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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

5 políticas progressistas encontradas em ditaduras


É fácil cair na armadilha de pensar em esteriótipos e que tudo é preto e branco quando o assunto são países estrangeiros. Acostumados com a nossa cultura, frequentemente pensamos com horror nas ditaduras que ainda existem e já existiram no mundo, acreditando que nossa democracia é melhor em tudo. Mas não é tão simples assim.

Sem querer fugir do fato que muitas ditaduras são ou eram realmente infernos na Terra, algumas, na realidade, têm políticas progressistas muito além do que crê a nossa vã filosofia. Abaixo, você confere uma breve lista, que vai do Irã à Alemanha nazista:

5. A maconha é totalmente legal na Coreia do Norte


Quando seus amigos reclamarem o quão tirânico o governo é por se recusar a legalizar a maconha, é possível que você se sinta tentado a citar que há um grande número de pessoas no mundo que vivem sob regimes horrorosos, tão rígidos que questionar o poder vigente pode fazer com que você seja executado com um lança-chamas. Isso não é uma piada, já que esse fato realmente pode ter acontecido na Coreia do Norte. Porém, neste momento, você pode acabar saindo um pouco desmoralizado, já que eles podem apontar, com razão, que mesmo na Coreia do Norte a maconha é totalmente legalizada.

Em um país onde aparentemente os “direitos humanos” são considerados um conceito bizarro que vai contra o espírito da prosperidade da “Melhor Coreia”, dar de cara com um lança-chamas não é a única maneira de iluminar a mente. Enquanto a maioria do resto do mundo ainda está teorizando, debatendo ou mesmo ignorando a possibilidade de tornar a cannabis legal, a Coreia do Norte está tão à frente que nunca a considerou algo ilícito.

O governo norte-coreano não considera a maconha uma droga e seu uso nunca foi regulamentado. E nem pense em dizer “Ah, mas isso é porque o país não dá a mínima para o bem-estar de seu povo”, já que o governo é extremamente rigoroso com usuários de drogas pesadas, como metanfetamina, por exemplo.

Por lá, a erva não é mais escassa ou mais tabu do que o tabaco – inclusive, seu nome local é “ip tambae”, que significa “tabaco em folha”. Também não tem problema algum em cultivar cânhamo, com plantações se estendendo ao longo de trilhos de trem em todo o país devido a seus óleos extraíveis, que são usados ​​para fins industriais, e suas raízes profundas, que ajudam a manter as faixas.

E quanto a sua tão temida força militar? Aparentemente, fumar maconha é um passatempo superpopular entre as fileiras do exército norte-coreano. Imaginar os soldados envoltos em uma fumaça densa e suspeita, rindo de seus próprios uniformes, meio que dá uma amenizada naquela imagem de ameaça à paz (risos) mundial.

4. Os nazistas defendiam ferrenhamente os direitos dos animais


Provavelmente, um grande respeito pela santidade da vida não é a primeira coisa que vem a sua mente quando você pensa na Alemanha nazista. É seguro dizer que um regime que deliberadamente assassinou mais de 13 milhões de pessoas provavelmente não colocou compaixão nem perto do topo de sua lista de prioridades. Se os nazistas tratavam pessoas assim, como você acha que eles tratavam os animais? A resposta é “surpreendentemente bem”.

A Alemanha nazista tinha algumas das mais rigorosas leis de proteção animal de seu tempo, mesmo que nós provavelmente assumíssemos que eles afogavam gatos por esporte. Na verdade, uma das primeiras coisas que o partido nazista fez quando chegou ao poder foi aprovar um conjunto de leis que regulava rigidamente como os animais eram abatidos para alimentação e proibia qualquer forma de experimentação animal cruel, como a vivissecção. Na verdade, muitas das leis de proteção animal que ainda estão em vigor na Alemanha foram originalmente postas em prática por Hermann Goering, BFF de Hitler e segundo no comando.

Enquanto você provavelmente irá supor que qualquer lei que os nazistas passaram foi projetada de alguma forma para ofender os judeus (no que estaria parcialmente certo, já que o abate kosher judaico foi citado como parte da sua justificativa), as leis de proteção animal se aplicavam a todos, mesmo os muito ricos, e Hitler (um vegetariano devoto) não levava a coisa na brincadeira.

Mesmo a caça tinha de ser realizada o mais moralmente possível – as caças a cavalo e usando cães foram proibidas, por serem consideradas antiéticas e um meio de causar sofrimento desnecessário à presa. Sem nunca ter caçado sem essas regalias, a aristocracia ficou furiosa. Ah, além disso, um biólogo foi punido por não dar anestesia suficiente para vermes durante um experimento.

Existem algumas teorias sobre como os nazistas conciliaram as suas políticas de proteção animal com o fato de que eles eram, bem, nazistas. Estudos psicológicos de criminosos de guerra revelaram que muitos deles eram ambientalistas ao ponto de colocarem as vidas dos animais acima das vidas de seres humanos (ou pelo menos de certas etnias de seres humanos).

3. Ruanda é o líder mundial em igualdade de gênero


Se você sabe alguma coisa sobre Ruanda, a palavra “genocídio” provavelmente aparecerá em sua mente. Na década de 1990, Ruanda era um dos lugares mais violentos do planeta e, nos últimos vinte anos, tem sido governada por um ditador, Paul Kagame, que tem um jeito engraçado de fazer seus rivais políticos desaparecem, além de manter uma rédia curta na liberdade de expressão de seus cidadãos. Isso é quase incompreensível quando se leva em conta que, em termos de direitos das mulheres, Ruanda faz o resto do mundo comer poeira.

O país tem tanta igualdade de gênero que está quebrando (seus próprios) recordes mundiais em relação à maior proporção de mulheres no governo. Em 2013, as mulheres ganharam 64% dos lugares no parlamento de Ruanda. E elas o fizeram graças a um número de eleitores que deixaria qualquer político verde de inveja.

Para um país que era basicamente sinônimo de todos os problemas pelos quais a África se tornou conhecida, aconteceu uma transformação incrível. Duas décadas atrás, a falta de leis, o estupro e o assassinato eram endêmicos, mas hoje há penas severas por estupro, linhas telefônicas diretas para as vítimas e acesso generalizado à contracepção.

E as empresas estão seguindo o exemplo dado pelo parlamento liderado por mulheres de Ruanda, encerrando anos de discriminação enraizada. Este é também o país mais limpo na África. Sacolas plásticas são absolutamente ilegais (tem até mesmo uma multa de mais de R$ 300 para quem for pego), vendedores ambulantes não são permitidos e os funcionários de limpeza empregados pelo governo trabalham contra o tempo para se certificar de que não haja lixo emporcalhando os espaços públicos.

Caso você resolva deduzir que tudo isso é apenas uma máscara feliz que está sendo usada para encobrir algo realmente assustador, parece que a vida diária em Ruanda é mais ou menos tão calma quanto parece. Os índices de criminalidade são baixos e corrupção policial é mínima, o que é surpreendente para um país governado por um cara que recebe mais de 90% dos votos a cada eleição.

2. Os mongóis protegiam a liberdade religiosa


Notório por ter impiedosamente subjugado o continente asiático, o Império Mongol praticamente dominou o mundo nos tempos em que “potência a cavalo” era um termo literal e as pessoas limpavam a bunda com folhas de bananeira. Enquanto os mongóis protagonizaram o espetáculo de uma quantidade sem precedentes de pilhagem e estupro, também endossaram algumas políticas surpreendentemente modernas, incluindo a tolerância religiosa.

Genghis Khan aderiu ao xamanismo, mas assegurou que a liberdade de religião fosse garantida a todos os seus súditos. Religiões estrangeiras eram bem-vindas, mesmo que contradissessem as crenças espirituais xamânicas. Mesmo que tenha conquistado civilizações inteiras com força bruta, Genghis percebeu que para ser o governante de um império poderoso, você tem que manter as pessoas felizes. Imaginamos que não deve ter sido uma tarefa simples ensinar este conceito a um homem que empalava pessoas praticamente por diversão, mas eventualmente Genghis percebeu que marchar sobre um país e obrigar todos a se converterem a alguma nova religião estranha não é a melhor maneira de manter o poder quando seus súditos superam você aos milhões.

Assim, os conquistadores mongóis não só toleravam religiões estrangeiras entre a população, como também as apoiavam, chegando ao ponto de oferecer incentivos fiscais para taoístas, budistas, islâmicos e cristãos. Para não ficar atrás, o herdeiro Genghis ao trono, Ogedei Khan, encomendou a construção de um monte de novas igrejas, mesquitas e templos. Ele era, portanto, capaz de agradar a líderes religiosos e manter tudo sob controle. A única exceção foi sob o governo do neto de Genghis, Kublai Khan, que discriminou taoístas.

1. O Irã é supertolerante com alterações de sexo


O ex-presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, alegou em uma ocasião infeliz que seu país continha exatamente zero homossexuais, como se desacreditando sua própria existência e os rebaixando ao reino dos unicórnios e sacis. É compreensível, a partir da perspectiva dele, porque gostaria de acreditar nisso, já que, se você for gay no Irã, pode ser apedrejado.

Se gostar de brincar com alguém que tem um brinquedo igual ao seu é um crime punível com a morte, nós podemos apenas imaginar como os transexuais são tratados no Irã. Provavelmente estamos imaginando errado, porque a comunidade transgênero enfrenta quase nenhuma dificuldade.

Estimativas não oficiais colocam em cerca de 150 mil o número de pessoas com transtorno de identidade de gênero no Irã, país que perde apenas para a Tailândia em cirurgias de mudança de sexo. Em 1987, o aiatolá Khomeini instituiu uma fatwa específica que não só tornou esta operação legal, mas também fez com que o governo ajudasse as pessoas pagarem por isso, inclusive os tratamentos hormonais que acompanham a cirurgia.

Por mais magnânimo que isso soe para uma das teocracias mais duras do mundo, pode-se argumentar que eles estão fazendo isso pelas razões erradas. Como mencionamos, o governo iraniano não quero que haja quaisquer gays em seu país, então deduziram que dar às pessoas a liberdade de mudar de sexo é uma maneira de resolver o problema (porque, aparentemente, um homem gay é apenas uma mulher heterossexual por dentro, certo? De forma alguma isso seriam duas questões separadas e bem diferentes, não é mesmo?). Basicamente, eles aceitam o transexualismo através da pura força de sua homofobia.

Operações de mudança de sexo devem ser autorizadas por um psiquiatra especialista do governo e, por vezes, um sexólogo. Os possíveis pacientes devem ser submetidos a várias sessões com até seis psiquiatras diferentes, bem como consultar um examinador forense da agência médica governamental que supervisiona as cirurgias.

Após a mudança, o indivíduo torna-se literalmente uma nova pessoa – a sua certidão de nascimento antiga é destruída e uma nova identidade é emitida. Novas leis estipulam uma maior compensação financeira para os indivíduos interessados no procedimento, e há até uma proposta para permitir empréstimos para que os transexuais possam iniciar seus próprios negócios

Fonte: Hypescience.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ficar sentado pode te matar de 7 formas diferentes

Muitas pesquisas feitas nos últimos anos apontam que ficar sentado durante muitas horas por dia pode ser prejudicial para sua saúde. Nas palavras de Shaunacy Ferro, “sentar é o novo cigarro”, menos o lobby poderoso em volta do produto.

E a pior notícia é que aumentar o tempo de exercícios não compensa o tempo que você fica sentado – as probabilidades são as mesmas para quem se exercita e quem não se exercita.

Veja aqui as maneiras com que o sedentarismo, principalmente no local de trabalho, pode te matar:

7. Doenças crônicas


Uma pesquisa feita em fevereiro de 2013 com 63.048 homens australianos de meia idade apontou que quem fica sentado mais de quatro horas por dia tem uma probabilidade significativamente maior de ter uma doença crônica, como hipertensão, doenças cardíacas e câncer.

E o estudo apontou que não importa o índice de massa corporal ou a quantidade de exercícios feita. Além disso, quem fica sentado seis horas por dia tem maior probabilidade de ter diabetes, uma descoberta que confirma o resultado de outros estudos.

6. Redução da expectativa de vida


Um estudo publicado em julho de 2012 apontou que reduzir o tempo excessivo sentado para menos de três horas por dia aumentaria a expectativa de vida em dois anos.

Além disso, reduzir o tempo em frente à TV para menos de duas horas por dia aumenta a expectativa de vida em 1,4 anos (em comparação, o hábito de fumar diminui a expectativa de vida em 2,5 anos para homens e 1,8 anos para mulheres).

O estudo estimou que um adulto típico gasta 55% do seu dia fazendo algo sedentário, mas também aponta que os altos níveis de sedentarismo autorrelatados podem ser conservativos. Não é fácil lembrar todo o tempo que você ficou sentado durante o dia, uma vez que não é uma atividade específica de um comportamento, como assistir TV.

5. Doenças renais


Quem senta por menos tempo tem menos chances de ter alguma doença renal crônica, e isto não se altera se você acrescentar na equação pessoas que controlam seu índice de massa corporal ou atividade física.

Foi o que descobriu uma análise publicada em outubro de 2012, que estudou relatos de 6.379 pessoas com idade entre 40 e 75 anos.

O efeito foi mais profundo entre as mulheres: ao diminuir o tempo sentadas de um dia inteiro para três horas, elas diminuíram o risco em mais de 30%. Entre os homens, a diminuição do risco de doença renal caiu 15%.

4. Saúde mental prejudicada


Ficar sentado também é prejudicial para a mente. Um estudo relacionando o comportamento sedentário e o bem-estar mental apontou que ficar sentado por razões não ocupacionais, como assistir TV, dirigir um automóvel ou usar o computador, está associado a problemas de saúde mental entre as mulheres.

O estudo que foi publicado em abril de 2012 usando dados de quase 3.500 pessoas também apontou que os homens só eram prejudicados mentalmente pelo tempo gasto em frente do computador.


3. Obesidade e Síndrome Metabólica


Pessoas obesas ficam sentadas mais tempo que pessoas magras. Um estudo publicado em novembro de 2009 apontou que este tempo a mais é de 2,5 horas, em média, e está associado à síndrome metabólica, uma combinação de fatores como obesidade abdominal, baixos níveis do “bom colesterol”, hipertensão, níveis elevados de triglicerídeos ou hiperglicemia, que juntos aumentam os riscos de doenças mais sérias, como doenças cardíacas, derrames e diabetes.

Este resultado foi confirmado por outro estudo publicado no ano passado, que mostra que pessoas que são sedentárias por mais tempo tem 73% mais chances de ter síndrome metabólica.

Em 2005, um grupo de pesquisadores estimou que a redução do tempo de TV e computador para menos de uma hora por dia poderia reduzir a prevalência de síndrome metabólica entre adultos nos Estados Unidos de 30% a 35%.


2. Morte por câncer colorretal


Mesmo que você seja diagnosticado com câncer, o sedentarismo pode ser sua causa de morte. Um estudo publicado em janeiro de 2013 descobriu que tanto antes quanto depois de ser diagnosticado com câncer colorretal, ficar mais tempo sentado durante os momentos de lazer significa maiores chances de morrer.

O estudo monitorou os hábitos de mais de 2.000 pacientes de câncer colorretal por até 16 anos depois do diagnóstico. Os que levavam uma vida mais ativa tinham 28% menos chances de morrer do que os que se exercitavam menos. Os que passavam sentados seis horas tinham 36% mais chances de morrer do que os que ficavam sentados menos de três horas por dia.

1. Morte por todas as causas – e mais cedo


Um estudo monitorou 200.000 australianos com mais de 45 anos, e descobriu que não importa a idade, sexo ou índice corporal, ficar sentado aumenta os riscos de mortalidade por todas as causas.

Pessoas que ficam sentadas mais de 11 horas por dia tem risco 40% maior de morrer em 3 anos. O risco de morrer era muito menor para pessoas que faziam exercícios durante cinco horas por semana, ou mais, mas ainda assim era insuficiente para escapar da armadilha fatal da cadeira. Hora de comprar uma mesa para ficar em pé.

Fonte: Hypescience.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

7 coisas que podem te fazer morrer mais cedo

Não estamos falando de dirigir bêbado, aceitar aquele desafio idiota do seu amigo de pular de uma ponte ou comer aquela carne estragada na sua geladeira há meses. Tem coisas que te matam silenciosa e misteriosamente, e você jamais vai perceber o perigo vindo.
Confira sete coisas que podem te fazer morrer mais cedo:

1. Não ter amigos


A falta de amigos pode literalmente encurtar a vida humana, tanto quanto assassinos seriais, tabagismo e consumo de álcool. Na verdade, os efeitos do isolamento social até superam alguns dos fatores de risco conhecidos da mortalidade precoce, como obesidade e falta de exercício.

Estudos anteriores culparam este fenômeno de morte prematura na solidão. Estar sozinho é muito ruim e não é segredo que afeta a saúde. Porém, pesquisas mais recentes sugerem que, independente de seus sentimentos sobre isso, o isolamento por si só pode te matar. 
Um estudo com idosos no Reino Unido feito em 2013 constatou que, embora simplesmente relatar sentimentos de solidão não teve efeito sobre a probabilidade de morrer mais cedo, o isolamento social levou a maior probabilidade de morrer: um aumento de 26% quando comparado com outros idosos da mesma faixa etária mais sociais.

Parte disso é óbvio: se você evita outros seres humanos, ninguém vai te avisar de uma protuberância crescendo na parte de trás do seu pescoço ou chamar uma ambulância se você estiver sufocando.

Mas também existem causas físicas por trás da morte associada com a solidão. O contato físico entre os seres humanos reduz o estresse e a inflamação, melhorando a saúde. Além disso, a maioria tende a cuidar melhor de si mesma quando vive com outras pessoas por perto.

2. Depressão


Claro, depressão leva a um maior risco de suicídio, mas a doença por si só pode ser tão ruim a ponto de aumentar suas chances de morrer mais cedo. Depressão recorrente pode diminuir sua expectativa de vida em até 11 anos – mais ou menos a mesma quantidade de vida que você perderia por fumar 20 ou mais cigarros por dia.

Cientistas analisaram os efeitos da condição sobre o corpo humano em um nível celular, medindo os telômeros (a parte dos seus cromossomos que reduz com a idade celular, ou seja, fica menor conforme a célula fica mais velha e desgastada) de três grupos de pessoas: um que nunca tinha ficado depressivo, um que tinha tido transtorno depressivo grave no passado, e um que estava depressivo naquele momento.

Quanto mais grave a depressão de uma pessoa era, mais curtos eram seus telômetros. Quanto mais curtos os telômeros são, mais a pessoa está em risco de uma morte prematura devido a doenças relacionadas com a idade, como doenças cardíacas e câncer.
Seja mais feliz para viver mais

A culpa aqui parece ser do efeito que a depressão tem sobre o sistema imunológico, bem como a inflamação que causa.

3. Não escovar os dentes


Metade dos adultos dos EUA possui doença periodontal, que afeta os tecidos de suporte (gengiva) e sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso) dos dentes. Também, um estudo brasileiro de 1993 mostrou, através de uma revisão da literatura dos levantamentos epidemiológicos até então realizados, que 86,7% do total de indivíduos examinados apresentavam atividade de doença periodontal.

Agora vem a pior parte: há muito tempo os cientistas sabem que há uma ligação entre doença periodontal e doença cardíaca, também conhecida como a maior assassina de pessoas do mundo.

Antes, no entanto, não sabíamos se essa ligação era realmente causal, ou se apenas as mesmas atividades colocam as pessoas em risco para doenças da gengiva e do coração, como má alimentação.

Agora, há pelo menos alguma evidência de que negligenciar as suas gengivas pode estragar seu coração diretamente. Esse ano, pesquisadores infectaram camundongos com vários tipos de bactérias que causam a doença periodontal, e acompanharam a propagação das bactérias – que chegou a seus corações. Os camundongos começaram a mostrar um aumento nos fatores de risco para doenças cardíacas, como inflamação e colesterol. Estes ratos não estavam fazendo qualquer outra coisa para colocá-los em risco de doenças cardíacas, como má alimentação ou estresse. Isto sugere que as bactérias por si só podem ser suficientes para afetar a saúde de seu coração. Conclusão: use fio dental.

4. Nascer no mês errado


De acordo com um estudo feito pela Universidade de Chicago (EUA), pessoas que vivem até os 100 anos são mais propensas a ter nascido no outono (em setembro ou outubro, no caso dos EUA). Outros estudos feitos na Áustria e Dinamarca também encontraram o mesmo pequeno aumento na expectativa de vida para bebês nascidos nos meses de outono, enquanto no hemisfério sul (como aqui no Brasil) é mais provável que você viva mais tempo se tiver nascido em março, abril ou maio.

Bebês que nascem no outono não só vivem mais como parecem se sair melhor no geral. Bebês nascidos na primavera são mais propensos a sofrer de transtornos alimentares, diabetes tipo 1 e esquizofrenia que bebês do outono, por exemplo.

Ninguém sabe ao certo por que isso ocorre, mas uma teoria é que os níveis de vitamina D durante a gravidez afetam a saúde dos bebês. As pessoas costumam obter a maior parte de sua vitamina D através da luz solar, o que significa que, no momento de dar à luz, mães de bebês que nasceram no outono passaram os últimos seis meses tomando sol. Bebês da primavera passaram a maior parte de sua gestação durante os meses mais escuros, ou seja, suas mães não tomaram tanto sol e tiveram tanta vitamina D, o que de alguma forma afetou o seu desenvolvimento e saúde a longo prazo.

Outro possível fator é a dieta. Nos estudos feitos, as pessoas que “viveram mais de 100 anos” eram em sua maioria nascidas na década de 1890, quando coisas como refrigeração e transporte de alimentos não eram tão comuns. Assim, bebês gestados durante os meses mais quentes, quando as frutas e legumes eram mais facilmente disponíveis, foram melhor nutridos do que os bebês cujas mães dependiam de uma dieta mais limitada de inverno. Nesse caso, o mês de nascimento não é exatamente o fator chave. Mas ainda assim há uma lição importante aqui: se sua mãe não se alimentar direito durante sua gestação, você não vai viver tanto.

5. Ficar muito tempo sentado


Um estudo que pesquisou a rotina de mais de 222 mil cidadãos australianos ao longo de três anos descobriu que pessoas que passam muito tempo do seu dia sobre uma cadeira são até 40% mais propensas a encurtar a própria vida.

Segundo os cientistas, isso se aplica àqueles que realmente abusam do ato de sentar, passando mais de 11 horas por dia nesta posição. Entre oito e onze horas, a mesma taxa cai para 15%.

As principais evidências para explicar por que isso acontece são as mesmas que se verificam no sedentarismo: exercícios físicos regulares têm efeitos positivos quanto aos triglicerídeos e a pressão sanguínea. Ou seja, o principal prejuízo não é o fato de estar sentado em si, mas o de não se mover.

Não tem jeito: se você está procurando uma desculpa para não se exercitar, provavelmente não vai encontrar nenhuma.

6. Ver muita TV


Esse é um item muito similar ao acima. Dados de oito estudos recentes com mais de 175 mil pessoas em todo o mundo sugerem que, quanto mais você assiste TV, mais propenso fica a desenvolver uma série de problemas de saúde, e mais chances têm de morrer mais cedo.

Segundo os pesquisadores, para cada duas horas adicionais que as pessoas passam coladas na TV em um dia típico, o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta em 20%, e o risco de doença cardíaca aumenta em 15%. E para cada três horas adicionais, o risco de morrer por qualquer causa vai para 13%, em média.

O aumento do risco de doenças ligadas a assistir televisão é semelhante ao aumento de risco que vemos com colesterol alto, pressão arterial alta ou tabagismo.

A conexão entre a TV e doenças não é um mistério: assistir TV consome tempo de lazer que poderia ser gasto andando, fazendo exercícios, ou mesmo apenas se movimentando. Também tem sido associado a dietas pouco saudáveis, como muito açúcar, refrigerantes, alimentos processados e petiscos (que, talvez não por coincidência, são alimentos frequentemente encontrados em comerciais de televisão).

Além disso, alguns estudos sugerem que a postura sentada prolongada, além de seu impacto sobre os hábitos alimentares e exercício físico, pode causar mudanças no metabolismo que contribuem para níveis de mau colesterol e obesidade. Em resumo: saia do sofá!

7. Tomar refrigerante


Normal, diet, light ou zero, todos os refrigerantes de cola contêm fosfato, ou ácido fosfórico, um ácido que dá ao refrigerante seu sabor típico e aumenta seu tempo de validade. Embora exista em muitos alimentos integrais, tais como carne, leite e nozes, ácido fosfórico em excesso pode levar a problemas cardíacos e renais, perda muscular e osteoporose, e um estudo sugere que poderia até provocar envelhecimento acelerado.

O estudo, publicado em 2010, descobriu que os níveis de fosfato encontrados em refrigerantes fizeram com que ratos de laboratório morressem cinco semanas mais cedo do que os ratos cujas dietas tinham níveis normais de fosfato.

Pior: houve uma tendência preocupante dos fabricantes de refrigerantes de aumentar os níveis de ácido fosfórico em seus produtos ao longo das últimas décadas.

Esqueça obesidade e outros problemas de saúde que os refrigerantes causam. Se você quer mesmo um bom motivo para parar de tomá-lo, está aqui: ele pode te fazer morrer mais cedo! 

Fonte: Hypescience.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Como fotografar o céu noturno mesmo em regiões de extrema poluição luminosa

Por: Justin Ng

Quem é que não se maravilha o ver uma bela foto do céu noturno com a Via Láctea brilhando, ou com rastros de estrelas tomando conta do firmamento? Se você já se aventurou na arte da astrofotografia, então você já percebeu que não é uma tarefa fácil... e se você estiver em um céu cheio de poluição luminosa, como em cidades grandes, aí fica impossível certo? Não, errado!

premiado astrofotógrafo Justin Ng de Cingapura criou um tutorial de como fotografar o céu noturno mesmo em áreas onde há muita poluição luminosa.

"Este tutorial mostra como eu fotografei a Via Láctea, mesmo obscurecida pela poluição luminosa extrema de Cingapura, utilizando equipamentos de fotografia que provavelmente você já tem, e alguns trabalhos que provavelmente funcionam na maioria das versões do Photoshop", escreveu Justin Ng. Ele acrescenta ainda que o tipo de processamento de fotos que ele usa no Photoshop pode ser alcançado sem a compra de plugins adicionais.


Justin diz que tirar fotos do céu noturno é uma maneira de "fazer sua parte para promover a conscientização pública da astronomia e da importância de preservar a beleza dos nossos céus noturnos através de suas imagens. E eu vou mostrar como você pode fazer exatamente isso usando um equipamento de fotografia que você provavelmente já tem, e com trabalhos de processamentos fáceis, acessíveis na maioria das versões do Photoshop".

Para este tutorial, você vai precisar de algum conhecimento prévio sobre fotografia básica e pós-processamento. Abaixo, encontre um resumo de como fotografar o céu com poluição luminosa:

Parte 1 - Reconhecimento do céu

Em primeiro lugar, devemos ter uma noção básica de como encontrar a Via Láctea, ou melhor ainda, o centro da Via Láctea.



A região central da Via Láctea fica entre as constelações de Scorpius (Escorpião) e Sagitarius (Sagitário). A região central da Via Láctea fica evidente entre abril e setembro. Veja como localizá-la no céu:



Parte 2 - Equipamento necessário

Câmera DSLR

Lentes grande angular 16-35 mm F2.8

Tripé

Parte 3 - Fotografando o céu


Verifique a previsão do tempo para ter certeza de o céu estará o mais limpo possível. Após identificar a região do centro da Via Láctea, configure a abertura para 2.8ISO 6400 e distância focal de 16mm.



Utilize o maior tempo de disparo possível, mas não tanto a ponto de capturar o rasto das estrelas. Use a regra dos 500, onde você divide 500 pela distância focal. No caso, 500/16=31.25 segundos de exposição. Para não chegar no limite, faça o disparo com 30 ou 25 segundos de duração. Mas devemos nos lembrar que, em céus com grande luminosidade, não conseguimos uma exposição tão alta, então, algo em torno de 6 segundos já é o suficiente.

by Justin NG

Dê prioridade para fazer as fotos em modo RAW, assim, teremos o máximo de qualidade possível. Se possível, utilize a técnica chamada ETTR, onde a foto fica com uma alta exposição, com muita luz. Claro, que no pós processamento teremos que ajustá-la, mas é mais fácil uma imagem muito exposta do que o contrário. Mas não deixe uma exposição tão alta a ponto de saturar e "pixelizar" a imagem.

Parte 4 - Pós processamento

Após normalizar a foto super-exposta, poderemos ver a Via Láctea. Para isso, você deve ajustar obalanço do branco, e remover o ruído. Ajuste também o nível de contraste e as curvas. Se a foto tivesse sido feita em um céu escuro, isso já seria o suficiente, mas como estamos falando de um céu com muita poluição luminosa, teremos ainda que fazer outros ajustes.



Clique em imagem -> ajustes -> HDR toning (Photoshop CS5 acima). Se não houver essa função no seu Photoshop, clique em imagem -> ajustes -> sombra/realce ,e faça os ajustes necessários que funcionarem melhor para sua foto.




Em imagem -> ajustes -> níveis  e também  imagem -> ajustes -> curvas, e faça as alterações que melhor se ajustam para sua foto.


Parte 5 - Acabamento final

Agora a foto já está pronta. Basta ajustar o que achar melhor para combinar com o seu gosto pessoal, como brilhocontrasteequilíbrio de cores, etc...

Veja a mesma imagem antes e depois do processamento:


Pronto! Aí está o passo-a-passo de como fotografar o céu noturno mesmo com muita poluição luminosa. Com persistência e prática, logo você estará fazendo belas astrofotografias da Via Láctea mesmo em locais com aquele famoso " céu alaranjado ".

Conheça o incrível trabalho do astrofotógrafo Justin Ng. Você poderá acessar o tutorial completo e conhecer outras dicas em seu site oficial em inglês clicando aqui.

E não deixem de enviar as melhores fotos para nós! Espero que tenham gostado. Boa sorte à todos, e bons céus!






terça-feira, 9 de setembro de 2014

10 cavernas interessantes pelo mundo

Cavernas são mais do que apenas buracos. Sim, muitas vezes são mofadas, lamacentas e úmidas. Mas também podem ser feitas de mármore, cristal ou basalto, podem estar repletas de vida selvagem, podem ser tão grandes quanto um cânion, ou estar inundadas com água congelante… Enfim, são bastante extraordinárias. Confira:

10. Eisriesenwelt


A caverna Eisriesenwelt, na Áustria, é a maior caverna de gelo do mundo, com uma extensão de quase 50 quilômetros. Seu nome significa “Mundo dos Gigantes de Gelo”. Descoberta em 1879, suas câmaras são interligadas, permitindo que o ar flua através de todas. Isto também significa que podem ficar muito frias, e roupa de inverno é apropriada para visitas. As formações de gelo possuem cores diferentes devido ao conteúdo mineral diferente das câmaras. Eisriesenwelt fica acima de Werfen Village, em Salzburg. Lâmpadas são entregues aos turistas antes dos tours, e às vezes as formações de gelo são iluminadas com lâmpadas de magnésio para efeitos dramáticos. Apenas uma parte do comprimento da caverna é aberta ao público.

9. Gruta de Fingal


Staffa é uma ilha desabitada na costa da Escócia, que hospeda várias cavernas marítimas, sendo a mais famosa a Gruta de Fingal, também chamada de Uamh Binh, ou Caverna da Melodia. A Gruta de Fingal tem 70 metros de comprimento e é feita inteiramente de colunas hexagonais de basalto interligadas, semelhantes às encontradas na Calçada dos Gigantes, possivelmente formadas por fluxo de lava pré-histórico e um mar agitado. Em 1829, o compositor Felix Mendelssohn visitou a caverna, e o som das ondas no seu interior se tornou a inspiração para o seu Hebrides Overture.

8. Grotto Azzura


A Grotto Azzura (ou Gruta Azul) é a mais famosa atração turística de Capri. É uma caverna meio inundada pelo mar, preenchida com uma estranha luz azul. No período romano, acreditava-se que era o lar de sereias e demônios. A coloração estranha é causada por uma filtração da luz solar através de uma abertura próxima da superfície da água. Qualquer coisa imersa na água também parece prata, devido a bolhas. A melhor hora para visitar a Gruta Azul é no início da tarde, quando o sol brilha diretamente para fora da caverna.

7. Túnel de glicínia


Os Jardins de Kawachi Fuji são o lar de uma exibição deslumbrante de glicínias, dispostas em um túnel estilo caverna. Cerca de 150 glicínias de pelo menos 20 espécies são cultivadas no jardim, nas cores roxo, branco, azul, violeta ou rosa. A melhor época para visitar o túnel é do final de abril até meados de maio, quando um festival é realizado. O pico da temporada é o final de abril. Qualquer visita fora desse período significa que as plantas não estarão floridas, e a maioria delas parecerá uma massa desanimadora de ramos sem vida.

6. Orda


Ordinskaya, ou Caverna Orda, é a mais longa caverna subaquática da Rússia e a única do seu tipo formada de gesso do mundo. Seu comprimento é de quase 5 quilômetros de água tão clara que os mergulhadores podem ver cerca de 45 metros à frente deles. Também não há correntes na caverna. Porém, cuidado: a Orda não é um bom lugar para se perder, já que existem muitas passagens menores que conduzem para longe da caverna principal e que ainda estão apenas sendo encontradas. A água tem uma temperatura congelante de menos 20 graus Celsius na superfície, e qualquer coisa em que você toque nela pode facilmente quebrar. O mergulhador Lamar Hires diz que viu pedaços de gesso tão grandes quanto carros e ônibus caindo das paredes e teto da caverna.
5. Cavernas de Waitomo

As Cavernas de Waitomo são o lar de uma espécie de pirilampo nativo da Nova Zelândia: Arachnocampa luminosa. Eles brilham para atrair insetos e poder se alimentar deles. Milhares desses vaga-lumes vivem nas cavernas, que se tornaram uma das principais atrações da Ilha Norte da Nova Zelândia. Também conhecida como Gruta do Pirilampo, ela é navegável por barco sob as luzes dos animais no teto. A câmara inferior do sistema possui uma acústica reconhecida por estrelas da ópera internacionais.

4. Rio subterrâneo de Palawan


O rio subterrâneo de Palawan, nas Filipinas, também chamado de rio subterrâneo St. Paul, foi reconhecido como um parque nacional em 1971. É um rio de 8 quilômetros que corre direto para o mar. Ao longo do caminho, flui através de uma caverna, com algumas das formações calcárias mais belas do mundo. Algumas dessas formações se assemelham a animais, ou cogumelos, ou ainda pessoas. Em 28 de janeiro de 2012, o rio foi eleito uma das novas Sete Maravilhas da Natureza. Uma licença especial é necessária quando se quer viajar por todo o comprimento do rio.

3. Catedral de Mármore


Cuevas de Marmol, ou Catedral de Mármore, é uma caverna esculpida no lago General Carrera do Chile, que se estende na fronteira do país com a Argentina. Visitantes precisam caminhar muito para chegar até lá (da capital chilena a cidade de Coyhaique, e depois mais 320 quilômetros até a caverna a sul do lago), mas a longa viagem vale a pena, já que os espectadores são recompensados com águas cristalinas e paredes lindamente padronizadas de mármore. As cavernas são acessíveis apenas por barco. A gruta foi formada há 6.000 anos por ondas quebrando em carbonato de cálcio. A cor da água varia com o tempo, o nível da água, e a época do ano.

2. Lubang Nasib Bagus


O Lubang Nasib Bagus, ou “Caverna da Boa Sorte”, é famosa pela Gruta de Sarawak, a maior câmara de caverna do mundo. Ela está localizado no Parque Nacional de Gunung Mulu, em Bornéu. A altura do seu teto é estimada em 100 metros e as suas dimensões máximas foram estimadas em 700 x 400 metros. A câmara é tão grande que oito jatos jumbo poderiam caber ao longo de seu comprimento, e poderia ser uma garagem (inacessível, vale dizer) para 7.500 ônibus. Todas as cavernas do sistema foram criadas por água corrente cinco milhões de anos atrás. Outras cavernas encontradas em Lubang Nasib incluem a Caverna dos Ventos e a Caverna da Felicidade.

1. Gruta Krubera


Em 2001, a Gruta Krubera, alternativamente chamada de Caverna Voronja, foi nomeada a caverna mais profunda do mundo. Em outubro de 2004, cientistas estimaram que sua profundidade é de 2.080 metros. A caverna está localizada na Abkhazia, uma república que pertence à Geórgia, mas afirma ser um Estado independente. Para alcançar as profundezas da caverna, espeleologistas da Universidade Hebraica de Jerusalém mergulharam na água pouco acima de zero grau Celsius. Eles enfrentaram também uma enchente que os deixou isolado por 30 horas. Em profundidades superiores a 300 metros, diversas formas de vida foram encontradas, como vermes parasitas e peixes transparentes.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

6 crenças sobre psicologia que todo mundo acredita

Psicologia é uma daquelas coisas que todo mundo acha que sabe. Quem nunca “deu um de psicólogo”, e confortou um amigo? Ou pensou que descobriu a raiz do sofrimento de um colega de trabalho? Mas, como qualquer ciência com espaço na cultura pop, um monte de declarações comuns que ouvimos todos os dias são tão erradas que um profissional desmaiaria se as ouvisse. Confira e fique esperto:

1 – “Se você expressar sua raiva, se sentirá melhor”


Você com certeza já ouviu alguém falar que, se você guardar sua raiva, um dia não vai aguentar, vai estourar. E, de fato, nos filmes sempre tem um ponto no qual o personagem “enlouquece”, dispara uma bala pro ar, amassa uma boneca, grita em um travesseiro, dá pancadas na parede, ou estrangula um gatinho. E daí, veja só, se sente muito melhor. Sim, muitas das terapias atuais foram construídas em torno desta ideia, basicamente incentivando as pessoas a controlar sua raiva socando um saco de pancadas para impedi-las de fazer o mesmo com seu chefe. Faz sentido, né?


Por que é mentira: pesquisas dizem que isso não funciona. Expressar a raiva, mesmo contra objetos inanimados, não torna ninguém menos bravo. Na verdade, faz você querer ficar irritado. Os seres humanos têm uma coisa chamada “hábitos”. Quando fazemos algo, e isso nos faz sentir bem, queremos fazer isso de novo e mais frequentemente. É por isso que você não vê um monte de monges budistas jogando tijolos através de vidros em seu caminho para a iluminação. A raiva é “viciante”, e “bater” como um meio para controlá-la é como beber para controlar sua vontade de beber. E isso é má notícia, considerando que há muitas situações onde não há um objeto inanimado para socar.


2 – “Acredite em você mesmo, e você terá sucesso”


Autoestima é martelada em nossos cérebros a vida inteira. Você tem que tê-la, baseado na crença de que os com autoestima elevada se dão melhor na vida, fazem e mantêm mais amigos, e em geral funcionam melhor como um membro da sociedade. Quase todos os filmes de adolescente são defensores dessa teoria. O impopular, cansado de anos de abuso, deprimente, um dia descobre sua própria autoestima em tempo para o grande baile/jogo/viagem. Então, todo os outros alunos da escola percebem essa mudança radical e ele se torna o garoto mais popular. Programas e livros de autoajuda trazem essa ideia também, prometendo que o reforço da autoestima é a chave para superar obstáculos e fracassos. Mesmo escolas de ensino fundamental nos EUA começaram a dar aulas de autoestima para as crianças, porque, como todos sabem, a chave para a felicidade é receber recompensas por pouca ou nenhuma coisa.

Por que é mentira: isso parece ser um uma confusão entre correlação e causalidade. Ao invés de pensar: “Talvez as crianças com alta autoestima se sentem bem consigo mesmas porque tiram boas notas na escola e têm muitos amigos”, eles decidiram que é o contrário, que eles se dão bem porque têm autoestima. Então, tentaram ensinar as pessoas a se sentirem bem consigo mesmas por qualquer razão, como se disso se seguisse algo melhor (o que não ocorre). Isso resulta em algumas crianças com muita autoestima, uma raça que classificamos como “babacas”. Não é brincadeira. Pesquisas mostram que crianças com um senso inflado de autoestima se tornam agressivas quando sua “superioridade” é posta em causa, levando a uma queda mais prejudicial quando ela percebe que é uma fracassada. Nós certamente não somos especialistas, mas talvez seria melhor ensinar coisas que levam ao sucesso (como habilidades sociais e de comunicação, estratégias para lidar com o stress, etc.) e deixar que isso leve naturalmente ao sucesso, ao invés de ir direito para a parte da autoestima.


3 – “Membros de religiões ou seitas são estúpidos e ingênuos”


Há uma ideia de que quem participa de uma seita (ou religião organizada de qualquer tipo) ou é fraco, ou retardado, ou uma combinação dos dois. Nós tendemos a associar cultos com fanatismo, supondo que todos eles são formados por pessoas que usam roupas esquisitas e vivem em locais afastados. Graças a certas seitas apocalípticas e/ou suicidas que já foram manchetes internacionais, não temos mesmo muita razão para pensar o contrário.

Por que é mentira: Estudos mostram que membros de seitas são tão inteligentes, se não mais, do que o público em geral. E cerca de 95% dos membros são perfeitamente saudáveis (quando entram para a religião, pelo menos), sem histórico de problemas psicológicos. Eles não são estúpidos, nem loucos. Claro que isso só serve para tornar os cultos ainda mais assustadores. Como diabos essas seitas conseguem que pessoas – que são tão sãs e inteligentes – juntem-se a eles?

Como animais sociais que somos, nós queremos pertencer a um grupo. É uma necessidade tão básica e real como fome ou sexo. Quando não estamos bem (perdemos o emprego, ou mudamos para uma nova cidade ou terminamos com um namorado), ficamos um pouco loucos. Os cultos são muito bons em encontrar pessoas nesse momento de fraqueza, e dizer exatamente a coisa certa. E uma vez que essas pessoas estão em algum culto, percebem que não, nem todos os membros acabam fazendo parte de uma cerimônia bizarra suicida. A maioria leva uma vida normal e bem sucedida.


4 – “Cuidado! Propagandas têm mensagens subliminares para nos fazer querer algo”


Esse grande mito parece ressurgir toda década de uma forma diferente. Na década de 80 era mensagens supostamente escondidas (e satânicas!) em músicas de rock, só audíveis quando os discos eram tocados ao contrário, mas ainda assim capazes de secretamente influenciar o cérebro adolescente quando tocado normalmente. Mensagens subliminares também são técnicas em que anunciantes poderiam supostamente jogar uma mensagem em uma tela tão rápido que não seria percebida conscientemente, mas ainda capaz de enganar seu subconsciente para fazer ou comprar o que o anunciante quisesse. Hoje existem afirmações semelhantes sobre “programação neurolinguística”, que artistas como o mágico Derren Brown afirmam que lhes permite controlar qualquer pessoa “introduzindo” palavras de comando em uma frase, despercebidamente, é claro. Tudo isso equivale à mesma coisa: formas de comunicação que podem magicamente manipular seu subconsciente até que você não passe de um fantoche.

Por que é mentira: nenhum método de mensagens subliminares funciona. Não, seu cérebro não pode pegar mensagens subliminares nem mesmo quando você intencionalmente reproduz uma faixa ao contrário. Se você ouviu algo, foi produto de sua própria imaginação. O único estudo que disse que rápidas telas publicitárias imperceptíveis durante filmes no cinema (que diziam “Beba Coca-Cola” e “Fome? Coma pipoca”) levam ao aumento massivo nas vendas de ambos os produtos provavelmente foi baseado em dados falsos, se é que realmente aconteceu (além do mais, ninguém bebe Coca ou come pipoca no cinema, né). Quanto à programação neurolinguística, não preciso dizer nada: há uma razão pela qual o sujeito principal conhecido por usá-la é um mágico. Se realmente houvesse um método confiável de distribuir mensagens invisíveis que poderiam transformar as massas em robôs, quem o dominasse dominaria também o mundo. Eles não precisariam de força militar para invadir outro país, apenas ter sua transmissão ouvida pela população de lá. O fato de que todos os governos na história do planeta não foram capazes de inventar esse método nos deixa muito confortáveis em chamá-lo de “mentira”.


5 – “O detector de mentiras pode apontar quem não fala a verdade”


O que suspeitos de assassinato, candidatos a empregos públicos e concorrentes de jogos de televisão têm em comum? Eles podem acabar ligados a um polígrafo para ver se estão dizendo a verdade. Testes de polígrafo (“detector de mentiras”) remontam ao início do século 20. Nos próximos 80 anos as máquinas se tornaram suficientemente avançadas para que a sociedade permitisse sua utilização em jogos de programas de televisão. Que ótimo drama ver um desconhecido ligado a uma máquina tendo seus segredos expostos por dinheiro (o que descreve todos os programas de televisão com jogos).

Por que é mentira: o problema sempre foi o apelido “detector de mentiras”, pois fica implícito que as máquinas de algum modo sabem a verdade, e podem sentir a falsidade no ar. Obviamente isso não é verdade. Elas simplesmente medem o número de respostas físicas que podem significar que alguém está mentindo. Estudos mostram que os testes de polígrafo são ligeiramente bons, mas longes de ser totalmente precisos. Em 2003, um amplo estudo da Academia Nacional de Ciências americana descobriu que polígrafos ajudam a detectar as mentiras a uma taxa um pouco melhor do que decidir na moeda se é verdade ou mentira. Se sua taxa de acerto é apenas um pouco maior que o acaso, o grande número de falsos positivos pode tornar o esforço inútil. Há um grande número de variáveis que podem enganar os resultados, e várias pessoas já descobriram truques para driblar o teste (o espião soviético Aldrich Ames bateu o polígrafo duas vezes). É por isso que ele é, de certa forma, pior do que jogar uma moeda. Com a moeda, você sabe que é aleatório. Com o polígrafo, você tem uma falsa sensação de segurança (afinal, o cara culpado que engana o teste é agora menos suspeito do que se não tivesse sido testado). Fala sério…


6 – “Quem odeia gays é provavelmente secretamente gay”


Se você assistir a qualquer filme ou programa de televisão que enfoca personagens gays, com certeza em algum momento verá o personagem “Odeia Gays Porque É Secretamente Gay” (tome por exemplo o “David Karofsky”, da série popular Glee). É tão arquétipo da cultura pop que, na vida real, quando você vê um cara na academia expressando desagrado com a coisa toda gay, você automaticamente assume que ele tem fotos de caras musculosos debaixo da cama. E realmente, isso também existe na vida real; quem nunca ouviu falar de um político conservador que acabou sendo acusado de enviar e-mails pornográficos a menores do sexo masculino?

Por que é mentira: Dá para admitir que às vezes é verdade. Houve até um estudo feito em 1996 com 64 estudantes universitários, 35 dos quais eram homofóbicos. Os pesquisadores mediram suas ereções (sério) enquanto eles assistiam pornô (sim, isso aconteceu MESMO). Verificou-se que a maioria dos homofóbicos ficou pelo menos semiereto enquanto assistia pornô gay, mas apenas cerca de um quarto dos não homofóbicos tiveram ereção. Porém, isso é um pouco estranho: se quase a metade de todos os participantes do estudo tiveram pelo menos uma semiereção assistindo pornô gay, então metade da população masculina é secretamente gay? Eu chuto que isso é bastante improvável.

Fonte: Hypescience.