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domingo, 15 de fevereiro de 2015

24 dicas para quem não gosta do carnaval

  • A época de carnaval está próxima e algumas pessoas preferem passar esses dias do feriado com tranquilidade, paz e leveza. Bem juntinho da família, com uma programação sadia e divertida, unidos no aconchego do lar ou em passeios seguros, longe da bagunça rotineira do evento e em companhia dos que amam.
    Vamos discutir atividades no lar para essa época.

  • 1- Reunir a família

    Época em que dá para reunir toda a família, avós, tios, tias, primos, irmãos e pais, bater um bom papo, relembrar as histórias de família e saborear os bons momentos dessa convivência.
  • 2- Fazer brincadeiras com a criançada

    Fazer jogos interativos em dupla, em grupo, jogos de mímica, que são para adivinhar filmes, músicas, lugares, etc. Jogos de esconde-esconde, bola, entre tantos outros.
  • 3- Sessão cinema

    Fazer uma pipoquinha com guaraná, mais uma sessão de filmes, infantil, ação, suspense, pode até haver sorteio para ver qual vai ser o primeiro.
  • 4- Show de talentos

    Juntar todo mundo e fazer um show de talentos com direito a palco e cortinas se puder, teatro, dança, artes, é um meio muito divertido e agradável.
  • 5- Campeonato de comidas

    Competição culinária é uma boa forma de cada família mostrar seus dotes e saborear os diversos pratos.
  • 6- Cada um conta uma

    Forma-se um círculo entre os familiares e amigos mais chegados e tanto adulto quanto criança conta uma história, pode ser verdadeira ou fictícia, o importante é antes da atividade iniciar, estipular as regras.
  • 7- Participar de acampamentos

    Existe muitos acampamentos religiosos, que fazem atividades ligadas ao espiritual, é excelente para quem quer conectar-se ainda mais com as virtudes e elevação interior, aprendendo valores e atitudes da prática do bem.
  • 8- Descobrir novos sites e blogs

    Procure inspirações em seus favoritos, tente procurar os sites e blogs de seu interesse!
  • 9- Dedicar-se a um hobby

    Gosta de pintura? De cozinhar, costurar, escrever, bordar? Dedique-se a eles! Aprimorar os dons artísticos nesses dias é ótimo para relaxar.
  • 10- Fotografar

    Ama a natureza, o silêncio? Vá a parques sem muita movimentação, num horário agradável, fotografe flores, plantas, grama, insetos, pássaros, animais de toda espécie. Além de sentir paz interior, vai arquivar parte desses momentos e guardar como lembrança.
  • 11- Montar looks novos

    Que tal você pegar as suas roupas e criar novas combinações? Procure inspirações em blogs de moda.
  • 12- Viajar

    Viaje para lugares que não seja festejado o carnaval, lugares talvez próximo as montanhas, a florestas, um Spa ou um local mais próximo a natureza.
  • 13- Estudar

    Dias livres em casa, sem nada para fazer? Que tal colocar os estudos em dia? Essa vale principalmente pra quem vai fazer vestibular esse ano ou está na faculdade ou vai prestar concurso.
  • 14- Ler

    Ler é excelente, aprendemos novas culturas, novas histórias e, de certo modo, participamos das mensagens.
  • 15- Exercitar-se

    Desde bicicleta até a caminhada, fazer exercícios físicos é bom tanto pra passar o tempo como para relaxar.
  • 16- Tirar os dias para cuidar de si

    Fazer as unhas, pintar os cabelos, cuidar da pele, hidratação.
  • 17- Arrumar seu guarda-roupa

    Suas roupas estão acumuladas e todo o guarda-roupa bagunçado? Ótimo momento para arrumar tudo e achar aquelas peças de roupas que você não encontrava há meses.
  • 18- Começar um blog

    Fazer um blog pessoal, com poemas, experiências, viagens, fotos e compartilhar com os amigos e familiares.
  • 19- Jogar videogame

    Existem muitos jogos virtuais divertidos, sem violência, com criatividade e até cultural. Alguns usam design épicos, alguns deles são: Mickey Mouse, Os guardiões, Brave, Bob esponja, etc...
  • 20- Visitar parentes

    Ótima época para fazer visitas aos parentes, quem sabe levar um bolinho para aquela tia que adoeceu, ou ir à casa de seus avós que há meses você não os vê.
  • 21- Ir ao cinema

    Aproveite o feriado para ir ao cinema assistir bons filmes lançados.
  • 22- Limpeza e arrumação

    Limpar e arrumar a casa, mudar os móveis de lugar, a cama, o armário, aproveitar alguns espaços para modificar e deixar o ambiente ainda mais agradável.
  • 23- Ajudar

    Ajudar um vizinho, parente ou amigo a terminar um projeto, a pintura da casa que não conseguiu concluir, arrumar e podar o jardim, restaurar algum móvel antigo, pode ser um bom dia para prestar serviço.
  • 24- Desenvolver algum projeto de caridade

    Já que esta época a maioria das pessoas ficam de recesso, as organizações filantrópicas fica com o número de funcionários e voluntários abaixo do normal, sendo que os beneficiários continuam lá. Nada melhor do que ir até alguma instituição e prestar serviço cozinhando, arrumando os quartos, ou desenvolvendo atividades recreativas para os pacientes.
    O que vale é a união familiar e a criatividade. Ninguém precisa ficar entediado quando está em busca de paz, segurança e bons princípios.
Fonte: Família.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

7 alterações físicas que sua mente pode fazer em seu corpo

Não acredita no poder da mente sobre o corpo? É só pensar no efeito placebo. Ou todas as doenças estão na nossa cabeça, ou nossa cabeça é realmente capaz de curar doenças. De qualquer forma, esse é apenas um de muitíssimos fenômenos que provam que a mente é muito mais incrível que o corpo.

7. Se sua mente acreditar que você não está cansado, é como se você não estivesse cansado


Pesquisadores do Colorado College (EUA) mediram as ondas cerebrais de participantes enquanto eles dormiam. Também disseram aos participantes que a quantidade de tempo que eles gastavam em sono REM tinham um efeito enorme sobre seu descanso na manhã seguinte (o que não é verdade).

Em seguida, eles separaram aleatoriamente os participantes em grupos. Um grupo soube que tinha passado muito tempo no sono REM. O segundo grupo soube que teve uma má noite de sono, pois não passou muito tempo em REM (o que também não era verdade).

Devido ao efeito placebo, seria normal se as pessoas informadas de que não descansaram à noite começassem a bocejar imediatamente, independente da verdade. Mas o que realmente aconteceu foi mais surpreendente. Ambos os grupos fizeram testes cognitivos e os pesquisadores descobriram que, de alguma forma, o primeiro grupo teve um desempenho significativamente melhor. Só porque eles pensaram que tiveram um sono de qualidade, seus cérebros realmente começaram a trabalhar melhor.

Ou seja, não reclame de cansaço nas manhãs mais duras de trabalho. Tudo indica que você se sairá melhor se acreditar fielmente que dormiu bem.

6. Efeito placebo funciona até com animais


O ponto do efeito placebo parece ser a expectativa dos indivíduos – supor que o remédio vai funcionar é o que faz com que ele funcione.

Se o seu cão fica doente, você tem que enganá-lo para tomar remédio, geralmente escondendo-o em meio à comida. Por isso, pode-se presumir que a expectativa do cão é somente de comer algo incrível. Como poderia uma pílula de placebo funcionar para ele, se o bichinho nem sabe que está tomando uma?

A resposta é condicionamento. Aparentemente, a expectativa não precisa ser consciente. Um estudo feito com cães que apresentaram sinais de ansiedade de separação começou dando aos animais doses regulares de um medicamento real, o que foi eficaz. Quando os pesquisadores trocaram a medicação por um placebo, o tratamento continuou funcionando. Evidentemente, os pequenos cérebros dos cachorros ainda estavam fazendo uma espécie de conexão pavloviana entre o tratamento e o resultado, mesmo que os próprios cães não estivessem conscientes sequer de que estavam se tratando.

5. Pensamento positivo pode melhorar a sua visão


Muitos medicamentos placebo podem funcionar em condições um pouco nebulosas, por exemplo, um suplemento para reduzir a dor articular pode parecer eficaz simplesmente porque é difícil quantificar a dor. Mas como o efeito placebo poderia funcionar com coisas que são fáceis de quantificar, como a precisão da sua visão?

Quem tem uma visão normal provavelmente consegue ler os primeiros dois terços de um teste de visão (aqueles quadros com letras usados pelos oftalmologistas) muito bem.

Pesquisadores de Harvard resolveram criar novos testes de visão com letras ainda menores do que o usual e, em seguida, realizaram os testes em participantes que não sabiam disso. Como as pessoas esperavam ter dificuldade somente com o último terço do quadro, acabaram lendo corretamente as letras que eram muito pequenas até para uma pessoa com visão normal.

Os cientistas também descobriram que apenas inverter a ordem das letras no quadro, colocando as menores no topo e as maiores embaixo, teve um resultado semelhante, com mais pessoas sendo capazes de lê-las corretamente por causa da expectativa que já tinham de que o topo do quadro seria mais fácil de ler.

Mesmo o entorno das pessoas pode desempenhar um papel na precisão de sua visão. Em outro experimento, cadetes que associavam pilotos de caça com boa visão tiveram um desempenho substancialmente melhor em testes de visão quando estavam fingindo ser um em um simulador. Somente agir como alguém com boa visão foi o suficiente para enganar o cérebro dos cadetes a realmente ter boa visão.

4. Você pode enganar seu corpo a ficar em forma


Se você está tentando perder peso, sabe a importância de comer direito. Mas você tem um inimigo: um hormônio chamado grelina, que afeta sua fome e quão rápido seu metabolismo queima calorias. Quanto mais tempo você fica sem comer, mais os níveis de grelina aumentam, de forma que você fica com fome e seu metabolismo fica mais lento. Um combo Big Mac faz com que os níveis de grelina diminuam bastante rapidamente, mas uma maçã não. Então, uma das razões pelas quais pessoas obesas quase sempre ganham de volta o peso que perderam é que seus níveis de grelina nunca se ajustam.

Em um estudo, quando participantes beberam um milkshake com alto teor calórico, isso fez com que seus níveis de grelina caíssem mais do que quando receberam um milkshake de baixa caloria. Mas a boa notícia foi que o mesmo ocorreu quando os participantes apenas PENSARAM que tomaram o milkshake altamente calórico. O metabolismo acelerou e a fome foi embora. Do mesmo jeito, os participantes que acharam que estavam consumindo a opção mais saudável tiveram fome mais rápido e seus metabolismos ficaram mais lentos.

Ainda mais estranho foram os resultados de um estudo envolvendo grupos de empregadas de hotéis. Um grupo foi informado de que o seu trabalho no dia-a-dia servia como exercício físico. Só essa informação foi o suficiente para diminuir a pressão arterial, melhorar a gordura corporal e até mesmo ajudar as empregadas desse grupo a perder peso, apesar de nenhuma delas ter feito mais exercício do que o habitual. A única mudança foi mental.

3. Placebo pode funcionar mesmo que você saiba que é placebo


Um estudo que utilizou apenas placebos para tratar pacientes, informando-os do que eram, descobriu que o efeito pode funcionar mesmo que as pessoas saibam exatamente que não estão tomando um remédio real.

Os pesquisadores separaram dois grupos de pacientes com síndrome do intestino irritável e um deles recebeu um frasco de comprimidos nomeado “Placebo”, enquanto o outro não recebeu nada. O grupo do placebo ouviu uma explicação do médico de que aquilo não continha nenhum ingrediente ativo.

No grupo que não recebeu nenhum comprimido, apenas 35% dos pacientes relataram melhora após três semanas. No grupo que tomou conscientemente placebo, 60% relataram melhora.

Os pesquisadores acreditam que uma grande parte dos resultados se deveu ao fato de que os pacientes estavam bem informados sobre o próprio efeito placebo e o quão poderoso ele pode ser. Ou seja, sua crença no efeito placebo se tornou seu placebo.

2. Médicos prescrevem medicação real por seu efeito placebo


Se você ainda não está convencido de que o efeito placebo permeia todos os aspectos de sua vida cotidiana, considere isto: o efeito placebo não é causado apenas por placebos. De fato, alguns pesquisadores acham que ele tem um papel em praticamente todos os tratamentos médicos.

É difícil descobrir exatamente quanto benefício de um medicamento vem do seu efeito placebo, mas um estudo com a medicação para a dor Maxalt determinou que até metade do alívio sentido pelos pacientes foi, na verdade, resultado de suas expectativas e não do próprio medicamento. A eficácia de outros tratamentos, como os com antidepressivos, pode depender em até 80% do efeito placebo.

Os médicos sabem disso, e usam essa informação a seu favor. Um estudo de 2007 feito em Chicago, nos EUA, concluiu que cerca de metade dos médicos prescreviam tratamentos ou medicamentos inúteis na esperança de induzir um efeito placebo no paciente. Se o doente pensa que vai ajudar, o tratamento pode de fato ajudá-lo.

Isso funciona na direção contrária também. Uma pesquisa descobriu que pacientes que tomaram a medicação Finasteride e foram informados de que disfunção sexual era um possível efeito colateral tiveram duas vezes mais probabilidade de sofrer de impotência.
Ou seja, pode ser uma boa ideia pular a lista de possíveis efeitos colaterais dos remédios que você está tomando atualmente.

1. Quando mais caro é alguma coisa, melhor ela funciona


Uma medicação para a dor que custa R$ 50 a caixa é mais provável de ajudá-lo do que uma que custa apenas R$ 10, mesmo se ambos os comprimidos forem idênticos. Isso de acordo com um estudo feito pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) que concluiu que, como esperamos mais de coisas caras, nossos cérebros podem transformar essa expectativa em uma profecia autorrealizável.

Caso você esteja se perguntando, não, não funciona só com medicamentos. Um outro estudo descobriu que pessoas que pensaram que beberam uma bebida energética cara se sentiram mais alertas e desempenharam melhor em testes cognitivos do que aqueles que tomaram a mesma bebida, mas ficaram sabendo que ela estava com desconto.

E, enquanto não é nenhuma surpresa que as pessoas dizem preferir um vinho caro a um barato, mesmo que sequer saibam a diferença entre eles, quando pesquisadores mapearam cérebros de participantes de um estudo, verificou-se que os cérebros dos que tomaram o vinho que eles pensaram que era o mais caro de fato estavam “curtindo” mais a bebida.

Fonte: Hypescience.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

19 coisas que acabam com sua força de vontade (e como lidar com elas)

O fim do ano se aproxima e, provavelmente, muitos de seus amigos (ou muitos de vocês) vão se inscrever numa academia, iniciar um “Projeto Verão” e se exercitar com disciplina durante alguns meses… só para depois abandonar tudo que começaram. Existem pelo menos 19 razões por trás desse tipo de comportamento, confira:

1. Muita vontade, pouco equilíbrio


A onda de inscrições em academias no começo do ano é um fenômeno praticamente mundial, e em geral é fruto de uma vontade exagerada de entrar em forma para poder ir à praia sem se sentir constrangido por causa de gordura localizada ou de algumas estrias.

Embora o simples fato de iniciar uma rotina de exercícios seja bom, não é suficiente: é importante ter equilíbrio na hora de aplicar sua força de vontade, ou então ela vai acabar em questão de semanas – e isso vale para outros casos de “explosões de vontade”.

2. Excesso de autoconfiança


“Me livrei do vício do cigarro, não se preocupe”, disse aquele seu amigo que voltou a fumar alguns meses depois de ter parado.

Muitas vezes, ficamos tão satisfeitos por termos superado um hábito (fumar, comer demais etc.) que acabamos superestimando nossa capacidade de evitar uma recaída.

Se quiser testá-la, faça com cautela.

3. Há limite para o autocontrole


Até mesmo aqueles monges tibetanos que passam horas (ou dias) meditando precisam recarregar sua força de vontade depois de algum tempo. Se isso vale para pessoas disciplinadas como eles, vale ainda mais para pessoas, digamos, comuns.

Não é por acaso que muitos casos de traição acontecem à noite: nesse período, boa parte da nossa capacidade de resistir a tentações foi gasta ao longo do dia (o que não justifica, mas explica o fenômeno).

4. Pouca energia para o cérebro


O cérebro consome cerca de 25% da glicose que circula no organismo de uma pessoa e, em situações de estresse, essa demanda aumenta. Se o corpo não fornecer combustível suficiente, as funções cerebrais (inclusive o autocontrole) ficam comprometidas.

5. Mudar exige constância


Nossos padrões de comportamento não são como uma montanha, inertes: eles ganham força, e superá-los fica mais difícil com o tempo. São como uma escada rolante que vai ficando mais rápida conforme você sobe, exigindo mais e mais energia.

Ter consciência disso é um recurso fundamental na hora de lidar com eles.

6. Pensamentos automáticos negativos


Como forma de lidar com o excesso de complexidade de nossas vidas, é comum recorrer a pensamentos automáticos, que não são fruto de uma reflexão feita no momento, mas que surgiram anteriormente e acabaram “ficando”.

Se houver pensamentos negativos (“isso é ruim”, “não consigo fazer isso”, “não levo jeito para isso”) entre eles, será mais difícil agir, porque eles enfraquecem sua determinação.

Identifique-os e, na medida do possível, lute contra eles.

7. Excesso de independência


Nem mesmo protagonistas de filmes de ação conhecidos por “fazer tudo sozinhos” (o que no fim das contas não corresponde à realidade do filme, já que eles quase sempre contam com o apoio indireto de outros personagens) conseguem agir com total independência por muito tempo – a falta de suporte e a sensação de pequenez diante dos problemas pouco a pouco corroem a força de vontade.

8. Reflexão ajuda, mas não basta


Muitas vezes caímos na ilusão de que, se passarmos tempo suficiente refletindo, vamos conseguir resolver um determinado problema. Infelizmente, nem sempre a solução surge com esse tipo de abordagem, já que há informações que só conseguimos na hora de agir.

Além disso, esperar muito tempo por uma “inspiração” pode, no fundo, ser apenas uma forma de procrastinar (ou seja, adiar a ação).

9. “Na prática, a teoria é outra”


Levando em conta o item número 8, podemos concluir que um plano que pareça bom “no papel” não necessariamente vai ser bom o suficiente na hora da execução – normalmente por conta de imprevistos.

Tenha fé em seus planos, mas não exagere, pois o risco de se frustrar é grande.

Melhor do que apostar todas as suas fichas em uma única abordagem seria ter um plano B, um C, um D… Ou exercitar sua capacidade de se adaptar a novas condições.

10. Falta de sono


Mesmo sabendo o quanto uma boa noite de sono é necessária para manter o bom funcionamento do cérebro, muitos de nós insistem em agir como se uma ou duas horas a menos não fizessem falta. Ledo engano: se quebrarmos o ciclo do sono, temos o risco de acordar tão cansados (ou até mais) quanto estávamos antes de dormir.

Não é preciso ressaltar que isso tem um grande impacto na força de vontade.

11. Subestimar os efeitos químicos dos alimentos (e das bebidas)


Refeições podem ser grandes aliadas na hora de enfrentar problemas, dando energia necessária para agirmos (ou, como você viu no item 4, pensarmos); por outro lado, também podem ser uma das causas do nosso fracasso em determinada tarefa: uma comida muito “pesada” pode aumentar a tentação de tirar um cochilo à tarde, e uma cerveja a mais pode diminuir nossa disposição.

Reconhecer esses possíveis efeitos deve ajudar você a não superestimar sua capacidade de lidar com eles (item 2).

12. Falta de fé (em si mesmo)


Não acreditar que seremos capazes de algo (como tirar a habilitação de motorista ou passar no vestibular) é um passo rumo ao fracasso, pois essa falta de fé pode dar início a um processo interno de autossabotagem: o medo de falhar aumenta por conta da certeza de que vamos falhar; a ideia do fracasso se torna mais próxima e gera ansiedade; ansiedade prejudica o desempenho…

Naturalmente, a crença de que você vai conseguir não garante o sucesso, mas é um ingrediente fundamental para ele (a menos que você prefira contar com a sorte).

13. Nos acostumamos a desistir


“Ah, hoje eu não vou na academia. Vou amanhã”. O amanhã chega, e, estranhamente, deixar de ir à academia ficou mais fácil. Se você ceder à tentação mais uma vez, será ainda mais fácil desistir no dia seguinte.

De alguma forma, nós acabamos nos habituando a desistir de certos sacrifícios, e essa desistência se torna cada vez mais natural – o que pode culminar em um abandono definitivo de um projeto.

14. Falta de feedback


Fruto do excesso de independência (item 7), a falta de feedback a respeito das nossas ações tende a provocar desânimo, além de uma sensação de que “ninguém se importa”.

Outro problema é a ausência de um olhar externo, que poderia nos ajudar a perceber certas falhas que cometemos.

15. Pensamos no pior que pode acontecer


A ideia de se preparar para o pior é sensata, mas pode acabar caindo no exagero e fazendo com que desanimemos.

Essa é uma espécie de autossabotagem (item 12), que pode gerar uma ansiedade desnecessária e uma desistência por conta de algo que provavelmente nem aconteceria.

16. Foco excessivo na jornada


A expectativa de atingir um objetivo pode acabar sendo maior do que a satisfação de atingi-lo. Contudo, levar essa ideia muito a sério pode fazer com que uma pessoa perca seu objetivo de vista e, pouco tempo depois, desanime.

É importante equilibrar o apreço pela meta e com o apreço pela jornada.

17. A armadilha do hábito


Tudo começa com uma ideia, uma ação e uma recompensa. O ciclo se repete e, em pouco tempo, você tem um hábito (ou um vício), que exige uma boa força de vontade para ser quebrado.

Tenha consciência disso e não se deixe enganar: o “só vou experimentar uma vez” pode não ser uma ideia tão inocente quanto parece à primeira vista.

18. Vontade sem técnica


Ferramentas e métodos errados não apenas aumentam as chances de falhar: eles tornam processos mais difíceis do que deveriam ser e fazem com que demandem mais esforço.

Causam, no fim das contas, um gasto desnecessário do seu “combustível”.

19. Licença moral


Existe uma tendência a acreditar que fazer algo louvável pode compensar uma prática ruim (ideia batizada de “licença moral” pelos psicólogos), o que nem sempre é verdade.

Com esse (falso) recurso em mãos, podemos acabar escolhendo caminhos mais fáceis, que não exijam tanta força de vontade – e essa falta de prática tende a enfraquecê-la.

Fonte: Hypescience

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

5 Cânyons Brasileiros para visitar



Quando alguém reclama que o brasileiro prefere ir fazer turismo para fora antes de conhecer melhor o próprio país, fala-se sobre Amazônia, pantanal ou praias do nordeste. Mas a fronteira entre os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina abriga uma das formações rochosas mais deslumbrantes do Brasil: o Parque Nacional de Aparados da Serra.

Com uma área de 102 km², o local foi institucionalizado pelo Governo Federal através de um decreto em 1959. Nestes mais de 50 anos, visitantes de todo o mundo puderam ver de perto o maior cânion da América Latina: 720 metros de altura, em sua maior parte descendo praticamente em linha reta ao nível do mar.

O território brasileiro é formado em grande parte (36%) por escudos cristalinos antigos, que chegam a datar do período pré-cambriano. Enquanto as formações geológicas mais recentes da América do Sul estão nos Andes e sua interminável cordilheira, o cânion de Aparados da Serra é uma exceção: uma jovem formação rochosa de 135 milhões de anos.

Segue a lista de cinco cânyons que podem ser encontrados no Brasil:


5  - Cânion do Peixe Tolo - Conceição - MG


Com 4Km de extensão, o Cânion do Peixe Tolo é um dos destinos turísticos mais importantes de Conceição do Mato Dentro (MG). Fica no maciço do Espinhaço, na Serra do Intendente, e abriga a segunda maior queda d'água da região, a Cachoeira do Peixe Tolo, com 200 m de queda livre. As bromélias, musgos e arbustos dão cor ao paredão por onde passa a queda d'água de pequeno volume.

A região fica a aproximadamente 25Km da sede do município. A maior parte dos turistas pratica esportes de natureza. O trajeto até o atrativo é todo sinalizado. É feito a partir do distrito de Itacolomi, passando pela localidade de Parauninha. A partir daí, o percurso deve ser feito a pé e dura cerca duas horas e meia.

A visitação ao cânion dura em média seis horas. A entrada é franca.


4 - Canyon Guartelá - PR


Canyon Guartelá é um canyon brasileiro situado no planalto dos Campos Gerais, entre os municípios de Castro e Tibagi, no Paraná. É considerado um dos maiores canyons do mundo,(6° maior do mundo, e o maior do Brasil) com 32 Km de comprimento e altitudes que variam de 700 a 1.200 m.

A região do Canyon Guartelá, formada por um ecossistema extremamente rico e inúmeras atrações naturais é protegida pelo Parque Estadual do Guartelá, criado em 1992.

São várias quedas d'água, corredeiras, formações areníticas, vales profundos e inscrições rupestres, que podem ser conhecidas através de várias trilhas em meio à flora e fauna muito diversificada. Apesar de estarem muito danificadas pela ação humana.

A beleza e a diversidade da região têm atraído cada vez mais visitantes para o local. Além das várias caminhadas, o rafting nos rios Tibagi e Iapó e o rappel de cachoeira são outras grandes atrações.

Bônus:

Cânion do Rio Jaguariaíva - Paraná


É considerado o 8º maior do mundo em extensão. Sua formação é composta por paredes de arenito que podem chegar a uma altura de até 80 metros. Diversas atividades ecoturísticas e esportivas podem ser realizadas como é o caso do rafting e o embarque para práticas esportivas podem ser feitas a aproximadamente 11 km da cidade de Jaguariaíva, que fica próximo as cidades de Tibagi e Castro.


3 - Canyon Itaimbezinho - Praia Grande - SC




Itaimbezinho é um nome de origem Tupi-Guarani, ita significa pedra e Ai be afiada. Está localizado entre Cambará do Sul e Praia Grande, no Parque Nacional dos Aparados da Serra, a 18 Km da sede do município. O acesso ao parque é possível através da RS 429 ou pela SC 360, em uma estrada de chão batido.

Sua formação rochosa existe a pelo menos 130 milhões de anos e é um dos maiores do Brasil, sua extensão atinge 5.800 metros e uma largura que varia entre 200 e 600 metros. Sua profundidade máxima é de 720m. As paredes de cor amarelada e avermelhada são cobertas, de ponto em ponto, por vegetação baixa. Ao redor do cânion os pinheiros nativos completam a paisagem.

O Rio Perdizes desce as paredes rochosas para formar a cascata Véu de Noiva de uma beleza sem igual, esta cai de uma altura de 700 metros, produzindo uma bruma antes de atingir o fundo do cânion. No azulado do cânion, como gigantesca serpente, o Rio Boi se move preguiçosamente entre as pedras, formando uma série de caprichosas cachoeiras, que deslizam para o vizinho Estado de Santa Catarina.

O Parque Nacional dos Aparados da Serra é administrado pelo IBAMA, cuja sede está localizada no Parque. Lá é possível encontrar lanchonete, banheiros, estacionamento, espaço cultural, além de guias que auxiliam os turistas a realizarem as trilhas do local.


2 - Cânyon Cambará do Sul -RS


A 980 metros de altitude, Cambará do Sul destaca-se por seu valioso tesouro nacional formado pelos cânions, formando belas paisagens e lindas cachoeiras.




A cidade foi cenário de produções artísticas como as novelas da Rede Globo Esplendor e Chocolate com Pimenta, a minissérie A Casa das Sete Mulheres e o filme Anahy de las Misiones.



1 - Cânyon do Parque do Caracol - Canela - RS

O Parque Estadual do Caracol é uma unidade de conservação brasileira situada na região sul, no Estado do Rio Grande do Sul, no Município de Canela.



Com matas fechadas em suas proximidades, é formada pelo arroio de mesmo nome, que despenca em queda livre de 131 metros por rochas basálticas da Formação Serra Geral, formando a Cascata do Caracol. Um conjunto paisagístico de rara beleza.



segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

10 raras mutações genéticas que conferem poderes incríveis

Em comparação com muitas outras espécies, todos os seres humanos têm genomas incrivelmente semelhantes. No entanto, mesmo pequenas variações em nossos genes ou ambientes podem fazer com que desenvolvamos características que nos tornam únicos. Estas diferenças podem se manifestar de maneiras comuns, como através da cor do cabelo, altura ou estrutura facial, mas, ocasionalmente, uma pessoa ou população desenvolve uma característica que os diferencia claramente do resto da raça humana.

10. Impossibilidade de ter colesterol alto


Enquanto a maioria de nós tem que se preocupar em limitar a ingestão de alimentos fritos, bacon, ovos ou qualquer coisa que nos dizem que está na “lista de aumento de colesterol” do momento, algumas pessoas podem comer todas essas coisas e muito mais, sem medo. Na verdade, não importa o que elas consumam, o seu “mau colesterol” (níveis sanguíneos de lipoproteína de baixa densidade, associados a doenças do coração) permanece praticamente inexistente.
Essas pessoas nasceram com uma mutação genética. Mais especificamente, elas não têm cópias funcionais de um gene conhecido como PCSK9. Enquanto geralmente quem nasce com um gene faltando é azarado, neste caso, o fato parece ter alguns efeitos colaterais positivos.

Depois que os cientistas descobriram a relação entre este gene (ou falta dele) e o colesterol, cerca de 10 anos atrás, empresas farmacêuticas têm trabalhado freneticamente para criar uma pílula que bloqueia o PCSK9 em outros indivíduos. A droga está perto de conseguir a aprovação da Administração de Drogas e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) norte-americana. Nos ensaios iniciais, os doentes que tomaram o medicamento chegaram a sofrer uma redução de 75% nos seus níveis de colesterol.
Até agora, os cientistas só encontraram a mutação em alguns de afro-americanos, e aqueles que têm esta característica genética se beneficiam com cerca de 90% de redução do risco de doença cardíaca.

9. Resistência ao HIV


Vários tipos de coisas poderiam acabar com a raça humana – colisões com asteroides, aniquilação nuclear e mudança climática extrema, só para citar alguns. Apesar destes favoritos de Hollywood serem os primeiros que lembramos, talvez a ameaça mais assustadora é algum tipo de super vírus. Se uma doença grave assolar a população, apenas os poucos que são imunes a ela teriam uma chance de sobrevivência. Felizmente, sabemos que certas pessoas são realmente resistentes a doenças específicas.
O HIV, por exemplo. Algumas pessoas têm uma mutação genética que desativa a sua cópia da proteína CCR5, que o vírus usa como porta de entrada para as células humanas. Assim, se uma pessoa não tem a CCR5, o vírus não pode entrar em suas células, o que torna extremamente improvável que ela seja infectada com a doença.

Dito isto, os cientistas acham que as pessoas com esta mutação são resistentes, mas não imunes ao HIV. Alguns indivíduos sem esta proteína contraíram e até mesmo morreram de AIDS. Aparentemente, alguns tipos incomuns de HIV descobriram como usar outras proteínas que não a CCR5 para invadir as células. Este tipo de habilidade é o que torna os vírus tão assustadores.

Pessoas com duas cópias do gene defeituoso são mais resistentes ao HIV. Atualmente, isto inclui apenas cerca de 1% dos caucasianos e é ainda mais raro em outras etnias.

8. Resistência à malária


Aqueles que têm uma resistência especialmente elevada à malária são portadores de outra doença mortal: anemia falciforme. Claro, ninguém quer a capacidade de se esquivar da malária só para morrer prematuramente em função de glóbulos deformados, mas há uma situação em que ter o gene falciforme compensa. Para entender como isso funciona, temos de explorar os conceitos básicos de ambas as doenças.

A malária é um tipo de parasita transportado por mosquitos que pode levar à morte (cerca de 660 mil pessoas por ano) ou, pelo menos, fazer alguém se sentir à beira da morte. A malária faz o seu trabalho sujo ao invadir as células vermelhas do sangue e se reproduzir. Depois de alguns dias, os novos parasitas da malária estouram para fora do glóbulo habitado, destruindo-o. Eles, então, invadem outras células vermelhas do sangue. Este ciclo continua até que os parasitas sejam parados por meio de tratamento, pelos mecanismos de defesa do corpo ou pela morte. Este processo gera perda de sangue e enfraquece os pulmões e fígado. Além disso, aumenta a coagulação do sangue, o que pode desencadear coma ou convulsão.

A anemia falciforme provoca alterações na forma e composição de células vermelhas do sangue, o que faz com que seja difícil para elas fluírem pela corrente sanguínea e entregarem níveis adequados de oxigênio. No entanto, como as células do sangue são mutantes, elas confundem o parasita da malária, o que torna difícil para ele anexar-se e infiltrar-se nelas. Consequentemente, aqueles que têm as células falciformes são naturalmente protegidos contra a malária.

Você pode ter os benefícios antimalária sem realmente ter as células falciformes, contanto que seja um portador do gene falciforme. Para chegar à anemia falciforme, uma pessoa tem que herdar duas cópias do gene mutado, uma do pai e uma da mãe. Se só tem um, a pessoa têm hemoglobina anormal o suficiente para resistir à malária, ainda que nunca desenvolva a anemia plena.

Devido à sua forte proteção contra a malária, o traço falciforme tornou-se altamente selecionado naturalmente em áreas do mundo onde a malária é muito difundida, indo de 10 a 40% das pessoas com a mutação.

7. Tolerância ao frio


Inuits e outras populações que vivem em ambientes intensamente frios se adaptaram a essa forma extrema de vida. Será que essas pessoas simplesmente aprenderam a sobreviver nesses ambientes, ou são de alguma forma biologicamente diferentes?

Moradores de zonas frias têm diferentes respostas fisiológicas a temperaturas baixas, em comparação com aqueles que vivem em ambientes menos gelados. Pode haver pelo menos um componente genético para essas adaptações, porque mesmo se alguém se muda para um ambiente frio e vive lá por décadas, seu corpo nunca atinge o mesmo nível de adaptação dos nativos que viveram no ambiente por gerações. Por exemplo, pesquisadores descobriram que os indígenas siberianos são melhores adaptados ao frio, mesmo quando comparados com os russos não indígenas que vivem na mesma comunidade.

As pessoas nativas de climas frios têm maiores taxas metabólicas basais (cerca de 50% maiores) do que aqueles acostumados a climas temperados. Além disso, eles podem manter a temperatura do corpo melhor sem calafrios e têm relativamente menos glândulas sudoríparas no corpo e mais na face. Em um estudo, cientistas testaram diferentes etnias para ver como a temperatura de suas peles mudava quando expostas ao frio. Eles descobriram que os inuits eram capazes de manter a temperatura da pele mais alta do que qualquer outro grupo testado, seguidos por outros norte-americanos nativos.

Estes tipos de adaptações, em parte, explicam por que os aborígenes australianos conseguem dormir no chão durante as noites frias (sem abrigo ou roupas), sem efeitos nocivos. Também é por isso que os inuits podem viver muito tempo de suas vidas em temperaturas abaixo de zero.

O corpo humano é muito mais adequado para se ajustar ao calor do que ao frio, portanto é bastante impressionante que as pessoas consigam não apenas viver, mas prosperar em temperaturas muito baixas.

6. Otimizados para grandes altitudes


A maioria dos escaladores que chegaram ao cume do Monte Everest não teriam feito isso sem um guia sherpa local. Por incrível que pareça, os sherpas costumam viajar à frente dos aventureiros para instalar cordas e escadas, e só assim os outros alpinistas têm a chance de chegar até as falésias íngremes.

Há poucas dúvidas de que os tibetanos e nepaleses são fisicamente superiores neste ambiente de grande altitude, mas o que exatamente lhes permite trabalhar vigorosamente em condições pobres em oxigênio, enquanto as pessoas comuns têm de lutar apenas para se manterem vivas?

Tibetanos vivem a uma altitude superior a 4 mil metros e estão acostumados a respirar o ar que contém cerca de 40% menos oxigênio do que ao nível do mar. Ao longo dos séculos, os seus corpos compensaram esse ambiente de baixo oxigênio desenvolvendo peitorais maiores e aumentando a capacidade pulmonar, o que torna possível para eles inalar mais ar a cada respiração.

E, ao contrário daqueles que vivem em baixas altitudes, cujos corpos produzem mais glóbulos vermelhos quando não são alimentados com oxigênio o suficiente, moradores de grandes altitudes evoluíram para fazer exatamente o oposto, produzindo menos células vermelhas do sangue. Isto porque, enquanto um aumento das células vermelhas do sangue pode ajudar temporariamente uma pessoa a obter mais oxigênio para o corpo, também deixa o sangue mais grosso ao longo do tempo e pode levar à formação de coágulos sanguíneos e outras complicações potencialmente mortais. Da mesma forma, os sherpas têm melhor fluxo de sangue no cérebro e são em geral menos suscetíveis ao mal da montanha (também conhecido como doença das alturas ou hipobaropatia).

Mesmo quando vivem em altitudes mais baixas, os tibetanos ainda mantêm essas características, e pesquisadores descobriram que muitas dessas adaptações não são simplesmente variações fenotípicas (ou seja, que se reverteriam a baixas altitudes), mas adaptações genéticas. Uma alteração genética particular ocorreu em um trecho do DNA conhecido como EPAS1, que codifica uma proteína reguladora. Esta proteína detecta a produção de oxigênio e controla as células vermelhas do sangue, explicando por que os tibetanos não superproduzem glóbulos vermelhos quando privados de oxigênio, como as pessoas comuns.

Os chineses han, parentes de terras baixas dos tibetanos, não compartilham essas características genéticas. Os dois grupos se separaram um do outro cerca de 3 mil anos atrás, o que significa que essas adaptações ocorreram em apenas cerca de 100 gerações, um tempo relativamente curto em termos de evolução.

5. Imunidade a uma doença cerebral


Caso você precise de mais um motivo para evitar o canibalismo, saiba que comer nossa própria espécie não é uma escolha particularmente saudável. O povo Fore de Papua Nova Guiné nos mostrou isso em meados do século XX, quando sua tribo sofreu com uma epidemia de Kuru – uma doença cerebral degenerativa, fatal e endêmica da região que se espalha pela ingestão de outros seres humanos.

Kuru é uma doença priônica relacionada com a doença de Creutzfeldt-Jakob (que afeta seres humanos) e a encefalopatia espongiforme bovina (doença da vaca louca). Como todas as doenças de príon, o kuru dizima o cérebro, enchendo-o de buracos semelhantes a esponjas. Os infectados sofrem um declínio na memória e intelecto, alterações de personalidade e convulsões. Às vezes, as pessoas podem viver com uma doença priônica por anos, porém, no caso do kuru, os doentes geralmente morrem dentro de um ano após mostrarem sintomas. É importante notar que, embora seja muito raro, uma pessoa pode herdar a doença de príon. No entanto, é mais comum que seja transmitida pela ingestão de uma pessoa ou animal infectado.

Inicialmente, antropólogos e médicos não sabiam porque o kuru havia se espalhado por toda a tribo Fore. Até que, no final de 1950, descobriu-se que a infecção estava sendo transmitida em celebrações fúnebres, nas quais os membros da tribo ingeriam seus parentes falecidos como sinal de respeito, em especial o cérebro. Principalmente as mulheres e crianças participavam do ritual antropofágico, sendo, consequentemente, os mais atingidos. Antes da prática funerária ter sido foi proibida, tinha restado quase nenhuma jovem mulher em algumas aldeias Fore.

Mas nem todos os que foram expostos ao kuru morreram por causa disso. Os sobreviventes tinham uma nova variação em um gene chamado G127V que os fez imune à doença cerebral. Agora, ele é bem difundido entre os Fore e povos que vivem ao redor – o que é surpreendente, já que o kuru só apareceu na região por volta de 1900. Este incidente é um dos exemplos mais fortes e mais recentes da seleção natural nos seres humanos.

4. Sangue que vale ouro


Embora frequentemente digamos que o sangue de tipo O é universal e qualquer pessoa pode recebê-lo, o caso não é este. Na verdade, todo o sistema é um pouco mais complicado do que muitos de nós imaginam.

Existem oito tipos de sangue básicos (A, AB, B e O, sendo que cada um das quais pode ser positivo ou negativo). Mas isso não é tudo. Atualmente, existem 35 sistemas de grupos sanguíneos conhecidos, com milhões de variações em cada sistema. O sangue que não se enquadra no sistema ABO é considerado raro, e aqueles que têm esse sangue possuem muita dificuldade para localizar um doador compatível quando é necessária uma transfusão.

Ainda assim, há sangue raro, e há sangue muito raro. Atualmente, o tipo mais raro de sangue é conhecido como “Rh-nulo”. Como o próprio nome sugere, ele não contém antígenos do sistema Rh. A falta de alguns antígenos Rh não é incomum. Por exemplo, pessoas que não têm o antígeno Rh D têm sangue “negativo” (por exemplo, A-, B- ou O-). Ainda assim, é extremamente extraordinário que alguém não tenha um único antígeno Rh. É tão extraordinário, de fato, que os pesquisadores encontraram apenas aproximadamente 40 pessoas no planeta com sangue Rh-nulo.

No entanto, esse sangue está muito à frente do O em termos de ser um doador universal, uma vez que mesmo sangue O negativo nem sempre é compatível com outros tipos de sangue negativos raros. O Rh-nulo funciona com quase qualquer tipo de sangue. Ao receber uma transfusão, nossos corpos provavelmente rejeitam qualquer sangue que contenha antígenos que nós não possuímos. Uma vez que o sangue Rh-nulo não tem antígenos Rh, ele pode ser doado a praticamente todo mundo.

Infelizmente, existem apenas cerca de nove doadores deste sangue no mundo, por isso ele só é usado em situações extremas. Por causa de sua oferta limitada e enorme valor como um salva-vidas em potencial, alguns médicos têm se referido ao Rh-nulo como o “sangue de ouro”. Em alguns casos, eles até rastrearam doadores anônimos (o que não deveria ser feito em hipótese alguma, já que a anonimidade não é insignificante) para solicitar uma amostra.

Aqueles que têm o sangue tipo Rh-nulo, sem dúvida, têm uma existência agridoce. Eles sabem que o seu sangue é, literalmente, um salva-vidas para outros com sangue raro, mas se eles próprios precisam de sangue, suas opções são limitadas às doações de apenas nove pessoas.

3. Visão subaquática cristalina


A maioria dos olhos dos animais é projetada para ver as coisas sob a água ou no ar – não em ambos. O olho humano, é claro, é adepto a ver as coisas no ar. Quando tentamos abrir os olhos debaixo d’água, as coisas parecem borradas. Isto é porque a água tem uma densidade semelhante à dos fluidos nos olhos, o que limita a quantidade de luz refractada que pode passar para dentro do olho. Baixa refração é igual a visão difusa.

Esse conhecimento faz com que seja ainda mais surpreendente que um grupo de pessoas, conhecido como Moken, tem a capacidade de ver claramente debaixo d’água, mesmo em profundidades de até 22 metros.

Os Moken passam oito meses do ano em barcos ou palafitas. Eles só retornam à terra quando precisam de itens essenciais, que eles adquirem por escambo de alimentos ou conchas recolhidas do oceano. Eles retiram recursos do mar usando métodos tradicionais, o que significa que não usam arpões modernos de pesca, máscaras ou equipamento de mergulho. As crianças são responsáveis por recolher alimentos, como mariscos ou pepinos do mar, do fundo do oceano. Através desta tarefa repetitiva e constante, seus olhos agora são capazes de mudar de forma quando debaixo d’água para aumentar a refração da luz. Assim, eles podem facilmente distinguir entre moluscos comestíveis e rochas comuns, mesmo quando estão muitos metros abaixo da água.

Quando testadas, as crianças Moken tinham visão subaquática duas vezes mais nítida que as crianças europeias. No entanto, parece que esta é uma adaptação que todos nós podemos ter, caso nosso ambiente exija, já que os pesquisadores conseguiram treinar as crianças europeias para realizar tarefas subaquáticas com tanto sucesso quanto os Moken.

2. Ossos super-densos


Envelhecer vem com uma série de problemas físicos. Um comum é a osteoporose, a perda de massa e densidade óssea. A doença leva a fraturas ósseas inevitáveis, quadris quebrados e coluna curvada – o que não é um destino agradável para ninguém. Ainda assim, nem tudo é má notícia, já que um grupo de pessoas tem um gene único que pode conter o segredo para curar a osteoporose.

O gene é encontrado na população afrikaner (sul-africanos com origem holandesa), e faz com que as pessoas ganhem massa óssea ao longo da vida, em vez de perdê-la. Mais especificamente, é uma mutação no gene SOST, que controla uma proteína (esclerostina) que regula o crescimento ósseo.

Se um afrikaner herda duas cópias do gene mutado, desenvolve a esclerosteose, o que leva ao crescimento excessivo e grave do osso, gigantismo, distorção facial, surdez e morte precoce. Obviamente, o transtorno é muito pior do que a osteoporose. No entanto, se só herda uma cópia do gene, além de não terem a esclerosteose, simplesmente têm ossos especialmente densos por toda suas vidas.

Embora portadores heterozigotos do gene sejam atualmente os únicos que se beneficiam destas vantagens, os pesquisadores estão estudando o DNA de afrikaners com esperança de encontrar maneiras de reverter a osteoporose e outras doenças ósseas na população em geral. Com base no que aprendemos até agora, eles já começaram estudos clínicos com um inibidor de esclerostina que é capaz de estimular a formação óssea.

1. Necessidade de pouco sono


Se às vezes parece que algumas pessoas têm mais horas no dia do que você, pode ser que elas realmente tenham – ou, pelo menos, passam mais horas acordadas. Isso porque há indivíduos incomuns que podem operar com seis ou menos horas de sono por noite. Eles não estão simplesmente dando um jeitinho. Eles prosperam com esta quantidade limitada de sono, enquanto muitos de nós ainda precisa se arrastar para fora da cama depois de dormir por oito horas sólidas.

Essas pessoas não são, necessariamente, mais resistentes do que o resto de nós. Em vez disso, elas têm uma mutação genética rara do gene DEC2, o que faz com que precisem fisiologicamente de menos sono do que a média das pessoas.

Se indivíduos sem essa mutação resolvessem dormir sempre seis horas ou menos, eles começariam a experimentar impactos negativos quase que imediatamente. Privação de sono crônica pode levar a problemas de saúde graves, como pressão alta e doenças cardíacas. Aqueles com a mutação DEC2 não têm qualquer um dos problemas associados com a privação de sono, apesar do pouco tempo que suas cabeças passam no travesseiro. Embora possa parecer estranho que um único gene mude o que nós acreditamos ser uma necessidade humana básica, aqueles que estudam a mutação do DEC2 pensam que ela ajuda as pessoas a dormir de forma mais eficiente, com estados REM mais intensos.

Aparentemente, quando temos um sono melhor, precisamos dormir menos. Esta anomalia genética é extremamente rara e só é encontrada em menos de 1% da população que afirma precisar de pouco sono – estes totalizam apenas 5% da população mundial. Assim, mesmo que você ache que tem essa alteração genética, você provavelmente só se acostumou a dormir pouco.

Fonte: Hypescience.