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sexta-feira, 25 de abril de 2014

6 mitos sobre alergias

De pessoas que tiram o glúten da dieta e que podem não precisar fazer isso até aqueles que equivocadamente não tomam a vacina contra a gripe por serem alérgicas a ovo, mitos sobre alergias são comuns. Às vezes, até mesmo médicos acreditam nessas lendas urbanas. Por isso mesmo, depois de ouvir informações incorretas por várias vezes, o Dr. David Stukus, um alergologista pediátrico do Hospital Infantil Nationwide, de Columbus, no estado norte-americano de Ohio, contou que decidiu investigar a origem destes boatos e por que eles são tão corriqueiros.

“Esses equívocos são bastante comuns no público em geral, bem como entre os clínicos gerais”, relata Stukus. Ele descobriu que havia falta de evidência científica para muitas ideias a respeito de alergias e atestou que existe muita desinformação circulando pela internet. “Se alguém está pesquisando por conta própria, esta pessoa pode ser levada na direção errada mesmo naqueles que parecem ser sites confiáveis”, explica.

Outra razão para estes mitos persistirem é que, embora certas crenças tenham sido refutadas pela ciência, a informação correta ainda não permeou nossa cultura.

Abaixo relatamos alguns dos mitos mais comuns sobre alergias e a verdade por trás deles.

6. Alergia a corantes artificiais


As pessoas atribuem muitos sintomas como urticária crônica ou até mesmo asma como uma consequência a ser alérgico a corantes artificiais utilizados em alimentos. Stukus ressalta que é muito comum culpar essas substâncias até mesmo em casos de problemas comportamentais e de TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

No entanto, não há nenhuma evidência científica de que os corantes artificiais causem estes sintomas. “Um monte de gente realmente lista isso como uma alergia em seu registro médico oficial, o que torna muito difícil prescrever determinados medicamentos, e altera o efeito de terapias que poderiam receber, causando gastos desnecessários”, explica.

5. Alergia ao ovo e vacinas contra a gripe


As pessoas que são alérgicas a ovo podem pensar que não podem tomar a vacina sazonal contra a gripe. Entretanto, a verdade é que, embora elas possam conter quantidades muito baixas de proteína do ovo – porque o vírus é frequentemente cultivado em ovos de galinha – as vacinas são seguras para as pessoas com alergia ao alimento.

A segurança das vacinas contra a gripe para pessoas alérgicas tornou-se uma questão importante durante a pandemia de gripe suína de 2009.

“Desde então, pelo menos 25 ensaios clínicos bem conduzidos têm mostrado que as vacinas não contêm uma quantidade significativa de proteína de ovo e que são extremamente seguras, mesmo para as pessoas alérgicas”, disse Stukus.

4. Alergia a frutos do mar e tomografia computadorizada


Há um equívoco que as pessoas com alergias a frutos do mar estão em maior risco de reações negativas ao iodo que às vezes é usado como um “agente de contraste radiológico” durante tomografias para obter uma melhor imagem. “Este foi criado pelos próprios médicos, cerca de 40 anos atrás”, revelou o alergologista, se referindo a quando o rumor começou a se espalhar.

Em um estudo de 1975, os pesquisadores observaram que 15% dos pacientes que apresentaram reações adversas a um agente de contraste radiológico também relataram serem alérgicas a mariscos. Por este motivo, os pesquisadores supuseram que o iodo, presente tanto marisco quanto no agente, poderia ser o culpado.

Porém, quase o mesmo número de pacientes no estudo tinham relatado alergias a outros alimentos, tais como leite e ovos. “O iodo não pode causar alergia, ele está presente em nossos corpos e no sal de cozinha”, garantiu Stukus. As pessoas alérgicas ao marisco são alérgicas a uma proteína específica, que não está presente nos agentes radiológicos.

E os médicos ainda podem ainda estar propagando o mito. Um estudo de 2008 do American Journal of Medicine descobriu que quase 70% dos radiologistas e cardiologistas perguntou a seus pacientes sobre alergias a frutos do mar antes de administrar agentes radiológicos e muitos deles alteraram o procedimento nos casos de pessoas alérgicas ao marisco.

3. Alimentos alergênicos e bebês


É comum pensar que alimentos como nozes e peixe não devem ser administrados a crianças até aos 12 meses de idade, com base nas orientações emitidas em 2000 pela Academia Americana de Pediatria. No entanto, a organização mudou suas diretrizes em 2008 devido à falta de provas, e declarou que as crianças podem comer esses alimentos a partir de 6 meses de idade (desde que não representem um perigo de asfixia).

“Mas a orientação que foi criada há 13 anos ainda está sendo seguida hoje em dia por clínicos gerais, bem como pelo povo”, relata Stukus.

Na verdade, estão surgindo evidências que sugerem que a introdução precoce de alimentos potencialmente alergênicos pode ser boa para as crianças e podem promover uma maior tolerância no organismo delas. “Os estudos em andamento estão tentando provar isso. Nós também não temos grandes evidências a respeito disso, mas [as informações] estão se acumulando”, acrescenta.

No entanto, o especialista observou que as novas diretrizes podem não se aplicar a crianças que vêm de famílias com um forte histórico de alergias alimentares.

2. Ser “alérgico” ao glúten


“Alergias” ao glúten, na verdade, não existem. O Dr. Stukus explica que é uma outra proteína do trigo dos pães a qual algumas pessoas podem ser alérgicas. Porém, as pessoas podem ter intolerância ao glúten ou doença celíaca, uma condição autoimune em que comer alguns alimentos causa inflamação e vários sintomas.

Outro problema relacionado ao glúten é chamada de sensibilidade ao glúten não celíaca. “As pessoas relatam sintomas e têm queixas vagas, mas não há nenhum sinal objetivo ou uma ferramenta de diagnóstico para confirmar [a sensibilidade não celíaca]“, conta Stukus.


1. Animais de estimação hipoalergênicos


Infelizmente, não existe tal coisa como um cão ou gato verdadeiramente hipoalergênicos, afirmou o médico. Na realidade, todos os animais secretam alguns alérgenos na sua saliva, glândulas sebáceas e glândulas perianais – não são os pelos que provocam alergias.

No entanto, algumas raças são menos incômodas para quem sofre de alergias do que outras.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

5 experimentos psicológicos que pareciam divertidos (até começarem)

Digamos que você veja um anúncio no jornal sobre um laboratório que está em busca de cobaias para um teste. Ele diz que vai pagar você para estudar os efeitos de ficar chapado, ou comer demais, ou ter relações sexuais.

Absurdo, não é? Só pode ser algum tipo de pegadinha muito bem elaborada. Porém, essas experiências são reais, e existiram. E, ah, todas elas provaram cientificamente que é terrivelmente possível exagerar em uma coisa que parece boa.

5. O experimento de fazer sexo por dinheiro


Procura-se um homem sexualmente funcional saudável para ter relações sexuais com uma mulher. Você será pago. Nós vamos assistir.

Sim, esse anúncio existiu. Nos anos 1950 e 1960, o pesquisador do sexo William Masters estava determinado a descobrir tudo o que havia para se saber sobre transar. Até esse ponto, a pesquisa havia sido realizada por meio de questionários, que foram contaminados pelo fato de que as pessoas mentiam sem parar (o que pode explicar porque na época acreditava-se que o comprimento médio do pênis era em torno de 30 centímetros).

Masters precisava estudar o ato sexual em primeira mão. Ele contratou Virginia Johnson, uma atraente assistente, e começou a pagar as pessoas para fazer sexo com estranhos.

Para os indivíduos, ofereceu todos os benefícios da prostituição sem a ameaça constante de feridas genitais ou de ser trancado em um calabouço e estuprado. Não poderia existir uma desvantagem para isso, certo?

A dura realidade

Em primeiro lugar, Masters e Johnson iriam assistir. Claro, só observar não era suficiente. Ciência também exige sensores ligados a você e seu parceiro que iriam medir a resposta sexual, monitorando seu sex appeal da mesma forma que um teste do polígrafo detecta quando você está mentindo. Só que em vez de medir as suas mentiras, eles medem o quão ruim você está se saindo em excitar um estranho completo.

Para garantir que o sexo fosse mesmo com um total desconhecido, os parceiros foram combinados de forma aleatória (se você ainda acha que isso soa incrível, a próxima vez que estiver na fila do Burger King, imagine ser combinado aleatoriamente para fazer sexo com qualquer uma das pessoas ao seu redor). Ah, a propósito, os participantes tinham idades de 18 a 89 anos.

Vamos deixar você absorver essa informação.

Voltando, nós não estamos criticando o trabalho de Masters e Johnson. Ele era absolutamente revolucionário e mudou totalmente a forma como o mundo moderno pensa em sexo. Estamos apenas dizendo que não era o carnaval erótico da carne que os participantes provavelmente tinham em mente ao entrar em um laboratório de sexo. E caso não seja óbvio o bastante que esta era uma situação ainda pior para as mulheres envolvidas, elas tinham o adendo de ter seus orgasmos estudados através de uma prótese de pênis com uma câmera de vídeo acoplada.

4. O estudo da NASA sobre o descanso


Se você pudesse criar o seu emprego perfeito, o que seria? Ficar na cama o dia todo, navegar na web e jogar videogame em um laptop? Você é a maioria das pessoas em nosso público-alvo. Você também está atrasado em alguns anos.

Em 2008, a NASA estava recrutando pessoas comuns usando anúncios de rádio e TV para um estudo de 90 dias, que envolveu ganhar US$ 17 mil (cerca de R$ 34 mil) para fazer pouco mais do que ficar confinado a uma cama (sim, você poderia jogar World of Warcraft se quisesse). O único porém é que você tinha que ficar na instalação de testes deles e ser retirado da cama de vez em quando para testes simples. Os US$ 17 mil mais fáceis do mundo, certo?

A dura realidade

A menos que você esteja planejando comprar coisas na internet, pode demorar um pouco para que você possa realmente sair e gastar algum dos seus US$ 17 mil. O propósito do estudo era determinar os efeitos da exposição prolongada a ambientes de gravidade zero sobre o corpo. Mais especificamente, eles queriam saber quão molenga ficariam as pernas de um astronauta depois de completar um voo de seis meses a Marte. Os cientistas sabem que pelo que vimos de caras que passam muito tempo no espaço, os resultados não são muito bonitos.

Depois de um tempo muito curto em baixa ou nenhuma gravidade (situação replicada no estudo com camas que deixavam sua cabeça ligeiramente mais baixa do que seus pés) seus músculos começam a atrofiar. Pior ainda, sua massa óssea cai e pode levar anos para voltar ao normal, mesmo em gravidade regular, lhe deixando aproximadamente tão resistente quanto um octogenário intolerante à lactose. Sua pressão arterial também fica completamente estragada, chegando ao ponto em que é maior em seus pés do que na sua cabeça.

O estudo incluiu um período de 14 dias após o teste onde você teria que fazer reabilitação para se tornar forte o suficiente apenas para fazer as tarefas diárias novamente. Além disso, a descrição do estudo evita firmemente mencionar se você tem ou não de fazer cocô na cama.

3. O experimento de comer tanto quanto você conseguir


Já imaginou se você pudesse engordar pela ciência? E melhor ainda, se os cientistas prometessem tirá-lo da prisão mais cedo para isso? Este seria um bom momento para mencionar que, neste cenário, você está na prisão. Provavelmente por um crime hediondo.

Na década de 1970, pesquisadores combinaram dois pilares da sociedade norte-americana, a obesidade e as prisões superlotadas, em um estudo fantástico. Um seleto grupo de presidiários receberiam libertação antecipada sob a alegação de terem concordado adquirir 25% do seu peso corporal.

Não dá para ficar melhor do isso! Ganhe alguns quilos extras e antes que você perceba você vai estar em casa a tempo de pegar o seu melhor amigo criando seus filhos e morando com a sua namorada!

A dura realidade


Alguma vez você já tentou comer 10 mil calorias em um dia? Claro que não. Esses são números do Michael Phelps e ele só faz isso porque se exercita o dia todo. Mas é isso que esses prisioneiros estavam fazendo todos os dias, e os efeitos colaterais quase fazem prisão soar como a opção mais agradável. Além disso, eles tinham que ganhar peso comendo a comida da prisão, que não é, nem de longe, uma seleta de pratos franceses.

As consequências não foram nada bonitas: houve vômito, depressão, dificuldades de movimento do intestino e uma infinidade de outros problemas de saúde que vêm quando você come tantas calorias por dia. Existe também um entorpecimento que vem com a ingestão de tantos alimentos que pode levar ao vício e, eventualmente, a sintomas de abstinência. Ah, e você também fica muito gordo.

Ainda pior é o que aconteceu com 33% dos participantes. O que os cientistas estavam realmente estudando foi se havia genes que fazem com que algumas pessoas não engordem. Acontece que eles existem. Três entre nove presos literalmente não conseguiam comer o suficiente para ganhar o peso necessário para a liberação antecipada. Como se estar na prisão não fizesse você se sentir como um fracassado o suficiente, agora você descobre que não pode nem ficar gordo quando sua própria liberdade está contando com isso.

2. O experimento do diga “sim” às drogas


No passado, drogas como o LSD eram novas, excitantes e aparentemente cheias de potencial. Os exércitos norte-americano e britânico achavam que essas novas drogas poderiam ser úteis na guerra (presumivelmente nos inimigos, uma vez que a precisão de um homem com uma metralhadora tende a cair bastante quando ele está chapado).

Então, eles recrutaram seus próprios soldados para usar grandes quantidades de ácido e de maconha, a fim de monitorar os efeitos.

A dura realidade

Um conselho: se alguém chega até você e diz, “ei, se importa se eu testar isso em você para ver se daria uma boa arma?”, corra como nunca. Não importa se eles estão segurando um punhado de marshmallows. Dê no pé imediatamente, pois algo terrível está para acontecer.

Neste caso, uma das teorias que os militares queriam testar era se poderiam dar a seus próprios recrutas drogas suficientes para levá-los ao suicídio. E eles não estavam lhes dando substâncias recreativas; estamos falando de alucinógenos usados como armas militares.

O exército insiste que ninguém sofreu danos a longo prazo devido à experiência, embora seus arquivos indiquem que um cara conversou com amigos imaginários por dias e outro ficou brincando com gatinhos invisíveis por horas. A principal coisa que os militares queriam saber era se os soldados ainda poderiam lutar sob a influência do LSD e determinou que, sim, os soldados dopados ainda eram capazes de violência.

Além disso, alguns soldados processaram os militares anos mais tarde, alegando que o experimento com LSD do governo lhes causou perda de memória, alucinações e “impulsos homicidas”. Os tribunais decidiram contra eles, com base em que, se alguém lhe pede para ingerir um monte de ácido para que eles possam ver o que acontece e você diz sim, você merece o que acontece.

1. O experimento da riqueza súbita


E se alguém lhe dá US$ 100 mil (mais de R$ 200 mil), com a condição de que eles possam filmar o que acontece em seguida? E se você estivesse vivendo debaixo de uma ponte naquele momento?

A equipe do documentário “Reversal of Fortune” plantou uma mala com US$ 100 mil para o sem-teto Ted Rodrigue encontrar e o seguiu com uma câmera para documentar os resultados. Inicialmente, Ted fez exatamente o que o resto de nós faria se alguém nos desse US$ 100 mil. Ele comprou uma bicicleta nova, pegou seu amigo Mike em uma usina de reciclagem local e foi para o parque de diversões.

Ah, ele também encontrou um lugar para viver, voltou a ter contato com sua família e arrumou uma namorada. Nós provavelmente faríamos essas coisas também, mas depois do parque de diversões.

A dura realidade

As pessoas que foram pobres durante anos ficam muito boas no que fazem. Se você ganha um salário mínimo, você aprende a viver com um salário mínimo. Se você é sem-teto, você se adapta à vida na rua.

Mas dê a um mendigo uma tonelada de dinheiro e ele não vai continuar a viver como um mendigo. Porém, ele também não vive como um cara com US$ 100 mil. Ele tenta viver como um milionário, porque ele não tem ideia de como é viver com US$ 100 mil.

As pessoas que estão acostumadas a ter tanto dinheiro não compram carros para os seus amigos e novas namoradas, nem gastam todo o seu tempo livre enchendo a cara em bares locais. Entretanto, isso é exatamente o que Ted fez. E eles tendem a manter seus empregos, o que Ted se recusou a fazer, apesar de ser aconselhado a encontrar um por amigos, família, um defensor dos sem-teto e um planejador financeiro. Nas palavras de Ted, ele estava “feito por toda a vida”.

Depois de comprar para si mesmo um caminhão de US$ 35 mil, comprar carros adicionais para sua nova namorada e Mike da usina de reciclagem (você provavelmente pensou que nós inventamos aquele cara) e gastar cerca de US$ 10 mil por semana no bar, Ted tinha menos de US$ 5 mil depois de apenas seis meses.

É claro que este foi apenas o caso de um mendigo. Você, obviamente, lidaria com essa oportunidade de forma mais responsável, certo? Não, provavelmente não. Acontece que mesmo vencedores da loterias de classe média e bem ajustados passam exatamente pela mesma coisa antes de finalmente perderem tudo e acabarem pior do que antes.

Ainda assim, eles conseguiram um grande documentário. E presumimos que Ted conseguiu ficar com a bicicleta. O resto de nós, no entanto, aprendeu a lição valiosa que nos dar um pouco de riqueza súbita é semelhante a dar um helicóptero a um cachorro: é incrível por alguns minutos até que tudo vira um inferno.

Fonte: Hypescience.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

5 dicas para perder a timidez

Os introvertidos às vezes têm dificuldade em se expressar e interagir. No entanto, eles podem dominar linguagem corporal e comportamento não verbal para fortalecer suas interações sociais e ganhar confiança. Apenas estar atento e se mostrar mais aberto já pode ajudá-lo a se relacionar, ter melhores conexões e perder a timidez. Confira:

1. Tenha posturas confiantes


A linguagem corporal não é apenas sobre aparência física, é também sobre o que vem de dentro, sobre como você se sente. Um estudo da Universidade Harvard (EUA) descobriu que ficar em pé em “poses poderosas” (poses que demonstram confiança) por cinco minutos pode aumentar seu nível de testosterona, hormônio que te dá poder, e diminuir o cortisol, o hormônio do estresse. Então, mudar sua postura não só ajudará as outras pessoas a te verem como mais poderoso e confiante, mas também fará você se sentir mais forte e confiante.

2. Ocupe espaço


Um dos conceitos básicos das “posturas poderosas” é ocupar mais espaço no seu ambiente. Isso ajuda você a reivindicar território e afirmar a sua confiança. Então, ao invés de cruzar as pernas ou se aconchegar em seus ombros e cabeça, tente ser expansivo. Mantenha sua cabeça erguida, deixe os ombros soltos, não se encolha em sua cadeira e caminhe com passos largos.

3. Não cruze os braços


Poses de baixo poder diminuem seus níveis de testosterona e aumentam o cortisol. Portanto, evite cruzar os braços e as pernas. Mantenha o tronco bem aberto para as pessoas ao seu redor. Isso mostra que você é acessível, e te dá uma atitude mais aberta.

4. Não cheque seu telefone quando você está nervoso


Os introvertidos tendem a verificar o seu telefone quando estão nervosos ou ansiosos, mas isso os distancia e os coloca em uma linguagem corporal de baixo poder. Portanto, evite pegar no celular a toda hora; ao invés disso, procure relaxar e ser expansivo.

5. Acene


O aceno triplo é uma sugestão não verbal para alguém continuar a falar. Se você é introvertido e não muito fã de puxar conversas, incentive a pessoa com quem está falando a continuar falando. Quando ela fizer uma pausa, acene com a cabeça três vezes em sucessão rápida, e muitas vezes ela vai continuar. Se não, você pode pegar de onde a conversa parou, mas esta é uma ótima maneira de mostrar engajamento e alongar uma discussão.

Fonte: Hypescience.

sexta-feira, 7 de março de 2014

10 hábitos comuns que fazem muito mal a você

Algumas coisas são tão comuns em nosso dia a dia que nunca paramos para pensar se elas realmente deveriam estar ali. Aposto que pelo menos 9 dos 10 hábitos da lista se encaixam nesse quadro. Veja:

10. Acordar com despertador


Tudo bem. Esse todo mundo sempre desconfiou. Afinal, uma coisa que faz você perder o final de um sonho épico não pode fazer bem a ninguém mesmo. Mas o fato é que existem evidências científicas de que tanto colocar o despertador para acordar durante a semana quanto compensar o sono perdido durante o fim de semana podem ser hábitos terríveis para você. Essa discrepância entre a quantidade de sono faz com que o metabolismo trabalhe mais devagar do que deveria e, consequentemente, aumenta o risco de obesidade.

E não para por aí!

Um estudo feito no Japão mostrou que o simples fato de acordar abruptamente, no susto, com o barulho do despertador, faz mal para o coração. A equipe que trabalhou nesse estudo reportou que esse susto matinal aumenta a pressão sanguínea e coloca o seu corpo em situação de alerta, o que não faz bem.

Mas e se eu preciso acordar cedo e não consigo ir dormir mais cedo?

Acontece com todo mundo. Seja por ansiedade, falta de sono, ou muitas coisas para fazer, às vezes apenas não é possível fazer com que o corpo pratique oito horas de sono por noite. Nesse caso, os pesquisadores japoneses aconselham: a melhor forma de acordar é usando métodos que façam você despertar gradualmente.

9. Cortar a grama


Quem diria que cortar a grama, uma atividade ao ar puro e livre, poderia dar as caras por aqui. Mas o problema não está exatamente em cortar a grama. Está no cortador de grama. Se você tem um lindo gramado em casa e corta sua grama regularmente com uma tesoura de jardim, bom… Isso provavelmente não fará muito bem a você por conta das bolhas que vão ficar em suas mãos. E se o dia estiver muito ensolarado, não fará bem também porque você provavelmente vai ficar horas e horas embaixo do sol. E se você cortar a grama com um cortador de grama, aí sim ficará em mais lençóis.

Isso porque os cortadores de grama são grandes poluidores de ar. Quão grandes? Mais que um carro.

Um estudo feito na Suécia mostrou que um carro teria que percorrer uma distância de aproximadamente 160 km para produzir a poluição que um cortador de grama produz em 1 hora. E como eles não contém catalisadores de ar, você fica ali inalando toda aquela poluição pelo tempo que estiver usando o equipamento.

8. Usar chinelos


Bonitinhos para os olhos, mas ordinários para os pés. Pesquisadores descobriram que o uso intensivo de chinelos muda a nossa maneira de andar e isso pode levar a severos problemas nas solas dos pés, tornozelos e calcanhares.

7. Ficar a maior parte do tempo sentado


Um estudo recente descobriu que homens que ficam mais de 23 horas por semana sentados têm muito mais chance de desenvolver algum tipo de doença cardíaca. Outras pesquisas também mostraram que não é só o fato de ficar sentado que aumenta esse risco, mas sim todo tipo de comportamento sedentário. É fundamental ter isso em mente: todas as partes do corpo precisam ser usadas constantemente para manterem uma boa forma. Quanto mais você se manter inativo, pior para o seu coração.

Se você obrigatoriamente trabalha sentado o dia todo, a dica é levantar, sacudir a poeira e fazer alguns alongamentos de tempos em tempos. Esticar as pernas e os braços é sempre bom.

6. Tomar muitos banhos


Sim, tomar banho é importante. Mas tomar MUITOS banhos pode não ser uma boa ideia. Pesquisas recentes mostraram que se lavar constantemente com água e sabão elimina as bactérias ruins, claro, mas também leva embora uma série de bactérias boas e óleos naturais que o corpo precisa. Inclusive, a desidratação causada por banhos constantes pode levar a doenças de pelo como eczema.

5. Usar mochila nas costas


Esse é um hábito típico de crianças em idade escolar, que precisam carregar livros e outros materiais que acabam pesando, e muito. E o problema que sai daí são dores nas costas, quando não problemas crônicos mais sérios. Anualmente, milhares de lesões são relatadas e a solução mais simples seria apenas não carregar tanto peso. Mas, como em muitos casos essa opção é impossível, a dica para amenizar dores é usar a mochila na posição correta. Seja em você, ou em crianças da família, fique atento: a posição ideal da mochila é a dois centímetros acima da cintura e todas as tiras devem ser devidamente apertadas.

4. Segurar espirro


Segundo o professor de otorrinolaringologia da Universidade Saint Louis, nos Estados Unidos, segurar o espirro não faz nada bem a saúde. De acordo com o Dr. Drauzio Varella, o ar expelido pelo espirro por chiar a até 160 km/h, e segurar esse impulso pode:

    Machucar o diafragma;
    Romper um vaso de sangue na córnea, machucando seus olhos;
    Romper seu tímpano, perdendo a audição ou, em casos menos graves, ficar com tontura;
    Enfraquecer um vaso sanguíneo do cérebro, fazendo com que ele se rompa posteriormente, quando a pressão sanguínea sofrer alguma elevação.

Viu só? Da próxima vez que você tiver vontade de espirrar, já sabe: o melhor a fazer é deixar acontecer naturalmente.

3. Deixar velas acesas


Durante muito tempo, as velas eram populares porque eram praticamente a única maneira de iluminar as coisas quando o sol não estava por perto. No entanto, desde a invenção da lâmpada, elas continuaram fazendo sucesso por conta de seus aromas agradáveis e efeito romântico. Infelizmente, elas não são só maravilhas. Velas podem facilmente causar um incêndio em casa e são responsáveis ​​por centenas de milhões em danos materiais a cada ano. E como se isso não bastasse, uma pesquisa recente descobriu que muitas velas à base de parafina estão realmente emitindo gases tóxicos, como benzeno.

Claro que uma vela perfumada de vez em quando não vai matar ninguém, mas os pesquisadores sugerem uso de ventilação adequada quando acendê-las.

2. Comer arroz


O arroz é um dos alimentos mais consumidos no mundo. No Brasil então, nem se fala. Por isso a ideia de que uma das bases da nossa alimentação faz mal para a gente pode soar um tanto absurda. Mas a verdade é que não é o arroz em si que nos faz mal, e sim os pesticidas e fertilizantes que são usados durante seu cultivo.

Alguns anos atrás, a Consumer Reports fez um estudo para verificar se havia arsênico nesse grão e descobriram que os produtos de arroz continham altos níveis de arsênico inorgânico, que é a variedade mais tóxica, assim como o arsênico orgânico. E para você que preza por uma alimentação mais saudável, os resultados são ainda mais preocupantes. Acontece que o arroz integral armazena mais arsênico do que o arroz branco.

Para piorar a situação, um estudo feito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul, detectou o uso de agrotóxicos não autorizados em lavouras de arroz no estado.

Para ficar longe desse mal, os pesquisadores que realizaram o estudo sugerem ​​limitar a ingestão de arroz para apenas cerca de uma xícara de arroz cozido por semana.

1. Ficar em gravidade zero


Isso pode não fazer parte do nosso dia a dia, mas fica a dica para se um dia você for convocado para uma missão espacial ou queira comprar um passeio pelo espaço, já que voos espaciais são uma tendência para o futuro. Além dos riscos óbvios, é importante saber que ficar em gravidade zero pode trazer algumas complicações para saúde que a ciência está apenas começando a entender.

Alguns astronautas voltam para casa com queixas de serem incapazes de se concentrar corretamente, e para alguns deles o problema nunca vai embora. Os médicos acreditam que a gravidade zero faz com que o sangue flua de forma inadequada, o que eleva a pressão na cabeça e pode acabar danificando permanentemente a visão.

E isso é só o começo dos potenciais problemas. Por isso, a melhor opção nesse caso é manter os pés no chão.

Fonte: Hypescience.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

5 formas de evitar discussões na internet

Quem nunca se envolveu em qualquer briga de internet (leia-se com um troll), que jogue a primeira pedra ou faça o primeiro comentário.

1) Não dar confete pra toda e qualquer polêmica boba


A mina de ouro dos blogueiros, comentaristas, colunistas e exibicionistas medíocres é a polêmica. O público-alvo da polêmica vazia parece mais rentável que o da Black Friday. Milhares de pessoas passam os dias em seus perfis compartilhando links para textos ou vídeos com alguma opinião inflamatória, escrevendo extensos editoriais contra essa opinião, debatendo nos comentários com amigos, inimigos, desafetos e até completos desconhecidos para extravazar toda a sua indignação contra… Contra o quê, mesmo?

Algum molequinho de 12 anos que posta um vídeo sobre que tipo de mulher é pra casar? Alguma namoradazinha de um babaquinha que o traiu com o professor com gosto duvidável de vinho e foi flagrada? Uma blogueira praticamente anônima que leva a babá nas viagens? Algum colunistazinho até ontem completamente desconhecido que joga frases clichês agressivas contra os adversários ideológicos e agora, graças aos viciados em indignação, já é mais famoso que o rei da polêmica partidária?


O “clique da indignação”, como bem batizou a Juliana do Think Olga, não ajuda sociedade nenhuma a evoluir. E, pior, só dá força a quem você detesta. Chegou a hora de todos aprenderem a escolher suas batalhas online.

2) Debater sim, respeitar mais ainda



Uma regra que passei a seguir para aprender a não perder tempo com as polêmicas é: só abrir o teclado quando eu tenho algo novo a aportar. Em assuntos complexos, o truque é primeiro ler e aprender sobre ele. Depois, formar sua opinião. Só então vale a pena se pronunciar. Economiza também saber se sentir contemplado com o que os outros já escreveram. Muitas vezes RT não é endosso, como já deixamos bem claro. Mas em geral é, sim.
Mas, se você realmente quer dar o seu pitaco, procure evitar despejar todo aquele “carinho da torcida” e, principalmente, não chute cachorro morto, porque é covardia. Como a Jill Filipovic, do The Guardian, explicou o assunto melhor do que eu, fiquem com o texto dela.

3) Abandonar pelo menos dois desses 12 hábitos


Ler uma opinião ridiculamente polêmica e sair por cima já é difícil, imagina largar o vício nas redes sociais? Ninguém aqui neste blog espera que viremos monges 2.0. Mas esse texto do The Telegraph listou 12 sinais de que você parou de usar a internet e passou a ser usado por ela. Usar o celular na privada ou dormir com ele embaixo do travesseiro estão na lista. Quantos desses hábitos você cultiva? Consegue abandonar um ou dois deles?

4) Aproveitar o lado bom da tecnologia


Deixar de ser massa de manobra dos caçadores de cliques, parar de acumular tretas online e se libertar do domínio do telefone não serve apenas para deixar sua vida mais chata. Apesar de vida ser curta, todo dia você terá um meme, uma polêmica e um tema inspirador de trocadilhos à sua espera no Twitter. Não precisa tuitar como se não houvesse amanhã. Enquanto isso, aproveite para curtir uma noite offline apenas pensando na vida, como sugere o Contardo Calligaris. Ou descobrir de que maneira a tecnologia pode ajudar a sua vida a ficar mais legal e criativa, e não apenas mais recheada de distrações, como mostra este texto do Pedro Burgos no Oene.

5) Dividir sua timeline nas categorias “amigos” e “colegas”


Fortaleça suas amizades verdadeiras e preocupe-se menos com sua quantidade de contatos nas redes! Sabe por quê? Porque é impossível ter tantos amigos, independente do que o Facebook te diga. Esse estudo da Finlândia mostra que suas amizades reais (mesmo as mantidas virtualmente) sempre serão um número constante. Veja bem, o problema não é você ser chato ou as pessoas serem falsas. É simplesmente impossível ter tempo para nutrir tantas amizades.

Fonte: Pensar Enlouquece.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

10 fatos estranhos e interessantes sobre Charles Darwin

No próximo 12 de fevereiro, Charles Darwin comemoraria seu 205º aniversário. O brilhante naturalista praticamente fundou a biologia moderna com suas obras sobre a teoria da evolução, se tornando um dos maiores cientistas que já viveu.

Reverenciado por muitos e desprezado por alguns, é possível ver uma enorme influência de seus pensamentos em muitos aspectos de nossas vidas. Nada mais justo, então, que saibamos um pouco sobre mais ele. Confira:

10. Darwin era religioso


O cientista é talvez o mascote mais popular do movimento ateu – sua teoria da evolução é contrária ao criacionismo, a crença religiosa de que a humanidade e tudo no universo são a criação de um agente sobrenatural (Deus).

No entanto, Darwin não era ateu. E, apesar ter se declarado agnóstico durante os últimos anos de sua vida (alguém que não acredita nem nega a possibilidade da existência de um Deus), ele mal falava sobre suas crenças pessoais e não gostava de discutir sobre as implicações de suas teorias em doutrinas teológicas, admitindo que sabia muito pouco sobre religião.

Quando jovem, Darwin era conhecido por ser bastante religioso. Em sua autobiografia, ele lembrou que foi ridicularizado em uma viagem de exploração científica por oficiais do navio da Marinha Britânica HMS Beagle por acreditar que a Bíblia era uma autoridade final sobre a moralidade. Embora não fosse muito ativo nos círculos religiosos, o moço Darwin tinha uma firme convicção de que Deus existia e de que a alma era imortal. Enquanto no Brasil, ele estava tão absorto pela beleza da natureza que a proclamou como a manifestação de um ser superior.

Darwin teve dificuldade em fazer uma transição para o agnosticismo. Quando começou a questionar a existência de Deus, ele disse que não podia apreciar a beleza da natureza com o mesmo vigor religioso que tinha quando era jovem, comparando a sensação como a de ser daltônico.

9. Darwin tinha gosto por comida exótica


Darwin gostava de experimentar comidas estranhas. Durante seu tempo na Universidade de Cambridge, ele pertencia a um grupo de culinária chamado Glutton Club (Clube dos Glutões), cujos membros se encontravam uma vez por semana para experimentar vários pratos “exóticos” anteriormente desconhecidos para o paladar humano, por exemplo a carne de vários pássaros selvagens, como gaviões.

Quando embarcou em sua missão no HMS Beagle, ele reacendeu seu gosto por iguarias exóticas. Durante a viagem, Darwin foi capaz de experimentar tatus, que disse ter gosto de pato, além de um roedor sem nome que ele descreveu como a melhor carne que já provou. O naturalista até mesmo descobriu uma nova espécie de ave em seu prato do jantar, que mais tarde foi nomeada em sua homenagem - Rhea darwinii.

Em Galápagos, Darwin comeu tartarugas e bebeu fluido de suas bexigas, que ele descreveu como “bastante límpidos e com um gosto só ligeiramente amargo”. Suas façanhas gastronômicas foram ainda mais extremas na América do Sul, onde Darwin conta que comeu uma carne muito branca que o fez se sentir enjoado no começo, pensando que ele estava comendo a carne de um bezerro. Logo, o cientista ficou aliviado ao saber que estava comendo a carne de uma suçuarana, comparando o seu gosto ao de carne de vitela.

8. As teorias de Darwin foram usadas para defender tanto o capitalismo quanto o socialismo


Algumas pessoas culpam as teorias de Charles Darwin pelos males do capitalismo. Isso porque economistas logo aplicaram a ideia de seleção natural à economia e à sociedade, dando assim origem ao darwinismo social. Os adeptos do darwinismo social acreditam que o sucesso ou o fracasso econômico de uma pessoa é semelhante a luta de um animal para sobreviver. Assim, eles desencorajam o apoio do governo e atividades de caridade que ajudam os pobres, porque creem que a espécie humana se tornará mais forte se a sociedade permitir que os “inaptos” morram. Entre darwinistas sociais notórios estão dois dos homens mais ricos de seu tempo, Andrew Carnegie e John Rockefeller.

Embora o próprio Darwin tenha admitido não ter uma compreensão adequada de política e economia, suas teorias sem dúvida afetaram o crescimento do capitalismo no início do século 20. Devido a isso, a maioria das pessoas assume que a seleção natural não é bem recebida por aqueles que se opõem a esse sistema econômico.

Não é bem assim. Charles Darwin, na verdade, teve uma enorme influência positiva também no extremo oposto do espectro. Enquanto os darwinistas sociais viam as teorias de Darwin como uma forma de justificar a ganância e a opressão, Karl Marx a viu como uma alegoria para as lutas de classes. O filósofo alemão usou a Origem das Espécies de Darwin como a base biológica do socialismo. Conforme um organismo luta para sobreviver em um ambiente hostil, a classe toda também deve lutar contra aqueles que a estão explorando – uma luta de classes que Marx disse ter observado na sociedade. A influência do naturalista em Marx foi tão grande que o famoso socialista planejava dedicar seu livro, “Das Kapital”, a ele, um gesto que Darwin respeitosamente recusou.

7. Darwin também estudou psicologia


Durante seu tempo no Beagle, Darwin teve o privilégio de se deparar com várias culturas ao redor do mundo. Havia barreiras linguísticas óbvias que o impediam de se comunicar com moradores locais, mas ele observou que as emoções que as pessoas manifestavam – felicidade, tristeza, medo e raiva – não pareciam diferir muito de cultura para cultura. Este seria o início da menos conhecida carreira de Charles Darwin em psicologia, e do eventual desenvolvimento do conceito de emoções universais.

Ele se correspondeu com muitos cientistas para estudar esse fenômeno, incluindo um médico francês chamado Guillaume Duchenne. Duchenne estudou os músculos faciais humanos e propôs que todos os rostos humanos manifestavam até 60 tipos diferentes de emoções. Ele é mais famoso pelas fotos que capturou de rostos de pessoas estimuladas com choques elétricos para produzir esses 60 tipos de emoções.

No entanto, Darwin discordava que todas as 60 emoções eram universais. Ele acreditava que apenas algumas delas eram comuns a todos os seres humanos. Para testar sua hipótese, o cientista realizou um experimento utilizando 11 das imagens de Duchenne. Em ordem aleatória, ele as mostrou uma de cada vez para 20 participantes, perguntando-lhes o que achavam. Quase todos concordaram que algumas mostravam certas emoções como raiva, felicidade e medo. O restante das fotos, no entanto, pareceu mais ambígua e os participantes não concordaram em uma única emoção. Isto confirmou a teoria de Darwin de que existiam apenas algumas emoções universais.

Ele também se envolveu com a psicologia social. O naturalista tinha interesse no conceito humano de compaixão. Ele acreditava que o nosso senso de compaixão moral decorria de nosso desejo natural de aliviar o sofrimento dos outros. Coincidentemente, suas ideias sobre a compaixão eram muito semelhantes aos ensinamentos do budismo tibetano. Recentemente, ao saber sobre os escritos de Darwin sobre o assunto, o 14º Dalai Lama declarou: “Agora estou chamando-me de darwinista”.

6. Darwin tinha ideias loucas sobre casamento


Darwin casou-se com sua própria prima, Emma Wedgewood. Esse fato de sua vida é bem conhecido. O que ele pensava sobre casamento, entretanto, não é. Antes de juntar os trapos, o cientista escreveu uma lista divertida de prós e contras sobre as facetas do casamento.

Uma parte de Darwin pensava que casar era sobre ter filhos: “Crianças – (Se for do agrado de Deus) – objeto a ser amado e com quem brincar – Melhor do que um cão de qualquer modo”.

Darwin também gostava da ideia de uma companheira: “Meu Deus, é intolerável pensar em gastar toda a vida como uma abelha, trabalhando, trabalhando e nada depois. – Não, não, não vou fazer isso. – Imagine viver todos os dias solitariamente em uma casa suja e nebulosa em Londres. – Só imagine a si mesmo com uma boa esposa em um sofá macio, com uma boa fogueira, e livros e música, talvez – Compare esta visão com a realidade suja da rua Great Marlborough”.

Por outro lado, Darwin sentia que tomar o caminho do celibato também tinha seus benefícios: “A liberdade de ir onde se gosta – Conversa de homens inteligentes em clubes – Não ser forçado a visitar parentes, e se curvar em cada discussão – Não ter a despesa e ansiedade das crianças – Perda de tempo. – Não poder ler à noite – gordura e ociosidade. – Talvez minha esposa não goste de Londres, então a solução seria o exílio e eu pareceria um tolo.” Estes são apenas alguns dos itens que Darwin incluiu em sua lista, que prova que ele era como qualquer outro cara.

Eventualmente, ele decidiu se casar com sua prima de primeiro grau Wedgewood, com quem teve 10 filhos e viveu feliz por 43 anos até sua morte, em 1882.

5. Darwin fez tratamentos de saúde nada científicos


Embora tenha havido muitas especulações sobre o que deixou Darwin muito doente durante o curso de sua vida, ele não recebeu um diagnóstico preciso de sua condição até mais de 100 anos após sua morte (ele morreu de insuficiência cardíaca, e pesquisadores especulam que tinha doença de Chagas que teria contraído aqui no Brasil). Por causa das limitações da medicina durante sua época, não havia nenhum tratamento satisfatório para ajudá-lo a lidar com seus variados sintomas, mas o cientista encontrou conforto em uma terapia com água muito questionável.

Em uma carta que enviou a seu amigo íntimo, o botânico Joseph Dalton Hooker, Darwin reclamou que vinha sofrendo de vômitos contínuos. Ele também relatou tremores nas mãos e tontura, que presumiu ser resultantes do impacto do vômito incessante em seu sistema nervoso. Ao ler um livro de um certo Dr. Gully sobre uma terapia da água, o naturalista interessou-se pelo tratamento, e mudou-se com sua família para um apartamento alugado perto da clínica do especialista, para receber cuidados.

O Dr. Gully submeteu Darwin a vários procedimentos estranhos, como aquecê-lo com uma lâmpada até que ele transpirasse apenas para esfregá-lo violentamente com toalhas embebidas em água fria. Darwin também recebeu banhos frios nos pés e teve que usar uma compressa úmida em seu estômago durante o dia todo. Surpreendentemente, o naturalista achou o tratamento bizarro e não científico bastante eficaz, dizendo ter visto grandes melhorias em sua saúde após o oitavo dia de consulta com o Dr. Gully. Na mesma carta endereçada a Hooker, ele declarou que tinha certeza de que a cura da água não era charlatanismo. Acho que ninguém havia ouvido falar em efeito-placebo na época.

4. Darwin, o detetive de terremotos


Pelo menos 25 grandes terremotos foram registrados no Chile desde 1730, sendo que todos mataram milhares de pessoas. Darwin teve a oportunidade desagradável de presenciar a consequência de um deles – o terremoto de Concepción de 1835. Foi um tremor muito forte, com magnitude de 8,8 na escala de Richter. O terremoto, que ocorreu por dois minutos, demoliu toda a cidade em meros 6 segundos.

Durante o tempo do terremoto, Darwin estava viajando com o Beagle. Quando chegou a costa de Concepción, imediatamente começou a investigar a natureza e a origem do tremor. Ele descreveu a devastação como “o espetáculo mais terrível e interessante que já viu”. O cientista fez observações sobre as sequelas do terremoto, notando que o litoral do Chile havia se tornado permanentemente elevado, particularmente na ilha de Santa Maria, que havia crescido 3 metros a partir da sua altitude de origem. Ele reuniu suas próprias observações e combinou-as com testemunhos da população local para reconstruir os acontecimentos antes e durante o terremoto. Depois de semanas de trabalho, Darwin descobriu que o terremoto podia ter sido causado por uma cadeia de vulcões ao longo da costa do Chile, que entrou em erupção pouco antes de sua ocorrência.

3. Se convertendo em cristão novamente


Durante a segunda metade do século 19, Darwin já era bastante popular nos círculos científicos. No começo dos anos 1880, quando estava se aproximando de sua morte, uma mulher chamada Elizabeth Hope estava apenas começando a se tornar conhecida no movimento evangelístico.

Darwin e Hope pertenciam, obviamente, a dois mundos diferentes. Um encontro de ambos parece muito improvável, mas um artigo de 1915 do jornal batista “Boston Watchman Examiner” alegou exatamente isso. O texto detalhava como Darwin convidou a jovem Elizabeth para visitá-lo, e supostamente confessou seu arrependimento em ter desenvolvido a teoria da evolução. Ele teria pedido a evangelista que compartilhasse com seus vizinhos a mensagem de Jesus Cristo e da salvação que ele traz para a humanidade.

A história era muito atraente para os evangélicos, é claro. Saber que a mente por trás da teoria da evolução retratou suas próprias ideias e se converteu ao cristianismo não só lhes dava uma forma de responder aos chamados “evolucionistas”, como também reafirmava sua fé na história bíblica da criação.

No entanto, a lenda desse encontro bizarro foi desmascarada tão rapidamente e facilmente quanto se espalhou. Na autobiografia de Darwin, ele repetidamente menciona sua dissociação com o cristianismo e conclui que o agnosticismo seria a descrição mais correta para seu estado de espírito. Seu filho, Francis Darwin, proclamou que seu pai manteve uma visão agnóstica no fim da sua vida, até a sua morte. A esposa de Darwin, que era muito religiosa e teria gostado de vê-lo voltar ao cristianismo, nunca mencionou qualquer conversa do tipo antes da morte do marido. Ela lembrou que suas últimas palavras foram “lembre-se como você tem sido uma boa esposa para mim” e que ele não tinha “o menor medo de morrer”.

2. As neuroses de Darwin


Enquanto Darwin sofria de muitos males físicos, alguns biógrafos se mostraram mais intrigados com o seu estado de espírito. Em suas cartas a seus amigos, o cientista revela que sofria de pensamentos obsessivos que, em suas próprias palavras, eram “horríveis”.

Esses pensamentos, que ocorriam principalmente durante a noite, causavam-lhe grande angústia. Em uma carta a seu grande confidente Dr. Hooker, Darwin escreveu: “Eu não conseguia dormir e tudo o que eu havia feito no dia me assombrava vivamente à noite com uma repetição desgastante”.

Ele era paranoico com o fato de que passaria sua enfermidade para seus filhos. Ele também era infinitamente crítico de sua aparência física, acreditando-se ser bastante feio. O cientista precisava de constante reafirmação de outras pessoas, além de proferir um mantra centenas de vezes para aliviar os seus pensamentos obsessivos.

O psiquiatra e biógrafo de Darwin John Bowlby observou que o gênio não foi capaz de lamentar corretamente a morte de sua mãe quando era jovem, o que pode ter levado a sua neurose. Foi em face destas dificuldades mentais que Darwin se tornou um dos pensadores mais influentes da história.

1. O projeto mais ambicioso de Darwin


Há 200 anos, havia uma pequena e isolada ilha vulcânica no sul do Atlântico, a 1.600 quilômetros ao largo da costa da África, chamada Ilha de Ascensão. Seca e sem vida, ela ficou desabitada desde a sua descoberta em 1501 até 1815, quando a Marinha Real Britânica a usou como uma estação militar para manter um olho sobre Napoleão durante seu exílio na vizinha Ilha Santa Helena.

Hoje, Ascensão não é mais triste e desolada. A ilha agora possui uma paisagem exuberante e uma população de cerca de 1.100, graças a Darwin. Sua viagem de cinco anos com o Beagle estava prestes a terminar quando o navio passou por lá. A vista da ilha apocalíptica de cones vulcânicos vermelhos brilhantes e lava negra inspirou o curioso cientista. Pouco depois de Darwin voltar para a Inglaterra, ele e seu amigo John Hooker criaram um plano simples para convertê-la em uma “pequena Inglaterra”.

Com a ajuda da Marinha, os dois colheram diferentes espécies de plantas de todo o mundo para levar para a ilha, de 1850 em diante. Na década de 1870, o pico mais alto de Ascensão tornou-se significativamente mais verde, com eucaliptos, pinheiros, bambus e bananeiras. Plantas que geralmente não são vistas lado a lado em outros lugares do mundo foram vistas juntas pela primeira vez na ilha – e resolveram o problema da falta de água no local.

Enquanto ecossistemas geralmente se desenvolvem ao longo de milhões de anos, o artificial criado por Darwin e Hooker floresceu apenas em uma questão de décadas. De acordo com o ecologista britânico David Wilkinson, a NASA poderia aprender muito com o método dos cientistas quando começar a fazer o mesmo com Marte.

Fonte: Hypescience.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

6 coisas surpreendentes sobre os cães que você não sabia

Quem nunca desconfiou que seu cão sabia um pouco mais do que as pessoas costumam falar, ou que eles tem algumas coisinhas especiais que não podemos definir muito bem o que é? Bem, isto acontece porque você provavelmente não sabe destas 6 coisas que explicam muito bem as manias e os carinhos do seu cachorro.

6. Os cães sentem a sua doença com antecedência


Cães podem saber quando o dono está com muito açúcar no sangue… basta treina-los. Isto acontece porque o cheiro do ser humano muda de forma quase imperceptível – varia de doce para uma alta taxa de açúcar e azedo para uma taxa mais baixa.

Como se não o bastasse, eles aida podem saber com até 45 minutos de antecedência quando o dono vai ter um ataque epilético. Cães treinados são capazes de avisar e prevenir maiores consequências nos ataques. Eles também são capazes de saber quando o dono têm câncer de próstata, mama, pulmão, pele e bexiga – ainda não se sabe como, embora acredita-se que eles sintam odores muito tênues liberados por células anormais.

5. Eles pensam


Quem nunca ouviu aquela frase “parece até que cachorro pensa”… Bem, não só parece, mas também é. Os cães tem a capacidade mental de uma criança humana de 2 anos de idade. E embora eles não sejam Einsteins em versões de quatro patas, eles pensam, e muito bem.

4. Os cães sentem inveja


Em um teste, quando cachorros faziam tarefas e não ganhavam nada por isso, mas outros cães sim, os não recompensados começavam a ficar agitados, arranhando-se e evitando o olhar dos cães recompensados. Eles também param de fazer a tarefa muito mais rápido do que se estivessem sozinhos e não fossem recompensados.

O estudo provou que a inveja não é só coisa de nós, primatas, mas ao contrário dos humanos, os cães não se importaram com o que ganhavam – não importava se um ganhava pão e o outro salsicha. O importante é ganhar.

3. Cães dóceis vivem mais


Isto acontece porque os cães mais dóceis consomem menos energia do que as raças mais agressivas e corajosas. Essa foi a conclusão de um estudo que comparou o uso de energia, as personalidades, as taxas de crescimento e a expectativa de vida de 56 raças de cães.

2. Cães não sentem culpa


O fato é que, quando ele lhe dá aquele “olhar de pena”, não significa que ele esteja se sentindo culpado ou assumindo seu erro. Ele está apenas respondendo a sua repreensão. Quando os donos de cães repreendiam os animais por terem comido um lanche, eles olhavam com “cara de culpa” independentemente de terem ou não comido o lanche. Na verdade, os cães que foram injustamente acusados muitas vezes pareciam mais culpados. O que quer dizer que ele só está acuado já que você está gritando com ele.

1. Cães não gostam de carinho em cima da cabeça


O carinho na cabeça é considerado um gesto ameaçador, assim como o olhar direto e fala rude. Outras coisas interessantes se dão, por exemplo, na primeira vez que você está se aproximando do cão – uma boa ideia é ficar no nível deles, já que ficar em cima pode indicar uma superioridade e isto não agrada o animal em uma primeira visita.

Então, lembre-se, quando fizer carinho na cabeça do seu cão, pense que ele está só tolerando porque você é a pessoa que ele mais gosta. Ao invés disto, transfira esse carinho para detrás da orelha, lá sim, eles amam.

Fonte: Mistérios do mundo.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

23 sinais de que você é uma pessoa introvertida

Você acha que consegue identificar um introvertido no meio de uma multidão? Pense de novo. Embora o introvertido estereotípico possa ser aquela pessoa na festa que está sozinha ao lado da mesa de comidas, mexendo com um iPhone, o “arroz de festa” pode igualmente bem ter personalidade introvertida.



“Identificar um introvertido pode ser mais difícil que encontrar Wally”, diz ao Huffington Post Sophia Dembling, autora de “The Introvert’s Way: Living a Quiet Life in a Noisy World”. “Muitos introvertidos podem passar por extrovertidos.”

Com frequência, as pessoas não têm consciência de serem introvertidas --especialmente se não forem tímidas--, porque podem não se dar conta que ser introvertido não se resume a buscar tempo para ficar a sós. Em vez disso, pode ser mais revelador verificar se a pessoa perde ou ganha energia quando está com outras, mesmo que a companhia de amigos lhe dê prazer.

“A introversão é um temperamento básico. Logo, o aspecto social, e é nisso que as pessoas reparam, é apenas uma parte pequena de ser uma pessoa introvertida”, explicou o psicoterapeuta Dr. Marti Olsen Laney, autor de “The Introvert Advantage”, falando numa discussão da Mensa. “Ele afeta tudo na vida da pessoa.”

Não obstante a discussão crescente sobre a introversão, esta ainda é uma característica de personalidade frequentemente incompreendida. Ainda em 2010, a Associação Psiquiátrica Americana cogitou em classificar “personalidade introvertida” como transtorno, incluindo-a no “Diagnostic and Statistical Manual” (DSM-5), manual usado para diagnosticar doenças mentais.

Mas cada vez mais introvertidos andam se manifestando sobre o significado real de ser uma pessoa do tipo “quieto”. Você não sabe ao certo se introvertido ou extrovertido? Veja se algum destes 23 sinais reveladores da introversão se aplica a você.

1. Você acha conversas sobre assuntos fúteis incrivelmente cansativas.


Os introvertidos são notórios por serem avessos às conversas superficiais; para eles, esse tipo de tagarelice é fonte de ansiedade ou no mínimo de irritação. Para muitos tipos quietos, jogar conversa fora pode parecer falta de sinceridade. “Vamos esclarecer uma coisa: nós, introvertidos, não detestamos conversas superficiais porque somos avessos às pessoas”, escreve Laurie Helgoe em “Introvert Power: Why Your Inner Life Is Your Hidden Strength”. “As odiamos porque odiamos a barreira que elas criam entre as pessoas.”

2. Você vai a festas - mas não para conhecer pessoas.

Se você é introvertido, é possível que às vezes curta uma festa, mas o mais provável é que vá não por estar interessado em conhecer gente nova. Numa festa, o introvertido geralmente prefere passar tempo com pessoas que já conhece e com quem se sente à vontade. Se você por acaso conhecer uma pessoa nova com quem sinta empatia, ótimo, mas conhecer pessoas novas raramente será seu objetivo.

3. Você muitas vezes se sente sozinho numa multidão.


Você já se sentiu um estranho no ninho no meio de reuniões sociais e atividades de grupo, mesmo com pessoas que já conhece? “Se você tende a sentir-se sozinho numa multidão, é possível que seja introvertido”, diz Dembling. “Geralmente deixamos que os amigos ou as atividades nos escolham, em vez de nós mesmos os convidarmos.”

4. Fazer networking faz você sentir-se falso.

Fazer networking (leia-se: jogar conversa fora com o objetivo último de promover-se profissionalmente) pode parecer altamente insincero para o introvertido, que anseia pela autenticidade em suas interações. “O networking é estressante se o fazemos de modos estressantes para nós”, diz Dembling, aconselhando os introvertidos a fazê-lo em grupinhos pequenos e íntimos, não em reuniões ou espaços maiores.

5. Já o descreveram como “intenso demais”.


Você gosta de discussões filosóficas e aprecia livros e filmes que induzem à reflexão? Se sim, é introvertido de carteirinha. "Os introvertidos gostam de mergulhar fundo”, diz Dembling.

6. Você se distrai com facilidade.

Os extrovertidos tendem a entediar-se muito facilmente quando não têm o suficiente para fazer. Os introvertidos têm o problema oposto: em ambientes com estímulos demais, sua atenção se desvia facilmente e eles se sentem “esmagados” pelo excesso...

“Os extrovertidos geralmente se entediam mais facilmente que os introvertidos quando realizam tarefas monótonas, provavelmente porque necessitam e se sentem bem com níveis altos de estímulo”, escreveram pesquisadores da Universidade Clark em artigo publicado no “Journal of Personality and Social Psychology”. “Já os introvertidos se distraem mais facilmente que os extrovertidos e, por essa razão, preferem ambientes relativamente pouco estimulantes.”

7. Você não sente que é improdutivo passar tempo sem fazer nada.


Uma das características mais fundamentais dos introvertidos é que precisam de tempo a sós para recarregar suas baterias. Enquanto um extrovertido pode ficar entediado e irritado se passar o dia sozinho em casa com uma xícara de chá e uma pilha de revistas, esse tipo de tempo a sós e tranquilo é necessário e satisfatório para o introvertido.

8. Fazer uma palestra para uma plateia de 500 pessoas é menos estressante que ter que jogar conversa fora com essas pessoas, depois.

Os introvertidos podem ser excelentes líderes e oradores públicos. E, embora sejam vistos de modo estereotipado como sendo tímidos, eles não necessariamente evitam os holofotes. Artistas como Lady Gaga, Christina Aguilera e Emma Watson se identificam como introvertidas, e estimados 40% dos CEOs tem personalidade introvertida. Em vez disso, um introvertido pode ter dificuldade maior em conhecer e cumprimentar grandes grupos de pessoas individualmente.

9. Quando você embarca no metrô, senta-se numa ponta do banco, não no meio.


Sempre que possível, o introvertido tende a evitar ser cercado por pessoas de todos os lados. “Geralmente nos sentamos em lugares de onde poderemos sair facilmente, na hora que quisermos”, diz Dembling. “Quando vou ao teatro, procuro o assento do corredor ou a última fileira.”

10. Depois de passar tempo demais ativo, você começa a “desligar”.

Depois de estar fora de casa por tempo demais, você se cansa e deixa de responder aos estímulos? É provável que esteja tentando conservar sua energia. Tudo o que o introvertido faz no mundo externo o leva a gastar energia. Depois de sair, ele precisa voltar para dentro e reabastecer seu estoque de energia num ambiente tranquilo, diz Dembling. Na ausência de um lugar quieto para onde ir, muitos introvertidos simplesmente se desligam do mundo externo.

11. Você está num relacionamento com um extrovertido.


É verdade que os opostos se atraem, e os introvertidos com frequência se sentem atraídos por extrovertidos, que os incentivam a se divertir e não levar-se excessivamente a sério. “Os introvertidos às vezes se sentem atraídos pelos extrovertidos porque gostam de poder navegar na ‘bolha de diversão’ deles”, diz Dembling.

12. Você prefere ser expert em uma coisa a tentar fazer tudo.

O caminho cerebral dominante usado pelos introvertidos é um que lhes permite concentrar-se sobre as coisas e refletir sobre elas por algum tempo; logo, segundo Olsen Laney, eles tendem a dedicar-se a estudos intensos e a desenvolver perícias.

13. Você evita ativamente ir a shows ou espetáculos que possam envolver participação da plateia.

Porque realmente, existe algo mais apavorante que isso?

14. Você sempre olha o identificador de chamadas antes de atender, mesmo que a ligação seja de um amigo.


Você pode não atender ao telefone, mesmo que a ligação seja de alguém de quem você gosta, mas telefonará de volta assim que estiver mentalmente preparado e com energia suficiente para conversar. “Para mim, um telefone tocando é como se alguém pulasse para fora do armário para me assustar”, diz Dembling. “Eu gosto de conversar com uma amiga por um tempão, desde que a ligação não me pegue de surpresa.”

15. Você observa detalhes que passam batidos por outras pessoas.

O lado positivo de sentir-se esmagado quando há estímulos demais é que o introvertido muitas vezes tem olhar apurado para os detalhes, notando coisas que podem passar despercebidas pelas pessoas em volta. Pesquisas constataram que os introvertidos exibem atividade cerebral maior que a dos extrovertidos quando processam informações visuais.

16. Você tem um monólogo interior constante.

“Os extrovertidos não mantêm um monólogo interno do mesmo modo que nós”, diz Olsen Laney. “A maioria dos introvertidos sente necessidade de pensar primeiro e falar depois.”

17. Você tem pressão baixa.

Um estudo japonês de 2006 constatou que os introvertidos tendem a ter pressão sanguínea mais baixa que seus colegas extrovertidos.

18. Você é descrito como “alma velha” -- desde que tinha 20 anos.


Os introvertidos observam e absorvem muita informação e refletem antes de falar, o que faz com que outros os achem sábios. “Os introvertidos tendem a pensar muito e ser analíticos”, diz Dembling. “Isso pode levá-los a parecer sábios.”

19. Você não se sente “aceso” em função do ambiente externo.

Neuroquimicamente falando, coisas como festas enormes não são sua praia. Os extrovertidos e introvertidos diferem muito no modo como seus cérebros processam experiências através dos centros de “recompensa”.

Pesquisadores demonstraram este fenômeno dando Ritalina --o medicamento para TDAH que estimula a produção de dopamina no cérebro-- a estudantes universitários introvertidos e extrovertidos. Constataram que os extrovertidos tinham tendência maior a associar o sentimento de euforia decorrente da injeção de dopamina ao ambiente em que estavam. Já os introvertidos não vinculavam a sensação de recompensa ao ambiente em que se encontravam. O estudo “sugere que os introvertidos apresentam uma diferença fundamental na intensidade em que processam recompensas do ambiente; os cérebros dos introvertidos atribuem peso maior a elementos internos que a elementos motivacionais e de recompensa externos”, explicou Tia Ghose, do LiveScience.

20. Você olha para o quadro mais amplo.

Descrevendo o modo de pensar dos introvertidos, Jung explicou que eles se interessam mais pelas ideias e o quadro amplo que pelos fatos e detalhes. É verdade que muitos introvertidos se destacam em tarefas detalhistas, mas com frequência eles também tendem a interessar-se por conceitos mais abstratos. “Os introvertidos realmente curtem discussões abstratas”, diz Dembling.

21. Já lhe disseram que você precisa “sair de sua concha”.


Muitas crianças introvertidas acabam achando que há algo de errado com elas, se são naturalmente menos assertivas e diretas que seus pares. Adultos introvertidos muitas vezes contam que, quando crianças, lhes diziam que deviam deixar de se isolar ou que deviam participar mais em sala de aula.

22. Você escreve.

Os introvertidos muitas vezes se comunicam melhor por escrito que cara a cara, e muitos deles mergulham no ofício criativo solitário do escritor. A maioria dos introvertidos --como J.K. Rowling, a autora dos livros “Harry Potter” -- dizem que se sentem mais criativos quando têm tempo para ficar a sós com seus pensamentos.

23. Você alterna entre fases de trabalho e solidão e períodos de atividade social.

Os introvertidos são capazes de deslocar seu “norte interno” introvertido, que determina como eles precisam equilibrar solidão e atividade social. Mas, quando o deslocam demais -- possivelmente por fazerem demais em termos de encontros sociais ou atividades--, eles se cansam e precisam voltar para si mesmos, segundo Olsen Laney. Isso pode manifestar-se como passar por períodos de atividade social maior, que são compensados depois com fases de introversão e ficar a sós.

“Existe um ponto de recuperação que parece estar relacionado a quanta interação você teve”, diz Dembling. “Todos nós temos nossos ciclos particulares.”

Fonte: Brasilpost.