso produtivo”. “Você pode implementar essa ideia na sua própria aprendizagem, permitindo que você lute contra um problema por algum tempo antes de procurar ajuda ou informação”, fala.
Tomemos o exemplo do violão. Você pode facilmente encontrar a partitura de “Paint it Black” online, mas isso não vai ajudá-lo a aprender o som real de cada acorde. Em vez disso, tente descobrir por conta própria antes de buscar uma resposta. Isso é, essencialmente, o que chamamos de “tentativa e erro”. Pode ser frustrante, mas funciona muito bem. O mesmo acontece com qualquer outra habilidade. Claro que às vezes você precisa parar e ir atrás de uma solução, mas você vai ser melhor nisso se você não o fizer.
Quando estamos tentando aprender algo totalmente novo, pode acontecer de nos empolgarmos e desenvolvermos quase que uma compulsão obsessiva por essa competência. No entanto, isso nem sempre é a melhor ideia. Na verdade, o ato de distribuir uma aprendizagem ao longo do tempo, também conhecida como “prática distribuída”, provou ser a melhor maneira de aprender.
O psicólogo John Dunlosky, da Universidade Estadual de Kent, Ohio, EUA e colegas relatam que espalhar o seu estudo ao longo do tempo e fazer perguntas sobre o assunto para si mesmo antes de um grande teste são estratégias de aprendizagem altamente eficazes. Ambas as técnicas têm se mostrado frutíferas na tarefa de melhorar o desempenho de alunos em diversos tipos de testes. Sua eficácia tem sido repetidamente demonstrada para estudantes de todas as idades.
“Fiquei chocado que algumas estratégias que os alunos usam muito – como a releitura e o destaque de frases importantes – parecem oferecer benefícios mínimos para a sua aprendizagem e para o seu desempenho”, diz Dunlosky.
A prática distribuída é uma técnica antiga, mas que realmente funciona muito bem para as vidas ocupadas que a maioria de nós levamos. Em vez de sentar-se por horas a fio para aprender uma habilidade, experimente a prática distribuída, que consiste em sessões mais curtas, que acabam estimulando as ligações entre os neurônios por mais vezes ao longo do tempo. Assim, em vez de tentar aprender uma habilidade tendo aulas de uma hora de duração cada noite, reserva um tempo maior no geral, mas em pequenos pedaços ao longo do dia. Até mesmo 15 minutos por dia já é o suficiente para muitos de nós.
Você não pensaria isso, mas quando você estuda ou pratica uma competência é tão importante como o quanto você o faz. Nosso relógio biológico é ajustado para trabalhar melhor durante certos períodos do dia, e isso vale para o aprendizado também. De acordo com um estudo publicado na revista “PLoS One”, aprendemos melhor quando o fazemos antes de dormir.
O estudo revelou que os indivíduos que foram dormir direto depois de aprender algo conseguiram realizar significativamente melhor em uma série de testes de memória. O sono, portanto, possui um grande impacto sobre a retenção de memória em geral. Basicamente, quando você aprende uma nova habilidade antes de dormir, você está ajudando a fortalecer a ligação entre os neurônios em seu cérebro. Isto significa que você retém essas novas informações de uma forma melhor.
A razão é simples: quanto mais você conseguir aplicar aquilo que está aprendendo no seu dia a dia, mais essa atividade vai ficar na sua cabeça. De pouco adianta você aprender o idioma polonês pela internet se você nunca pratica oralmente, nem lê textos nessa língua ou sequer possui um canal polonês na TV a cabo para se habituar com os fonemas. Simplesmente fica bem difícil.
Quando você aprende algo novo, você implementa tudo que faz a nossa memória funcionar. Quando você é capaz de conectar o que você está aprendendo com uma tarefa do mundo real, isso forma ligações em seu cérebro e, posteriormente, as habilidades que você está aprendendo vão permanecer na sua cabeça. Isto é especialmente verdadeiro com a aprendizagem de uma língua estrangeira, quando a aplicação prática é a chave para aprender rapidamente. Lembre-se do polonês.
Fonte: Hypescience.
Da mesma forma, à medida que você vai aprendendo uma nova habilidade, essa habilidade realmente fica mais fácil para você. A pesquisadora Karene Booker, da Universidade de Cornell, localizada no estado de Nova York, EUA, explica o que acontece: “Em um experimento, observamos que o treinamento resulta em diminuição da atividade em regiões do cérebro envolvidas no controle de esforço e de atenção”, conta.
No entanto, ela relata que, após os exercícios, foi identificado um aumento da atividade em locais do cérebro responsáveis pela auto-reflexão, incluindo o planejamento futuro ou nossos sonhos cotidianos “Assim, a habilidade está associada com o aumento da atividade em áreas que não estão envolvidas no desempenho de habilidades, e essa mudança pode ser detectada em grande escala no cérebro”, diz.
Em outras palavras, quanto mais experiente você se torna em uma habilidade, menos trabalho seu cérebro tem que fazer. Com o tempo, a habilidade se torna automática e você não precisa pensar sobre o que você está fazendo. Isso ocorre porque seu cérebro realmente se reforça com o tempo para realizar da melhor forma possível tal habilidade. Foi assim quando você começou a falar, a dirigir e até nas primeiras aulas de inglês. Agora tudo parece mais fácil, não é mesmo?
Em um artigo na revista científica “Scientific American”, a neurocientista da Universidade de Oxford, no Reino Unido, Heidi Johansen-Berg, afirma que muitos eventos diferentes podem aumentar a força de uma sinapse ao aprender novas habilidades. “O processo que compreendemos melhor é chamado de potenciação de longa duração, que consiste em estimular repetidamente dois neurônios ao mesmo tempo a fim de fortalecer a ligação entre eles”, afirma. “Depois que essa forte ligação é estabelecida entre os neurônios, ao se estimular o primeiro neurônio, será mais provável que o segundo também se estimule automaticamente”.
Johansen-Berg também escreve que, além de fazer as sinapses existentes ficarem mais fortes, a aprendizagem provoca o crescimento do cérebro. Pesquisadores já foram capazes de visualizar esse crescimento em animais. “Por exemplo, poucos minutos após um rato aprender uma habilidade difícil, como conseguir passar através de um buraco para chegar numa porção de alimento, novas saliências, chamadas espinhas dendríticas, crescem sobre as sinapses em seu córtex motor, a região que permite a animais planejarem e executarem movimentos”, conta.
Quanto mais conexões entre os neurônios são formadas, mais aprendemos e mais informações somos capazes de reter. Conforme as conexão ficam mais fortes, menos precisamos pensar sobre o que estamos fazendo, abrindo tempo e espaço para a aprendizagem de uma nova habilidade.
A ciência ainda tem muito o que aprender sobre a aprendizagem. Enquanto já sabemos como as habilidades de aprendizagem afetam o cérebro, ainda estamos tentando decifrar exatamente por que isso acontece e todos os seus benefícios. Como diz o velho ditado, a prática leva à perfeição, mas a maneira como praticamos é tão importante quanto o fato de estarmos praticando.
Saber como o cérebro se adapta a novas habilidades é apenas parte do processo. Afinal, esse conhecimento é inútil se você não souber como aplicá-lo. Com isso em mente, vamos apresentar alguns dos métodos experimentados e verdadeiros de aprender novas habilidades o mais rápido possível. O segredo é sempre aumentar sua capacidade intelectual, de uma forma ou de outra. Felizmente, isso é surpreendentemente fácil.
4. Obrigue-se a aprender sem guias ou ajuda
Quando estamos aprendendo uma nova habilidade, é muito fácil confiar no YouTube, em tutoriais, orientações ou guias para nos ajudar a iniciar o processo. Isso é ótimo para aqueles que estão apenas começando, mas se continuar fazendo isso com o passar do tempo, nunca vai realmente aprender porque não estamos resolvendo problemas por conta própria.
A fim de aprender, temos de falhar. A jornalista e escritora Annie Murphy Paul chama isso de fracasso produtivo: “Temos ouvido muito ultimamente sobre os benefícios de viver e superar o fracasso. Uma maneira de obter esses benefícios é encarar as coisas de modo que você esteja certo de que vai falhar, ao enfrentar um problema difícil, sem qualquer instrução ou assistência”, propõe.
Manu Kapur, pesquisador do Laboratório de Aprendizagem de Ciências no Instituto Nacional de Educação de Cingapura, relata uma experiência em que as pessoas tentaram resolver problemas muito complexos de matemática. Eles não cconseguiram chegar até a resposta certa, porém foram capazes de bolar diversas ideias sobre a natureza dos problemas e as possíveis soluções de um exercício semelhante, dando-os a chance de executar melhor um desses problemas no futuro. Esse é o chamado “fracasso produtivo”. “Você pode implementar essa ideia na sua própria aprendizagem, permitindo que você lute contra um problema por algum tempo antes de procurar ajuda ou informação”, fala.
Tomemos o exemplo do violão. Você pode facilmente encontrar a partitura de “Paint it Black” online, mas isso não vai ajudá-lo a aprender o som real de cada acorde. Em vez disso, tente descobrir por conta própria antes de buscar uma resposta. Isso é, essencialmente, o que chamamos de “tentativa e erro”. Pode ser frustrante, mas funciona muito bem. O mesmo acontece com qualquer outra habilidade. Claro que às vezes você precisa parar e ir atrás de uma solução, mas você vai ser melhor nisso se você não o fizer.
3. Espalhe o aprendizado ao longo do tempo
O psicólogo John Dunlosky, da Universidade Estadual de Kent, Ohio, EUA e colegas relatam que espalhar o seu estudo ao longo do tempo e fazer perguntas sobre o assunto para si mesmo antes de um grande teste são estratégias de aprendizagem altamente eficazes. Ambas as técnicas têm se mostrado frutíferas na tarefa de melhorar o desempenho de alunos em diversos tipos de testes. Sua eficácia tem sido repetidamente demonstrada para estudantes de todas as idades.
“Fiquei chocado que algumas estratégias que os alunos usam muito – como a releitura e o destaque de frases importantes – parecem oferecer benefícios mínimos para a sua aprendizagem e para o seu desempenho”, diz Dunlosky.
A prática distribuída é uma técnica antiga, mas que realmente funciona muito bem para as vidas ocupadas que a maioria de nós levamos. Em vez de sentar-se por horas a fio para aprender uma habilidade, experimente a prática distribuída, que consiste em sessões mais curtas, que acabam estimulando as ligações entre os neurônios por mais vezes ao longo do tempo. Assim, em vez de tentar aprender uma habilidade tendo aulas de uma hora de duração cada noite, reserva um tempo maior no geral, mas em pequenos pedaços ao longo do dia. Até mesmo 15 minutos por dia já é o suficiente para muitos de nós.
2. Escolha muito bem seu tempo de estudo
Você não pensaria isso, mas quando você estuda ou pratica uma competência é tão importante como o quanto você o faz. Nosso relógio biológico é ajustado para trabalhar melhor durante certos períodos do dia, e isso vale para o aprendizado também. De acordo com um estudo publicado na revista “PLoS One”, aprendemos melhor quando o fazemos antes de dormir.
O estudo revelou que os indivíduos que foram dormir direto depois de aprender algo conseguiram realizar significativamente melhor em uma série de testes de memória. O sono, portanto, possui um grande impacto sobre a retenção de memória em geral. Basicamente, quando você aprende uma nova habilidade antes de dormir, você está ajudando a fortalecer a ligação entre os neurônios em seu cérebro. Isto significa que você retém essas novas informações de uma forma melhor.
1. Aplique suas habilidades todos os dias
A razão é simples: quanto mais você conseguir aplicar aquilo que está aprendendo no seu dia a dia, mais essa atividade vai ficar na sua cabeça. De pouco adianta você aprender o idioma polonês pela internet se você nunca pratica oralmente, nem lê textos nessa língua ou sequer possui um canal polonês na TV a cabo para se habituar com os fonemas. Simplesmente fica bem difícil.
Quando você aprende algo novo, você implementa tudo que faz a nossa memória funcionar. Quando você é capaz de conectar o que você está aprendendo com uma tarefa do mundo real, isso forma ligações em seu cérebro e, posteriormente, as habilidades que você está aprendendo vão permanecer na sua cabeça. Isto é especialmente verdadeiro com a aprendizagem de uma língua estrangeira, quando a aplicação prática é a chave para aprender rapidamente. Lembre-se do polonês.
Fonte: Hypescience.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Como o corpo controla a própria temperatura?
Nosso organismo tem receptores térmicos na nossa pele e em outros órgãos. São eles que enviam mensagens através de impulsos nervosos para uma parte do nosso cérebro chamada hipotálamo que age como o centro de ajuste da temperatura corporal determinando, por exemplo, a temperatura que o corpo deve permanecer para um “tal” situação. Assim, nosso corpo tem o que chamamos de “ponto de ajuste”, controlado pelo hipotálamo.
Quando estamos em um ambiente muito quente, acima do nosso “ponto de ajuste”, os neurônios do hipotálamo desencadeiam dois eventos: A vasodilatação periférica que provoca o alargamento dos vasos sanguíneos da pele. Que permite a dissipação de calor. Em pessoas muito brancas, a pele fica logo vermelha devido a grande vascularização da pele. O outro evento é a sudorese, ou seja, o suor. A evaporação da água presente no suor absorve calor do corpo e reduz a temperatura corporal.
Já em locais muito frios, onde a temperatura caiu abaixo do “ponto de ajuste”, os neurônios enviam impulsos os seguintes eventos: Vasoconstrição periférica, que estreita os vasos sanguíneos da pele, reduzindo a perda de calor. Podemos até perceber que as pessoas de pele clara podem ficar com palidez no rosto por causa dessa vasoconstrição. Também ocorrem tremores, que são contrações musculares involuntárias para produção de calor nos músculos. E ainda tem o arrepio de frio (eriçamento dos pelos) que é um resquício evolutivo que tem o objetivo de aumentar a espessura da camada de isolamento. E por último, o aumento do metabolismo corporal, onde nossas células aumentam a atividade celular para produzir mais calor!
O arrepio é uma das estratégias do organismo controlar o frio.
O suor é uma das estratégias do organismo controlar o calor.
Fonte: Diário de biologia.
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